quinta-feira, fevereiro 26

Citação,A.W.Tozer


Se simplesmente crermos com intensidade suficiente, de algum modo vamos conseguir. Esse é o pensamento popular. O que você crê não é importante. Simplesmente creia. Por trás disso está a idéia nebulosa de que a fé é uma força todo-poderosa que flui pelo Universo e que pode ser apropriada por qualquer pessoa assim que quiser.Quando chega a fé, desaparecem o pessimismo, o terror, a derrota e o fracasso; com ela chegam o otimismo, a confiança, o domínio próprio e um sucesso infalível na guerra, no amor, nos esportes, nos negócios e na política.
O que se ignora em tudo isso é que fé só é boa quando está ligada à verdade...
Tozer, Gems, p.54

quarta-feira, fevereiro 25

Aos Amigos...

Perdoem-me pela demora que haverá em responder aos comentários, pois estou em fase de transição de mudança de layout do blog, o que por si só já está me consumindo um tempo, necessariamente, dispendioso...

Uma descida escorregadia...


Alguém já teve a infeliz idéia de procurar no You Tube o que é um culto cristão, nos formatos americanos? Eu já, infelizmente!
Sejamos verdadeiros! Nós, brasileiros, importamos toda a cultura americana, desde alfinetes a foguetes. Exportamos filmes, modo de vida, cultura, e, por fim, infelizmente, interpretações teológicas.
Ao analisar os cultos americanos, onde as massas cristãs se reúnem em mega igrejas, onde a palavra não é pregada, mas sim, fama, riqueza e prosperidade. Fico, extremamente, preocupado com o rumo da igreja cristã.
Nestas Igrejas, o pregador é um animador de palco, um vendedor ou, ainda, um empreendedor, às vezes, até um guia turístico, que passeia mostrando os points mais agradáveis aos seus turistas. Estes ignoram porções das escrituras a fim de não constranger àqueles que estão lhe ouvindo, afinal de contas, a platéia não pode nem deve ser contrariada, senão o risco de não voltarem no próximo final de semana será imenso. Algumas destas, ditas, “igrejas” não falam nem sequer sobre pecado, justificando seu proceder no amor incondicional de Deus.
Estes cristãos, não escutam a palavra de Deus, mas sim um show, onde são convidados a fama, sucesso e glória. A Bíblia é usada como amuleto, sua palavra não é lida. Há euforia, gritos histéricos e ampla falta de senso cristão.
Fico me perguntando como chegaram àquele ponto? Como aceitaram uma deturpação tão clara, tão evidente da palavra de Deus? Por que não se levantam contra àquela apostasia?
Só me vem uma resposta a mente. Ela não ocorreu brutalmente, mas sim, de forma gradual.
Pode parecer redundante, mas a redundância deveria nos fazer refletir mais ainda sobre o significado desta sentença: “Cada passo para fora do evangelho é um passo a menos rumo à centralidade em Cristo!”
Creio que nunca perceberam o que ocorreu, pois foi de forma lenta e gradual, pequenas concessões, assimilação de culturas não cristãs, tidas como excelentes idéias para alavancar a Igreja num mundo pós-moderno tornando-a mais eficaz a uma geração desvirtuada.
A Igreja americana conseguiu o que desejava: “Alguns templos que seguiram esta tendência, estão, verdadeiramente, lotados, mas a que custo?
Custou nada mais, nada menos do que a Verdade!
Obrigado, mas não estou disposto a pagar este preço em prol do crescimento desordenado e que não angaria uma alma sequer a salvação.
Ricardo Inacio Dondoni
Superintendente da Escola Bíblica Dominical
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terça-feira, fevereiro 24

Citação, Andrew Murray


Na busca por experiências mais elevadas da vida cristã, o crente muitas das vezes corre o risco de buscar e se regozijar com o que poderíamos chamar as virtudes mais humanas. Tais virtudes são a ousadia, a alegria, o desprezo pelo mundo, o zelo, o auto-sacrifício - mesmo os antigos estóicos ensinavam e praticavam tais virtudes. Enquanto isso, o que é mais profundo e mais sensível,as graças mais divinas e celestiais, são muito pouco consideradas ou valorizadas.
Essas virtudes são aqueles que Jesus primeiro ensinou sobre a terra - porque as trouxe consigo do céu - pobreza de espírito, mansidão, humildade, constrição...
O pregador de verdades espirituais que tem uma congregação admirada bebendo suas palavras, o palestrante eloquente que do púlpito fala sobre santidade, expondo os segredos da vida celestial, o crente que dá testemunho de uma experiência abençoada, o evangelista que ministra em triunfo e leva a benção as multidões alegres - ninguém conhece o perigo escondido e ignorado a que tais homens estão expostos...
Justamente quando estamos mais ansiosos para que nossos corações sejam o templo de Deus, encontraremos dois homens subindo para orar. E o publicano descobrirá que seu perigo não se acha no fariseu ao seu lado, que o despreza, mas no fariseu que está dentro dele, que o elogia e o exalta...
Sim, mesmo no templo, quando a linguagem da penitência e da confiança exclusiva em Deus se ouve, o fariseu pode assumir o tom de louvor e, ao agradecer a Deus, congratular-se consigo mesmo. O orgulho pode vestir-se tanto com as vestes do louvor quanto com as vestes da penitência.

Andrew Murray, Humility (Whitaker House, 1982), pp. 47-48, 86,52-53.

segunda-feira, fevereiro 23

Uma Tática Infeliz...

Na tentativa de tornar o evangelho eficaz, a geração do século XXI está ignorando os ensinamentos contidos nas escrituras e criando um novo padrão de propagação do evangelho.
Diga-me, se um vendedor de carro não estiver conseguindo vender uma Ferrari porque as pessoas consideram o carro caro demais, muito embora todos anseiem em tê-lo, com certeza dará um jeito de lhe vender alguma coisa que acabe por agradar o comprador.
Não conseguindo vender a Ferrari, o vendedor arranca a placa nominativa do carro com o logotipo da Ferrari e o nome da escuderia, pega um fusquinha e cola o logotipo e a escuderia no fusquinha tomando o cuidado de retirar do fusca qualquer menção ao seu verdadeiro nome.
O que teremos? Uma Ferrari? É óbvio que você concorda comigo que não, no entanto, é o que a maioria das igrejas andam fazendo com o evangelho. Estamos retirando dele tudo aquilo que o define como evangelho. Em seu lugar, anunciamos outro produto com menos exigências, que imprime menos restrições e com um aumento de vantagens significativo a curtíssimo prazo. Poderíamos chamar isto de evangelho? É claro que não! Mas o chamamos de evangelho e o anunciamos com se o fosse.
Trazemos todas as quinquilharias mundanas para dentro da Igreja, lhe damos nova roupagem e o selamos com o selo da autenticidade cristã. Estamos empreendendo auto-ajuda ao invés de uma pregação sincera e autêntica, adequando cada dia mais a igreja ao público externo, para tornar o evangelho aceitável a uma geração perdida e descrente.
Esquecemos que ninguém melhor do que Jesus é digno para balizar o caminho certo a seguir.
Ao olharmos para o exemplo dEle, veremos que estamos na contramão de sua mensagem, pois Cristo nunca atraiu ninguém até Ele porque Ele era igual aos demais.
Seus seguidores sabiam que ele era diferente dos escribas e dos fariseus pois ele falava como quem tinha autoridade para fazê-lo.
Sendo assim, por que estamos tão pouco dispostos a nos sujeitar a autoridade daquele a quem dizemos seguir? Os réprobos quanto a fé é que não consideravam sobre o que Cristo dizia, não seus seguidores.
A melhor resposta em prol do evangelho para a geração atual é permitir brotar em nós o fruto do Espírito.
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quinta-feira, fevereiro 19

Citação, J. I. Packer


No final das contas, sobre o que é que pregamos e ensinamos e produzimos programas de TV e fitas de vídeo uns para os outros em nossos dias? A resposta geral à minha pergunta parece ser: sucesso e euforia ; obter de Deus saúde, prosperidade, ausência de preocupação e constantes sensações alegres.

J.I.Packer, "Put Holiness First", em Christian Life,maio de 1985, p.46.

quarta-feira, fevereiro 18

Psicologia no Púlpito


Não creio que a psicologia deva ser usada como ferramenta de púlpito cristão. Ela é imprópria para aquilo que propomos usá-la! A psicologia nasceu da necessidade de “libertar” o homem da presença divina e, por conseqüência, da “escravidão” que seu criador pensava ser o sistema religioso.
Sigmund Freud era filho de judeus, mas tal fato não o auxiliou a crer em Deus.
Em conversas com pastores e lendo os textos bíblicos, extraiu princípios cristãos a fim de serem usados num sistema que, excluindo a divindade, permitisse ao homem auxiliar outro homem, sem, no entanto, ficar preso aos sistemas religiosos inerentes da época.
Era a solução perfeita para acompanhar a tese Darwiniana! “A morte de Deus”. Este foi o “boom” que a mídia veiculou!
A Psicologia não foi criada para ser uma ferramenta de auxílio à Bíblia, mas sim, para ser sua competidora mais voraz, afirmando ter a resposta para os problemas espirituais do homem, coisa que a Bíblia afirma, criteriosamente, ser a única a possuir.
De início, temos dois sistemas que competem pela posse da verdade, um deles bíblicos e o outro formulado de uma mente atéia em rebeldia ao governo divino. Tal menção, por si só, é suficiente para uma profunda reflexão sobre o porquê de estarmos amalgamando substâncias diametralmente opostas, por mais que aparentem um mútuo auxílio entre elas.
Como qualquer bom médico poderia comprovar, o maior problema de um paciente não está na doença, mas sim, na administração equivocada do remédio errado, fruto do mau diagnóstico feito pelo profissional da área. Ele, simplesmente, pode gerar conseqüências fatais ao enfermo. Se a causa do problema for mal diagnosticada, o tratamento tenderá de ineficiente a mortífero, dependendo do tempo de submissão ao tratamento e a dose administrada.
A análise freudiana é incapaz de remeter o problema do homem a causa motriz, o pecado original, e por isso, ineficiente para tratar a doença! É com o tratar câncer com aspirina, o doente não estará mais sentindo dor, contudo, não estará curado e irá morrer da mesma forma. Somente, pensa que está melhorando quando na realidade, seu sistema nervoso está sendo enganado para que não sinta dores. Um estímulo positivo que engana o sistema nervoso e o faz crer que estamos melhorando, quando continuamos a ser arrastados rumo ao julgamento final.
A análise freudiana remete os problemas humanos à formação do ser e identifica inúmeras fases a fim de descrever os problemas correlatos de cada fase. Todo problema humano remete-se a simplicidade de impulsos, desejos e anseios que o ID deseja satisfazer, mas que são inibidos por causa do SUPEREGO, formado a partir das regras e costumes da sociedade. A resposta do sistema freudiano é liberar o ID agindo na diminuição da inibição causada pelo SUPEREGO, ou seja, permissão concedida para satisfazer a própria vontade.
A bíblia trabalha a questão de forma contrária! O superego não é formado pela sociedade, mas sim, uma consciência impressa no homem por Deus a fim de balizar suas ações, e esta, impressa em nossas mentes por causa da queda. A Bíblia ensina que tal consciência não é algo que deva ser ignorada em prol da satisfação egoísta de nossos desejos. Antes, somos orientados a não pensar de si mais do que nos convém e negarmo-nos a si mesmos, constantemente.
Os sistemas competem entre si. Uma única proposta, a cura para os males do homem, contudo, cada uma aponta para um lado, completamente, diferente. Não há liga! Ao uni-los, não torno a pregação Bíblica mais eficaz, mas retiro dela tudo aquilo que ela julga ser: A verdade absoluta que não necessita de complementos!
Apesar de não crer que as duas devam ser unidas num único sistema, não excluo a necessidade de conhecê-la profundamente, pois a sociedade em que vivemos é uma sociedade psicológica, onde os termos Ego, Egoísmo, Psique, entre outros, estão fortemente arraigados a nossa cultura.
Ora, se temos que trazer alguém das trevas para a luz, devemos conhecer como funciona o pensamento dentro de uma sociedade psicológica, para entendermos os pontos de conflito entre a verdade que pregamos com aquela que o mundo afirma ser verdade.
Que ninguém fique nestes pequeninos parágrafos, mas que busquem e pesquisem na ânsia salutar de encontrar a verdade...
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terça-feira, fevereiro 17

Citação, Gospel Publishing House, Springfield


O rei Josafá admitiu que ele não tinha poder para enfrentar a aliança de seus inimigo, mas Deus lhe deu uma vitória maravilhosa (2º Cr 20). Paulo admitiu sua fraqueza e afirmou que quando era fraco, então era forte, pois o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (2ª Co 12.9-10).
Foi depois dos discípulos reconhecerem que não tinham o suficiente para alimentar as multidões e o admitiram abertamente, que Cristo proveu maravilhosamente o suprimento mais adequado (Lc 9.12-13). Foi depois dos discípulos admitirem que não haviam apanhado peixe algum, que Jesus os dirigiu à pesca maravilhosa (Jo 21.3-6).
Não foi dito a essas pessoas que substituíssem sua confissão negativa por confissões positivas que fossem contrárias aos fatos... No entanto, Deus interveio maravilhosamente mesmo que eles tivessem feito o que alguns chamariam de confissões negativas...
Ensinar que líderes nos primeiros dias da Igreja, como Paulo, Estevão e Trófimo não viveram num constante estado de afluência e saúde porque não possuíam luz sobre esse ensino [Confissão Positiva] é ir além e contra a Palavra de Deus. A doutrina só será sã quando formulada dentro do referencial do ensino total das escrituras.

The Believer and Positive Confession (O crente e a Confissão Positiva),
publicado em 1980 pelas Assembleias de Deus, Gospel Publishing House,
Springfield, Missouri 65802.

segunda-feira, fevereiro 16

Crescimento! Sempre bem-vindo ou não?

Não há quem não anseie pelo crescimento do corpo de Cristo e , aliás, é óbvio que, sendo um corpo, ela irá crescer como qualquer corpo natural.
Se não há crescimento, existe algo de errado no corpo e isto pode ser fruto de alguma doença que esteja impedindo-a de crescer, ou ainda, podemos estar chamando algo que Deus não considera como Corpo de Cristo por este nome, esperando pelo crescimento deste ser amalgamado pelo homem ao invés da verdadeira igreja criada por Deus.
Vencidos os trâmites discricionários do termo em questão, vamos ao que interessa, pois há mais de uma maneira de adquirir crescimento, contudo apenas uma biblicamente correta, mas por regra, o presente século tem feito a igreja crescer de forma equivocada.
Existe um corpo, o qual chamam de Igreja. Ele cresce, constantemente, não pela pregação da palavra de Deus, mas pela pregação do que queremos ouvir, pela notoriedade dos pregadores, pelo Show visual, pela eloqüência das estrelas de púlpito, pelo emprego das técnicas de motivação e sucesso, pela assimilação da contracultura cristã, pela aquisição de bens e status, pela determinação de anseios e desejos inerentes a sociedade, pela afinidade sonora, pela extravagância templária e, ainda, pelo auto-suficiência humana.
Esta, a qual chamam de igreja, cresce, mas porquê? Para que? Para quem? Com que finalidade?
O que tenho visto e ouvidos em Igrejas como as descritas acima, me fazem questionar, se para esses ouvintes ainda há salvação, pois crêem que receberam a mensagem correta, sem nunca terem ouvido falar de pecado e arrependimento.
Tal tipo de crescimento é comum e inerente aos nossos dias, contudo duvido que este tipo de crescimento alcance a alma dos perdidos e acrescente uma única pessoa sequer no reino de Deus.
Sinceramente, espero estar redondamente errado, mas quando olho para a Bíblia e tudo o que ele afirma sobre a última geração da Igreja antes da grande apostasia, fico pensando o quão próximos do arrebatamento estamos, e, conseqüentemente, o quão próximo do retorno visível de Cristo.
Andamos como que cegos, em meio aos prelúdios da grande apostasia, sem preocupar-se em defender o evangelho.
Não são muitos a defendê-lo e não o serão, pois se fossem, as escrituras afirmariam que a grande apostasia nunca aconteceria, mas mesmo sendo impossível impedir o cumprimento da palavra profética de Deus, é importante que aqueles que estão acordados estejam motivados a salvar uma alma a mais por dia, enquanto há tempo, pois logo vêm, e não tarda, a sua volta! Trabalhemos enquanto é dia, pois logo vem a noite quando já não é mais possível trabalhar...
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domingo, fevereiro 15

Selado


Este selo veio diretamente da Nani, do Nani e a Teologia. Valeu Nani, obrigado pela recordação, e em 20 Fev 09 recebi a mesma indicação pelo blog da Bianca, do GoD Is mY VicTOrY.
  1. Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que você acabou de ganhar!
  2. Poste o link do blog que te indicou.
  3. Indique 10 blogs de sua preferência.
  4. Avise seus indicados.
  5. Publique as regras.
  6. Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
  7. Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com, juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.
Meus indicados maneiros são:

200 Postagens

Sei que a maioria dos presentes pensadores que acompanham o blog leram menos de 50 postagens, pois a grande maioria agregou-se ao blog recentemente, mas até o momento o blog possui mais de 200 postagens publicadas.
Para mim é um marco! Nunca pensei alcançar 200 postagens com a cabeça fervilhando, cheia de asssuntos para postar e publicar.
Encontrei amigos e companheiros de labuta com os quais tenho crescido. Não os cito para não esquecer ninguém, mas todos contribuiram e contribuem para a publicação destas postagens, mesmo que indiretamente.
No mais, é uma honra tê-los como leitores, críticos e pensadores dispostos a defender o evangelho e vivê-lo na simplicidade da orientação de Cristo.
Paz a todos...

quinta-feira, fevereiro 12

Citação, A. W. Tozer

Tão forte é a brisa que sopra por reavivamento que quase ninguém parece ter o discernimento ou a coragem de voltar-se a inclinar-se contra o vento...

Creio que a necessidade imperativa não é a de um simples reavivamento, mas de uma reforma radical que chegue a raiz de nossos males morais e espirituais e trate das causas, e não das consequências, da doença e não dos sintomas.

Depois de muita reflexão, cheguei a opinião de que, nas presentes circunstâncias, nós não precisamos de reavivamento. Um reavivamento generalizado do tipo de cristianismo que conhecemos na América poderia acabar sendo uma tragédia moral da qual não nos recuperaríamos nem dentro de 100 anos.

Tozer, Keys, pp.7-8.

Os pilares da Igreja Moderna


Tudo o que existe é estabelecido sobre pilares, sobre fundamentos, sobre alicerces, tudo isso há de sustentar a construção e permitir não só a firmeza, a estabilidade e a confiança, mas também, que a mesma permaneça inabalável diante das forças externas contrárias a sua edificação. Sejam pensamentos, ideologias, forças da natureza. Não importa! Todas as coisas necessitam de pilares e a Igreja não é diferente.
A Igreja apostólica tinha seus pilares e podemos os encontrar em Atos 2.42, a doutrina dos apóstolos, a comunhão, o partir do pão e as orações. Quatro pilares que mantiveram a igreja fortalecida contra todos os tipos de intempéries.
Contudo, segundo especialistas que nasceram no final do século passado, aquilo que funcionou muito bem até o nascimento destes, não é próprio para o século que há de vir, ..., necessita de reparos, aliás, é imprescindível trocar todos os pilares, uma vez que a igreja atual tem necessidades crescentes, diametralmente, opostas àquelas suscitadas pelos apóstolos. Como conseqüência, os antigos pilares não darão sustentação aos anseios da Igreja do século XXI.
Pois bem, ..., após um estudo aprofundado resolveu-se excluir todos os quatro pilares e em seus lugares, novos pilares construídos por uma geração superiora a todas as demais gerações de cristãos que os antecederam. São elas, a inserção de sistemas de auto-ajuda no culto, a necessidade de adoção do evangelho positivista aliado a teologia da prosperidade, a formação espiritual qualificada ao marketing, ao empreendedorismo e técnicas de motivação e sucesso e, por fim, adequação contínua às mensagens melodiosas que entorpecem a mente e engana o, já tão enganado, coração.
Esta é a cara da nova igreja que está substituindo a antiga igreja, fiel à causa cristã.
Dois mil anos de lutas intensas, derramamento de sangue, sacrifício de vidas em prol da fidelidade da mensagem cristã sendo jogadas na sarjeta por homens inescrupulosos, desconhecedores de Deus, amantes do mundo e pervertedores da fé cristã, sem que alguém considere sobre o fato.
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terça-feira, fevereiro 10

Citação, Jacques Ellul

... a Igreja satifaz nosso desejo de "nos sentirmos bem" ao invés de responder nossa necessidade de sermos espiritualmente desafiados e alimentados por meio de uma exposição consistente das escrituras.

A igreja eletrônica, em particular, favorece nosso apetite de entretenimento ao invés de promover discipulado autêntico e maturidade.

Ellul, Humiliation, do Prefácio de Joyce Main Hanks, p. vii.

segunda-feira, fevereiro 9

Idiossincrasias Modernas...


Em nossos dias, o padrão cristão tornou-se tão difícil de ser aceito que não se procura mais vivênciá-lo. É mais fácil, simplesmente, reinventarmos o cristianismo, adequá-lo àquilo que quero que ele diga sobre o modo como desejo e anseio viver minha própria vida!
Se for para ser místico e supersticioso, adéquo o evangelho a essa modalidade de cristão, dizendo que estamos propensos ao poder das palavras e que por elas um mundo de poder é gerado em sua própria boa, no qual o Espírito Santo tornar-se uma força sem personalidade, caráter e pessoalidade, manipulável por qualquer um que conheça as ‘‘palavras mágicas da sentença’’.
O modo farisaico, também, encontra seus defensores em homens que cismam em fazer das escrituras seu livro de treinamento pessoal na acusação do pecado no próximo, sem o mínimo intuito de auxiliá-lo, intentam direcionar das pessoas aos pecados alheios como forma de camuflar os próprios e com isso, torna-se mais indesculpável do que antes.
O modo capitalista, com seus novos métodos e conceitos em prol do crescimento e maturação do corpo de Cristo, tendem a amadurecê-lo de tal forma que o fruto apodrece antes que caia do pé. As técnicas são diversas e cada uma própria para uma determinada ação. Todas elas excluem a componente espiritual, recriando a igreja sobre olhos humanos.
Não passam de um conjunto de respostas humanas a um problema sério de natureza existencial, que define, na maioria das vezes, o tipo de cristianismo vivenciado: Aquele vivido segundo Cristo e as escrituras ou segundo o secularismo existencial humanista presente neste século, capaz de afastar o homem de Deus e da salvação, por excluir a autoridade divina, as escrituras e o poder que emana dela para a salvação do homem.
O Cristianismo é muito mais do que uma ferramenta de auxílio ao sucesso. Muito mais do que um opção de vida. Muito mais do que um método usual para a criação de filhos. Ele é a oportunidade de salvação das almas de todos aqueles que creram, creem e crerão em Jesus, o Cristo.
Portanto, vede e analise as escrituras! Se nestes dias, vários são os evangelhos anunciados, opte pelo verdadeiro que se encontra na Bíblia, o qual é revelado pela ação do Espírito Santo, a todo aquele que buscar com diligência.
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sábado, fevereiro 7

Selado!


O irmão Tharsis Kedsonni, do Blog ASSEM-BEREIA DE DEUS nos indicou ao selo Vale a pena ficar de olho nesse blog.
Este é o primeiro selo deste blog. Grato pela indicação! Pelos leitores e por todos aqueles que participam deste pequenino ambiente cibernético que é "O Pensador".
Como está nas regras, o indicado deve indicar outros blogs ao prêmio. Assim sendo, deixo de indicar quem já foi indicado pelo Blog ASSEM-BEREIA DE DEUS, citando outros tão qualificados quanto. São eles:

http://pitadasdilu.blogspot.com/
http://redevoxdei.blogspot.com/
http://tempodejabuticaba.blogspot.com/
http://debereia.blogspot.com/
http://despertaigreja.com/
http://despertaibereanos.blogspot.com/
http://nanieateologia.blogspot.com/
http://shalom-israel-shalom.blogspot.com/
http://namorocristaocomoassim.blogspot.com/
http://pastorciroresponde.blogspot.com/

Numa próxima vez, farei menção aos demais que também leio e que são excelentes publicadores de material cristão! No mais, graça e paz a todos...

...posteriormente, recebido pelo Blog do Rodrigo Magalhães.
Agradeço aos dois! Paz...

quinta-feira, fevereiro 5

Citação, Charles Colson

... para mim o milagre é que Ele ainda não tenha feito cair sobre todos nós o Seu juízo por causa da apostasia de nossa época.

...vivemos numa época em que os evangélicos utilizam constante e levianamente clichês como "Deus me disse" isto ou aquilo. Alguns pregadores, especialmente, alguns poucos que assisti na televisão, dão a impressão de ter acabado uma conversa exclusiva com Deus pelo telefone...

Nossos antepassados bíblicos não tinham um conceito tão banal da santa voz de Deus. Quando os filhos de Israel receberam os Dez Mandamentos, caíram com seus rostos por terra...

Ouvir a voz de Deus não é uma coisa banal; presumir falar em nome de Deus, certamente, é assumir uma responsabilidade terrível. Lutero dizia que seus joelhos tremiam quanto tinha que pregar. Spurgeon, o brilhante pregador inglês, disse que "tremia de medo" de interpretar erradamente a Palavra.

Colson, Who Speaks?, p.88.

quarta-feira, fevereiro 4

A Igreja do Século XXI

De certa forma, não tem cara de Igreja, tem cara de reunião empresarial, na qual cada um vai buscar sustento para as atividades semanais de lucro e rentabilidade.
Não tem cara de Igreja, mas assemelha-se a um show com efeitos luminosos e pirotécnicos que visam criar um ambiente de nostalgia noturna, entretenimento e humor, permitindo a platéia um alívio das frustrações semanais.
Não tem cara de Igreja, mas assemelha-se a um consultório terapêutico onde o homem é o centro do universo e tem o mundo girando sobre si, onde somos orientados a nos aceitarmos como nós somos. Nenhuma mudança, alteração, nenhuma sujeição a mensagem bíblica original, esta foi descartada pela locução melodiosa do terapeuta.
Não tem cara de Igreja, mas assemelha-se a qualquer loja de alimentação do tipo fast-food onde tudo tem que ser rápido e a gosto do freguês, mesmo que os resultados futuros sejam desagradáveis.
Não tem cara de Igreja, mas como precisa de um nome que lhe dê autoridade é chamada por Igreja.
Sua mensagem não reflete mais a salvação, seus santos querem todas as coisas mundo, e já não se acham dignos de sofrerem pela causa cristã, aliás, não é questão de dignidade, é questão de querença. Não anseiam em doarem-se nesses termos.
Dentro desta nova igreja que não reflete a antiga, gostamos de ser voluntários, afinal de contas, o que se pode cobrar de alguém que está ali como voluntário? Nada! Absolutamente, nada! O voluntário faz as coisas como melhor lhe convier e não como foi ordenado a fazer. Ele é voluntário!
A nova Igreja tem seus bancos lotados deste tipo de cristãos, contudo, estão ausentes na maioria das Igrejas àqueles que são conhecidos como comprometidos, os quais não realizam nada segundo seus interesses e da forma como melhor lhe convier. Eles trabalham segundo a ordem que receberam, esforçando-se para cumpri-la em sua inteireza enquanto ainda há luz, pois a noite chega quando já ninguém mais pode trabalhar, mas estes pertencem àquela Igreja que não faz jus a Igreja descompromissada do Século XXI.
Quem dera pudéssemos voltar a SER cristãos ao invés de ESTARMOS cristãos!
Meu anseio é que eu e você sejamos cristãos compromissados, que apesar de sermos integrantes da Igreja do Século XXI, não estejamos conformados com este século, para o bem da Igreja, para o bem da causa cristã e em nossa própria benfeitoria.
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terça-feira, fevereiro 3

Citação, A. W. Tozer

A concepção cristã de Deus que é comum nestas décadas próximas à metade do século vinte é tão decadente que está irremediavelmente abaixo da dignidade do Deus Altíssimo e constitui, para crentes professos, algo que chega a uma calamidade moral.

Com nossa perda de percepção da majestade [divina] veio também a perda do temor religiosos e da consciência da Presença divina.

A.W.Tozer, the Divine Conquest (Christian Publications, 1950) pp.59-60.

segunda-feira, fevereiro 2

Resgatados para serem lançados aos lobos vorazes...


Desde quando igreja lotada quer dizer aprovação divina? Esta aparente ligação não é culpa do que os púlpitos pregam, mas de um consenso global a respeito do evangelismo.
Antigamente, anunciar o evangelho estava, intimamente, ligado a questão de discipulado. As próprias palavras de Jesus ordenam anunciar o evangelho zelando para que aquele que ouve as palavras, reflita, entenda, pratique e persevere na caminhada cristã, ou seja, “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” (Mt 28.19).
O grande problema do tipo de cristianismo que temos hoje em dia é que praticamos o que é mais fácil, e deixamos de lado, o que exige tempo, abnegação, entrega e renúncia do eu.
O tipo de evangelismo que temos nos dias de hoje está mais ligado a aliviar a consciência da ordenança divina do que, verdadeiramente, a cumprir. Ficou tudo resumido a uma simples pergunta: Você aceita Jesus, o Cristo, como seu Senhor e Salvador? Mal percebemos que estamos criando filhos rejeitados e esta tem sido a maior dor de cabeça da igreja dos últimos dias.
Nos esforçamos por demais para trazê-los ao interior do templo, mostramos as paredes, os assentos, os locais de intercessão, oferta, devoção, pregação e a após reverberarem o sim da aceitação de Cristo como Senhor e Salvador, com um singelo tapinha nas costas, os jogamos aos leões.
Para quem não percebeu, é, exatamente, o que é feito. Eles ganham um selo de aprovação e são convidados “a se virar nos trinta”. Uma classe de batismo aqui, uma aulinha na escola dominical ali e pronto! Nasceu um novo cristão, pronto para ser jogado aos leões, testado, provado e tentado, sem receber auxílio lateral! É considerado que ele aprendeu tudo o que necessitava saber.
Como assim, conhece tudo? Na realidade, ele não conhece nada, a começar pela verdadeira marca da Igreja de Cristo, o amor sincero de uns pelos outros, pois ao contrário de ser coberto com amor pelo corpo da Igreja, foi posto de lado e convidados a cuidar de si mesmo.
Este que o trouxe para dentro da Igreja, volta ao “campo missionário” para trazer mais um filho abortivo para o seio da igreja, quando na realidade ele deveria estar discipulando o primeiro que trouxe.
Estamos tentando criar filhos sem pais! O que aconteceria se você fosse louco o suficiente para deixar seu filho de 5 anos de idade ou menos, sozinho em casa. As conseqüências poderiam ser trágicas. E na realidade são, pois aquilo que manuseamos bem, nenhum recém convertido é apto para manusear. Sem discipulado sua fé ruirá no primeiro questionamento satânico a respeito de sua religiosidade, de sua fé ou, ainda, da razão para congregar-se naquela igreja.
Igrejas lotadas com ovelhas sem pastor por desconhecer as escrituras, por falta de buscar conhecimento, por falta de discipulado. Estes acabam por se tornarem alvos de açougueiros por nunca terem sido discipulados e convidados ao crescimento e, por fim, a maturidade espiritual em Cristo Jesus.
O crescimento desenfreado que verificamos hoje em dia, é o responsável pela quantidade de heresias que adentram no seio da Igreja e a morte prematura de vários recém nascidos.
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento...” (Os 4.6a)
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