segunda-feira, dezembro 22

Recesso de 10 Dias


... amigos, companheiros, blogueiros em geral! A todos que optaram por se aventurar nos meandros do saber, de refletirem e de não aceitar qualquer coisa sem antes provar se esta faz parte da Verdade, deixo um singelo aviso! Este blog entra em recesso de 10 Dias, ..., afinal de contas, até blogueiro precisa de descanso, rs.

No Blog, nenhum texto será publicado, a não ser, talvez, algumas poucas palavras felicitando-os pelas festas de final de ano... Nos revemos, conectamos e blogamos  em 2009...

No mais, 
Em 2009
Voltamos com carga plena!
Paz a todos!

O Poder das Escrituras e o Homem

“Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”.
Somente umas poucas três mil conversões com uma única exposição da palavra!
Com olhares incrédulos, muitos lêem esta passagem, quase que descrentes na fidelidade e possibilidade de atuação do Espírito Santo da forma como foi descrita por Lucas. Infelizmente, dizemos, pensamos ou temos a infelicidade de ver em alguém próximo de nós estas palavras estampadas em sua fronte, quando não, proferidas aos quatro ventos.
De certa forma, os motivos que levam a estas reflexões são variados, mas nenhuma delas é amparada pelas escrituras. São “achismos” de uma geração que não crê, fielmente, no poder das escrituras.
Se pudéssemos reduzir tudo a um denominador comum, diria que o problema de nossa geração está, exatamente, em descrer na fidelidade profética. As escrituras atestam que perfazem a única real necessidade do homem e nelas julga-se haver a verdade. Logo, se a verdade está contida na Bíblia, ou se a Bíblia é a verdade, não há necessidade de nenhuma literatura extra para conduzir o homem a Cristo, a salvação e a restauração de sua vida.
Se algo é verdadeiro por si só, qualquer acréscimo que faço a verdade torna-a uma mentira. De posse destas alegações, diga-me, por que nossa geração tem que associar a pregação à psicologia, se a nossa única regra de fé e de prática são os textos encontrados entre Gn 1.1 e Ap 22.21? Estariam as escrituras descontextualizadas com nossa geração a ponto de necessitarmos de uma muleta? Ou lhe falta a verdade? Ou ainda, o que era verdade para a geração anterior necessita de auxílio humano para adquirir a alcunha de verdade para a nossa geração?
Sempre que associo as escrituras com quaisquer terapias de auto-ajuda, retiro das escrituras o poder que restaura o homem. Retiro delas a atuação divina e restrinjo-me as técnicas humanas de melhoramento de humor, saúde, sucesso, fama e dinheiro, que por si só não compõem o objetivo fim da exposição Bíblica.
As escrituras acusam o erro humano e anunciam a redenção. Nossa geração não é melhor ou pior do que as outras para que o evangelho tenha que ser adequado a ela. Basta que seja anunciado as mesmas palavras que foram anunciadas nos tempos apostólicos e veremos o agir de Deus em nossos dias também.
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domingo, dezembro 21

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Trata-se de uma introdução a importância da análise da Profecia Bíblica na manutenção da Fé Cristã

quinta-feira, dezembro 18

Estamos Concorrendo

Se você quiser indicar "O Pensador" para concorrer ao Best Blogs Brazil 2008, não se acanhe, dê um clique na imagem abaixo e faça a indicação, ainda temos até amanhã, dia 19 Dez 08 ocasião em que se encerram as indicações... 
Um abraço a todos...

terça-feira, dezembro 16

Nas adversidades, somente uma única saída correta!


E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. Naqueles dias, desceram alguns profetas de Jerusalém para Antioquia, e, apresentando-se um deles, chamado Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio. Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; o que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo.” (At 11.25-30)

No berço do cristianismo encontramos esta passagem de grande relevância, na qual aquele que profere a palavra de Deus, o profeta, desce de Jerusalém para Antioquia, realizando um movimento contrário ao previsto. Afinal de contas, Jerusalém era o berço do Cristianismo e não Antioquia.
Contudo, Jerusalém foi incapaz de crescer no meio das adversidades. As crescentes e constantes oposições ao ministério dos apóstolos tolheram as características que a tornaram berço do cristianismo. O que restou de Jerusalém? Uma igreja incapaz de subsistir sem o auxílio de seus irmãos mais novos.
Toda a oposição e resistência ao Cristianismo tornaram mais fortes as raízes das congregações que se formaram fora de Jerusalém, contudo, a mesma oposição e resistência dentro da cidade santa, amorteceu os vivos, impedindo que os frutos do Espírito se tornassem mais evidentes, dia após dia.
A oposição a causa cristã torna possível o homem exercer seu livre-arbítrio. Antioquia firmou-se na palavra e pela palavra, não indo além do que estava escrito, nem tão pouco, ficando aquém do que havia sido ordenado. Como resultado de seu proceder, o tempo lhe fez florir e frutificar, tornando-se o centro do evangelismo da igreja primitiva, de onde todos vinham e para onde todos seguiam.
Aquela geração de Cristãos em Antioquia nunca se exaltou. Soube portar-se diante dos fatos e sustentar a igreja de Jerusalém. Antioquia sabia que não era Jerusalém a quem Cristo havia ordenado ser a primeira a ouvir a mensagem de arrependimento, nem tão pouco se julgava capaz de responder pelo nome de Judéia ou, ainda, Samaria.
A Ordem de Cristo havia sido bem clara: “sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”.
Antioquia fazia parte da última porção mencionada, confins da terra, situada entre todas as nações e por analogia, semelhante a elas em todos os seus pecados. Nada que pudesse ser ostentado por um cristão como alcunha de digno de honra.
Foi, exatamente, por reconhecer a infinita misericórdia, graça e benfeitoria recebida que ela mais se doou, evangelizou e discipulou em nome de Cristo, sem ter que tomar para si aquilo que não lhe pertencia. Cabia a Antioquia ser Antioquia e a Israel ser Israel.
Aquela geração em Antioquia nunca olhou para as impossibilidades. Olhavam para Cristo e para tudo o que Ele queria fazer aos seus através deles.
Através do evangelho reconheceram a oportunidade da salvação e a miserabilidade humana, o que os tornaram cristãos ativos numa sociedade a margem da salvação.
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segunda-feira, dezembro 15

O Evangelho: Anunciá-lo ou Vendê-lo?

Infelizmente, estamos vendendo um evangelho diferente daquele que nos foi anunciado pela Bíblia.
De quem será a culpa? Estamos vendendo a salvação e não a anunciando!
Em nossos dias, a salvação é comercializada bem debaixo de nossos narizes sem que façamos nada. Cristo tornou-se muitas coisas para uma sociedade capitalista egoísta, menos o Salvador e Redentor de nossas almas.
A cada dia, as pregações são mais e mais contextualizadas com o público alvo, para a infelicidade daqueles que as ouvem.
Estamos contextualizando o nosso egoísmo com a necessidade de Deus atender todos os nossos desejos infantis em detrimento da vontade dEle.
Estamos contextualizando a nossa preguiça mental para analisar as escrituras com o desejo dos lobos vorazes, que entram no rebanho para dividir e selecionar as mais fracas para o abate.
Estamos contextualizando nossa cobiça com tudo o que o mundo pode nos oferecer quando ‘‘colocamos Deus contra a parede’’.
Estamos contextualizando o que a Bíblia fala acerca da última igreja na face da Terra ao cometer todos os erros, anteriormente, citados.
Para vender um produto, tenho, obrigatoriamente, que torná-lo atrativo, senão o produto vai ficar encalhado na loja! É isto que estamos fazendo com o evangelho, tornando-o atrativo através de inúmeras explanações eloqüentes, no entanto, desprovidas de verdade, validade e autenticidade. Enfatizo as bênçãos, faço com que o povo busque a cura divina ao invés de Cristo, transformo a igreja num clube de auto-ajuda onde as pessoas entram para ouvir uma palavra positiva a fim de aliviar o stress diário e constante. Enfim, transformo o evangelho num produto desejável para uma geração, estritamente, consumista e materialista.
Anunciar o evangelho é expô-lo em sua íntegra, da mesma forma como Jesus fazia, dando a seus ouvintes a oportunidade de optarem ou não pela salvação. Sem invencionices, sem maquinações, sem afixação de preço, sem manipulação de emoções ou qualquer tipo de aplicação que sugira engrandecimento pessoal. Antes, deveríamos expor o evangelho na qualidade de João Batista, como um homem, que anseia em diminuir frente a grandeza daquele a quem anuncia.
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sábado, dezembro 13

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Aula Dominical Adaptada do Livro "Os Quatro Amores" de C.S.Lewis.
Esta aula em questão, trabalha a relação entre Amor Doação e Amor Necessidade, bem como, dois dos quatro amores trabalhados pelo Livro de C.S.Lewis, a saber, a Afeição e a Amizade.

sexta-feira, dezembro 12

Wishful Thinking, a falácia dos desejos


Para quem nunca havia escrito nada sobre argumentação falaz, tendenciosa e incapaz de suster conclusões, até que muita coisa foi escrita sobre o assunto.
A falácia “Wishful Thinking” ocorre porque o argumentador crê que sua idéia sobre determinado assunto é tão boa que é impossível seu argumento ser falho. Dou o crédito de verdadeiro ao argumento porque tenho esperança que ele assim o seja.
Sobre esta temática não faltariam assuntos. Vejamos alguns exemplos:
“Independente do que eu faça nesta vida, eu vou para o céu, porque Deus é bom e Ele não levaria em conta minhas atitudes inconseqüentes, afinal de contas, a vida é para ser vivida”.
“Quando vejo as pessoas passando fome e maus tratos no noticiário, eu paro um momento e canalizo meu pensamento positivo e creio que de alguma forma estou ajudando a necessidade delas”.
“Eu creio que se eu me esforçar em pensar positivamente atrairei somente coisas boas para a minha vida”.
Não importa a frase em questão, todas elas estão amparadas na falsa premissa de que se creio que uma coisa é boa, ela, realmente, o é. Por essa analogia até o diabo poderia ser considerado como uma boa pessoa se alguma pessoa assim quisesse crer.
O fato de desejar com todas as forças que uma coisa seja verdadeira não a tornará em verdade. Não adiantará em nada o ateu crer que Deus não existe para não ser julgado por Ele, pois creditar ou não existência à Deus, não O impedirá de exercer seu julgamento sobre toda a carne.
Não adiantará em nada, crer que por ter dito “Eu aceito Jesus como meu Senhor e Salvador”, a frase em si terá um poder mágico que me tornará salvo independente das minhas atitudes, arrependimento verdadeiro e mudança de vida.
Infelizmente, estamos vendendo um evangelho diferente daquele que nos foi anunciado pelas escrituras. Estamos vendendo o evangelho dos desejos... Estamos pregando o evangelho a partir daquilo que gostaríamos que ele fosse e não a partir daquilo que o evangelho se propõe a ser.
Cristo nunca ensinou seus seguidores a serem falazes, a enganar seu ouvintes em prol da salvação, muito menos, pregar aquilo que não estava escrito, trocando a verdadeira mensagem por uma adequada aos sonhos, desejos e anseios de seus ouvintes...
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quinta-feira, dezembro 11

Ad Novitatem (Apelo ao Novo)


Esta falácia funciona de forma inversa a falácia Ad Antiquitatem. É o apelo dos revolucionários, daqueles que possuem a mente cheia de idiossincrasias borbulhando por soluções práticas, inovadores e autênticas. Estes rejeitam tudo o que não for novo.
Para quem ainda não se deu conta, estamos entrando no mundo do Ego e de suas maravilhosas conquistas, onde a verdade é reformulada e adequada ao plano de fundo que melhor lhe convier...
Já diziam os grandes pensadores cristãos: “não há nada de novo na Bíblia e o que há de novo já tem lá seus 2000 mil anos história”. Contudo, nossa geração, ávida por campanhas, técnicas motivacionais e de sucesso, tem trocado o evangelho por qualquer coisa que dê certo.
Isso tem contribuído para a falsa idéia de que o evangelho tem que ser reformulado e adequado a real necessidade daqueles que ainda não foram alcançados pelo evangelho. Por exemplo, se o povo não quer mais ouvir falar sobre pecado, não falamos, mas falamos de Cristo. Retiramos o pecado e ao invés de Cristo ter morrido pelos nossos pecados, fazemos o mesmo que o Dr. Robert Schüller, na catedral de Cristal fez, afirma que Cristo morreu naquela Cruz para santificar nossa auto-estima.
Sinceramente, eu sei que é uma idéia louca e descabida, santificar àquilo que Cristo disse que nós seríamos responsáveis em fazer morrer, mas segundo os pregadores do sucesso, necessitamos de um novo evangelho para uma nova geração.
Qual geração será a que eles estão se referindo? Para mim, estão se referindo a geração da Igreja Apóstata, segundo o capítulo quatro da primeira carta a Timóteo. Infelizmente, o capítulo mencionado contém profecias que, não somente terão, como também, serão cumpridas levando muitos à perdição por terem seguido homens cheios de si.
Nossa geração está cometendo uma das maiores abominações contra ao Cristianismo Bíblico. Estamos excluindo da pregação nos púlpitos o pecado e o arrependimento, em prol de técnicas de motivação e sucesso, em prol de alianças duvidosas, em prol de materialidade e prosperidades terrenas.
As verdades fundamentais e absolutas foram trocadas por verdades temporais e de entendimento pessoal que dia a dia surgem através de revelações e lampejos destes que promulgam suas novas idéias ao invés da antiga proposta de redenção das almas humanas. Por ventura, quando vier o filho do homem qual será o resultado que esta nova técnica de plantio acarretará na colheita que há de vir?
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quarta-feira, dezembro 10

Nas Garras da Graça - Max Lucado


Já pensou em ganhar este livro sem qualquer tipo de custo? É bem fácil e simples, basta seguir umas regrinhas básicas. Pois bem, segundo o nosso amigo Agnaldo Gomes do Desperta Igreja, é extremamente fácil participar do concurso.

Basta que você escreva um Post sobre o concurso, com um link para a página inicial do Desperta Igreja!;
Depois de escrever o post, envie um email para jesus31santos@hotmail.com com a url do post;

A apuração será feita a
través do site
random.org. O random.org vai sortear e reorganizar a lista dos blogs participantes de maneira aleatória, e o primeiro blog sorteado ganhará o livro;
O ganhador receberá o livro através do correio com todas as despesas pagas;

O concurso é válido até o fim do dia 04/01/2009 , e no dia 06/01/2009 haverá o sorteio onde conheceremos o vencedor.

Pois bem, já fiz minha parte, e você?

Dicto Simpliciter (Regra Geral)


Ocorre quando um caso específico é utilizado para formular uma regra geral. Eu mesmo, entre meus 17 e 18 anos, fiz uso desta regra numa situação que repercutiu ao longo de muito tempo na mídia.
Quem não se lembra daquele pastor que chutou uma imagem católica em rede nacional? Pois é, naquela época eu era um dos muitos que estava largando catolicismo romano para mergulhar de cabeça no protestantismo. O fato em questão atrasou minha aproximação ao evangelho como o entendo hoje em dia em quase dois anos.
Naquele diz propus meu Dicto Simpliciter, “se isto é o que significa ser protestante ou, ainda, evangélico, afirmo que não quero isso para minha vida”.
Naquele dia, estava pronto a retornar a minha vida de católico “não-praticante”, exatamente, como me denominava. Contudo, iniciou-se uma campanha divina em minha vida. Nem sei ao certo, quantos foram os cristãos evangélicos que começaram a entrar em minha vida, abrilhantando-a com um testemunho de fidelidade a Deus e amor ao próximo.
Nada, a não ser o profundo amor de Deus, é capaz de explicar a inúmera quantidade de cristãos que, simplesmente, resolveram partilhar suas vidas comigo, dando-me a oportunidade de reconhecer neles o que não reconheci no homem que havia chutado uma imagem em rede nacional.
Ainda hoje, me lembro do primeiro dia que entrei numa igreja evangélica, o que disse aos homens que na porta da igreja estavam, pedi para não me expulsarem do templo por ser católico, pois apenas gostaria de conhecer a igreja. Lembro-me da expressão em seus rostos por causa da minha colocação e como fui, profundamente, tocado por Deus, naquela ocasião. Simplesmente, não conseguia sequer seguir o louvor, meus lábios estampavam um sorriso inflexível e meus olhos não paravam de lacrimejar.
Quanto ao Dicto Simpliciter, simplesmente, não resistiu à profunda demonstração de amor, da parte de Deus, sobre minha vida.
Quando olho para trás e tento relacionar está falácia com este momento crucial em minha vida, sou obrigado a alegar que o Dicto Simpliciter é fruto da dureza do nosso próprio coração que tende a criar regras gerais com a finalidade de evitar o sofrimento. Estou convencido que o auto-protecionismo é fundamental na criação dos Dicto Simpliciter!
Ex.: “Homem é tudo igual”;
“Mulher é tudo igual.”
Esta falácia apela para uma amostragem que não reflete a natureza do todo, atribuindo-lhe a característica que não lhe faz jus, transformando a exceção na regra.
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terça-feira, dezembro 9



Post Hoc Ergo Propter Hoc (Antes disso, então por causa disso)


É a falácia da falsa causa, ou seja, transformo aquilo que não tem relação com o evento na razão da ocorrência dele. Por exemplo, “o Marcelo, finalmente, veio em nossa reunião. Não é de se espantar que esteja chovendo!”
Esta falácia é usada, amplamente, nos mais diversos meios de comunicação, em todas as classes sociais e em torno dos mais diversos ambientes.
Muitas das vezes, aparenta ter uma veia cômica, mas existem aqueles que fazem dela palavra de fé e de prática, dando valor real àquilo que de tão ridículo não caberia a mínima menção.
O Pr Ciro Sanchez Zibordi, aborda em seus livros diversos destes casos, como por exemplo, a alegação de que “Crente que tem promessa não morre”, “Crente que é crente não pode ficar doente”, entre outras, amplamente, divulgadas no meio cristão.
Todas essas falácias primam por esconder a verdade com uma mentira, dando à conseqüência uma causa que nunca lhe coube.
É, exatamente, o que ocorre quando utilizamos a psicologia (psicoterapia) para resolver problemas de natureza espiritual. Damos a ela a “capacidade” de resolver problemas os quais, na realidade, a Bíblia afirma, categoricamente, ser a única capaz de resolver.
A análise parte da conclusão! O homem tem um problema, contudo a causa é analisada de forma equivocada pela psicologia, o que vem a gerar a falácia. Atribuo uma causa falha e incapaz de sustentar a conclusão que não lhe cabia originalmente.
A Bíblia afirma que tanto o problema do homem quanto o problema do mundo estão centrados no pecado original que descompassou todo o universo, sendo ele a causa motriz de toda a infelicidade, doença, enfermidades e temporalidade dirigindo e condicionando todos a única resposta possível, a fim de restaurar todas as coisas, a rendição humana ao senhorio de Cristo.
Já a psicologia (psicoterapia), criada para competir com as escrituras e retirar dela a primazia da resposta ao problema humano, afirma que o problema está, muitas das vezes, nas fases oral, anal, fálica, latente e genital. O problema centra-se na repressão exagerada do Superego, consciência inibidora da vontade humana criada pela assimilação de regras e procedimentos inerentes de sua própria sociedade, visando impor sua vontade ao Id, desejos mais primitivos do ser humano, condicionando a solução do problema analisado à resposta psicológica de fazer com que o Superego freie menos os impulsos do Id, permitindo que o homem sofra uma pressão menor sobre si.
Uma análise errada da causa do problema e da infelicidade humana tende a gerar a administração equivocada dos medicamentos necessários a sua reabilitação. Às vezes, podendo levar o paciente, inclusive, a morte!
Argumentação sólida e pensamento crítico, ambas são imprescindíveis a todos quantos são chamados por cristãos!
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segunda-feira, dezembro 8

Democraticamente...

Sem dúvida a democracia é o pior tipo de governo existente, mas é o melhor que temos!
Estas palavras não são minhas, mas de um homem que ao seu tempo enxergou aquilo que nenhum outro enxergava: que a voz do povo é o pior tipo de governo exercido pelo homem.
A voz do povo só tem causado más conseqüências ao longo da história. Um exemplo clássico do que falo é a passagem bíblica de 1ª Sm 8, onde o povo se reúne, democraticamente, para dizer a Samuel que anseiam por um Rei! É interessante que foi uma eleição bastante democrática. Foram levantados prós e contras e, por fim, firmam a posição: “queremos ser governados por um homem a semelhança de todas as demais nações, queremos ser iguais as nações do mundo!”.
Com isso, Israel troca Deus por um homem que pudesse reinar sobre eles. Da mesma forma, O Cristo, filho de Deus é enviado a crucificação! No dia em que era convencionado por Pilatos soltar um prisioneiro, este se dirigiu a multidão, e disse: “Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?” Crucifica-o! E novamente optaram pelo homem ao invés de Deus!
Aonde quero chegar? É fácil, a Bíblia nos orienta a sermos conhecedores de nosso próprio tempo a fim de que não venhamos a ser enganados. É mister que havendo guerras, rumores de guerra, lutas, terremotos, fome, peste e todo o tipo de assolação, o mundo tende a clamar por socorro, por alguém que tenha capacidade de por fim a todos os males trazendo paz e governando-as. Pelo menos, este é o anseio da ‘‘Veja’’, segundo uma reportagem deste semestre e, ainda, de alguns jornais americanos, ingleses e alemãs do ano de 2008.
Democraticamente, o mundo elegerá um homem para que governe sobre todas as nações, democraticamente, o divinizarão, e por fim, democraticamente, lhe darão o poder de todas as nações. Nos primeiros três anos e meio ele cumprirá com toda a sua palavra e isto atrairá muitos a ele. Após os primeiros três anos e meio, ele se revelará e trará os piores três anos e meio que a Terra já viu.
Sobre este governo, a bíblia diz uma coisa... “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”. Mt 24.22
Bem, a Bíblia relata que no final dos tempos, Cristo retornará e estabelecerá seu próprio governo, mas Ele não o fará, reedificando um governo que foi usado para que satanás pudesse estabelecer seu reino.
Deus faz novas todas as coisas! O melhor tipo de governo que o homem pode inventar é incapaz de satisfazer Deus, mas serve, perfeitamente, para os intuitos anticristãos de satanás.
O que estamos pregando? Por acaso, estamos tentando estabelecer um reino terreno para que o messias possa voltar? Se assim estivermos, seremos enganados pelo anti-Cristo! Enfim, a tentativa democrática de estabelecer o reino de Deus na Terra e não nos corações humanos tornará possível a operação do engano que ludibriará a muitos, afastando-os das verdades contidas nas palavras das profecias deste livro, conduzindo, preparando e adequando todas as peças do cenário profético ao cumprimento dos propósitos do anti-Cristo.
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sexta-feira, dezembro 5

Non Sequitur , A Falácia das Implicações (Causa & Efeito)


Esta falácia ocorre quando não há relação verdadeira entre causa e conseqüência. Não há ligação entre premissa e conclusão.
Quando nossas premissas e todos os argumentos levantados para dar suporte à conclusão não tem relação alguma com aquilo que queremos defender, ocorre aquilo que caracterizamos por falácia da falta de implicação causa efeito. Imagine-se construindo uma casa onde os alicerces foram firmados no terreno ao lado daquele onde você resolveu colocar o teto da casa. Pode, até, parecer muito bonito, mas não será nada funcional. O teto estará de pé somente para nosso argumentador, que pelo poder da sua fé crerá naquilo que resolver fundamentar. Pena que segundo seus interlocutores, alguma coisa estará faltando, gerando um grande sinal de interrogação em suas mentes, por identificarem a falta de ligação entre os argumentos e a conclusão.
Por exemplo, “Se Deus está no controle, vai ter chuva de bênçãos!”. Será verdade?
Após o batismo com o Espírito Santo, Jesus foi levado pelo Espírito para ser tentado no deserto, permanecendo lá durante 40 dias. Com certeza, o controle divino é inquestionável, pois quem O conduziu até o deserto foi o próprio Espírito. Contudo, Ele foi conduzido para ser tentado!
Onde está a benção, segundo o entendimento humano da questão? Será que é esta benção que o interlocutor está a se referir? Se assim for, não há falácia aqui, contudo se a benção a que ele se refere for aquele que estamos acostumados a entender como clamor e voz do povo, então estaremos falando de coisas diferentes e sem ligação alguma entre elas.
O Espírito Santo conduziu-o para a batalha, para a provação e não as bênçãos, oásis, luxos e riquezas almejadas por alguns homens que abraçaram determinadas teologias anti-bíblicas.
Quem sabe, não citamos o personagem errado? Cristo, talvez, seja santo demais para enquadrar-se nesta proposição. Talvez, Jó seja alguém melhor citável! Um homem rico, próspero, justo, reto e temente a Deus, que perdeu tudo o que tinha e passou todos os tipos de necessidade e aflições, e é claro, tudo sob o controle de Deus, que administrava o que poderia e não poderia ser tocado na vida de Jó. É, ..., também, não deu certo!
Não importa quem venhamos a citar. Não há amparo para esta argumentação! Ela é falha, mas caímos "aos baldes" nela.
Outros exemplos!
“Eu também tenho direito a estas coisas, porque também sou filho de Deus!”
“Temos que ter uma igreja bonita e bem ornamentada, pois todos nossos membros são bonitos e bem vestidos”.
“O filho do pastor é um verdadeiro santo, afinal de contas, seu pai é um pregador excepcional”.
Todas essas as frases acima apresentam falácias em suas construções, relacionadas à causa e efeito, alicerces e teto. Você saberia identificá-las?
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quinta-feira, dezembro 4

Red Hering (Conclusão Irrelevante)


O Red Hering é mais uma forma errada de se argumentar, porque visa desviar a atenção do debate para outra de igual peso, a semelhança da Falácia do Espantalho, contudo esta não se preocupa em destruir ou deformar a argumentação do oponente.
Ela pauta-se por premissas que seriam “aceitáveis” ao seu argumentador. Ocorre, geralmente, quando as pessoas são colocadas em “saia justa” e não anseiam em responder as argüições feitas por seus interlocutores, mudando o rumo do discurso para um assunto de interesse qualquer entre os dois argumentadores, e se o argumentador morder a isca, cheque-mate!
Cito um exemplo deste grande erro argumentativo:
“Você alega que devemos pregar sobre o pecado para que sejamos, verdadeiramente, uma igreja, mas o objetivo da Igreja é anunciar o profundo amor de Cristo que nos deu a salvação eterna. Ele quer formar uma grande família. Ele deseja que nos acheguemos a ele em amor, pois ele anseia por ter comunhão conosco. Logo, as pregações devem falar do amor de Deus e não do pecado, pois este afastará o homem de Deus e o fará sentir-se culpado por seus atos. Deus é amor e quer comunhão! Então,..., ainda acha que devo pregar algo que afastaria as pessoas de Deus?”
O argumentador não se propõe a deformar o argumento inicial, ele ignora-o como argumento e tece o seu próprio a partir daquele, demonstrando que, no seu ponto de vista, existe um argumento superior e que não pode ser negligenciado em detrimento daquele levantado...
O argumento inicial foi desconsiderado, desqualificado e ignorado. Por si só o argumento inicial é superior ao contra-argumento, mas o contra-argumentador conhece as técnicas da argumentação e faz bom uso delas, rebatendo aquilo que quer desconsiderar, elevando a importância de sua premissa acima da proposta que lhe era inerente.
Esta falácia faz parte integrante da vida de inúmeras igrejas, principalmente, as americanas, onde a mensagem sobre o pecado deixou de ser pregada em prol da mensagem sobre o amor incondicional de Deus.
Se João 16.8, “e quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”, revela a ação do Espírito Santo, sendo seu templo habitável o próprio homem, espera-se que através deste a mensagem proposta pela terceira pessoa da trindade seja pregada. Se não ansiamos por ser os porta-vozes do Espírito Santo naquilo que é a missão dele sobre nós e através de nós, que tipo de cristianismo estamos propagando? Quem está nos conduzindo? Estamos sendo porta-vozes de quem, quando pregamos uma mensagem aquém daquela que nos é ordenada biblicamente? Talvez tal mensagem não passe de fôlego e preciosismo humano de nosso próprio Ego supostamente mortificado,..., bem,..., das opções possíveis, esta é a melhor, pois poderíamos, ainda, estar sendo usados pelo inimigo de nossas almas para afastar o homem do verdadeiro arrependimento que produz a salvação eterna. Se assim fosse, estaríamos sendo usados numa artimanha, extremamente, maligna. Escravos sem ao menos perceber. Isto nos tornaria, sobretudo, missionários do anti-Cristo, por pregar uma salvação psicológica, ao invés de sermos enviados de Deus, com vistas à salvação das almas.
O Red Hering acaba por desviar o foco de uma questão de natureza fundamental para questões de natureza emocionais, pois sabe que a argumentação emocional é eficaz para produzir o intento desejado.
Encerro com o tiro de misericórdia, sobre a questão analisada, se não há menção de pecado nas pregações, quer dizer que esta nunca ocorreu? Então não há do que ser santificado e não há do que ser redimido, nem ao menos algum lugar de onde devamos ser resgatados? Por que falar então sobre redenção, salvação e santificação, se nunca estive separado dEle? Aliás, por que Ele morreu e para quem sua morte substitutiva?
Afinal de conta, quem será o homem insano que dirá que existe evangelho sem menção da queda, do pecado, da justiça, do juízo e da misericórdia de Deus em Cristo Jesus?
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quarta-feira, dezembro 3

Download

Montado em Power Point
Salvo em Jpge
Compõem a aula sobre Discipulado Cristão


Straw Man (Falácia do Espantalho)


É, até, estranho a existência de uma falácia com este nome, mas apesar no nome pouco sugestivo para identificar uma falácia, ela é presente no nosso dia-a-dia.
O espantalho é um boneco colocado em determinado ponto da plantação para espantar alguns tipos de aves, atuando, diretamente, na percepção daquele a quem quer enganar, fazendo com que creia que o boneco seja na realidade um homem, o que por natureza afastaria a presença dos pássaros naquela região.
A falácia funciona mais ou menos da mesma forma. Ela parte da desconstrução do argumento original que era sustentável e com premissas irrevogáveis, para um argumento que possa ser rebatido, partindo do entendimento do contra-argumentador (do ouvinte).
Vejamos como isso ocorre:
O argumento original: “O homem que se torna um cristão tem seus valores, costumes, moral e ética alterados positivamente!”.
O contra-argumento: “Não creio que o Cristão seja tudo isso, porque conheço vários que são piores do que aqueles que não possuem religião alguma”.
Todos nós, ao ouvirmos este contra-argumento somos tentados a concordar, em parte, com o contra-argumentador, contudo, o que não percebemos é que nosso discurso foi alterado, para perder o peso do argumento original que era por si só sustentável, para outro semelhante, mas insustentável.
No exemplo em questão, o argumentador descreve o cristão, aquele que se tornou nova criatura e não vive na prática do erro. No argumento original, não há menção de que ele seja incapaz de pecar, mas sim, que seus valores são alterados, portanto, o argumento inicial não questiona o fato de ainda pecarmos, até porque iria contra as afirmações das escrituras e perderiam sua sustentabilidade, uma vez que as escrituras afirmam que aquele que diz não ter pecado, é mentiroso e a verdade não está nele.
A fim de desviar, sutilmente, e permitir sobrepor seu posicionamento, o contra-argumentador foge do argumento principal e, partindo do seu próprio entendimento sobre a questão, reescreve o argumento enfraquecendo sua sustentação de modo a rebatê-la, assemelhando o cristão ao religioso.
Cristão e religioso não são sinônimos! Não há uma via de mão dupla entre os termos em questão, aliás, o que funciona num sentido interpretativo não funcionará no outro sentido.
As escrituras atentam que nos tempos de Jesus haviam vários religiosos, contudo, a profunda religiosidade os havia cegado para aquilo que juravam defender, a Lei e os profetas.
As escrituras interpretam as escrituras. Isto é um fato! Por meio delas, sustentamos nosso posicionamento e tornamo-nos compreensíveis àqueles que nos ouvem, pela falta dela, tornamo-nos religiosos, cegos, surdos e incapazes de falar acerca da verdade.
Quando mais nos aprofundarmos em conhecer a Cristo e as escrituras, mas fácil será identificar as falácias usadas pela nossa geração na tentativa de fugir da verdade que lhe é dura demais.
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terça-feira, dezembro 2

AD POPULUM (APELO AO PÚBLICO, AO POVO)

Você já identificou pessoas que, ao terem seus argumentos primários vencidos, apelam para a vontade das multidões, querendo afirmar com isso que, seu argumento é válido em virtude de todos pensarem da mesma forma?
Argumentar dessa forma é cometer um erro crasso, é invalidar o argumento através da manipulação do pensamento sugestionado pela “massa”, que por sinal, adorarão ver suas ideologias apoiadas pelo argumentador que delas tomou proveito.
A falácia ocorre ao dar ao povo a onisciência divina acerca do que, verdadeiramente, é correto. O argumento pode até ser verdadeiro, mas não porque um conglomerado de pessoas o defende, mas porque suas premissas são válidas e sustentáveis.
Posso defender o argumento de que Jesus é o Cristo, o messias, o salvador e o redentor de nossas vidas através da premissa cambeta de que creio nisso porque todos na Igreja dizem que ele é o Cristo, ou ainda, posso afirmar (argumentar) através de premissas sustentáveis que Ele foi o único que cumpriu todas as profecias que se referiam a primeira vinda do messias, deixando provas irrefutáveis e inquestionáveis que Ele era aquele a quem as escrituras se referiam.
Posso fundamentar meus argumentos em provas e fatos completamente questionáveis, ou posso, baseando-me na Bíblia, fundamentá-los na fidelidade das escrituras e sustentar todas as afirmações, como Paulo foi capaz de sustentar ao anunciar o evangelho aos crentes de Beréia.
Lembro que uma das ações que o PARAKLETO (do consolador, o próprio Espírito Santo) é tornar a mensagem tão clara que instigue o homem a aprofundar-se mais e mais em conhecer Deus. Portanto, não há necessidade de usarmos argumentos meramente humanos, como o fato de apelarmos à decisão da “massa”, AD POPULUM.
Se o Espírito Santo tem liberdade em você, se tens comunhão com Ele, se o buscas e o procuras, certamente, o acharás e Ele “... convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”, (Jo 16.8), usando sua vida como canal para atingir o objetivo.
A voz do povo não é a voz de Deus! Qualquer leitor, facilmente, comprova esta frase ao ler a Bíblia. Seja a eleição de Saul como Rei por vontade do povo, seja Saul exercendo função sacerdotal que não lhe cabia e o fazendo por causa do povo, ou ainda, a crucificação de Jesus por ordem do povo. A voz do povo nunca foi a voz de Deus.
Contudo, em nossos dias, a voz do povo adquiriu um peso de proporções inimagináveis, a ponto de a Bíblia ser desconsiderada quando há concordância de diversos líderes cristãos sobre determinado assunto, como ocorre com as terapias de auto-ajuda.
Há uma grande tendência de que a falácia AD POPULUM, apelo a multidão, seja utilizada para pautar a conduta da última igreja sob a face da terra, onde a voz de Deus sempre será questionada, mas a voz da multidão far-se-á cheia de autoridade pautando a conduta da igreja, como temos visto acontecer com o movimento denominado igreja emergente.
Por negligenciar a voz de Deus, a voz da multidão influenciará o corpo de Cristo, conforme a bíblia atesta indicando que uma igreja cheia de si, apostatará da fé em Cristo, por obedecer “... a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,... Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação” (1ª Tm 4.1-9).
O estudo da falácia nos auxilia a entender a falha argumentativa e rebatê-la em sua essência, agindo, exatamente, naquilo que é a sustentação do argumento, neste caso, a falsa premissa de que se é aprovada pela multidão só pode ser de Deus...
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segunda-feira, dezembro 1

Conhecedores dos Tempos


“... sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós ...” 1ª Pe 3.15
Este não é um texto sem valor dentro das escrituras, antes, é a perfeita integração de ação e atitude que remetem ao caráter cristão, propriamente dito. Ação intencionada pelo Espírito Santo e esperada por Cristo de todo aquele que se chama pelo seu nome.
Como responder acerca da razão de nossa esperança sem anunciar Cristo?
Como identificar qual é a bendita esperança anunciada por Paulo, sem contar com as profecias que revelam o messias, as promessas, os acontecimentos futuros, o juízo, os julgamentos?
Como anunciar o evangelho sem entender quem sou?
Qual é o meu tempo?
Qual a minha missão específica dentro do contexto histórico e ciência da revelação de Cristo para o período da última igreja sobre a face da terra?
Quais são as minhas preocupações como cristão?
Quais deveriam ser meus medos reais?
Qual deve ser minha motivação pessoal, anelo e desejo?
Por acaso, você conhece o que a Bíblia predisse para a igreja que “verá o cessação da salvação” por ter sido incluído ao corpo de Cristo o último homem a render-se, cumprindo assim a palavra profética de Deus através do apóstolo Paulo, “...até que entre a plenitude dos gentios...”?
Não basta a nossa geração conhecer a verdade, devemos saber onde estamos inseridos no cenário profético da palavra de Deus, pois se a cada dia os sinais tribulacionais ficam mais evidentes, quanto mais próximo deve estar a sua vinda?
Se não formos homens conhecedores de nosso tempo, como eram os filhos de Issacar, "...conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer..." (1ª Cr 12.32), como seremos capazes de demonstrar que tudo que aconteceu, acontece e acontecerá está em plena e total sintonia com as palavras escritas na Bíblia? Se negligenciarmos nossa missão, "...Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo..." (Ap 22.10), como a poderemos cumprir?
É fato inquestionável que poucos são aqueles que levantam suas vozes alertando que o tempo urge, e “...É necessário que façamos as obras daquele que...” nos “...enviou, enquanto é dia...”. A igreja parece ter esquecido qual foi a vocação para a qual foi criada! Anunciar a salvação ao mundo enquanto ainda há tempo, utilizando para isso todas as ferramentas que dispor, e esta obra deve ser feita com extrema urgência, pois “...a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”.
É Imprescindível que nossa geração desperte! “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos”.
Deus nos conceda o entendimento destas coisas a Seu tempo!
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sexta-feira, novembro 28

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Slides do Power Point Salvos no Formato JPG
Compõem a Aula sobre o Tema
Baseado no Livro do Dave Hunt e M.A.McMahon

AD MISERICORDIAM (Apelo à Emotividade)


Justifica-se a aceitação do argumento através da prática do apelo emocional, muitas das vezes, feito de forma irracional, conduzindo os seus ouvintes a tomarem conclusões equivocadas, sem valor e ausente de respaldo argumentativo.
O problema desta falácia que arrasta multidões a serem enganadas em prol da emoção, é que ao deixarem-se levar por este tipo de argumento, dificilmente, entenderão que optaram por seguir uma mentira, até que seja tarde demais.
Optaram pela emoção ao invés da razão! E a emoção é temporal, fugaz, inebriante e entorpecedora. Suas premissas desvanecem com o tempo revelando o engano em que se deixaram levar, quando os estragos das decisões tomadas por causa do apelo falacioso à pena (à emoção) já causaram danos irreversíveis, na maioria das vezes.
Temos, em nossos dias, grandes tele evangelistas norte-americanos que não pregam mais o pecado em seus púlpitos, porque aplicam a falsa premissa que apela à pena e a emoção. Eles afirmam que Deus quer ter comunhão com o homem, logo, pregar sobre o pecado é levantar um muro intransponível entre Deus e o Homem! É excluir o homem da comunhão com Deus! A reposta mais simples curta e grossa que posso dar a estes é que: Sem pecado original, não há necessidade um redentor, não há necessidade de evangelho, não há necessidade de Cristo. Sem a queda não há do que sermos resgatados! Cristo afirmou que veio resgatar pecadores ao arrependimento. Ao excluirmos o ensino sobre o pecado, conseqüentemente, excluímos o ensino sobre a salvação. Afinal, o que sobra?
Um argumento, completamente, emocional que alcançou o coração das multidões que não anseiam em reconhecer que são pecadores e que estão destituídos da glória de Deus.
Apelam ao desejo do homem, de sentir-se livre da culpa. Muitos se deixaram levar por estas palavras. Outros apelaram aos anseios e desejos corruptos do coração humano, afirmando que o fato deles optarem pela igreja X, em detrimento da igreja Y, fará com que eles sejam prósperos, ricamente abençoados, não somente recobrando o que tinham perdido, mas também, recebendo muito mais do que tinham inicialmente. Mais carros, mais casas, mas ações, mais dinheiro, etc.
Quantos são aqueles que apelam à emoção humana para que haja uma conversão? Poucos? Muitos? Uma conversão baseada na emoção e no sentimentalismo humano pode gerar verdadeiros cristãos? Não seria a verdadeira conversão produzida pela ação do Espírito Santo? Por que, então, apelar à emotividade? Uma coisa é certa, o futuro demonstrará o que o apelo às riquezas terá feito a uma geração inteira desiludida com Deus, por causa do evangelho da prosperidade que promete, promete e promete,..., e pouco cumpre. Por causa do apelo a emoção, muitos acabarão por afastarem-se das igrejas. Deixarão de crer na verdade, porque alguns maus servos optaram por não pregar o evangelho na pureza e na simplicidade apostólica.
Diga-me, onde Cristo enganou seus seguidores com fins a mantê-los debaixo da doutrina que ele ensinava, por mais penosa que ela fosse? Não há menção de que o homem perfeito tenha agido assim! Por que apelar a emotividade? Por que apelar a emoção? Por que apelar a pena?
Cristo foi duro com sua própria geração, para que aqueles que o seguissem realmente alcançassem a salvação verdadeira e não a psicológica.
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quinta-feira, novembro 27

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Trabalho Sobre Terapias de Auto-Ajuda
Auto-Estima, Atitude Mental Positiva, Evangelho Positivista,
Ciência da Mente, Visualização, Yoga e, por fim, a Psicologia e o Mundo...



quarta-feira, novembro 26

AD ANTIQUITATEM (Apelo ao passado)


Os mais cultos que me perdoem mas vou chamá-lo de apelo “Gabriela”, “eu nasci assim, eu cresci assim, ...”.
O argumentador crê que seu ponto de vista está pautado em bases tão sólidas que julga impossível qualquer contra-argumentação evidenciar a mínima falha em seu pensamento, isso porque pauta-se pela premissa de que “sempre foi feito assim”.
Exemplo: “O Cristianismo somente cresceu em meio a perseguição. Hoje, o cristianismo está estagnado! Logo, estão faltando perseguições para que voltemos a crescer!”
Na realidade, o que nos falta não são perseguições, mas sim vergonha na cara! Ou será que não temos notícias de cristãos sendo mortos ao redor do mundo, bem neste momento em que escrevo estas linhas? Só na indonésia, eles morrem as dezenas, diariamente. Ora, se a perseguição existe, por que não crescemos? Simples! Falta de reverência a Deus, a Sua palavra e a tudo quanto disse sobre qual deveria ser o procedimento de TODOS quanto se chamassem por cristãos, inclusive o deste que vos escreve.
O fator motivador do crescimento do cristianismo, nunca foi a perseguição, mas sim a atitude que os homens tiveram quando perseguidos. Eles voltaram-se para Deus! Santidade!
A Falácia do Apelo ao Passado, parte de premissas falsas ou errôneas com finalidade intencional ou não de enganar e ludibriar o ouvinte.
Cito mais algumas, “ – Má Ruanito Gonzalez Junior! Que se passa por tua cabeça? Nos sempre fomos torcedores do Ateliê Futebol Clube de Saramadachuva. Nossa família é torcedora do Ateliê a gerações, não entendo porque quer ser diferente!”
Sobre a decisão de Ruanito, nada é mencionado, o argumentador crê que a premissa (base) “má” formada, obrigou-o a concluir daquela forma. A culpa é da premissa. Não questionamos a decisão tomada, mas sim o porquê de tê-la tomado. São as premissas que estão em jogo aqui.
Derrubar as premissas é equivalente a derrubar todos os pilares que sustentam a argumentação e dependendo da premissa derrubada, a conclusão torna-se não somente “cambeta” mas, completamente, inválida.
Como exemplo, este ataque ocorre na conversão de um católico ao protestantismo (experiência própria). Sua família é a primeira a indagar o porquê a mudança. Quais foram os motivos que o fizeram concluir por outro estilo de vida diferente daquele que vivia? E se suas premissas (razões, fato ou princípio que servem de base à conclusão de um raciocínio) não estiverem bem firmes poderão rachar e o farão retornar as suas antigas convicções.
Talvez isto nos sirva de esclarecimento, limitado e simplório, sobre o motivo real de Pedro escrever-nos alertando a vivermos o cristianismo “estando sempre preparados para responder a todo aquele que...” nos “... pedir razão da esperança que há em...” nós (1ª Pe 3.15).
O ataque as premissas são os mais vorazes, pois se uma das premissas (convicção, razão, motivo) for derrubada, toda a argumentação falhará em sustentar a conclusão do argumento, mesmo que a conclusão seja verdadeira, não será aceita, pois os argumentos que a sustentam não foram válidos.
Exemplo. No hospício, 3 loucos foram submetidos ao exame mensal para saber se já podem receber alta. O psiquiatra pergunta ao primeiro deles: -Diga-me, quanto é 2+2? -72 - responde o primeiro louco. O médico balança a cabeça como quem diz "Isso não vai dar certo". Dirigindo-se ao segundo louco, repete a pergunta: -Quanto é 2+2? -Quinta-feira - responde o segundo.Com cara de desanimo, o doutor vira-se para o terceiro louco: -Quanto é 2+2? -É claro que é quatro, doutor! - responde ele, rapidamente. -Muito bem, você está certo! Como chegou a essa conclusão? - Fácil demais! Baseei-me nas respostas dos meus amigos: 72 menos quinta-feira dá quatro!
A conclusão, quatro como resultado, é correta, mas a lógica (a base e premissa) que sustentou a conclusão é inaceitável. Logo, conclui-se pela inaceitabilidade da conclusão.
Ao responder a quem quer que for lhe perguntar a razão da esperança que há em vós, atente para as premissas que levantou, pois a conclusão e a aceitação da mensagem dependerão, é claro, da ação do Espírito Santo, mas também daquele que serviu como “boca de Deus”.
Quanto mais claro, conciso e preciso forem suas palavras, menos atrapalhará a ação do Espírito Santo.
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terça-feira, novembro 25

Medindo a Temperatura Espiritual


arrebatamento

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sucesso

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dinheiro

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Ad Ignorantium (Apelo a Ignorância)


Este argumento é usado para concluir que algo é verdadeiro só porque não pode ser provado como falso, ou vice-versa.
De todas as falácias apresentadas até aqui, esta considero especial, pois, em si mesma, quando empregada num ambiente religioso, se demonstra imprópria para manter ou derrubar qualquer premissa, simplesmente, porque apela para a ignorância, pois parte do princípio que o ouvinte não detém o conhecimento de uma informação de cunho vital para a interpretação correta do assunto em pauta e, ainda que, não há meios disponíveis para que este obtenha auxílio a interpretação, elucidação e posicionamento argumentativo correto perante a exposição. É uma falácia, amplamente, utilizada e não resolve o “X” da questão, como por exemplo, no duplo posicionamento descrito abaixo:
“Como ninguém consegue provar que Deus existe, é óbvio que ele não existe”, ou ainda, “como ninguém consegue provar que Deus não existe, é óbvio que ele existe”.
É uma falácia! Uma forma incorreta de sustentar um argumento por mais fidedigno que este possa ser. Também é obra de preguiçoso que não seguiu a orientação apostólica de estar sempre pronto a responder qual é a razão da fé que há em cada um de nós.
O emprego desta falácia demonstra, pouco conhecimento daquilo que ouso defender, porque apelo à ignorância.
A melhor forma de provar a existência de um Deus que criou todas as coisas, nunca será pelo apelo a ignorância, mas sim, pelo apelo ao conhecimento, pois a própria criação demonstra, por natureza, que é obra de um ser criador. As escrituras o fazem da mesma forma.
Ultimamente, a arqueologia tem sido a grande ferramenta a validar os relatos bíblicos para o mundo, pois ela tem encontrado provas irrefutáveis da existência de objeto de uso, construções e povos os quais a bíblia cita e identifica, qualificando o texto bíblico como válido e verdadeiro perante a sociedade que anseia por desqualificá-lo como tal.
Geralmente, quem alega alguma coisa é responsável em provar que tal argumentação é digna de crédito. É, exatamente, o que o apóstolo Paulo fazia! Provava de modo irrefutável e inquestionável que Jesus era o Cristo, o Messias, o filho da Promessa.
Quando anunciamos nosso posicionamento acerca de um determinado assunto e solicitamos que alguém diferente daquele que propõe ou sugestiona o argumento o refute se puder, estamos transferindo o ônus da prova para o ouvinte e caímos no mesmo erro falacioso.
O ouvinte possui seu próprio modo de pensar e agir, não está obrigado a provar nada, aliás, ele espera que aquele que argumentou prove seu posicionamento e não o contrário.
Permita-me descrever o seguinte diálogo:
- “É óbvio que já estamos vivendo, plenamente, no reino de Deus e não há arrebatamento, nem necessidade de preocupar-se com tal invenção humana.”
- “O que? Você faz idéia da heresia que está dizendo?”
- Então você não crê assim? Acha que sou herético? Prove-me de que as coisas não são do modo como falo?
O ônus da prova foi transferido, erroneamente, para quem está ouvindo, ao invés daquele que propaga o argumento, explicitá-lo.
Quem procede de tal forma é considerado como homem de pouco conhecimento, cuja raiz não se aprofundou o suficiente para sustentar suas argumentações (“seu posicionamento”). Por esse motivo, foge de expor suas idéias esperando que seu ouvinte caia na rede e tenha menos poder de argumentação do que ele demonstrou ter.
O caminho ensinado pelas escrituras é sempre, diametralmente, o oposto.
Saber responder a qualquer um que perguntar a razão da esperança que há em nós e isso exige leitura da palavra, tempo para aprofundamento e busca incessante por intimidade com Deus.
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segunda-feira, novembro 24

TU QUOQUE (Você também)


Esta falácia ocorre quando argumentamos desconsiderar as palavras daquele que as profere em virtude de erros e falhas de pessoas que apresentaram as mesmas alegações.
Somos tencionados a olhar para fora e lembrar que inúmeras pessoas dizem não crer no evangelho, porque as pessoas que propagam as idéias cristãs não vivem segundo o que ensinam. Esse foi o argumento de Gandhi!
Contudo, é uma falácia, pois invalido o ensinamento professado, simplesmente, porque aquele que propaga as idéias não as vive na íntegra.
Se conheço bem o evangelho de Cristo,..., o mesmo prega a santidade, e o veículo de comunicação que Deus resolver usar, não foram os santos anjos, mas os homens falhos, repreensíveis e pecadores, que foram chamados para propagar a mensagem de santidade, perfeição e verdade.
Esse paradoxo é motivo e justificativa plausível para negligenciarmos a oportunidade de salvação por meio de Cristo? De maneira, nenhuma, mas é, exatamente, isto que é alegado, a fim de não aceitar a verdade. É ilógica, mas é uma possibilidade argumentativa! Uma argumentação falha que tem sido usada mais do que pensamos.
Para concluir, levanto somente mais uma questão onde podemos analisar este tipo de embate argumentativo. Ele ocorre quando nós cristãos “mais santos”, somos corrigidos por homens “menos santos”.
De maneira alguma, posso invalidar a correção, por tê-la vinda de alguém que também erra, muito embora, na maioria das vezes em pontos diferentes.
Um verdadeiro cristão envergonha-se a semelhança do Rei Davi quando foi-lhe lançado em rosto o seu pecado com Bate-Seba, mas os demais deixam a ira tomar conta de si e contra-argumentam, “olha só quem está falando, vê se te enxerga!”
Será que o modo como este vive é justificativa plausível diante de Deus para não aceitarmos a correção? Será que Deus não pode usá-lo para trazer de volta seu servo ao caminho da perfeição cristã? Se Deus usou até uma mula para falar a Balaão, porque não pode usar um irmão em Cristo que está rumo à perfeição?
Não há argumentação plausível diante de Deus para negligenciarmos suas correções, não importa qual tenha sido o veículo que ele resolveu utilizar. As falácias não são justificáveis diante de Deus, portanto, vede como procede diante delas.
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sexta-feira, novembro 21

AD VERECUNDIA (Apelo à autoridade)


Este é uma falácia muito empregada no cotidiano da sociedade capitalista da qual fazemos parte, principalmente, em anúncios e venda de produtos.
É certo que o evangelho não é nenhum produto a ser vendido, mas sim defendido, pois a fé cristã depois de ter sido entregue aos santos deve ser defendida, diligentemente, monte a monte, casa a casa, braço a braço, ação a ação, pensamento a pensamento, reflexão a reflexão, defendida.
Defender o evangelho não é o mesmo que defender uma filosofia de vida. É a defesa e a manutenção da verdade, para que da mesma forma que a recebemos outros a recebam também e alcancem conosco a salvação eterna.
O cotidiano da Igreja é repleto de pequenas batalhas travadas, diariamente, em todos os pontos do hemisfério e assim será até o retorno de Cristo para sua Igreja.
Enquanto isso, nós podemos e devemos nos apoiar na autoridade bíblica, pois elas contêm toda a revelação necessária de Deus para o homem. É, unicamente, desse modo que podemos batalhar, diligentemente, pela fé. Digo isso, porque dentro do contexto cristão, apelar para a autoridade da Bíblia não é uma falácia, porque estamos utilizando-a para pautar nossas vidas na competência espiritual que este livro possui.
A Falácia ocorre quando autoridades, no nosso caso específico, ditas, cristãs, utilizam de sua posição diante do rebanho para promover coisas que, necessariamente, não fazem parte da sua formação e especialidade.
Por exemplo, quando uma autoridade eclesial, que nunca estudou as línguas originais em que foram escritas as escrituras, alega que conhecer a língua original não tem valor algum, torna-se uma falácia porque ele não é autoridade reconhecida neste assunto, logo menosprezar o que não conhece é um argumento falho e deveria ser levado em consideração por todos nós.
Excluindo a questão de ser considerado falácia ou não, o fato de falarmos daquilo que desconhecemos como se fôssemos os mais sábios dentro do assunto não o sendo, deveria nos preocupar profundamente, pois acabamos por propagar e promover uma mentira, simplesmente, porque tencionamos ser os donos da verdade sobre assuntos que não temos conhecimento profundo. Ora, se ao invés de propagarmos a verdade, propagamos a mentira, para quem estamos, verdadeiramente, trabalhando? Para o pai da mentira, é claro.
Deveríamos ser zelosos, pois nosso posicionamento perante determinados assuntos influenciará a sociedade que nos cerca. Se acaso há outras linhas de interpretação a serem analisadas, sejamos íntegros o suficiente para dizer que o posicionamento propagado é aquele que consideramos mais plausível dentre todos os demais levantados.
Dessa forma, propagaremos a verdade e permitiremos que nossas idéias e posicionamentos sobre os assuntos sejam questionados e postos a prova, e se forem corretos, suportaram todas as contra-argumentações, exatamente, como Paulo citou ser o proceder dos crentes de Beréia que não se deixaram levar pela falácia do apelo a autoridade paulina, procurando, diligentemente, nas escrituras a fim de confirmar se as palavras de Paulo eram de acordo com o que estava escrito.
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quinta-feira, novembro 20

Argumentação Lógica


Inicio aqui uma série de “posts” que visam o emprego correto da argumentação lógica, pois muitos, no intuito de pregarem o evangelho, caem em erros crassos que acabam por ferir a lógica argumentativa e, conseqüentemente, perdem o crédito daquilo que propõem defender, afastando as pessoas da revelação de Cristo, quando seu objetivo era, tão somente, aproximá-las da verdade.
Neste intento de aproximá-las das verdades neo-testamentárias acabam por criar falácias, defendendo a verdade com uma série de argumentos falsos.
Já tive a oportunidade, não que eu quisesse a ter, de encontrar um professor que, no intuito, de demonstrar alto conhecimento teológico e linguagem rebuscada, orientou seus alunos a promoverem a arte da falácia. Devido a sua argumentação, foi fácil analisar o que ele queria, na realidade, descrever, mas trocou esta pela falácia que quer dizer exatamente o oposto.
Para que não fique nenhum mal entendido, falácia é, segundo o dicionário Aurélio, uma afirmação falsa ou errônea, ou ainda, qualidade daquele que é falaz, ou seja, intencionalmente enganador, ardiloso, enganoso, capcioso, vão, quimérico e ilusório.
Dessa forma, não há como associar a falácia ao tipo de argumentação sugerida à composição da pregação autêntica. Quem age assim, age por negligência ou, ainda, por mau intento conforme prescreve o dicionário.
A identificação das falácias argumentativas nos auxiliam a não fazer uso delas e entender como se portar diante das mesmas quando elas forem utilizadas por alguém. Não que isso fará com que alguém venha a converter-se, mas com isso, atrapalhamos menos a ação do Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.
AD HOMINEM (Ataque ao homem)
Ocorre sempre que o foco da argumentação passa do ataque as idéias para o ataque a pessoa. Esse erro argumentativo é bem analisado nas escrituras, pois as mesmas nos orientam a julgar todas as coisas (ações, palavras e idéias*) e reter o que for bom, mas nos orienta a não julgar as pessoas (intenção do coração*).
* apenas para dar uma idéia e sugestão à análise em questão.
Ex.: “Todos sabemos que beltrano é mentiroso, falso e trapaceiro, portanto, é óbvio que não podemos concordar com sua idéia de que uma alimentação balanceada faz bem a saúde!”
Com finalidade de desqualificar a mensagem, ataco o portador da mensagem. Esta falácia pode ser encontrada na argumentação de alguns cristãos acerca de Paulo, tão logo se deu a sua conversão; aos moradores de Belém, que olhavam para Jesus, mas só viam o carpinteiro, filho de um carpinteiro; e a todos aqueles que atacam o homem ao invés de suas idéias.
Isso, geralmente, ocorre quando não temos argumentação lógica para rebater as alegações contrárias ao nosso posicionamento.
Esta falácia é a válvula de escape que muitos utilizam quando tentam “pregar” o evangelho e diante da falta de argumentos lógicos e sólidos, descem ao terreno movediço da argumentação imoral, que é facilmente rebatida pela frase, “vejam! Um dos meus opositores perdeu a cabeça”.
Sem conhecer, profundamente, a verdade, corremos o risco de nos faltar argumentos para expor a verdade e, ainda, corremos o risco de adquirir uma fé “cambeta”, meio bamba, por falta de contra-argumentação diante das argumentações de nossos opositores.
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