sexta-feira, novembro 28

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Slides do Power Point Salvos no Formato JPG
Compõem a Aula sobre o Tema
Baseado no Livro do Dave Hunt e M.A.McMahon

AD MISERICORDIAM (Apelo à Emotividade)


Justifica-se a aceitação do argumento através da prática do apelo emocional, muitas das vezes, feito de forma irracional, conduzindo os seus ouvintes a tomarem conclusões equivocadas, sem valor e ausente de respaldo argumentativo.
O problema desta falácia que arrasta multidões a serem enganadas em prol da emoção, é que ao deixarem-se levar por este tipo de argumento, dificilmente, entenderão que optaram por seguir uma mentira, até que seja tarde demais.
Optaram pela emoção ao invés da razão! E a emoção é temporal, fugaz, inebriante e entorpecedora. Suas premissas desvanecem com o tempo revelando o engano em que se deixaram levar, quando os estragos das decisões tomadas por causa do apelo falacioso à pena (à emoção) já causaram danos irreversíveis, na maioria das vezes.
Temos, em nossos dias, grandes tele evangelistas norte-americanos que não pregam mais o pecado em seus púlpitos, porque aplicam a falsa premissa que apela à pena e a emoção. Eles afirmam que Deus quer ter comunhão com o homem, logo, pregar sobre o pecado é levantar um muro intransponível entre Deus e o Homem! É excluir o homem da comunhão com Deus! A reposta mais simples curta e grossa que posso dar a estes é que: Sem pecado original, não há necessidade um redentor, não há necessidade de evangelho, não há necessidade de Cristo. Sem a queda não há do que sermos resgatados! Cristo afirmou que veio resgatar pecadores ao arrependimento. Ao excluirmos o ensino sobre o pecado, conseqüentemente, excluímos o ensino sobre a salvação. Afinal, o que sobra?
Um argumento, completamente, emocional que alcançou o coração das multidões que não anseiam em reconhecer que são pecadores e que estão destituídos da glória de Deus.
Apelam ao desejo do homem, de sentir-se livre da culpa. Muitos se deixaram levar por estas palavras. Outros apelaram aos anseios e desejos corruptos do coração humano, afirmando que o fato deles optarem pela igreja X, em detrimento da igreja Y, fará com que eles sejam prósperos, ricamente abençoados, não somente recobrando o que tinham perdido, mas também, recebendo muito mais do que tinham inicialmente. Mais carros, mais casas, mas ações, mais dinheiro, etc.
Quantos são aqueles que apelam à emoção humana para que haja uma conversão? Poucos? Muitos? Uma conversão baseada na emoção e no sentimentalismo humano pode gerar verdadeiros cristãos? Não seria a verdadeira conversão produzida pela ação do Espírito Santo? Por que, então, apelar à emotividade? Uma coisa é certa, o futuro demonstrará o que o apelo às riquezas terá feito a uma geração inteira desiludida com Deus, por causa do evangelho da prosperidade que promete, promete e promete,..., e pouco cumpre. Por causa do apelo a emoção, muitos acabarão por afastarem-se das igrejas. Deixarão de crer na verdade, porque alguns maus servos optaram por não pregar o evangelho na pureza e na simplicidade apostólica.
Diga-me, onde Cristo enganou seus seguidores com fins a mantê-los debaixo da doutrina que ele ensinava, por mais penosa que ela fosse? Não há menção de que o homem perfeito tenha agido assim! Por que apelar a emotividade? Por que apelar a emoção? Por que apelar a pena?
Cristo foi duro com sua própria geração, para que aqueles que o seguissem realmente alcançassem a salvação verdadeira e não a psicológica.
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quinta-feira, novembro 27

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Trabalho Sobre Terapias de Auto-Ajuda
Auto-Estima, Atitude Mental Positiva, Evangelho Positivista,
Ciência da Mente, Visualização, Yoga e, por fim, a Psicologia e o Mundo...



quarta-feira, novembro 26

AD ANTIQUITATEM (Apelo ao passado)


Os mais cultos que me perdoem mas vou chamá-lo de apelo “Gabriela”, “eu nasci assim, eu cresci assim, ...”.
O argumentador crê que seu ponto de vista está pautado em bases tão sólidas que julga impossível qualquer contra-argumentação evidenciar a mínima falha em seu pensamento, isso porque pauta-se pela premissa de que “sempre foi feito assim”.
Exemplo: “O Cristianismo somente cresceu em meio a perseguição. Hoje, o cristianismo está estagnado! Logo, estão faltando perseguições para que voltemos a crescer!”
Na realidade, o que nos falta não são perseguições, mas sim vergonha na cara! Ou será que não temos notícias de cristãos sendo mortos ao redor do mundo, bem neste momento em que escrevo estas linhas? Só na indonésia, eles morrem as dezenas, diariamente. Ora, se a perseguição existe, por que não crescemos? Simples! Falta de reverência a Deus, a Sua palavra e a tudo quanto disse sobre qual deveria ser o procedimento de TODOS quanto se chamassem por cristãos, inclusive o deste que vos escreve.
O fator motivador do crescimento do cristianismo, nunca foi a perseguição, mas sim a atitude que os homens tiveram quando perseguidos. Eles voltaram-se para Deus! Santidade!
A Falácia do Apelo ao Passado, parte de premissas falsas ou errôneas com finalidade intencional ou não de enganar e ludibriar o ouvinte.
Cito mais algumas, “ – Má Ruanito Gonzalez Junior! Que se passa por tua cabeça? Nos sempre fomos torcedores do Ateliê Futebol Clube de Saramadachuva. Nossa família é torcedora do Ateliê a gerações, não entendo porque quer ser diferente!”
Sobre a decisão de Ruanito, nada é mencionado, o argumentador crê que a premissa (base) “má” formada, obrigou-o a concluir daquela forma. A culpa é da premissa. Não questionamos a decisão tomada, mas sim o porquê de tê-la tomado. São as premissas que estão em jogo aqui.
Derrubar as premissas é equivalente a derrubar todos os pilares que sustentam a argumentação e dependendo da premissa derrubada, a conclusão torna-se não somente “cambeta” mas, completamente, inválida.
Como exemplo, este ataque ocorre na conversão de um católico ao protestantismo (experiência própria). Sua família é a primeira a indagar o porquê a mudança. Quais foram os motivos que o fizeram concluir por outro estilo de vida diferente daquele que vivia? E se suas premissas (razões, fato ou princípio que servem de base à conclusão de um raciocínio) não estiverem bem firmes poderão rachar e o farão retornar as suas antigas convicções.
Talvez isto nos sirva de esclarecimento, limitado e simplório, sobre o motivo real de Pedro escrever-nos alertando a vivermos o cristianismo “estando sempre preparados para responder a todo aquele que...” nos “... pedir razão da esperança que há em...” nós (1ª Pe 3.15).
O ataque as premissas são os mais vorazes, pois se uma das premissas (convicção, razão, motivo) for derrubada, toda a argumentação falhará em sustentar a conclusão do argumento, mesmo que a conclusão seja verdadeira, não será aceita, pois os argumentos que a sustentam não foram válidos.
Exemplo. No hospício, 3 loucos foram submetidos ao exame mensal para saber se já podem receber alta. O psiquiatra pergunta ao primeiro deles: -Diga-me, quanto é 2+2? -72 - responde o primeiro louco. O médico balança a cabeça como quem diz "Isso não vai dar certo". Dirigindo-se ao segundo louco, repete a pergunta: -Quanto é 2+2? -Quinta-feira - responde o segundo.Com cara de desanimo, o doutor vira-se para o terceiro louco: -Quanto é 2+2? -É claro que é quatro, doutor! - responde ele, rapidamente. -Muito bem, você está certo! Como chegou a essa conclusão? - Fácil demais! Baseei-me nas respostas dos meus amigos: 72 menos quinta-feira dá quatro!
A conclusão, quatro como resultado, é correta, mas a lógica (a base e premissa) que sustentou a conclusão é inaceitável. Logo, conclui-se pela inaceitabilidade da conclusão.
Ao responder a quem quer que for lhe perguntar a razão da esperança que há em vós, atente para as premissas que levantou, pois a conclusão e a aceitação da mensagem dependerão, é claro, da ação do Espírito Santo, mas também daquele que serviu como “boca de Deus”.
Quanto mais claro, conciso e preciso forem suas palavras, menos atrapalhará a ação do Espírito Santo.
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terça-feira, novembro 25

Medindo a Temperatura Espiritual


arrebatamento

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Ad Ignorantium (Apelo a Ignorância)


Este argumento é usado para concluir que algo é verdadeiro só porque não pode ser provado como falso, ou vice-versa.
De todas as falácias apresentadas até aqui, esta considero especial, pois, em si mesma, quando empregada num ambiente religioso, se demonstra imprópria para manter ou derrubar qualquer premissa, simplesmente, porque apela para a ignorância, pois parte do princípio que o ouvinte não detém o conhecimento de uma informação de cunho vital para a interpretação correta do assunto em pauta e, ainda que, não há meios disponíveis para que este obtenha auxílio a interpretação, elucidação e posicionamento argumentativo correto perante a exposição. É uma falácia, amplamente, utilizada e não resolve o “X” da questão, como por exemplo, no duplo posicionamento descrito abaixo:
“Como ninguém consegue provar que Deus existe, é óbvio que ele não existe”, ou ainda, “como ninguém consegue provar que Deus não existe, é óbvio que ele existe”.
É uma falácia! Uma forma incorreta de sustentar um argumento por mais fidedigno que este possa ser. Também é obra de preguiçoso que não seguiu a orientação apostólica de estar sempre pronto a responder qual é a razão da fé que há em cada um de nós.
O emprego desta falácia demonstra, pouco conhecimento daquilo que ouso defender, porque apelo à ignorância.
A melhor forma de provar a existência de um Deus que criou todas as coisas, nunca será pelo apelo a ignorância, mas sim, pelo apelo ao conhecimento, pois a própria criação demonstra, por natureza, que é obra de um ser criador. As escrituras o fazem da mesma forma.
Ultimamente, a arqueologia tem sido a grande ferramenta a validar os relatos bíblicos para o mundo, pois ela tem encontrado provas irrefutáveis da existência de objeto de uso, construções e povos os quais a bíblia cita e identifica, qualificando o texto bíblico como válido e verdadeiro perante a sociedade que anseia por desqualificá-lo como tal.
Geralmente, quem alega alguma coisa é responsável em provar que tal argumentação é digna de crédito. É, exatamente, o que o apóstolo Paulo fazia! Provava de modo irrefutável e inquestionável que Jesus era o Cristo, o Messias, o filho da Promessa.
Quando anunciamos nosso posicionamento acerca de um determinado assunto e solicitamos que alguém diferente daquele que propõe ou sugestiona o argumento o refute se puder, estamos transferindo o ônus da prova para o ouvinte e caímos no mesmo erro falacioso.
O ouvinte possui seu próprio modo de pensar e agir, não está obrigado a provar nada, aliás, ele espera que aquele que argumentou prove seu posicionamento e não o contrário.
Permita-me descrever o seguinte diálogo:
- “É óbvio que já estamos vivendo, plenamente, no reino de Deus e não há arrebatamento, nem necessidade de preocupar-se com tal invenção humana.”
- “O que? Você faz idéia da heresia que está dizendo?”
- Então você não crê assim? Acha que sou herético? Prove-me de que as coisas não são do modo como falo?
O ônus da prova foi transferido, erroneamente, para quem está ouvindo, ao invés daquele que propaga o argumento, explicitá-lo.
Quem procede de tal forma é considerado como homem de pouco conhecimento, cuja raiz não se aprofundou o suficiente para sustentar suas argumentações (“seu posicionamento”). Por esse motivo, foge de expor suas idéias esperando que seu ouvinte caia na rede e tenha menos poder de argumentação do que ele demonstrou ter.
O caminho ensinado pelas escrituras é sempre, diametralmente, o oposto.
Saber responder a qualquer um que perguntar a razão da esperança que há em nós e isso exige leitura da palavra, tempo para aprofundamento e busca incessante por intimidade com Deus.
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segunda-feira, novembro 24

TU QUOQUE (Você também)


Esta falácia ocorre quando argumentamos desconsiderar as palavras daquele que as profere em virtude de erros e falhas de pessoas que apresentaram as mesmas alegações.
Somos tencionados a olhar para fora e lembrar que inúmeras pessoas dizem não crer no evangelho, porque as pessoas que propagam as idéias cristãs não vivem segundo o que ensinam. Esse foi o argumento de Gandhi!
Contudo, é uma falácia, pois invalido o ensinamento professado, simplesmente, porque aquele que propaga as idéias não as vive na íntegra.
Se conheço bem o evangelho de Cristo,..., o mesmo prega a santidade, e o veículo de comunicação que Deus resolver usar, não foram os santos anjos, mas os homens falhos, repreensíveis e pecadores, que foram chamados para propagar a mensagem de santidade, perfeição e verdade.
Esse paradoxo é motivo e justificativa plausível para negligenciarmos a oportunidade de salvação por meio de Cristo? De maneira, nenhuma, mas é, exatamente, isto que é alegado, a fim de não aceitar a verdade. É ilógica, mas é uma possibilidade argumentativa! Uma argumentação falha que tem sido usada mais do que pensamos.
Para concluir, levanto somente mais uma questão onde podemos analisar este tipo de embate argumentativo. Ele ocorre quando nós cristãos “mais santos”, somos corrigidos por homens “menos santos”.
De maneira alguma, posso invalidar a correção, por tê-la vinda de alguém que também erra, muito embora, na maioria das vezes em pontos diferentes.
Um verdadeiro cristão envergonha-se a semelhança do Rei Davi quando foi-lhe lançado em rosto o seu pecado com Bate-Seba, mas os demais deixam a ira tomar conta de si e contra-argumentam, “olha só quem está falando, vê se te enxerga!”
Será que o modo como este vive é justificativa plausível diante de Deus para não aceitarmos a correção? Será que Deus não pode usá-lo para trazer de volta seu servo ao caminho da perfeição cristã? Se Deus usou até uma mula para falar a Balaão, porque não pode usar um irmão em Cristo que está rumo à perfeição?
Não há argumentação plausível diante de Deus para negligenciarmos suas correções, não importa qual tenha sido o veículo que ele resolveu utilizar. As falácias não são justificáveis diante de Deus, portanto, vede como procede diante delas.
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sexta-feira, novembro 21

AD VERECUNDIA (Apelo à autoridade)


Este é uma falácia muito empregada no cotidiano da sociedade capitalista da qual fazemos parte, principalmente, em anúncios e venda de produtos.
É certo que o evangelho não é nenhum produto a ser vendido, mas sim defendido, pois a fé cristã depois de ter sido entregue aos santos deve ser defendida, diligentemente, monte a monte, casa a casa, braço a braço, ação a ação, pensamento a pensamento, reflexão a reflexão, defendida.
Defender o evangelho não é o mesmo que defender uma filosofia de vida. É a defesa e a manutenção da verdade, para que da mesma forma que a recebemos outros a recebam também e alcancem conosco a salvação eterna.
O cotidiano da Igreja é repleto de pequenas batalhas travadas, diariamente, em todos os pontos do hemisfério e assim será até o retorno de Cristo para sua Igreja.
Enquanto isso, nós podemos e devemos nos apoiar na autoridade bíblica, pois elas contêm toda a revelação necessária de Deus para o homem. É, unicamente, desse modo que podemos batalhar, diligentemente, pela fé. Digo isso, porque dentro do contexto cristão, apelar para a autoridade da Bíblia não é uma falácia, porque estamos utilizando-a para pautar nossas vidas na competência espiritual que este livro possui.
A Falácia ocorre quando autoridades, no nosso caso específico, ditas, cristãs, utilizam de sua posição diante do rebanho para promover coisas que, necessariamente, não fazem parte da sua formação e especialidade.
Por exemplo, quando uma autoridade eclesial, que nunca estudou as línguas originais em que foram escritas as escrituras, alega que conhecer a língua original não tem valor algum, torna-se uma falácia porque ele não é autoridade reconhecida neste assunto, logo menosprezar o que não conhece é um argumento falho e deveria ser levado em consideração por todos nós.
Excluindo a questão de ser considerado falácia ou não, o fato de falarmos daquilo que desconhecemos como se fôssemos os mais sábios dentro do assunto não o sendo, deveria nos preocupar profundamente, pois acabamos por propagar e promover uma mentira, simplesmente, porque tencionamos ser os donos da verdade sobre assuntos que não temos conhecimento profundo. Ora, se ao invés de propagarmos a verdade, propagamos a mentira, para quem estamos, verdadeiramente, trabalhando? Para o pai da mentira, é claro.
Deveríamos ser zelosos, pois nosso posicionamento perante determinados assuntos influenciará a sociedade que nos cerca. Se acaso há outras linhas de interpretação a serem analisadas, sejamos íntegros o suficiente para dizer que o posicionamento propagado é aquele que consideramos mais plausível dentre todos os demais levantados.
Dessa forma, propagaremos a verdade e permitiremos que nossas idéias e posicionamentos sobre os assuntos sejam questionados e postos a prova, e se forem corretos, suportaram todas as contra-argumentações, exatamente, como Paulo citou ser o proceder dos crentes de Beréia que não se deixaram levar pela falácia do apelo a autoridade paulina, procurando, diligentemente, nas escrituras a fim de confirmar se as palavras de Paulo eram de acordo com o que estava escrito.
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quinta-feira, novembro 20

Argumentação Lógica


Inicio aqui uma série de “posts” que visam o emprego correto da argumentação lógica, pois muitos, no intuito de pregarem o evangelho, caem em erros crassos que acabam por ferir a lógica argumentativa e, conseqüentemente, perdem o crédito daquilo que propõem defender, afastando as pessoas da revelação de Cristo, quando seu objetivo era, tão somente, aproximá-las da verdade.
Neste intento de aproximá-las das verdades neo-testamentárias acabam por criar falácias, defendendo a verdade com uma série de argumentos falsos.
Já tive a oportunidade, não que eu quisesse a ter, de encontrar um professor que, no intuito, de demonstrar alto conhecimento teológico e linguagem rebuscada, orientou seus alunos a promoverem a arte da falácia. Devido a sua argumentação, foi fácil analisar o que ele queria, na realidade, descrever, mas trocou esta pela falácia que quer dizer exatamente o oposto.
Para que não fique nenhum mal entendido, falácia é, segundo o dicionário Aurélio, uma afirmação falsa ou errônea, ou ainda, qualidade daquele que é falaz, ou seja, intencionalmente enganador, ardiloso, enganoso, capcioso, vão, quimérico e ilusório.
Dessa forma, não há como associar a falácia ao tipo de argumentação sugerida à composição da pregação autêntica. Quem age assim, age por negligência ou, ainda, por mau intento conforme prescreve o dicionário.
A identificação das falácias argumentativas nos auxiliam a não fazer uso delas e entender como se portar diante das mesmas quando elas forem utilizadas por alguém. Não que isso fará com que alguém venha a converter-se, mas com isso, atrapalhamos menos a ação do Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.
AD HOMINEM (Ataque ao homem)
Ocorre sempre que o foco da argumentação passa do ataque as idéias para o ataque a pessoa. Esse erro argumentativo é bem analisado nas escrituras, pois as mesmas nos orientam a julgar todas as coisas (ações, palavras e idéias*) e reter o que for bom, mas nos orienta a não julgar as pessoas (intenção do coração*).
* apenas para dar uma idéia e sugestão à análise em questão.
Ex.: “Todos sabemos que beltrano é mentiroso, falso e trapaceiro, portanto, é óbvio que não podemos concordar com sua idéia de que uma alimentação balanceada faz bem a saúde!”
Com finalidade de desqualificar a mensagem, ataco o portador da mensagem. Esta falácia pode ser encontrada na argumentação de alguns cristãos acerca de Paulo, tão logo se deu a sua conversão; aos moradores de Belém, que olhavam para Jesus, mas só viam o carpinteiro, filho de um carpinteiro; e a todos aqueles que atacam o homem ao invés de suas idéias.
Isso, geralmente, ocorre quando não temos argumentação lógica para rebater as alegações contrárias ao nosso posicionamento.
Esta falácia é a válvula de escape que muitos utilizam quando tentam “pregar” o evangelho e diante da falta de argumentos lógicos e sólidos, descem ao terreno movediço da argumentação imoral, que é facilmente rebatida pela frase, “vejam! Um dos meus opositores perdeu a cabeça”.
Sem conhecer, profundamente, a verdade, corremos o risco de nos faltar argumentos para expor a verdade e, ainda, corremos o risco de adquirir uma fé “cambeta”, meio bamba, por falta de contra-argumentação diante das argumentações de nossos opositores.
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quarta-feira, novembro 19

Deus em quem se pode confiar!

Quando mergulhamos em profundidade em alguns textos bíblicos separados por inúmeras páginas e livros das escrituras, encontramos a palavra de Deus alinhada de forma perfeita e única. Um alinhamento que qualquer autor humano que empreendesse a tarefa de escrever um livro com a mesma quantidade de letras, frases e parágrafos teria dificuldade descomunal em manter a clareza e concisão.
Ao contrário do que ocorre na leitura de um livro secular, onde quanto menor a quantidade de capítulos, mais preciso e conciso parece o autor, a Bíblia demonstra qualidade diametralmente oposta, pois quanto mais capítulos e livros estudamos, mais tomamos ciência dos textos e seus inter-relacionamentos, mais claros e concisos eles se tornam e de forma mais profunda eles penetram em nossos corações.
As escrituras se assemelham a um grande quebra-cabeça!
Pode ser que as partes sejam complexas demais para que percebamos o porquê delas terem sido feitas, produzidas, escritas e determinadas daquele jeito. No entanto, quanto mais nos apercebemos do todo e como estas peças se unem de forma perfeita, esboçando algo que nenhum homem seria capaz de expressar, mais elas revelam seu verdadeiro autor. Não, um homem! Mas sim, um ser superior, onisciente, onipresente e onipotente, poderoso para empenhar e fazer cumprir toda a sua palavra.
Assim os diversos textos bíblicos encontram seus paralelos, cumprimentos imediatos e futurísticos (escatológicos). É possível compreender, inclusive, a imutabilidade de Deus em seu modo de salvar e resgatar o justo, antes de aplicar o juízo sobre a face da terra.
Toda essa análise é, por demais, importante, pois através dela posso me posicionar sobre fatos da atualidade, como por exemplo, o arrebatamento e sua iminência. O próprio arrebatamento de Enoque prefigura o da Igreja, por enoquel ter tido estilo de vida agradável a Deus. Outros fatos corroboram para um arrebatamento pré-tribulacional, como por exemplo, a imutabilidade de Deus. Olhamos para o passado bíblico e verificamos que Deus tem mantido um juízo e um proceder imutável, diferente de nós, homens, que dependendo do nosso temperamento, podemos agir de forma contrária àquela que é inerente a nossa personalidade.
Nos dias do dilúvio, antes que Deus julgasse as nações, o justo Noé foi retirado do meio para que não perecesse; Nos tempos de Sodoma e Gomorra, o Justo Ló foi conduzido para fora da cidade antes que fogo do Céu descesse e a destruísse. Tudo isso, confirma as palavras de Isaías no versículo primeiro do capítulo 57 “... os homens piedosos são arrebatados sem que alguém considere nesse fato; pois o justo é levado antes que venha o mal”
Tudo isso nos conduz a crer que o arrebatamento ocorrerá de mesma forma, antes que venha este período que é nomeado como o mais terrível de toda a história humana (tribulação), os justos (igreja verdadeira) serão retirados do meio, serão poupados da mesma forma que ocorreu ao longo de toda a história. Se Deus agiu dessa forma no passado, o que me permite crer que Ele irá mudar seu modo de proceder com relação aos fatos futuros, se sua própria palavra confirma um arrebatamento pré-tribulacional? Deus não é homem para empenhar sua palavra em vão! Se ele prometeu, ele irá cumprir, porque é fiel para fazê-lo.
Crer que seja necessário que a Igreja passe pela tribulação me "cheira" a falsa idéia de que a salvação é por obras, pois tenho que sofrer para mostrar méritos, cujos quais, de antemão, Deus deixa bem claro que não temos. Os méritos de nossa salvação são dEle! Nenhum desses homens (Enoque, Abraão, Ló) foram salvos por afirmarem ser justos, mas sim porque aos olhos de Deus foram considerados justos, ou seja, foram justificados pelo juiz de nossas almas. Foi lhes atribuído a alcunha de justos, por quem tinha poder para assim decretar!
Mergulhar de cabeça nas escrituras dá o consolo e o alento que o homem atual tanto precisa! Saber que, ainda, existe alguém em quem se pode confiar!
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terça-feira, novembro 18

Contextualização! Desejável ou Imprescindível?


Não há como pregar o evangelho senão for através da contextualização! Sei que muitos dirão que há sim, mas contra fatos, tal posicionamento é irrelevante!
Ora, o que é o evangelho? De modo simplório, devo admitir que é a pregação das boas novas! Deus fez-se homem, habitou no meio do seu povo, os ensinou a andar em conformidade com a palavra de Deus, deu-lhes a possibilidade de vislumbrar o que deveria ser o homem aos olhos divinos, pagou o escrito de dívida que era contra todos nós e a todos quanto o aceitarem deu-lhes poder para serem feitos filho de Deus, indo adiante de nós, ao encontro do Pai, para nos preparar morada e bem-aventurança eterna junto dEle. Simples assim!
O problema do evangelho nunca foi a boa nova em si, mas sim, aquele por quem a boa nova foi anunciada, Jesus. Como crer que Deus fez-se homem em Jesus? Esse foi o problema enfrentado por Paulo em seu tempo.
Paulo pregava o arrependimento em nome de Jesus, o Cristo, porque após o encontro dele com Jesus, toda a penumbra da lei começou a dissipar-se bem diante dos seus olhos e as escrituras tornaram-se claras pela primeira vez na vida de um homem, extremamente, religioso.
Suficientemente clara para crer que o único que cumpria todas as profecias que apontavam para a vinda do Messias de forma literal e contextual era Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, Carpinteiro, somente este, nenhum outro poderia cumprir.
O pilar da pregação era a comprovação de que Jesus era o Cristo, o Messias esperado! Sem confirmar e crer verdadeiramente neste fato, não há porque se falar em evangelho.
A contextualização do evangelho sempre foi crucial! Sem ser fiel ao contexto qualquer um pode se tornar o messias, basta alegorizar, dar sentido figurado aos textos e posso dizer que o Cristo nascerá em Belém do Pará, ao invés de ter nascido em Belém da Judéia. Sei que estou forçando a contextualização e a distorcendo para enquadrar nelas outro parecer diferente daquele que o texto se propõe a dizer, mas este exemplo é o modo que encontrei de explicar que a única coisa que nos impede de cometer tamanho erro é a contextualização, pois ela apontará para a verdade absoluta, por mais que queiramos a ignorar.
A contextualização do texto não impede de certas passagens terem cumprimento local e histórico, e ainda assim, ter um cumprimento escatológico (futuro). O contexto direto e imediato do texto nunca impedirá que exista um contexto maior e escatológico, lembre-se que a ritualização judaica era a sombra das coisas que haviam de vir. Existia um contexto local, e ainda assim, um contexto maior não revelado a eles, que completava o plano da salvação e revelava o messias.
Por fim, fugir do contexto, me impede de identificar o Cristo, pois é o contexto que me permite identificá-lo através do cumprimento literal e profético de quem ele era.
De forma contextualizada o messias deveria cumprir o que as escrituras afirmavam a respeito dele e nenhum homem, mesmo que quisesse, conseguiria fazer cumprir especificações sobre a determinação do seu nascimento, sobre sua vida e após sua morte.
Nasceu de virgem, filho de Mulher, da tribo de Judá, nascido em Belém, levado ao Egito de onde por clamor divino retornou, conhecido como Nazareno, capaz de curar cegos, surdo, mudos, reviver mortos, expulsar demônio, deveria entrar em Jerusalém no lombo de uma jumentinha no cumprimento profético das 69 semanas de Daniel, abandonado pelos seus, vendido por trinta moedas de prata, traído por um beijo, entregue as autoridades, humilhado, erguido numa cruz ao lado de malfeitores, pedindo por água dar-lhe-iam vinagre, seus ossos não seriam quebrados, suas vestes não seriam repartidas, mas sobre elas se lançariam sortes, expiação deveria se dar no horário em que era imolado o cordeiro pascal, seu Espírito seria entregue e não retirado dEle, sepultado na tumba de um homem rico, ressuscitado ao terceiro dia, enfim, tudo cumprido dentro do contexto literal das escrituras!
Nada foi distorcido para que Jesus se encaixasse no contexto! Esta era a pregação dos pais da Igreja. Explicar por provas irrefutáveis e inquestionáveis que Jesus de Nazaré era o Messias, o Filho de Deus e, portanto, como Deus, fiel para fazer cumprir tudo o quanto prometera. Aquele que havia sido anunciado desde a fundação do mundo havia vindo resgatar para si todos quanto O aceitassem como seu salvador!
Os pais da Igreja lutaram para manter uma interpretação contextualizada das escrituras, pois elas eram a prova cabal de que somente Deus seria capaz de cumprir todas as profecias que serviram para testificar a respeito daquele que veio para nos resgatar, o próprio Deus. A fuga do contexto bíblico tem sido o motivo maior das grandes heresias que entraram pelas portas da Igreja.
Voltemos a interpretação contextualizada, quer seja no cumprimento específico e local quer seja no cumprimento escatológico (futuro), as escrituras apontam com clareza, concisão e precisão sem precedentes nas coisas que não nos foram encobertas, quanto as encobertas, elas pertencem a Deus. E é claro, que o velho chavão continua sendo verdadeiro: “texto fora de contexto é pretexto e [tende a gerar] heresia”, portanto, cuidado com as distorções e “descontextualizações” feitas em prol da mensagem. As escrituras não apóiam tal proceder, antes, abominam tanto as mensagens criadas desta forma quanto àqueles que assim procedem.
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segunda-feira, novembro 17

O Cordeiro de Deus e o Leão da Tribo de Judá


A Bíblia é fantástica sob todos os aspectos que os homens julgam possível analisá-la. Um dos fatos mais estarrecedores e bem negligenciados entre os cristãos está relacionado a 1ª e 2ª vinda de Cristo e a relação entre o cordeiro e o Leão da Tribo de Judá.
A instituição do período da graça dar-se-á entre estes dois episódios! A manifestação do Cordeiro de Deus e a aparição do Leão da Tribo de Judá, primeira e segunda vinda, duas representações de Cristo, tão bem definidas, sem contudo, receber a devida atenção por parte de Israel e da Igreja.
São dois animais que tipificam características opostas: O cordeiro é manso mas o leão não o é! O que isto deveria nos dizer? Como deveríamos agir perante tal contraste? No mínimo, com muito temor e tremor diante daquele “... que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”, mas por algum motivo muito bem negligenciado pelo corpo de Cristo, não temos tanto temor quanto deveríamos.
Muitas pessoas aproveitam-se da natureza misericordiosa do cordeiro para fazer propagar o mal incontido em seus próprios membros. Estes, não recebem, automaticamente, a ira de Deus sobre suas vidas em virtude dos pecados praticados e não confessados com sinceridade diante de Deus, e por isso, julgam que Deus consente com seus atos, ou pelo menos, crêem que Deus os compreende e desculpa suas atitudes.
Lembro que estou falando de pecados praticados que não geraram um arrependimento sincero e retorno ao reconhecimento da própria miserabilidade e incapacidade de salvar a si mesmo. É por falta de tais atitudes, que dia após dia, nos afastamos mais e mais da presença do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e nos aproximamos mais e mais do Leão da Tribo de Judá que vem para julgar as nações, que além de negligenciarem a oportunidade da salvação que lhes foi aberta pela expiação do cordeiro de Deus, entrarão em luta contra o próprio Deus durante a grande tribulação na tentativa infrutífera de destruir Israel.
Será que somos loucos o suficiente para trocarmos a expiação do cordeiro de Deus pelos nossos pecados, pelo julgamento e condenação que o Leão da Tribo de Judá aplicará àqueles que negligenciaram a oportunidade da salvação? Sim, somos loucos o suficiente para cometermos este engano eterno e sem oportunidade de retratação!
O único que ainda impede-nos de escolhermos o mau ao invés do bem, é o próprio Espírito Santo de Deus, mas alguns estão tentando lhe calar a voz e submetê-lo ao desejo de seus próprios corações, para a eterna infelicidade própria.
É bom realizarmos uma faxina em nossas vidas e verificarmos o quanto estamos ouvindo a voz do cordeiro de Deus (período da graça), pois o dia vêm e não demora, em que o Leão da Tribo de Judá virá para julgar todas as nações, e o Leão é pura justiça! É verdade que a misericórdia triunfa sobre o juízo para quem usou da misericórdia, mas para àquele que dela se desviou, sobra somente a justiça que será exercida com toda a autoridade pelo Leão da Tribo de Judá!
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sexta-feira, novembro 14

Cristianismo Sem Cristo!

O quanto estamos atentos às palavras do Apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios quando ele afirma que temos que andar “... remindo o tempo, porque os dias são maus”, Ef 5.16?
Com certeza, com menos rigor que deveríamos! Por um ato divino, fomos resgatados do império das trevas, não para viver como se lá, ainda, estivéssemos, mas sim, para vivermos como sábios e levarmos o evangelho ao alcance das demais pessoas que nos cercam, independente das situações adversas que venhamos a enfrentar nestes dias maus. Esta é a missão!
De certo modo, a missão é até bem simples! Contudo, o novo movimento eclesial que auto intitula-se igreja emergente, está mergulhado em conceitos humanísticos e que critica, veementemente, a veracidade das escrituras, passando de defensor do evangelho para um de seus oponentes mais agressivos, não pela brutalidade com que realiza suas críticas, mas sim, por atacar os pilares da fé cristã, minando-os metodicamente, colocando em dúvida pontos considerados não fundamentais a fé até chegar naqueles, realmente, imponderáveis.
Foram resgatados do império das trevas, mas, aparentemente, ocultaram-se novamente nas trevas e esqueceram o que as escrituras orientaram acerca dos maus dias e de como o corpo da Igreja adormeceria para as verdades bíblicas e se deixariam levar pela voz melodiosa no mundo, entorpecendo vagarosamente a igreja, adequando-a ao mundo em que vivemos, onde não existem verdades absolutas e tudo é e pode ser questionável.
O fruto desta teologia já pode ser visto e sentido dentro das igrejas, pois até no meio cristão já é possível identificar homens que não crêem no nascimento virginal do messias, nem na sua morte substitutiva e expiatória, muito menos na ressurreição literal, antes crêem que Jesus foi apenas um bom homem, contudo, um bom homem é a única coisa que Cristo nunca poderá ser! Ou Ele era quem Ele realmente afirmava ser ou, no mínimo, era um louco e digno de total e pleno descrédito.
Isso gera um grande impasse na sociedade atual, pois se creio que ele era o Filho de Deus, porque não o aceito como meu salvador? Logo, essa não é a opção que o mundo escolhe! O outro questionamento é tão, profundamente, desesperador e inquietante quando o primeiro, pois se não creio que Ele seja quem Ele afirmou ser (Deus), Ele só poderia ser um louco ou, no mínimo, um mentiroso, digno de total descrédito e desconfiança.

Estas são as duas únicas posições que as escrituras e a lógica humana nos permitem tomar. Qualquer outra fere a própria lógica argumentativa.
Por exemplo, crer que Jesus era um bom homem é um pensamento incompatível para uma sociedade que o considera louco ou mentiroso, por não crer que Ele era quem dizia ser. Contudo, os conceitos humanísticos distorcem a realidade a ponto de crermos que a mesma pessoa que consideramos louca e mentirosa seja fonte de sabedoria, exemplo de vida e lucidez.
A lógica argumentativa que o movimento humanístico eclesial gera ao questionar toda a veracidade das escrituras é pautada num irracionalismo estranho a tudo o que pertence as faculdades da razão e da lógica, nem mesmo, podemos dizer que tal argumentação é pautada na fé, pois a fé e a fidelidade se complementam no seu sentido mais primitivo, portanto, tal argumentação humanística também fere a fé, pois não leva em conta a fidelidade daquele que prometeu cumprir toda a sua palavra. Portanto, suas argumentações não nascem da fé, nem da lógica, nascem do “achismo” intelectual, vazio e desprovido de sabedoria.

Qual será o fim de uma Igreja que não crê num Jesus Cristo, que é 100% homem e 100% Deus e muito menos numa ressurreição literal? Em seu tempo Paulo já havia dado o seu parecer sobre o assunto (1ª Co 15.19), mas penso que tal posição contribui para ignorarmos, num futuro próximo, Cristo como a centralidade e razão de existência da Igreja. E se Ele deixar de ter a centralidade do cultos, se sua palavra não for confiável, mas a considerarmos questionável, o que teremos no final? Acaso, quem ousaria chamar este aglomerado de pessoas sem fé e sem razão de igreja, se não se reúnem mais por crerem naquele que os chamou das trevas para a luz?

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quinta-feira, novembro 13

Rápido, Instantâneo e Surpreendente!


Aviso a qualquer leitor desavisado que não estarei tratando da fé salvífica neste post.
O que tenciono afirmar é que mesmo nós que cremos em Deus, estamos sujeitos a tentar dar uma “ajudinha” a Deus, a fim de que sua palavra venha a se adequar a forma que eu “acho” mais fácil crer!
Por exemplo, a Bíblia cita que todas as coisas foram criadas em seis dias e no sétimo Deus descansou! Temos inúmeras afirmações sobre estas passagens! Cada uma apoiada num ponto determinado e específico das escrituras, ou ainda, nas qualidades e características de Deus. Uns primam pela interpretação literal, outros pela figurada e, ainda, há aqueles que têm uma fé, infinitamente, maior do que a minha para crer que Adão e Eva eram meros mitos que nunca existiram.
Bem, minha colocação sobre a questão dos dias da criação não é importante, mas afirmo que é imprescindível crer na fidelidade da existência de Adão e Eva, pois a Bíblia só faz sentido a partir da existência deste casal que veio a pecar e nos condenar a todos, sem isto, não há porque falar em plano da salvação!
O que quero evidenciar com isto? É simples! Nossa geração vem tentando adequar as escrituras ao modo como eles vivem as suas próprias vidas: de maneira incerta, duvidosa e relativa. Somos conduzidos a crer que Deus nunca agiria de forma instantânea, rápida e surpreendente, mas ao contrário do que pensamos, é, exatamente, assim que as escrituras afirmam ser o proceder de Deus.
Como surgiu a Igreja? De forma inesperada e surpreendente, como um relâmpago em dia de sol, de uma só vez todos os presentes foram batizados no Espírito Santo!
Como ressurgiu Israel? Em 1948, nasce uma nação em um só dia, diferente de todas as demais, que foram se formando com os anos. (Is 66.8)
Como ocorrerá o arrebatamento da Igreja? Num abrir e fechar de olhos, primeiro todos os mortos e depois todos vivos de uma só vez. Rápido, instantâneo e surpreendente.
E quanto ao fim da tribulação? Bem, segundo as escrituras, da mesma forma como vim narrando os fatos até aqui, de repente!
Tudo isso nos remete a uma única questão de lógica simples: Se os fatos que antecederam o arrebatamento foram cumpridos na íntegra como foram citados ao longo dos textos bíblicos, o que nos faz crer que o arrebatamento da Igreja é algo que não ocorrerá conforme citado, repentinamente?
O modo repentino como virá o arrebatamento não permitirá nem ao menos um pensamento sobre o que estará acontecendo, quanto mais um arrependimento sincero durante o sumiço das pessoas. Quando tal menção se passar pela mente, o abrir e fechar de olhos já terá sido concluído! Se não fosse assim, a Bíblia informaria que o abrir e fechar de olhos seriam semelhantes ao daquele que acordou numa manhã de férias, sem ter nada o que fazer e com “remela” colando e dificultando a abertura da mesma. O que daria a oportunidade tão sonhada pela maioria das pessoas, de viver uma vida mundana, cobiçando os prazeres da vida ímpia, querendo vivê-la em sua plenitude e nos últimos segundos de vida, após terem feito tudo o que queriam, anelam firmar o compromisso com Cristo, como se o único arrebatamento que existisse fosse aquele realizado no ultimo sopro de vida.
Quem sabe um dia isto foi possível? Viver uma vida a bel prazer e deixar a coisa mais importante de nossas vidas em última instância, mas isto não pertence à geração que será arrebatada em vida ao encontro de Cristo nos ares, pois as escrituras afirmam, atestam e não negam que o arrebatamento é iminente, e quando ocorrer será instantâneo, rápido e surpreendente! Não importa o fato de nossa geração querer adequar a Bíblia ao nosso próprio entendimento, no fim, a Bíblia cumpre seus propósitos segundo o entendimento daquele que inspirou os textos nela escritos.
Se você crê ou não que o mundo foi criado em seis dias ou em seis períodos de mil anos, sinceramente, não me importa! Mas é importante que creiamos na instantaneidade do arrebatamento! A qualquer hora, em qualquer local, em qualquer momento!
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quarta-feira, novembro 12

Combater pelo Evangelho ou combater o Evangelho?


Não é de hoje que o evangelho é combatido a ferro e fogo por todos aqueles que anseiam que suas palavras sejam convertidas em mentiras, pois se assim forem, estarão salvas da condenação eterna por não terem aceitado a oportunidade da salvação que lhes foi aberta de forma gratuita.

A história da igreja demonstrou uma série de lutas em prol do evangelho! O próprio Judas em sua carta quando pensava em escrever acerca de assuntos os quais almejava propagar, viu-se forçado a deixar tais assuntos de lado para orientar a igreja a batalhar diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.

Assim também são estes dias, gostaríamos de falar e escrever assuntos que agradassem a todos, como por exemplo, acerca da nossa salvação comum em Cristo, mas nossos dias exigem, a semelhança dos dias de Judas, que batalhemos pela fé.

Não falo de uma fé teórica, de papel e caneta, mas sim, uma fé prática, consistente nos ensinos dos apóstolos, em seu modo de vida e mensagem, alcançando a quem for possível alcançar. Uma fé que não se limite a preconceitos raciais ou étnicos, mas que avance rumo ao propósito do evangelho: “alcançar a todos quanto for possível enquanto ainda há tempo, pelo exemplo e pela palavra conforme os próprios pais da igreja fizeram ao seu tempo”.

Esta batalha tornou-se, por demais, cansativa, uma vez que aqueles que deveriam propagar a veracidade, validade e fidelidade do evangelho, andam dizendo que tudo é subjetivo e que não existe verdade absoluta!

Aqueles que deveriam defender o evangelho estão o atacando e bombardeando as igrejas com as premissas de que nem tudo o que está escrito é digno de ser considerado verdadeiro.

Negar a verdade e duvidar da consistência das palavras de Deus é o caminho rumo à grande apostasia que virá antes da volta do Cristo e antes que seja revelado o filho da perdição.

Não quero chamar o que vejo hoje em dia por apostasia, mas posso alegar que é o prelúdio da formação do cenário perfeito para o cumprimento profético de 2ª Ts 2.3 “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha à apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição...”.

Junto ao movimento que visa levar a veracidade das escrituras ao descrédito, aliam-se a cura pela mente, as práticas ocultistas, o determinismo, as terapias de auto-ajuda, a auto-suficiência humana, o egocentrismo e, para não ser, por demais, extenso, o desconhecimento pleno de que todas estas coisas corroboram para a apostasia da igreja, compõem as peças que objetivam instaurar a apostasia. O quão vindouro está à apostasia? O quão preeminente ela está?

É verdade que não sabemos a exatidão da proximidade destes fatos, pois as coisas sempre podem piorar ainda mais, de modo que não nos é possível definir qual é o nível crítico de apostasia que desencadeará os demais eventos. Contudo, somente o vislumbrar dessa possibilidade dever-nos-ia fazer batalhar, diligentemente, pela fé, que uma vez por todas foi entregue aos santos.

Por muito menos do que temos visto e ouvido em nossos dias, os pais da Igreja já teriam se levantado em prol da fidedigna palavra de Deus, “Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros:

Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes”.

Aquela geração ouviu estas palavras e transformaram apatia em ação! E nossa geração? O que faremos? Ou batalhamos em prol da fé ou, certamente, ouviremos a seguinte pergunta retórica, “... quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”

Sinceramente, não gostaria que fosse nossa geração a ter que responder a esta pergunta, quer por ação ou, ainda, por falta dela.

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