quarta-feira, agosto 1

Cristãos no banco dos Réus: Culpados ou Inocentes?

Algo vem acontecendo diariamente no banco das nossas igrejas e transformando o que deveria ser benção em maldição.
O Cristão vive a resgatar pessoas e trazê-las para comunhão com Cristo ensinando-as o reto caminho de Deus. Aos olhos de um leitor desavisado parece ser coisa simples e até entediante, contudo não há coisa mais complexa aos olhos daquele que ousa explicar tal processo. As palavras até iniciam bem e esboçam um brilho fugaz de entendimento que logo se apaga diante de nós por falta de compreensão das coisas que nos cercam e da forma como Deus executa seus planos. Chegamos à conclusão que nossas palavras nada dirão além daquilo que já se sabe através dos fatos e das histórias.
Quando paro para pensar,..., é impossível não questionar que tipo de corpo, se é que podemos chamar dessa forma, estamos formando nas igrejas ditas cristãs? Para mim, não parece haver um corpo sendo formado, mas sim, órgãos sem interligação entre si. Cada um, crendo ser superior ao próximo e aos seus problemas. Enxergam em seus irmãos somente vaidade e preocupação. São sábios em discernir os problemas dos seus semelhantes, mas ao mesmo tempo tão desprovidos da mesma sabedoria para resolver seus próprios problemas.
Cristão!..., Esta deveria ser a expressão da sublimidade da vida em Cristo, mas não há quem entenda e nem quem busque. Buscamos a letra, o conhecimento, a ordem e a regra, mas não nos aperfeiçoamos naquilo que foi questionado a Pedro, tão pouco aplicamos a ordem de Cristo a Pedro em nossas vidas da maneira como deveríamos, a começar por mim.
Somos homens miseráveis, que não entendem e não conseguem discernir entre o braço direito e o esquerdo.
Agora mesmo existe uma pessoa dentro de uma igreja sendo iniciada como uma amante da letra fria farisaica, o qual Cristo condenou veementemente, em detrimento do irmão que abandona a fé, a esperança e o amor pela exclusão do meio dito Cristão, por ter tido suas feridas expostas no meio da congregação, como se fosse um animal o qual todos pudessem chutar e excluir. Como se fosse um ser sem alma e sem vida, criatura das mais perversas, condenada a escuridão.
Não estamos formando cristãos, estamos criando fariseus! A cada dias o amor cristão esfria mais e mais. Quantas são as pessoas que tem medo de que algum membro renomado e reluzente de santidade venha a descobrir suas falhas, seus erros e seus pecados? Tenho contato com pessoas que vivem tal dilema! Que andam angustiadas sem ter para quem se abrir e com quem conversar, porque entendem que serão taxadas e excluídas. No intuito de querer ajudar uma delas, descobri o grande fariseu que há em mim, acusador frio, embasado na letra, afastado da dor humana e do sofrimento consistente da disputa entre o Espírito e a carne..., quão longe somos capazes de ficar do amor Cristão! Não sabemos ser cristãos! Não como os do primeiro século! Não demonstramos um amor que contagia e despreocupa aquele que necessita vomitar uma confissão difícil e por vezes amarga a buscar fazê-la.
Como eu adoraria que não cada letra escrita acima não passasse de pura preocupação, ou ainda, blasfêmia, por amor a Cristo e a Igreja, mas uma pequena reflexão sob o tema não me excluiu desta massa preocupada com a aparência farisaica que condena com precisão cirúrgica aquilo em que não peca, mas naquilo em que peca nada diz a respeito.
É um texto forte,..., sim, eu sei,..., mas precisamos expor a necessidade imediata em reconciliarmos com a verdadeira palavra de Deus, a mensagem da salvação e o amor Cristão.
É certo que o amor de Cristo nos constrange, mas é uma pena o nosso não constranger nem surpreender o mundo. Qual direção estamos tomando? Como estamos dirigindo nossas vidas? Estamos a dirigindo? Cristo? Quem? Quão mais próximos da sublimidade de Cristo estamos hoje em relação ao dia em que nos convertemos? Tornamo-nos doutores na lei ou apascentadores de ovelhas? Estamos no templo frio ou guiando as ovelhas nos pastos recebendo as mesmas intempéries que elas?
Não estou de maneira nenhuma negligenciando o conhecimento das escrituras e as revelações contidas nela. Antes, estou propondo a aplicação da revelação contida nela e não o mero acúmulo de informação.
É necessária uma profunda e completa reflexão diária, não para identificar o quão falhos somos, mas para não perdermos o foco do evangelho, de Cristo e do amor cristão.
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