quinta-feira, novembro 20

Argumentação Lógica


Inicio aqui uma série de “posts” que visam o emprego correto da argumentação lógica, pois muitos, no intuito de pregarem o evangelho, caem em erros crassos que acabam por ferir a lógica argumentativa e, conseqüentemente, perdem o crédito daquilo que propõem defender, afastando as pessoas da revelação de Cristo, quando seu objetivo era, tão somente, aproximá-las da verdade.
Neste intento de aproximá-las das verdades neo-testamentárias acabam por criar falácias, defendendo a verdade com uma série de argumentos falsos.
Já tive a oportunidade, não que eu quisesse a ter, de encontrar um professor que, no intuito, de demonstrar alto conhecimento teológico e linguagem rebuscada, orientou seus alunos a promoverem a arte da falácia. Devido a sua argumentação, foi fácil analisar o que ele queria, na realidade, descrever, mas trocou esta pela falácia que quer dizer exatamente o oposto.
Para que não fique nenhum mal entendido, falácia é, segundo o dicionário Aurélio, uma afirmação falsa ou errônea, ou ainda, qualidade daquele que é falaz, ou seja, intencionalmente enganador, ardiloso, enganoso, capcioso, vão, quimérico e ilusório.
Dessa forma, não há como associar a falácia ao tipo de argumentação sugerida à composição da pregação autêntica. Quem age assim, age por negligência ou, ainda, por mau intento conforme prescreve o dicionário.
A identificação das falácias argumentativas nos auxiliam a não fazer uso delas e entender como se portar diante das mesmas quando elas forem utilizadas por alguém. Não que isso fará com que alguém venha a converter-se, mas com isso, atrapalhamos menos a ação do Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.
AD HOMINEM (Ataque ao homem)
Ocorre sempre que o foco da argumentação passa do ataque as idéias para o ataque a pessoa. Esse erro argumentativo é bem analisado nas escrituras, pois as mesmas nos orientam a julgar todas as coisas (ações, palavras e idéias*) e reter o que for bom, mas nos orienta a não julgar as pessoas (intenção do coração*).
* apenas para dar uma idéia e sugestão à análise em questão.
Ex.: “Todos sabemos que beltrano é mentiroso, falso e trapaceiro, portanto, é óbvio que não podemos concordar com sua idéia de que uma alimentação balanceada faz bem a saúde!”
Com finalidade de desqualificar a mensagem, ataco o portador da mensagem. Esta falácia pode ser encontrada na argumentação de alguns cristãos acerca de Paulo, tão logo se deu a sua conversão; aos moradores de Belém, que olhavam para Jesus, mas só viam o carpinteiro, filho de um carpinteiro; e a todos aqueles que atacam o homem ao invés de suas idéias.
Isso, geralmente, ocorre quando não temos argumentação lógica para rebater as alegações contrárias ao nosso posicionamento.
Esta falácia é a válvula de escape que muitos utilizam quando tentam “pregar” o evangelho e diante da falta de argumentos lógicos e sólidos, descem ao terreno movediço da argumentação imoral, que é facilmente rebatida pela frase, “vejam! Um dos meus opositores perdeu a cabeça”.
Sem conhecer, profundamente, a verdade, corremos o risco de nos faltar argumentos para expor a verdade e, ainda, corremos o risco de adquirir uma fé “cambeta”, meio bamba, por falta de contra-argumentação diante das argumentações de nossos opositores.
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1 comentários:

Jhonny disse...

Olá!

Gostei muito da sua argumentação sobre "argumentos" defensores ou opositores de idéias.

Fique com Deus!
Forte abraço!

www.jhonny.com.br

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