segunda-feira, junho 23

Medo do Desconhecido


Todo ser humano tem medo da morte e isto se dá, originalmente, por dois motivos: o primeiro é que todos tememos o desconhecido.
A cultura humana identifica um ser criador capaz de gerar todas as coisas existentes, infinitamente superior ao homem e que pela sua grandeza era temido.
O outro motivo pelo qual tememos a morte, dar-se-á pela sensação de vazio causada por ela, como se algo de errado estivesse acontecendo.
Isto se dá, devido ao fato do homem não ter sido feito para morrer, muito menos envelhecer.
Os cientistas do projeto Genoma, no princípio deste ano divulgaram que de acordo com a análise dos dados coletados, o ser humano foi feito para ter vida eterna.
Uma célula que envelhece não dá lugar a uma célula mais desgastada e mais velha, antes a cópia genética prevê que a célula a que a irá substituir deverá ser idêntica a que acabou de morrer, ou seja, não há razão fundamentada que explique o envelhecimento do corpo humano segundo as análises feitas pelo projeto genoma.
É interessante que tudo isso alude para a existência de um ser criador de todas as coisas, que definiu normas e padrões de moral a serem adotados pelos seres que ele criou, que uma vez quebrada gerou a morte, separação.
Notamos nas palavras de Paulo um posicionamento diferente das pessoas de sua época com relação ao medo da morte. Ele afirmava com convicção que estar morto com Cristo era infinitamente melhor do que a vida que vivia.
Paulo possuía bens, posição e status social invejados, mas abriu mão de tudo isso para correr o mundo anunciando o evangelho de Deus.
Paulo correu para alertar as pessoas de sua época, livrar-lhes de seus medos e tudo o quanto julgavam conhecer da vida após a morte. Ele queria anunciar que com Cristo, o pós-morte é, infinitamente, melhor do que a vida...
Paulo permaneceu por pouco tempo, mas foi o suficiente para cumprir tudo o que lhe estava destinado fazer.
E nós! Como tem sido os nossos dias? Se ainda permanecemos, porque será? Será que ainda há algo a ensinar? Será que ainda há algo a aprender?
É melhor começarmos a analisar as nossas vidas! Se não somos de utilidade alguma para as pessoas ao nosso redor e muito menos a nós mesmos, nossos ideais já morreram há muito tempo, quem sabe, estes não foram soterrados em nossa juventude.
Mas se você não é diferente de mim, parece existir alguma coisa dentro de nós que nos faz ir adiante, forçar nervos, músculos, tudo a dar o que neles ainda existe; mesmo que exauridos pelo tempo, uma voz parece nos aludir, crê, ainda, persiste!
Talvez ainda haja alguma coisa a ser feita em nossas vidas, antes de encontrarmos aqueles que nos foram tão caros durante a vida...
Nem que seja ter a fiel certeza e convicção de crer onde passaremos nossa eternidade...
A morte não é o fim de todas as coisas, ..., ela é o início da eternidade, basta que decidamos em vida aonde nos queremos passá-la...
Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

terça-feira, junho 17

Seduzindo a noiva...



Este é um título que nos abre os olhos! E não seria por menos, além de intrigante, esta pequena frase nos causa repulsa e aversão extrema se a usamos para descrever uma noiva que está sendo flertada por outro pretendente senão aquele que pretende desposá-la.
O tema é no mínimo repulsivo, mas paremos para analisar o caso. Uma jovem que não tinha estudos, nem modos, vinda de uma família que vivia à margem da sociedade sem objetivos a serem alcançados e sem esperança no seu futuro se depara com um jovem fino, estudado e educado que cruzou seu caminho.
Os dois se entreolharam e o amor aflorou entre eles. Ele quebrou todos os tabus e paradigmas entre os dois mundos indo ao encontro dela. Ela, por sua vez, lhe jurou fidelidade e amor eterno. Este custeou seus estudos, a retirou do ambiente em que vivia e a colocou em lugar próspero. Devido às imposições de seu trabalho teve que partir em viagem longa para cumprir com os atributos de sua função. Ela ficou a esperá-lo!
Pode ser que com relação a uma jovem à beira da margem da sociedade, sem esperança e sem futuro não haja pretendente, mas agora, esse não era mais o caso, ela havia se tornado uma jovem linda, educada e atraente. Já não vivia à margem da sociedade, era reconhecida por todos.
É esta a jovem que ora é flertada por outros pretendentes. Estes são sedutores, cheios de bens, astúcia e malícia com os quais anseiam lhe comprar e adquirir. Tecem comentários sobre facilidades que podem ser adquiridas e como as usar em benefício próprio. A incitam a não ansiar e esperar pelo noivo, pois os anos são duros com todas as pessoas e talvez esse nem volte mais.
A pressão do dia a dia, a falta de informação de seu noivo, a grande quantidade de pretendentes que lhe cercam e os anos que passam e lhe tiram a juventude, querem a um só fazer-lhe quebrar seu juramento, sua promessa àquele que lhe resgatou e lhe deu novidade de vida.
Assim é a Igreja de Cristo, a noiva que aguarda pelo noivo, por aquele que virá desposá-la. Aquele que prometeu é fiel e verdadeiro para cumprir a palavra empenhada. Os anos passam, mas sua fidelidade permanece a mesma.
As pressões que a sociedade tece sobre a igreja, querendo fazê-la ceder às práticas da sociedade e aceitar viver os mesmo padrões que os demais, continuam constantes, mas a fidelidade deve lhe ser inerente.
É certo que, talvez, haja noivas que tenham se corrompido e aceitado “alguns” adornos e práticas que não lhe foram ensinadas pelo seu noivo, passando cada dia a viver de forma diferente daquela que ele a ensinou, resolvendo seus problemas pelo conhecimento dos homens (psicoterapia, meditação transcendente, etc), buscando satisfação em jogos de azar, consulta a espíritos, vivendo pelos bens, buscando riquezas materiais, uma vida em prol da resolução de seus próprios problemas com alvo a prosperidade e sucesso pessoal, tornando-se mesquinha, egoísta e desleixada, menosprezando o próximo, a ponto de esquecer-se completamente de onde foi retirada.
Por acaso, serão reconhecidas e aprovadas por Ele quando voltar para buscá-las?
Consinto a minha alma que pratique aquilo que nos foi deixado para que na sua vinda eu não me envergonhe e não o reconheça ficando para trás por não ter mais nada em comum com aquele que jurou desposar a igreja. Que este também seja seu intento!
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Dizemos que não, mas é certo que sim...



“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim”.
At 17.11
Este texto já é bem conhecido e amplamente divulgado, pelo menos entre nós, mas diferente de todas as vezes que o analisamos indicando o zelo em questionar se o que está sendo afirmado por alguém recebe apoio das escrituras, prefiro analisar o contrapé desta colocação, as bases em que se firmam estas palavras.
Quero dizer, com isto, que procuro contexturalizar que a base de vida dos Bereanos era a própria escritura, é claro!
Esse era o pilar de toda a vida deles. Não estavam preocupados em dar ou não dar crédito a um pregador. Não estavam preocupados em desmascarar farsantes, tal atitude não os faria melhores nem piores do que ninguém. Nem tão pouco tencionavam demonstrar soberba por conhecerem as escrituras mais do que os outros.
A questão que envolvia Beréia era outra. Eles eram diferentes de todos os demais religiosos com que Paulo havia topado. Eles eram praticantes! Não meros leitores, mas praticantes, questionavam os ensinos de Paulo, pois ansiavam viver as escrituras conforme a verdade que ele divulgava! Não se limitavam a conhecer para poder questionar a veracidade das informações, eles desejavam viver o que liam e compreendiam acerca do evangelho, e isso em todas as áreas de suas vidas.
Geralmente nos referimos aos bereanos como aqueles que zelavam pelas escrituras e isto é fato! Usualmente, se olhamos para os bereanos como pessoas que zelavam pelas escrituras, somos tencionados a crer que somos tão dignos de louvor quanto os próprios. Será?
Não é tão difícil ser um bereano, se limitamos o entendimento desta palavra a simplesmente questionar se o que está sendo pregado corresponde com a veracidade das escrituras, ..., aliás fica aqui registrado que questionamos tudo, mesmo quando está de acordo com as escrituras! (Para um bom leitor meia palavra basta)
Contudo, ao abordar o sentido de ser bereano no viver diário, verificamos que estamos longe de sermos.
Os Bereanos analisavam as escrituras em tudo em que estivessem se envolvendo! O bom testemunho era vital! Nós, nem sempre!
Quantos são os emails de conteúdo duvidoso que encaminhamos as caixas de nossos amigos e parentes? Sem analisar se são, de fato, informações verdadeiras. Se, verdadeiramente, analisarmos se merecem a autenticidade que eu a dou a repassá-la.
Ao passar uma informação para frente, estamos assinando em baixo, autenticando-a como confiável, mas e se ela não for? Será lida como se fosse, é claro!
Dizemos que não tomamos atitudes como essas que estão bem distantes das atitudes evidenciadas por aqueles a quem o apóstolo Paulo elogiou, mas a verdade é que sim, grande parte das vezes deixamos de agir como oficiais que pela autoridade espiritual que lhes fora dada são tidos como os mais confiáveis em determinados assuntos e colocamos nossa assinatura em tudo que passamos os olhos.
Analise tudo o que você está fazendo! Os emails que anda enviando para as caixas dos demais. As informações acerca de promoções, cancelamento de 13º salário, etc. Não custa nada verificar a autenticidade da mensagem antes de repassá-la. Sejamos bereanos de fato!
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