quarta-feira, novembro 12

Combater pelo Evangelho ou combater o Evangelho?


Não é de hoje que o evangelho é combatido a ferro e fogo por todos aqueles que anseiam que suas palavras sejam convertidas em mentiras, pois se assim forem, estarão salvas da condenação eterna por não terem aceitado a oportunidade da salvação que lhes foi aberta de forma gratuita.

A história da igreja demonstrou uma série de lutas em prol do evangelho! O próprio Judas em sua carta quando pensava em escrever acerca de assuntos os quais almejava propagar, viu-se forçado a deixar tais assuntos de lado para orientar a igreja a batalhar diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.

Assim também são estes dias, gostaríamos de falar e escrever assuntos que agradassem a todos, como por exemplo, acerca da nossa salvação comum em Cristo, mas nossos dias exigem, a semelhança dos dias de Judas, que batalhemos pela fé.

Não falo de uma fé teórica, de papel e caneta, mas sim, uma fé prática, consistente nos ensinos dos apóstolos, em seu modo de vida e mensagem, alcançando a quem for possível alcançar. Uma fé que não se limite a preconceitos raciais ou étnicos, mas que avance rumo ao propósito do evangelho: “alcançar a todos quanto for possível enquanto ainda há tempo, pelo exemplo e pela palavra conforme os próprios pais da igreja fizeram ao seu tempo”.

Esta batalha tornou-se, por demais, cansativa, uma vez que aqueles que deveriam propagar a veracidade, validade e fidelidade do evangelho, andam dizendo que tudo é subjetivo e que não existe verdade absoluta!

Aqueles que deveriam defender o evangelho estão o atacando e bombardeando as igrejas com as premissas de que nem tudo o que está escrito é digno de ser considerado verdadeiro.

Negar a verdade e duvidar da consistência das palavras de Deus é o caminho rumo à grande apostasia que virá antes da volta do Cristo e antes que seja revelado o filho da perdição.

Não quero chamar o que vejo hoje em dia por apostasia, mas posso alegar que é o prelúdio da formação do cenário perfeito para o cumprimento profético de 2ª Ts 2.3 “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha à apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição...”.

Junto ao movimento que visa levar a veracidade das escrituras ao descrédito, aliam-se a cura pela mente, as práticas ocultistas, o determinismo, as terapias de auto-ajuda, a auto-suficiência humana, o egocentrismo e, para não ser, por demais, extenso, o desconhecimento pleno de que todas estas coisas corroboram para a apostasia da igreja, compõem as peças que objetivam instaurar a apostasia. O quão vindouro está à apostasia? O quão preeminente ela está?

É verdade que não sabemos a exatidão da proximidade destes fatos, pois as coisas sempre podem piorar ainda mais, de modo que não nos é possível definir qual é o nível crítico de apostasia que desencadeará os demais eventos. Contudo, somente o vislumbrar dessa possibilidade dever-nos-ia fazer batalhar, diligentemente, pela fé, que uma vez por todas foi entregue aos santos.

Por muito menos do que temos visto e ouvido em nossos dias, os pais da Igreja já teriam se levantado em prol da fidedigna palavra de Deus, “Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros:

Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes”.

Aquela geração ouviu estas palavras e transformaram apatia em ação! E nossa geração? O que faremos? Ou batalhamos em prol da fé ou, certamente, ouviremos a seguinte pergunta retórica, “... quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”

Sinceramente, não gostaria que fosse nossa geração a ter que responder a esta pergunta, quer por ação ou, ainda, por falta dela.

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