domingo, setembro 23

Um Ano de Pensadores...

Agradeço a todos que acompanharam o Jornal "O Pensador".

O Pensador, antes de mais nada, é um Jornal, um documentário, um alusivo, que nasceu da necessidade de crescimento espiritual dentro do ambiente cristão. O pensador não é um blogger evangelístico, ele é para cristãos renascidos que estejam inquietos e desejosos de prosseguir na caminhada Cristã de conhecer a Cristo dia a dia.
Não vejo o editor do blogger como "O" pensador. Este simplesmente é uma pequena voz a clamar no deserto espiritual no qual todos nos encontramos.

Pensadores, ..., Cristãos, ..., deveriam ser sinônimos, ..., mas não são!..., assim como, Cristãos atuais e Cristãos de Beréia deveriam ser reduzidos a um único denominador comum, Cristãos! Mas, infelizmente, em nossos dias, não podemos!

Pensadores, são todos vocês que entram neste site, ..., e não aceitam tudo o que lhes foi mastigado, antes questionam em pensamento ou em comentários e revivem a própria natureza questionadora dos crentes de Beréia, as quais o próprio apóstolo Paulo tanto elogiou.

Agradeço-lhes por caminharmos juntos durante um ano de publicações, ..., neste momento lhes convido a trilharmos mais um ano lado a lado!

Graça e Paz a todos!

quinta-feira, setembro 20

Aonde foi parar?

Aonde foi parar aqueles homens que buscavam pela simplicidade? Aonde foi parar aqueles que fugiam do enclausuramento dos livros para viver em liberdade entre o povo? O que será que ocorreu com aqueles que exalavam alegria e felicidade, a caminhar debaixo de um sol causticante? O que será que ocorreu com estes homens que com o suor do rosto transpiravam a salvação? Já não os encontro nas praças, já não os encontro no portão.
A verdade é que não os encontramos mais andando entre nós, com tanta naturalidade, quando há 5 anos atrás. A maioria deixou-se levar pelo comodismo desta geração. Nós os conhecíamos por evangelistas. Sei que ainda existem, mas não tantos quantos havia.
Já não formam a força motriz do próprio evangelho, não porque não sejam parte dela, mas porque foram trocados pelos programas de benção, promessas de cura, de prosperidade, pelas campanhas de sucesso financeiro e dos mil tipos de “desencapetamento” promovidos por algumas igrejas.
Sua força foi diminuída e seu ministério foi desacreditado. Em nosso meio, já existem aqueles que dizem que o evangelismo histórico, não serve para os dias atuais.
O maior problema é que estes que procuram desacreditar tal ministério, nunca tentaram vivê-lo. Não buscam pô-lo em prática, e realmente, não sei dizer o porquê disso. Posso citar várias explicações, mas pode ser que nenhuma delas configure o real motivo.
Mas uma coisa posso dizer acerca do “Evangelista”. Ele é aquele que mais se aproxima do homem natural (no sentido de buscá-lo), é aquele que mais o compreende. Sempre foi e sempre será assim, pois ele é aquele que se dispôs a compreender o caminho trilhado pelo homem carnal. Não só compreender, mas interagir com ele, sentir e compartilhar sua dor e alegria. Um evangelista é antes de tudo, dentre todos aqueles que decidiram por Cristo, um homem que não vive para si, mas para buscar, assim como um olheiro de futebol busca um novo craque, o evangelista busca uma nova alma que aceite Cristo como seu Senhor e Salvador.
De certo modo, este estilo de vida, debaixo do sol a buscar por almas é cansativo e desgastante. Talvez seja este um dos motivos que estão os levando à aparente extinção. Nossos líderes acostumaram-se demais com as comodidades dos templos. O próprio pastor largou as intempéries do campo para refugiar-se no templo. Ali se fixou e tornou-se sacerdote e é por este nome que quer ser chamado agora. A maioria está tão bem dentro do templo que não deseja voltar ao campo, que é o lugar do pastor.
Sob este foco, o evangelista virou uma pedra no sapato. Ele é o dedo acusador de Deus contra a Igreja, que deseja se identificar mais como templo do que como ajuntamento de pessoas.
Evangelista! É bem mais fácil amortecê-lo do que revivê-lo.
É interessante termos em mente que nem todo Cristão é um evangelista, e isto por si só é um fato inquestionável, mas outro maior ainda, é que mesmo não sendo evangelistas, todos fomos chamados a evangelizar.
Se todos são chamados a evangelizar, fica a pergunta: “O que ocorre quando um ministério como o evangelismo parece morrer?” Ora, o corpo é de Cristo, ele não o deixará,..., parece impossível, mas o próprio corpo reage à ferida aberta. O corpo promove sua própria cura.
É bem verdade que o processo, pelo qual a cura é realizar continua a ser um mistério, é uma ação e intervenção divina. A forma ou meios empregados e a velocidade da cicatrização nos são incógnitas, mas todas elas expressam uma verdade, algo atuou no corpo. Algo acionou o mecanismo de autodefesa que fez com que o corpo reagisse produzindo os meios necessários a sua preservação.
Ora, o que ocorrerá se não houver mais evangelistas a evangelizar? Ora,..., os pastores iram peregrinar! Mas e se estes não desejarem? Os missionários irão participar! Mas se estes optarem por não seguir? Sairá o profeta a conclamar! Sim, é certo que sim! Mas e se nem este ao menos se tocar, o que esperar?
Eu esperarei pelo improvável! O Teólogo! O Mestre!
Aquele homem que mergulhou nas fontes do saber, buscando conhecimento e a quem conhecer para poder ensinar o povo o reto saber, não deixando duvidas para ninguém perecer.
Sim, este homem que antes mergulhava nas profundezas voltando à superfície sempre a ensinar,
Desta vez, quando retoma a superfície não encontra ninguém com quem compartilhar.
Sem ter a quem ensinar, vê o corpo adoecer.
É hora de largar os livros e calçar as sandálias. Se algo tão importante quanto o evangelista se perdeu, é hora do mestre cingir-se de verdade e ensinar a importância do evangelista para sua Igreja.
Num ato de fé e profunda perplexidade, resolve vestir e se armar.
É bem verdade que os anos de estudo lhes enferrujaram as juntas evangelísticas. Anda desajeitado pelos anos debruçados sobre os livros, lhe falta à agilidade inerente ao evangelista, mas uma coisa não lhe sai da mente, mas do que a de qualquer outro. Segue, crê, persiste!
Talvez, nenhum outro ministério entenda tão bem quanto o ministério exercito por aquele que tem o Dom de Mestre, que uma Igreja sem evangelistas está condenada a morte, ela e todos seus ministérios, um a um.
O próprio mestre vê seu ministério perecer. Paremos para pensar:
Se o homem com Dom de Mestre deixou de alertar que o evangelismo é importante e passou a executar...
Se o homem com Dom de Mestre não vê mais seu próprio ministério como essencial, antes reportasse ao evangelismo como pedra fundamental...
Se o homem com Dom de Mestre já não tem prazer em “teologar”, antes olha a sua volta e em seus ossos ardem o desejo de evangelizar...
Se o homem com Dom de Mestre foge de sua natural propensão de tudo teorizar, é bem provável que estejamos vivendo dias maus, onde o amor de muitos esfriou a ponto de esquecerem que a primeira ordem a nos ser dada foi evangelizar.

Sinceramente, gostaria que não estivéssemos vivendo dias como esses, mas, infelizmente, estamos. Mas a pergunta não se calou nem quer se calar. Onde está o evangelista? Ou ainda, em sua falta, onde estão aqueles que foram salvos e determinados a evangelizar?

Para pense e reflita: Como está o minsitério evangelístico na sua cidade?

domingo, setembro 16

Muito Espiritual

Esta semana, descobri o quanto nós, cristãos, podemos ser místicos a ponto de espiritualizar tudo.
Era mais uma boa e pacata aula sobre História da Igreja do Brasil, quando derrepente o foco caiu na Igreja Católica e todas as suas doutrinas, crenças e sacramentos.
Até este ponto, nada demais,..., todo estudo merece aprofundamento. Mas fico receoso quando o aprofundamento torna-se um tanto quanto místico e espiritualizado demais.
Começamos com a basílica de São Pedro e seus significados, inclusive do Obelisco do pátio principal, que segundo relatos,..., desculpem os irmãos, mas é o orgão genital masculino. Não sei de onde este povo tirou isso. Olhei para a figura e não vi nada disso! Para mim era só um obelisco e ponto final.
Mas como se não bastasse, numa turma onde a matéria acaba tornando-se mística, tem sempre um irmão em Cristo místico espiritual no meio.
Digamos que ele conseguiu nos levar do obelisco ao culto a satanás, tecendo comentários profundos acerca do fato. Ao completar suas palavras, disse que para um irmão estudar sobre tal coisa deve orar bastante e estar firme na palavra de Deus.
Coisa que eu discordo, veementemente, afinal de contas se tal irmão orar bastante e por fim ficar firma na palavra de Deus, duvido que o mesmo diga que irá se especializar em tal assunto.
A Bíblia é a interpretação da própria Bíblia. Basta lembrarmos-nos da instrução as sete igrejas de apocalipse, mas especificamente a Tiatira que andava conforme a palavra de Deus e Cristo falou dela, o seguinte: “todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha.”;
Tem horas que dá medo ser Cristão! Pois a maioria de nós não conhece aquilo que jurou defender!

quarta-feira, setembro 5

Na Contramão

Às vezes, me sinto como se estivesse seguindo na contramão! É verdade que seguir na contramão deveria ser a felicidade de todos os irmãos em Cristo, se estamos falando em não seguir o mesmo caminho do mundo.
E isto por si só, deveria ser motivo de alegria, mas o que fazer quando ouço de dentro de uma igreja do Senhor ser pregado aquilo que vai "de" encontro a minha fé, ao invés de ouvir aquilo que vai "ao" encontro dela?
O que fazer quando o pregador afirma veementemente que não há nada errado em procurar grandiosidade, quando a única coisa que consigo lembrar são as palavras de João Batista dizendo que convinha que ele diminuísse e Cristo crescesse? O que fazer quando o pregar diz que nossos erros são mais evidentes do que os erros dos Cristãos das outras épocas, simplesmente porque deixamos de buscar sinais, quando Cristo afirma aos próprios judeus que eles estavam na contramão de seus ensinamentos por buscar tais coisas? O que fazer quando a igreja houve estas palavras e num único coro, pula, chora e grita amém? O que fazer quando o pregador cria mais incentivos emotivos e ações emocionais com o objetivo de sensibilizar o público quando a única coisa que a Bíblia me faz lembrar é que Paulo dizia que sua linguagem era simples e que as pessoas eram convencidas não pelo seu poder de argumentação, mas pela demonstração de Espírito e poder? O que fazer quando ouço um pregador quase onisciente a respeito dos motivos do irmão "A" ou "B" não ir igreja? Será que deveria o lembrar que somente há UM que é onisciente? O que falar quando este afirma que você pode descobrir quem é ou não é Cristão, simplesmente analisando seu comportamento ao dirigir?
Então, a boa conduta no trânsito está intimamente ligada à salvação? Infelizmente, não acho respaldo para nenhuma destas afirmações...
Realmente, sou crítico por natureza, mas quando olho para estes fatos, vejo que estou na contramão do mundo, e também estou na contramão da igreja atual. Digo isso, não com alegria, mas com tristeza. Assim como Paulo, gostaria de estar errado e eles certos, por Amor a Eles e a Cristo, mas não consigo enxergá-los agindo de modo assertivo quando leio o evangelho.

Estudei e continuo estudando,..., o foco era o pastoreado,..., mas não sei se a Igreja atual precisa de alguém como eu,..., aliás,..., para me expressar melhor,..., não sei se a igreja atual suportaria minhas agulhadas contundentes, há muito ela anda enferma, é bem capaz que a Igreja atual não suporte mais agulhadas deste tipo.
Pena que só há uma verdade e um Único Senhor, de modo que uma das três vertentes acima deve ser a correta e duas delas erradas,..., espero que pela misericórdia divina, todos nós venhamos a mudar nossa linha de raciocínio para encontrar aquela que corrigirá não só o correto entendimento das escrituras, mas também aquela que aplique mais amor as críticas por nós feitas.


terça-feira, setembro 4

Nossa Geração


Interessante constatar que uma pequena tira de quadrinhos tem tanto a capacidade de identificar a tendência atual de nossa sociedade, bem como instigar outros a seguirem o mesmo caminho.
Esse ataque dar-se-á em todas as areas e as pessoas de todas as idades.
Os esportistas, agora, assistem os jogos nos finais de semana ao invés de praticá-los, os aventureiros, preferem os filmes de ação e aventura, ao invés da prática propriamente dita; aqueles que andam em busca de amizades, preferem fazê-las de forma prática, através de uma tela fria de computador; os leitores perderam-se na busca do saber em frente a computadores e DVD, todos eles, sendo consumidos mais do que consomem! E os evangelistas , onde foram parar?



O Medo da Inteligência

O Texto que segue abaixo, foi recomendado por um grande amigo. É interessante que o foco principal dele reflete um dos maiores conflitos atuais. Conflito este, que encontramos em qualquer setor da sociedade, seja política, economia, educação, ciência, e por que não na religião? Sim na religião também! Vivemos dentro da sociedade e estamos inseridos no mesmo meio que eles. Então porque crer que o tema abordado abaixo não reflete inclusive a situação encontrada dentro de algumas igrejas? Seria protecionismo nosso? preciosismo? Não sei, mas deveríamos observar o fato de que estamos inseridos no mesmo planeta Terra de todos aqueles que não vão a igreja. Frequentamos os mesmos supermercados, elegemos nossos lideres em conjunto com estes, sem contar que trabalhamos juntos!
O que nos faz crer que, o que acontece na sociedade não acontece no panorama cristão? Talvez, nossa cegueira! Enfim, ..., nada melhor do que um bom texto para observarmos o contexto em que estamos inseridos para refletirmos e despertarmos para as questões realmente importantes e verdadeiras...
Que todos sejam abençoados com a reflexão abaixo,...
Graça e Paz...


O MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA
Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.
O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: - "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".
Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava n'uma carreira difícil. Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil.
Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: - "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência".
A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas e de chefia é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições.
Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes
que não revelam o apetite do poder. Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.
É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.
Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.
É um paradoxo angustiante. Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: - "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra".
O problema é que os inteligentes gostam de brilhar.
QUE O SENHOR TE ABENÇOE E TE GUARDE.
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