sexta-feira, novembro 14

Cristianismo Sem Cristo!

O quanto estamos atentos às palavras do Apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios quando ele afirma que temos que andar “... remindo o tempo, porque os dias são maus”, Ef 5.16?
Com certeza, com menos rigor que deveríamos! Por um ato divino, fomos resgatados do império das trevas, não para viver como se lá, ainda, estivéssemos, mas sim, para vivermos como sábios e levarmos o evangelho ao alcance das demais pessoas que nos cercam, independente das situações adversas que venhamos a enfrentar nestes dias maus. Esta é a missão!
De certo modo, a missão é até bem simples! Contudo, o novo movimento eclesial que auto intitula-se igreja emergente, está mergulhado em conceitos humanísticos e que critica, veementemente, a veracidade das escrituras, passando de defensor do evangelho para um de seus oponentes mais agressivos, não pela brutalidade com que realiza suas críticas, mas sim, por atacar os pilares da fé cristã, minando-os metodicamente, colocando em dúvida pontos considerados não fundamentais a fé até chegar naqueles, realmente, imponderáveis.
Foram resgatados do império das trevas, mas, aparentemente, ocultaram-se novamente nas trevas e esqueceram o que as escrituras orientaram acerca dos maus dias e de como o corpo da Igreja adormeceria para as verdades bíblicas e se deixariam levar pela voz melodiosa no mundo, entorpecendo vagarosamente a igreja, adequando-a ao mundo em que vivemos, onde não existem verdades absolutas e tudo é e pode ser questionável.
O fruto desta teologia já pode ser visto e sentido dentro das igrejas, pois até no meio cristão já é possível identificar homens que não crêem no nascimento virginal do messias, nem na sua morte substitutiva e expiatória, muito menos na ressurreição literal, antes crêem que Jesus foi apenas um bom homem, contudo, um bom homem é a única coisa que Cristo nunca poderá ser! Ou Ele era quem Ele realmente afirmava ser ou, no mínimo, era um louco e digno de total e pleno descrédito.
Isso gera um grande impasse na sociedade atual, pois se creio que ele era o Filho de Deus, porque não o aceito como meu salvador? Logo, essa não é a opção que o mundo escolhe! O outro questionamento é tão, profundamente, desesperador e inquietante quando o primeiro, pois se não creio que Ele seja quem Ele afirmou ser (Deus), Ele só poderia ser um louco ou, no mínimo, um mentiroso, digno de total descrédito e desconfiança.

Estas são as duas únicas posições que as escrituras e a lógica humana nos permitem tomar. Qualquer outra fere a própria lógica argumentativa.
Por exemplo, crer que Jesus era um bom homem é um pensamento incompatível para uma sociedade que o considera louco ou mentiroso, por não crer que Ele era quem dizia ser. Contudo, os conceitos humanísticos distorcem a realidade a ponto de crermos que a mesma pessoa que consideramos louca e mentirosa seja fonte de sabedoria, exemplo de vida e lucidez.
A lógica argumentativa que o movimento humanístico eclesial gera ao questionar toda a veracidade das escrituras é pautada num irracionalismo estranho a tudo o que pertence as faculdades da razão e da lógica, nem mesmo, podemos dizer que tal argumentação é pautada na fé, pois a fé e a fidelidade se complementam no seu sentido mais primitivo, portanto, tal argumentação humanística também fere a fé, pois não leva em conta a fidelidade daquele que prometeu cumprir toda a sua palavra. Portanto, suas argumentações não nascem da fé, nem da lógica, nascem do “achismo” intelectual, vazio e desprovido de sabedoria.

Qual será o fim de uma Igreja que não crê num Jesus Cristo, que é 100% homem e 100% Deus e muito menos numa ressurreição literal? Em seu tempo Paulo já havia dado o seu parecer sobre o assunto (1ª Co 15.19), mas penso que tal posição contribui para ignorarmos, num futuro próximo, Cristo como a centralidade e razão de existência da Igreja. E se Ele deixar de ter a centralidade do cultos, se sua palavra não for confiável, mas a considerarmos questionável, o que teremos no final? Acaso, quem ousaria chamar este aglomerado de pessoas sem fé e sem razão de igreja, se não se reúnem mais por crerem naquele que os chamou das trevas para a luz?

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