sexta-feira, novembro 28

AD MISERICORDIAM (Apelo à Emotividade)


Justifica-se a aceitação do argumento através da prática do apelo emocional, muitas das vezes, feito de forma irracional, conduzindo os seus ouvintes a tomarem conclusões equivocadas, sem valor e ausente de respaldo argumentativo.
O problema desta falácia que arrasta multidões a serem enganadas em prol da emoção, é que ao deixarem-se levar por este tipo de argumento, dificilmente, entenderão que optaram por seguir uma mentira, até que seja tarde demais.
Optaram pela emoção ao invés da razão! E a emoção é temporal, fugaz, inebriante e entorpecedora. Suas premissas desvanecem com o tempo revelando o engano em que se deixaram levar, quando os estragos das decisões tomadas por causa do apelo falacioso à pena (à emoção) já causaram danos irreversíveis, na maioria das vezes.
Temos, em nossos dias, grandes tele evangelistas norte-americanos que não pregam mais o pecado em seus púlpitos, porque aplicam a falsa premissa que apela à pena e a emoção. Eles afirmam que Deus quer ter comunhão com o homem, logo, pregar sobre o pecado é levantar um muro intransponível entre Deus e o Homem! É excluir o homem da comunhão com Deus! A reposta mais simples curta e grossa que posso dar a estes é que: Sem pecado original, não há necessidade um redentor, não há necessidade de evangelho, não há necessidade de Cristo. Sem a queda não há do que sermos resgatados! Cristo afirmou que veio resgatar pecadores ao arrependimento. Ao excluirmos o ensino sobre o pecado, conseqüentemente, excluímos o ensino sobre a salvação. Afinal, o que sobra?
Um argumento, completamente, emocional que alcançou o coração das multidões que não anseiam em reconhecer que são pecadores e que estão destituídos da glória de Deus.
Apelam ao desejo do homem, de sentir-se livre da culpa. Muitos se deixaram levar por estas palavras. Outros apelaram aos anseios e desejos corruptos do coração humano, afirmando que o fato deles optarem pela igreja X, em detrimento da igreja Y, fará com que eles sejam prósperos, ricamente abençoados, não somente recobrando o que tinham perdido, mas também, recebendo muito mais do que tinham inicialmente. Mais carros, mais casas, mas ações, mais dinheiro, etc.
Quantos são aqueles que apelam à emoção humana para que haja uma conversão? Poucos? Muitos? Uma conversão baseada na emoção e no sentimentalismo humano pode gerar verdadeiros cristãos? Não seria a verdadeira conversão produzida pela ação do Espírito Santo? Por que, então, apelar à emotividade? Uma coisa é certa, o futuro demonstrará o que o apelo às riquezas terá feito a uma geração inteira desiludida com Deus, por causa do evangelho da prosperidade que promete, promete e promete,..., e pouco cumpre. Por causa do apelo a emoção, muitos acabarão por afastarem-se das igrejas. Deixarão de crer na verdade, porque alguns maus servos optaram por não pregar o evangelho na pureza e na simplicidade apostólica.
Diga-me, onde Cristo enganou seus seguidores com fins a mantê-los debaixo da doutrina que ele ensinava, por mais penosa que ela fosse? Não há menção de que o homem perfeito tenha agido assim! Por que apelar a emotividade? Por que apelar a emoção? Por que apelar a pena?
Cristo foi duro com sua própria geração, para que aqueles que o seguissem realmente alcançassem a salvação verdadeira e não a psicológica.
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