segunda-feira, dezembro 24

Feliz Natal

O Blog deseja um Feliz Natal a todos os leitores que por aqui passam... Que cada um tenha um natal especial, cheio de alegria e reflexão... são os votos do pensador...

Cartazes...



Alguns devem ter notado que a igreja anda cheia de cartazes, alguns, bem bolados, outros bonitinhos, chamativos, questionadores, intrigantes, sugestivos, legais, coloridos, sem cor, enfim, ..., há uma diversidade de cartazes espalhados ao longo da existência da igreja e em algumas paredes da igreja.
Mas o objetivo do cartaz nunca foi e nunca será ser bonitinho, se o é, é simplesmente para lhe chamar a atenção acerca do assunto nele explanado!
Você já parou para ler os cartazes espalhados ao longo da igreja, ou apenas contentou-se em ver uma imagem bonitinha de longe?
A razão da existência de um cartaz é a sua mensagem, é o que ele expressa.
Se um cartaz não cumpre sua finalidade ele é descartado e jogado fora pelas grandes empresas corporativistas que visam o lucro, pois se a mensagem não foi eficaz, procura-se outra que o seja.
Mas e quanto àqueles que são fixados dentro da igreja? Seria as informações contidas neles de natureza ineficaz? será que a mensagem que eles expressam são desnecessárias? Já parou para lê-los? Se os leu ótimo, para você, para a igreja e para aquele que investiu tempo em produzí-lo, mas deixe eu te perguntar algo...
O que ele produziu em ti? Por acaso continha alguma mensagem que exigisse uma decisão? se o continha, o que você fez a respeito? ignorou?
está degustando ainda a mensagem contida nele?
Bem, é fato conhecido por todos que quanto mais conhecemos a respeito da palavra mais seremos cobrados...
Às vezes, os cartazes servem para nos alertar constantemente sobre o estilo de vida que deveríamos cultivar.
Às vezes, somente servem para fazer volume e gastos, no orçamento daqueles que são diretamente envolvidos com a produção e exposição dos mesmos, mas não é quem produz o cartaz que atesta a sua eficácia, mas sim aquele que o lê...
A preparação do cartaz envolve de tudo um pouco, tempo, reflexão, introspecção, elaboração e seleção da imagem para o fundo e toda a paisagem envolvida, uma vida devotada a produzí-lo e, ainda, a mensagem propriamente dita.
Existem cartazes fixados na igreja que não são tão vivos e eficazes quanto aqueles que adentram pelas portas da igreja, para serem tratados, reformulados, gerando cores mais vivas e “chamativas”, como uma mensagem limpa e clara para aquele que o lêem constantemente ao sair pela porta da igreja.
Este cartaz vivo, sou eu e você! Um cartaz que é lido constantemente pelas pessoas que cruzam nossas vidas diariamente! O que você tem feito a respeito da mensagem que vê e a respeito da mensagem que divulga?
Ricardo Inácio Dondoni

domingo, dezembro 9

Homens Crueis...

http://altairgermano.blogspot.com/2007/12/cachorros-so-degolados-na-bolvia-em.html

Cada um confira por si só...

Cristãos ou “o quê”?

Não consigo olhar para os textos sagrados sem ficar plenamente perplexo pela situação em que nos encontramos em nossos dias. Tanta gente boa, com capacidade para fazer infinitamente mais do que está fazendo, sentada nos bancos como meros ouvintes da palavra, dos quais eu sou um!
Pode ser que alguém não se canse de não fazer nada, mas a apatia espiritual na qual a igreja atual está mergulhada não somente me cansa, mas me frustra, pois a igreja que afirmam estar viva no ano de 2007, pelo menos no Brasil, não é à sombra da igreja a qual me converti anos atrás. Dos primeiros dias em que ouvi o evangelho verdadeiro (1998) para cá, perdemos tudo! Em menos de nove anos, o evangelho foi completamente banalizado!
As ovelhas que estão procedendo de forma correta, se cansam de ver tanta besteira sendo veiculada e deixam a apatia cair sobre seus ombros, como se os seus esforços por uma igreja sadia, fossem todos em vão! Será que devemos nos juntar a este enorme número crescente de desiludidos com a palavra, com o ministério, com a igreja, e quem sabe até, com a salvação?
Será que não identificamos em nós a mornidão da Igreja de Laodicéia impregnando em nossas vestes, juntando-se a nossa pele, mesclando-se aos nossos músculos, nervos e ossos?
Talvez estejamos esperando que um grande líder espiritual acuse nossa rebeldia e nos ensine o caminho que nos trará de volta ao Cristianismo Bíblico e a forma correta de veicular a palavra. O que de certa forma, nos deixa mais acomodados ainda, pois, enquanto não surgir este líder a nos ensinar o caminho do dever cristão, eu não faço absolutamente nada, para modificar a situação em que vivemos!
“Mas o que fazer? Não fui eu quem criou esta situação”! Posso desculpar cada um desses, pois na verdade, nós temos fortes raízes católicas em nossas veias, tornando-nos freqüentadores assíduos da igreja por obrigatoriedade e hereditariedade, assumindo os valores e os fardos de nossos pais. O que torna mais fácil assumir que o cristianismo está desvirtuado e afirmar que a culpa não é nossa do que se apresentar para fazer parte da solução.
O que poderíamos estar fazendo em nome de Cristo que não estamos mais fazendo? Se é que um dia o fizemos? Todos nós temos qualidades que podemos colocar a disposição do Reino. Estamos colocando? Não? Por quê? Por que alguém nos feriu? Magoaram-nos? Por acaso é inútil fazer a obra? Será que a apatia espiritual que nos cerca, e que deturpou o evangelho ao nosso redor, nos tornou duros de coração e com mãos engessadas para o trabalho na casa do Senhor? Será suficiente o que estamos fazendo? Ou apenas estamos fazendo “a nossa parte”?
Deixe eu te dizer uma coisa: “Se as coisas já não andam bem agora, quanto mais nos últimos dias que antecederão o retorno de Cristo. As coisas vão piorar e muito!”. Somente você é capaz de decidir de que lado ficará no tempo da igreja de laodicéia, no tempo da igreja que virou as costas ao evangelho, a comunhão, ao amor pelo próximo e a Cristo.
Felizmente ou infelizmente, temos um acusador divino imputado ao homem que nos lembrará de todas as advertências que recebemos quanto a não retornar ao bom caminho. Não seria este o cerne da pregação a igreja de laodicéia? Arrepende-te!
Quando a mim, decido estar do lado do fiel remanescente a Cristo, mesmo que para isso gaste todas as minhas forças, suor e empenho sem nada receber em troca, além da mornidão que cerca meu tempo!

sábado, dezembro 1

Já pensaste que a tua vela não perderá luz ao acender outra?

O título não faz parte de nenhum versículo bíblico, mas a idéia geral muito se enquadra dentro do contexto cristão, ainda mais ao lê-lo dentro do conhecimento e revelação da palavra de Deus que possuímos em nossos dias. Justo no final dos tempos quando cada um deve procurar brilhar mais intensamente aguardando a vinda de Cristo, justo na época em que temos que demonstrar o que é vida cristã, amor fraternal, vida em comunhão, perdão, franqueza, sinceridade, integridade, paciência, benevolência, desprendimento, e todas as demais virtudes que evidenciam uma mudança de vida, acabamos por viver na mediocridade de nosso ser. Parece que em muito tentar buscá-lO, acabamos por perdê-lO! Compare o nosso estilo de vida com aquele evidenciado pelos salvos na época de Cristo e entenderá o que pretendo esclarecer. Os salvos tinham um ardor e um amor pulsante que os impulsionava a viver a plena comunhão e a alegria pela salvação, buscando a cada dia acrescer mais e mais pessoas a sua roda de amigos. Não era um círculo fechado de acesso extremamente restrito como o vemos em nossos dias. Pela própria certeza e convicção que as pessoas tinham da salvação, elas preocupavam-se em buscar o perdido, o aflito e o desesperado para o convívio. Não estou falando de uma salvação mística, em que o pronunciamento de um conjunto de palavras fosse o suficiente para salvar qualquer homem, independente da mudança do mesmo evidenciada pelo arrependimento dos pecados que os guiava e os exortava a uma vida de santidade. Eram pessoas como nós, ocupadas e preocupadas com o mundo de seus dias, contudo não deixaram se contaminar com as coisas que os cercavam e muito menos julgaram alcançar a graça da salvação algo satisfatório para suas vidas. Eles demonstravam a gratidão pela salvação buscando levar luz àqueles que ainda jaziam em trevas, coisa essa que não vemos mais a luz do dia. Eram preocupadas em manutenir a casa na qual se encontravam para celebrar mutuamente a salvação que os tinha alcançado, bem como, trazer mais possoas ao bom convívio. Hoje, não vejo mais pessoas preocupadas em buscar a salvação para os demais. Estamos preocupados demais se estamos ou não salvos. Um preciosismo exacerbado com o “eu”, que nos leva a uma busca constante de conforto e regalias, satisfação de desejos e anseios. Fazemos o que for mais fácil, fazemos o que cansar menos, ou ainda, o que nos tornar mais célebres entre os homens. Esta geração da qual sou parte, não merece elogios, não merece exaltação por andar conforme os ensinamentos de Cristo. Somos a geração da dura cerviz, aquela que no seu auge preferirá ser ferida por todos os tipos de chagas do que converter-se a Cristo. Dentro dessa geração encontraremos os salvos (os quais segundo meu entendimento, arrebatados antes da tribulação) e os não salvos (que verão o tratamento de Deus com os Judeus, para purificação e salvação deles). Quanto aos salvos de nossa época, creio que estes serão salvos como que pelo fogo, não por terem sido exemplos em seu tempo, mas pela profunda misericórdia com a qual Deus aprouver salvar uns poucos. Pois tendo as nossas velas acessas preferimos apontar para a vela do próximo acusando-o de ter a sua apagada, do que num simples ato de amor, acender a vela alheia com a sua própria.
Ricardo Inácio Dondoni
“Nenhuma pessoa foi jamais honrada por algo que recebeu. A honra foi a recompensa por algo que deu”.
- Calvin Coolidge, presidente americano

A Benção de Servir!

Algumas pessoas têm feito uma leitura diferenciada da Bíblia, haja vista o expansionismo eufórico da ordem divina que diz: “todos são chamados para serem líderes”. O que chama a atenção é a ausência total desta palavra nas Escrituras. Mas graças a Deus pelas Suas palavras que testemunham à expressão da verdade, pois “antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva... e... Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (Mc 10. 43; 1Pe 2. 9). Os verdadeiros discípulos de Cristo se deleitam em Suas palavras e exemplo de vida, por isso, todo discípulo segue os passos do seu Mestre, no cumprimento da sua missão, aqui nesta terra. Se somos todos chamados a servir, então, quando falamos em ministério, logo, deve nos saltar aos olhos o serviço na igreja local – pois é através dos ministérios que nos unimos aos outros irmãos e desfrutamos da bênção de servir. Mas que bênçãos vem sobre a vida de quem se dispõe a servir? A primeira bênção é o senso de realização. Quando servimos, passamos a ver o quanto somos importantes e quanto o nosso serviço pode somar no crescimento da obra de Deus, como está escrito: “O serviço ministerial que vocês estão realizando não está apenas suprindo as necessidades do povo de Deus, mas também transbordando em muitas expressões de gratidão a Deus” (2Co 9. 12). A segunda bênção é o senso de convicção de estar no centro da vontade de Deus; “Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (1Co 15. 58). Servir a Deus me traz a convicção de estar fazendo o que lhe agrada. E por fim, a certeza da recompensa. Aquilo que faço é sempre para a glória de Deus: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Cl 3. 23, 24). E isso é uma grande bênção porque faz com que eu não espere os aplausos e holofotes dos homens, mas tenha a convicção do reconhecimento daquele que sabe todas as coisas. Por tudo isso, e muito mais, devemos servir a Deus em nossa geração. Perceba que não falamos de bênçãos materiais, como muitos se acostumaram a ouvir, e sim bênçãos espirituais. Servir a Deus nos inspira a viver uma vida mais altruísta, onde o amor a Ele e ao próximo faz com que vejamos os milagres de Deus em cada vida transformada por Seu amor.


Autor Desconhecido

segunda-feira, novembro 26

De Pedra em Carne!




“Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros:Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes”.Mt 11.16-17 É Bem verdade que o texto parece-nos, a primeira vista, indecifrável, mas uma pequena reflexão nos permitirá retirar e entender muito sobre suas colocações. Uma vez que nos enquadramos perfeitamente nesta geração, por infelicidade minha, por infelicidade nossa. Segundo o texto, esta geração é marcada por uma grande divisão! Não estou falando de forma alguma entre salvos e não salvos, no sentido de serem cristãos ou não. Tal reflexão seria um refrigério ao nosso coração impune e pecador que se corrompe e se desvia pelos próprios desejos. Falo de nossa atitude de cristãos! A aceitação da mensagem de Cristo exige de nós ação e não acomodação! Existem poucos entre nós, mas existem e dou graças por eles, quer estejam ou não, no momento atual “nas praças” como meninos gritando aos seus companheiros, tentando levar quem quer que seja a ouvir a melodiosa canção da salvação, ou ainda, a lamentação eterna daqueles que não aceitaram a oferta que lhes foi dada. Quem em nossos dias está entoando canções nas praças? Por ventura, não são os cristãos! Se estes estivessem o fazendo, as coisas seriam diferentes! Ainda não entendo e nunca vou querer entender porque nos auto-intitulamos “crentes”, se por ventura não fomos chamados simplesmente para crer, mas para agir... Era preferível sermos chamados de Cristãos, pois Jesus nos deu exemplos de ação. Entre eles, o amor pelo próximo e a humilhação pública ao buscar nos cobrir com seu amor. Por hora, somos uma geração de cerviz dura, cômoda e que não esta preocupada com a causa do pobre, do cego, do necessitado e do aflito. Com toda certeza ouviríamos entre nós, murmurações sobre a preocupação que estes têm com tais pessoas. Mas os pobres os quais me refiro tem casa, os cegos enxergam bem,o aflito tem prosperidade, o necessitado tem seus bens. Todas essas aparentes! Pois não conhecem a verdade. Verdade essa que todos conhecerão no findar das suas vidas e descobriram o quanto são cegos, pobres, necessitados e aflitos. Pena que se a verdade não for conhecida antes do findar da vida, não gerará a salvação e sim condenação eterna. Que enorme “galardão” acumulamos sobre nossas vidas, o de conduzir tão brilhantemente almas para o inferno, pela nossa profunda falta de ação. Seja no exemplo familiar, no trabalho, nas ruas e na mudança de vida... Que o Senhor transforme meu coração de pedra em carne e comece esta obra por mim.

Ricardo Inácio Dondoni

segunda-feira, novembro 19

Trabalhar na igreja?

Precisa-se de pessoas habilitadas, inteligentes, ocupadas, e principalmente, chamadas por Deus. Ministério não é para frustrados e desocupados.

Justo L. Gonzáles, ao escrever a respeito do surgimento das universidades, na coleção intitulada “Uma História Ilustrada do Cristianismo”, cita sobre a quantidade de tempo utilizada na formação de um teólogo na alta idade média, o que nos faz refletir e decorrer algumas linhas sobre o assunto.
“Os que queriam se dedicar ao estudo da teologia tinham primeiro de ingressar na faculdade de artes, onde passavam diversos anos estudando filosofia e letras. Depois ingressavam na faculdade de teologia, onde começavam como “ouvintes”, e progressivamente podiam chegar a ser “bacharéis bíblicos”, “bacharéis sentenciários”, “bacharéis formados”, “mestres licenciados” e“doutores”. No século XIV este processo chegou a ser tão complicado que para completá-lo eram necessários dezesseis anos de estudo, depois da graduação na faculdade de artes.”
Há uma carência de pessoas capacitadas nas igrejas contemporâneas, se é que existe igreja contemporânea. Não é difícil de notar este sintoma, porém mais complicado ainda é buscar a razão e a causa desta dificuldade. Grande é a seara, poucos são os ceifeiros, e isto já era dito pela palavra de Deus a aproximadamente 2000 anos atrás, e quanto mais o tempo passa, mais estas anomalias se agravam, e milhares de pessoas morrem sem conhecer a Jesus, e o que é mais grave ainda, outras milhares têm ou já tiveram algum contato com uma igreja “cristã”, e são como “soldados feridos deixados para traz”.
Os motivos que levam tais pessoas a deixarem de freqüentar são diversos, como por exemplo, a falta de perseverança, falta de fé, carência de pastoreio e principalmente, imaturidade, são como crianças (1Co 3.1-2), fracas e carnais. Pode ser que não crescem e estão debilitadas, pois não são alimentadas e cuidadas.
Precisa-se de pessoas habilitadas, inteligentes, ocupadas, e principalmente, chamadas por Deus, por meio da igreja para cuidar do rebanho do Senhor. Existem versículos que dizem algo como: “Deus usa as coisas fracas para envergonhar as fortes”, ou pensamentos conhecidos de que “o Senhor não escolhe capacitados, mas capacita escolhidos”. Sabemos e cremos que é Ele quem tem todo poder e a Ele deve ser voltada toda a glória, pois é por meio da sua força e dons que somos aceitos e podemos serví-lo, mas me refiro a outra coisa. Não podemos usar a soberania de Deus para relaxarmos e sermos imprudentes, e até nos desculparmos na Bíblia. Uma frase conhecida, talvez signifique este conceito: “Deus nos aceita como estamos, mas recusa a deixar-nos desta forma”.
Temos uma geração de jovens que não sabem onde querem chegar, nem ao menos sabem se querem chegar, mas o questionamento muda de direção quando perguntamos se o problema não está na geração, ou gerações passadas que deixaram de inspirar seus filhos e netos com coisas mais profundas e duradouras. Segundo a citação feita no início, identifica-se um estilo de faculdade formadora de grandes Teólogos como Lutero, Calvino, Zwinglio, entre outros, mas o que realmente é preocupante, é que hoje saem das salas de aula um grande número de pessoas descapacitadas e despreparadas. Sugere-se que além de capacitação, falta vontade e “inspiração” para tal, professores que não inspiram... Talvez porque não transpiram, mas onde queremos chegar é que realmente, conforme Paulo aconselha a Timóteo, as igrejas precisam de homens irrepreensíveis e que manuseiem bem a Bíblia, e que principalmente, tenham coragem, vida e conteúdo para poder dizer, “sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo”. Homens que inspirem homens exemplos, homens que ensinam quietos, Homens de Deus, esforçados e capacitados por Deus.
Nota-se no meio de muitos jovens, o anelo por serem chamados para o ministério, e seguem anelando, e seguirão anelando. Não trabalham, não estudam, não sabem o que querem, mas de qualquer forma, esforçar para que se na igreja pode ter um lugar para mim? Para fazer o que? Ué, não sei!... Ministério virou segunda opção para os frustrados e desocupados, pois de qualquer maneira Deus nunca rejeita ninguém, e a seara é grande... Portanto: Eis me aqui, eu irei Senhor! Onde?...
Não sei se estou enganado, mas os discípulos foram chamados enquanto pescavam, entre tantos outros que deixaram tudo (Barnabé e Paulo), boas profissões e posses, para servir ao Senhor com excelência.
Marcos Witt citou em uma palestra no Instituto Canzion em Buenos Aires, uma frase impactante, e que se não olharmos radicalmente, pode servir bastante: “Deus esta cansado de apaixonados burros”. Realmente, um pouco forte, mas ao menos uma boa reflexão. Onde estão os bons conhecedores da Bíblia no meio das igrejas? Onde estão os líderes capacitados? Onde estão estas antigas faculdades que “seguravam o aluno” aproximadamente vinte anos para sair formado um teólogo? Onde estão os professores de escola Bíblica que inspiram outros pelo conhecimento da palavra?
Conforme diz a palavra: “Chegará o momento onde haverá fome de pão e sede de água”. Qualquer semelhança é mera coincidência.
Russel Shedd foi questionado a respeito de bons escritores e teólogos brasileiros, e com tristeza respondeu que eram raros, pois a grande maioria dos estudiosos da Bíblia e pastores hoje, não conhecem um segundo idioma e muito menos os originais (grego e hebraico), além de lerem muito pouco. Segundo o que se conhece de algumas denominações, bem aventuradas são aquelas que ainda exigem algum tipo de formação primária, secundária e teológica.
Conforme uma pesquisa realizada, a média de oração diária de pastores brasileiros são cinco minutos. Talvez falte sede de buscar a Deus e conhecer sua verdade.
Atualmente, segundo os métodos de ensino que ainda são falhos, já evoluíram razoavelmente, e hoje se ensina muito mais em menos tempo. Os métodos são mais eficazes. Porém o exemplo e o tempo gasto pelos tão conhecidos teólogos da idade média, nos impulsiona a sermos mais ousados.
Antes de concluir, é necessário lembrar que Deus tem levantado neste país, homens ousados. Por mais que sejam raros, eles ainda existem. Homens com profundo conhecimento bíblico, grande temor a Deus, humildes e cheios do Espírito. Mais homens que inspiram, homens esforçados, homens cheios de Deus e com paixão por sua presença, homens que sabem para que foram chamados, homens que reflitam a Jesus Cristo com clareza, é o que o nosso Brasil precisa. Multiplica Deus, estes homens na nossa nação.
Que diminua o percentual de homens descapacitados, pouco esforçados e que têm dificuldade de inspirar outros, e que Deus nos dê graça, compromisso, maturidade, responsabilidade, e tantos outros “ades”, para sermos excelentes nas incumbências ministeriais que Ele colocou sobre nós. Que possamos ser instrumentos para levar esta geração a lugares mais altos, e saiamos da superfície de falta de mestres, que nos conduzam ao conhecimento. Mestres que verdadeiramente conheçam a palavra de Deus e sejam dotados de conhecimento histórico, filosófico e teológico, e que possam derramar Cristo nos nossos ouvidos, através do anúncio e ensino da palavra, para que a próxima geração, venha ser melhor e menos acomodada que a atual.
Texto de Olavo Nunes

Outra Voz no Deserto...


Estou cansado do falso “evangelho” pregado por aqueles que se dizem “autoridade espiritual”.
Estou cansado da insensatez com a qual negligenciamos as palavras de Deus.
Estou cansado da banalização da mensagem de Cristo.
Não há preocupação alguma em formar líderes altamente cristocêntricos. Todos negligenciam as palavras e afastam a salvação daqueles que querem ser salvos.

A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou (Rm 1.18-19).

As igrejas estão formando teólogos sem qualquer comprometimento em religar o homem a Deus. Estes sabem defender muito bem a doutrina da igreja “A” ou da “B”, mas seu pastoreio, apesar de ser altamente requisitado, conduz de forma leviana suas ovelhas. Este permite que suas ovelhas façam tudo o que desejarem. O céu deixou de ser o limite da vontade humana. A própria vontade angariou para si decidir seu limite, exponenciando-o a eternidade.
Tô cansado do uso excessivo da “sentimentalização”(acabei de criar) e da emotividade, para fazer a platéia ser convencida e não convertida. As massas tem sido atraídas por convites falsos e pretensiosos.
São ensinados a chorar copiosa e convulsivamente, sem que o fruto do convencimento do espírito brote dentro de si, pois não há espaço para reflexão sem emotividade durante os cultos deste século. E o pior de tudo é que não se acha reflexão consistente no fruto da emotividade. Pode haver reflexão consistente em meio à emotividade, mas originado por ela, é só “sentimentalização”. O convencimento do pecado não é fruto de emoção, é razão. A emoção escraviza a ponto de nos convertermos para não ir ao inferno, mas a razão retira o nevoeiro de dúvidas e incertezas, apropria-se da fé e nos lança num salto maior do que a própria razão é capaz de discernir, a fé. Um salto no escuro, segundo Soren Kierkegaard, mas não deixa de ser iniciado pela razão. Era assim que o evangelho era pregado nos tempos apostólicos!
Os Judeus eram convencidos segundo as escrituras que o messias era Jesus Cristo. Se isto, não quer dizer razão e raciocínio em lugar de emotividade já não sei ler as poucas linhas que para mim pareciam inteligíveis, nas sagradas escrituras, o que certamente me faria dizer que não consigo entender uma só linha das sagradas escrituras, o que as tornaria para mim, completamente inútil, por não entender uma vírgula do que está escrito. Mas graça a onisciência de Deus, cada um de nós entende um pouco do que está escrito naquelas linhas, e digo que o conhecimento que cada um de nós possui das palavras sagradas é mais do que o suficiente para conduzir o homem a salvação, pois a palavra de Deus não volta vazia.
Onde nossa fé se inicia? Na razão ou na emoção? Penso que devemos considerar a resposta a esta pergunta e aonde ela irá nos levar...
Por falta de conhecimento e aprofundamento bíblico nossa geração se corrompe com inúmeros modismos
- Estou cansado de escutar meus irmãos chamarem estas exposições sem nexo de benção. Não são! São dignas de vergonha por negligenciarem seu próprio chamado e ainda, tornam-se exímios líderes que conduzem perfeitamente suas ovelhas ao abismo. Tornando o pouco conhecimento que o rebanho possui em pedra de tropeço na beira do abismo. Sou eu o louco ou são eles? Não há mais espaço para Cristo. Não há mais espaço para a mensagem oriunda de Deus a qual Paulo jurou defender com unhas e dentes se fosse preciso.
Deixamos Cristo de lado e pregamos Freud. As igrejas estão cheias de suas doutrinas anticristãs. Ao adotarmos a psicologia freudiana, trocamos a sabedoria divina pela sabedoria humana. Uma extrema loucura que todos estão fazendo!
Paulo faz de tudo para propagar o evangelho cristocêntrico.
Apesar de seu excepcional nível cultural, Paulo não intentou propagar a mensagem a qual lhe foi confiada com palavras eloqüentes, antes, suas exposições não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder.

Hoje, apelamos ao uso excessivo da irracionalidade, da emotividade, da própria cobiça do homem, da própria ânsia pela prosperidade terrena, para trazer às pessoas para dentro das igrejas, utilizando a tão famigerada linguagem persuasiva criticada por Paulo.

Como conclusão, levanto dois pontos a respeito destes tais homens:

Ou são ignorantes que pregam a palavra de Deus de forma desvirtuada por completa e total falta de conhecimento do peso que estão lançando sobre os ombros;
Ou são homem que se afastaram tanto do evangelho e de Cristo que não ouvem mais a voz do seu Pastor e sendo conduzidos pelos seus próprios corações e anseios, negligenciam o poder de Deus para a salvação do homem.
Verdadeiros mercadejadores da palavra, que ousam levantar um “outro” evangelho diferente do qual Paulo pregava.
Tais homens são indesculpáveis perante Deus...

Os Nove Leprosos



“Felizes os olhos que vêem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e Reis quiseram ver o que vós vedes, mas não viram, ouvir o que ouvis, mas não ouviram” Lc 10.23-34



Talvez de todas as gerações, nós estejamos sendo os mais fúteis e ingratos dentre todos aqueles que receberam a revelação da salvação em Cristo. Na época em que Jesus caminhava entre os seus discípulos, Ele afirmava que muitos queriam ter o privilégio de ouvir as boas novas acerca da salvação do homem, mas não puderam ouví-las.


O que será que ocorre com nossa geração? Em nossos dias, as coisas estão caminhando do mesmo modo do que a geração que viu Jesus caminha na terra! Conhecemos a mensagem da salvação, sua palavra e as escrituras que atestam com fidelidade quem é o messias tão aguardado pela humanidade pecadora, o único capaz de promover a paz entre um Deus infinitamente santo e a humanidade pecadora. Mas no lugar de lembrarmos de Cristo como aquele que intercede por nós diante do Pai, no lugar de pensar nele como o único caminho que temos para chegar até a presença de Deus, no lugar de pensarmos nele como nosso redentor, o resgatador de nossas almas, acabamos por pensar nEle como um mero facilitador de ganhos pessoais. No qual podemos nos agarrar para fugir dos problemas pessoais e momentâneos do nosso dia-a-dia. Tais pessoas não percebem que ao fazer isto estão trocando o evangelho divinamente inspirado por um “evangelhozinho” terreno sem a menor capacidade de redimir o Homem diante de Deus, tornando-nos igualmente condenados a morte eterna, por negligenciarmos o poder do verdadeiro evangelho. Basta entendermos os princípios que regeram a cura oferecida aos dez leprosos, no qual apenas um retorna para agradecer pela restauração de sua saúde, adquirindo benção infinitamente maior, a vida eterna.


Estes nove, denunciam nossa incapacidade de prestar atenção a vontade de Deus para nossas vidas, em detrimento daquilo que consideramos essencial: As curas físicas, a restauração da saúde mental, a obtenção de um emprego, ou ainda, uma promoção, uma vida próspera ou viver de vitória em vitória. Cristo pode nos dar estas coisas! E se Ele quiser, Ele o fará! Exatamente como ocorreu com os dez leprosos, os quais, buscavam bençãos meramente terrenas, momentâneas e por que não dizer instantâneas. Destes, somente um identificou que em Cristo, algo infinitamente maior do que um homem com disposição para suprir nossas necessidades momentâneas. Somente um homem retornou. Os nove leprosos identificam nossa geração prepotente, despretenciosa da graça e ambiociosa por um facilitador de bençãos que esta a nossa eterna disposição. Quem me dera escrever isto de outra época, mas sou parte desta geração dura e nem mesmo sei o quanto disso esta empregnado em mim, uma vez que para fora olhamos, aparentemente, com clareza, mas quando o tentamos fazer para dentro, encontramos um véu que nós cobre a nós mesmos e de si nada revelamos o suficiente para compreendermos nosso estado de putrefação.


Cristo não estava preocupado em satisfazer as nossas necessidades momentâneas e por vezes egoístas. Essa não era a preocupação primordial quando ele derramou seu sangue por nós naquela Cruz. Ele ansiava em nos livrar da ira vindoura e restaurar a comunhão entre Deus e a humanidade. Coisa que optamos por negligenciar tão quando as pessoas do período apostólico.


A cada um de nós, ..., resta orar para que não sejamos representantes dessa geração perversa, ..., que sejamos todos contados com aqueles que remam contra o mundo e contra este "outro" evangelho do qual Paulo, em sua época, advertiu que seriam considerados anátemas aqueles que seguissem tais ensinos.

sexta-feira, outubro 5

Crítica a uma pregação contemporânea e pós-moderna

O texto trabalhado pelo pregador foi o chamado de Mateus para ser seguidor de Cristo.
A respeito dele, o pregador tece uma linha de raciocínio que o conduz a tratar o tema relacionado a missões. O mesmo abre sua explanação levando em consideração o pronunciamento feito por outro evangelista: “Se você não tem amor por missões, há uma grande probabilidade de você nunca ter nascido de novo até hoje”.
A partir deste ponto o pregador faz uso de dados numéricos a respeito da quantidade de pessoas não evangelizadas no mundo (aqueles que não conhecem a Cristo), aqueles que nascerão e ainda não conhecem a Cristo e o esforço necessário para que todos sejam alcançados. Sua abordagem é feita baseando-se num esforço feito unicamente por missionários. Tal fato deve ser desconsiderado, pois não há como avaliar tal informação. Afinal, o evangelista não é o único que prega a palavra de Deus.
A avaliação não leva em consideração a decisão tomada por aqueles que foram resgatados pelos “evangelistas” de evangelizarem também aumentando significativamente a parcela daqueles que se dispõe a pregar as boas novas. Também não é levada em consideração a pregação feita pelos membros das igrejas que evangelizam de forma simples, porém eficaz, nem ao menos é levado em consideração o testemunho fiel daqueles que pregam a Cristo mediante a exposição direta de suas vidas, o que me leva a crer que a linguagem usada nada mais configura do que uma tentativa de comover o ouvinte, fazendo com que o mesmo seja movido a pregar Cristo por motivos errados. O Apóstolo Paulo sempre esteve preocupado em não utilizar recursos extras para atrair a atenção para si, nem de forçar uma conversão falsa através de emoção e sentimentalismo, ele fugia de qualquer tipo de linguagem persuasiva em detrimento da ação plena do Espírito Santo sobre as vidas das pessoas ao seu redor. “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.” É isto que Paulo afirma, mas isto é o que menos tem sido feito.
Outro fator interessante é o peso que é colocado sobre os ombros da Igreja quanto ao evangelismo mundial. Não é para a igreja ser motivada a pregar a palavra por medo, mas sim por amor, afinal de que adianta ganhar o mundo e perder a própria alma. Pregar pelos motivos errados somente nos identificará com a igreja do final dos tempos. Aquela que estará diante de Cristo, achando-se merecedora da salvação, mas não será considerada digna dela (falo da igreja física e não da espiritual). Esta é Laodicéia, aquela que representa o último período da igreja antes do arrebatamento. Antes de tudo, a palavra diz que “... para com Deus não há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho”. É claro que está consciência que todos temos sobre certo e errado. Faz parte da revelação de Deus e se ela fosse suficiente para que TODOS os homens se salvassem não haveria a necessidade da intervenção de Cristo, mas não podemos excluí-la do processo, ela faz parte da revelação e por si pode auxiliar o homem conforme escrito acima. Por isso, acho perigoso demais sobrecarregar o cristão na obra que o Espírito Santo está a realizar.
Não é o homem que trabalha, mas o Espírito. Alguns, conforme abordado na palestra, menosprezam suas famílias em detrimento da palavra, da missão, e isto nos faz dignos de pena, pois na ânsia de ganhar o mundo perdemos o foco da salvação em Cristo e pior arrastamos uma massa na mesma direção, a começar pelas nossas famílias. Ficamos dessa forma, tão longe do poder do “evangelho puro e simples”.
Em outra passagem, o pregador fala a respeito da revelação de outro pastor que julgou ser o EUA os salvadores do mundo. Não contente com a resposta recebido de Deus a respeito da irrelevância dos EUA diante da obra de Deus, este, segundo o pregador, afirma que sem eles Cristo não poderia cumprir a missão, e em resposta as colocações do pastor, este ouviu uma voz celestial dizendo que a missão de resgatar o mundo foi repassada a America Latina.
Não vejo a exposição dos fatos da forma como foi abordada benéfica para nós, mas sim, com grande poder destrutivo, pois o modo como ele abordou o assunto eleva demais a auto-estima, bem como a soberba dos povos hispânicos e de origem portuguesas por serem estes os apontados como salvadores do evangelho. O que nos impedirá de cair nas mesmas afirmações cheias de soberba feitas pelo pastor americano? Se as palavras do deste pregador somente elevaram nosso ego e contagiaram nossas mentes fazendo-nos crer que somos melhores que eles.
Em outra de suas afirmações o pregador lembrou-nos que Deus não tem nacionalidade, fato este, que merece ser observado: É bem verdade que Deus não tem nacionalidade, mas não podemos levar isto ao pé da letra para todos os casos. Por exemplo, não podemos levar estas afirmações em consideração quando falamos com relação a Israel, pois Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre conforme suas palavras atestam. Jesus veio ao mundo como Judeu, descendente da tribo de Judá. Se ele é o mesmo ontem, hoje e sempre, ele continua sendo judeu. O termo judaico relacionado a resgate e pagamento do preço do pecado nos remete ao pagamento realizado necessariamente por um membro da família que tinha poder aquisitivo para resgatar as propriedades ou parentes que assim tivessem sido vendidos/escravizados. Podemos refletir ainda, que durante o período da tribulação as pessoas que estiverem vivas serão julgadas mediante seu posicionamento perante Israel, conforme atesta as escrituras.

Durante determinado trecho da mensagem, o pregador faz uso de uma analogia entre a queda do muro de Berlim e o fato de Cristo ter dito: “edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela”. Simplesmente não há ligação alguma entre os dois fatos, sendo forçada uma ligação entre eles, devido à linha de raciocínio que o mesmo seguia.
Sua alteração de voz como forma de destaque dá indício de simples comoção pública. Não há argumentação, não há linha de raciocínio que sustente sua premissa.
Em outro episódio, o pregador narra seu contato com um budista tecendo comentário a respeito do momento em que ele quase agride o referido homem com palavras para contestar sua fé. ´
É claro que nas circunstancias levantadas é fácil detectar a ousadia com o qual o mesmo se levantou para defender o evangelho, ou para atacar outra crença, mas não sou partidário desta ousadia mais ligada à imprudência e petulância do que a coragem e destemor. Não penso que o episódio narrado se paute pela ousadia. Temo dizer que ouve mais sabedoria e inteligência humana do que ousadia em suas palavras. Digo isso porque tenho minhas dúvidas se ele seria tão incisivo em agredir a religião de um mulçumano com o fez com a do budista, fato este que se confirmou mais a frente quando passa a narrar o episódio que encontrou se com um seguidor de Maomé. Nesta ocasião portou-se de forma mais polida, também demonstrando mais sabedoria do que ousadia.
Segundo sua linha de raciocínio para abordar a importância de missões para Deus e nossa importância perante Deus o pregador afirma que mais de 680 milhões de espermatozóides são lançados pelo órgão reprodutor masculino em busca do órgão reprodutor feminino tendo que percorrer uma distancia de nove centímetros para alcançar o óvulo.
Ele nos lembra que de todos os espermatozóides ejaculados, Deus escolheu a um destes para nascer em detrimento dos outros 67.999.999 espermatozóides. Em seguida ele afirma que Deus escolheu cada um dos que o ouviam em detrimento de todos os demais que não alcançaram o óvulo. Tal abordagem me faz concluir que se eu era aquele espermatozóide, nele já estava a minha alma, e que a cada nascimento é necessário que 67.999.999 almas venham a morrer. Suas palavras deixam isto bem claro! Não posso crer num Deus que envia 67.999.999 almas por pessoas para o inferno por mero capricho... A meu ver, o pregador expressou-se muito mal utilizando os argumentos supracitados.

Quanto à solidão esta sempre foi e sempre será o ponto de inflexão na escola de formação do caráter cristão e é totalmente administrada por Deus. Nos livros, crescemos em conhecimento (inteligência), mas no deserto amadurecemos o coração para a obra ao qual Deus deseja nos dirigir e adquirimos todos os atributos necessários ao homem de Deus, tais como sabedoria, humildade, amor, bondade, longanimidade, etc. Basta olhar para os homens que passaram por estes desertos (Ex.: Moisés, Jesus, Paulo, etc).
Ele nos lembra muito bem que a pregação é o ponto primordial e que deve ser tratado com o devido respeito, assim como demonstra sua narração ao pregar para as árvores e para as melancias.
Creio que o pregador se equivocou a exaltar um tipo de evangelismo em detrimento de outro tipo, pois o fato de ser dirigido por Deus para um ministério de evangelismo mundial não deve servir de motivação para menosprezar aqueles a quem Deus não dirigiu da mesma forma. Não posso elevar meu ministério acima do ministério de ninguém, isto é pecado, por mais que eu ache que o ministério deste ou daquele é infrutífero, foi Deus quem o elegeu e é Deus em quem nele trabalha e realiza a obra. Não posso chamar aqueles que estão em suas casas tomando conta das suas famílias de covardes, pois Paulo mesmo afirmou que o casado deveria cuidar da esposa e o solteiro das coisas de Deus. Este Paulo é o mesmo que diz que o pastor, aquele que tomará conta de um rebanho, deve ser casado. Por não entender o que Paulo quis dizer misturamos suas palavras ora para atacar, ora para defender-nos. Tal questão deve ser interpretada de forma correta, não posso chamá-los de covardes. Esta atitude com o tempo nos renderá uma retratação pelas palavras pronunciadas, não porque o Espírito Santo enganou-se a proferi-las, mas pela língua afiada com a qual nos reportamos aos nossos ouvintes como se fosse o próprio Deus a dizer. Paulo é um homem que deixa bons exemplos nesta área, pois onde Deus não falava ele assumia seus próprios pensamentos diferente do que vemos hoje em dia. Um bom exemplo disso são as duas atitudes de Paulo com relação a João Pedro, ora dizendo ser indigno de caminhar junto com ele por não querer seguir em meio as dificuldades e aflições, ora retratando-se por verificar a necessidade dele para o ministério.

Não creio que Deus precise de nenhum de nós conforme o pregador atesta, pois esta escrito que até as pedras clamariam se nós não o fizéssemos, sem contar que esta obra os anjos anelam por executar mas Deus preferiu nos dar a honra. Honra esta que pode ser dispensada. Fulano ou ciclano não é a única ferramenta de Deus. Não temos um Deus dependente de nós para nada. Ele é soberano e se ele determinou que fizéssemos parte da obra foi simplesmente por misericórdia divina. Não somos fundamentais e nem imprescindíveis para o cumprimento do plano divino em Cristo.

De todas as coisas que foram ditas pelo pregador nada pode ser comparado ao exemplo pessoal vivido pelo mesmo com relação ao jovem punk vestido com uma camisa escrita com as seguintes palavras: “nascido para ir para o inferno”. Ali está todo o cerne das missões urbanas. Identificação do problema do homem, o diagnóstico e a cura.
Vivemos num mundo onde o amor de muitos esfria dia após dia e a solidão impera.
Vivemos numa época onde os países estão completamente integrados por uma rede de computadores, nos unindo em informação e cultura. Mas nunca na história da humanidade o homem esteve tão longe de seu semelhante quanto nos dias em que uma tela diante de seus olhos faz-lo contemplar a plenitude da solidão sem ao menos se importar por assim estar.
A falta de identidade, de amor, de comunhão e compaixão o arrastam para longe da presença de Cristo e é neste meio que estamos travando a ultima e mais penosa batalha da igreja contra as forças do inferno. No teatro de operações chamado laodicéia.

Os Desafios do Líder/Pastor Urbano no Sec XXI

Com o crescente aumento da urbanização, os municípios ultrapassam seus limites por causa do crescimento e encontra-se com municípios vizinhos. As cidades transformam-se em metrópoles, os avanços tecnológicos geram novas futilidades e necessidades, e o homem acaba sendo sugestionado ou conduzido a linhas de consumo, de pensamento, de críticas ou de ideologias, que não passam do reflexo espelhado de sua interação com a sociedade em que vive. Nesta ótica, o pastor e o líder cristão devem interagir com toda a sociedade na qual vivem. Devem entendê-la sem tornarem-se meros peões dela, sem capacidade de modificá-la pela compreensão das coisas que lhe cercam.
O líder cristão preocupado com o discipulado e com a compreensão das escrituras (professor/mestre) perante a sociedade que lhe cerca, é um dos primeiros a sentir a necessidade de compreender o meio em que vive, para assim interagir com as verdades universais expressas na Bíblia, as quais, se forem passadas sem a interação e contextualização com o cenário que cerca os ouvintes, não passará de história antiga, nem chegará a ser reflexiva, uma vez que não produzirá no discente, a identificação dos mesmos problemas em sua sociedade, na sua comunidade, e porque não dizer, no meio em que vive, deixando assim de contestar suas ações e o meio em que vive.
Um dos maiores desafios de um professor/mestre de ensino religioso, seja ele um professor de uma igreja local ou um professor de seminário, é retirar o aluno da estagnação de ser somente um poço onde os professores despejam pilhas de conhecimento, para tornar-se um pensador capaz de ir de encontro ao sem tempo.
No mundo urbanizado, a verdade tende a ser impregnada com minúsculas mentiras, imperceptíveis e até por que não dizer “mentirinhas inocentes”, que nada podem fazer de mal. Temos todos os meios necessários para que isso ocorra! Rápida propagação da mensagem (rádio, televisão, telefone, conversas informais, cartas, emails, site, blogger, jornal, cinema, CD, DVD e qualquer outro veículo propulsor de mídia), pessoas extremamente necessitadas (frutos da maldade humana expressa por um capitalismo exclusivista e individualista), e ainda, a ambição e o egocentrismo do homem que colaboram para o sensacionalismo barato que busca exaltar a denominação e o homem retirando toda a glória de único e verdadeiro Deus, fazendo da igreja, em alguns casos, uma casa de reparos (onde as pessoas só entram quando estão quebradas), uma financiadora (onde é possível trocar dinheiro por qualquer tipo de necessidade) e às vezes, uma casa de quarentena (onde aqueles que “acham” que não estão contaminados como a sociedade em que vivem se refugiam, apenas e unicamente se refugiam).
Seja lá o que for. Uma verdade absoluta ou uma mentira bem disfarçada, ambas necessitam e merecem ser testadas e provadas por meio de provas inquestionáveis, mesmo quando tais provas somente se obtêm por meio da fé. Os cristãos de Beréia eram assim, pensadores em seu próprio tempo, incapazes de serem guiados por quaisquer ventos de doutrina.
Nenhum professor que se preze busca formar um aluno, nem ao menos formar um professor deve ser sua meta. Ele deve formar um pensador, capaz de discernir o seu próprio tempo, as necessidades de sua comunidade, os perigos que a rodam, as falsas doutrinas que tentam entrar em suas veredas, combatendo-as com as armas mais simples e menos usadas do ser humano, a capacidade de pensar e interagir, de questionar e tomar decisões. A mesma natureza que permitiu o homem escolher o mal ao invés do bem (o livre arbítrio), é o mesmo mecanismo capaz de sob a ação do Espírito Santo, questionar tudo o quanto se diz ser verdade, aplicando um processo de refino sob elas, de modo que, somente a pura verdade, a verdade absoluta passe, ficando retidas no processo todas as impurezas, as quais vêem se agregando a ano, permitindo distorções no nosso modo de ser igreja, tornando doutrinas calvinistas como se arminianas fossem, tornando-nos, Israel de Deus ao invés de Igreja de Deus (Gl 6.16, 1ª Co 10.32), fazendo-nos esquecer que pregar a palavra é levar o conhecimento da revelação da vontade de Deus em Cristo Jesus de acordo com as escrituras e não um simples testemunho de libertação de um vício, tornando-nos espectadores do mundo ao invés de inconformados, tornando-nos consumidores de bens e prosperidades terrenas em detrimento das espirituais, fazendo-nos buscar as coisas terrenas ao invés do reino prometido, fazendo-nos ler menos a Bíblia e prestar mais nossos ouvidos a homens inescrupulosos e sem temor de Deus.
Não sei se posso considerar isto como sendo um chamado de Deus, mas é contra estas coisas que meu coração arde, contra toda nossa falta de cuidado com a palavra de Deus, falta de zelo, falta de temor e reverência a Ele.
Se ao menos tivéssemos a exata noção que nem ao menos de pé estamos, talvez, entendêssemos que devemos tudo a ele e que a menor distorção na leitura bíblia pode fazer o homem crer que ele está de pé por si e enquanto vigiar, ou seja, agir em sua própria forma não se contaminando ele estará se salvando, quando não é isso que está escrito, justamente para que o homem não chegue nesta conclusão absurda. 1ª Co 10.12 é tão claro que não nos deixa mentir: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”. Somos Homens, todos nós, capazes de produzir o mal intentando o bem. O mero esquecimento da palavra “pensa” pode mudar toda a interpretação da mensagem, e é contra isso que devemos lutar, contra as pequenas concessões. Contra as coisas que, aparentemente, não são empecilhos ao evangelho mas que futuramente podem gerar idéias distorcidas a cerca dele e por fim afastar o homem do caminho ao qual se predispôs a alcançar, não por ter desistido, mas porque sem perceber deixou de ser grato pela graça. Quanto a nós, de teologia arminio-wesleyana devemos ter o cuidado de não encarecer demais a graça, ao contrário da tendência calvinista que é barateá-la ao extremo. Penso que o desafio do educador cristão do século XXI é tornar-nos todos “bereanos”, para não somente entender as escrituras, mas também, entender que os males que hoje se levantam não são nada mais, nada menos do que os mesmos males tão bem combatidos pelos pais da igreja ao longo dos séculos e que hoje retornam com nova roupagem, como é o caso da teologia da prosperidade, do pensamento positivo e da teologia humanística.

segunda-feira, outubro 1

Como se prega o Evangelho de Deus? Como pregar a Cristo?


Sem dúvida esta é a pergunta que não sai da mente da maioria dos Cristãos renascidos: Como devo pregar a Cristo? Para início de conversa, devemos o pregar com sinceridade acima de tudo, mas também, pautado no conhecimento que temos acerca dEle. Estas palavras deveriam resolver todos os nossos problemas, mas infelizmente não resolve nem a ponta do iceberg.
Sinceramente, creio que ao longo dos anos deixamos de pregar o Salvador como ele era pregado pela Igreja Primitiva. Não precisamos nos aprofundar muito, para descobrirmos que alguma coisa ficou para trás entre o primeiro século e o atual. Basta analisar as escrituras!
Então, como pregar a Cristo? Eu sei que você conhecer muito bem sua Bíblia, e responderá esta pergunta com muita propriedade, citando 1ª Co 15.3-4 (“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”, grifo nosso).
Este é o evangelho que proponho pregarmos! E o único que pode ser defendido! Que Jesus Cristo é o messias comprovado através das profecias do Antigo Testamento. Não há outro evangelho!
Todo o evangelho se compromete a comprovar que a Bíblia é a palavra de Deus e que por meio dela podemos identificar o messias (o salvador), no qual temos a redenção.
Uma breve passada por Atos irá comprovar nosso maior temor, o de que estamos a um bom tempo sem pregar o evangelho, pelo menos da forma como era feito pelos pais da igreja.
É verdade que quando Paulo entrava numa sinagoga ele não usava os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João, mas devemos deixar claro que ele não o fazia porque estes livros não haviam sido escritos ainda, de forma que, nada nos impede de usá-los em nossos dias.
Nos dias do apóstolo Paulo, os chamados “evangelhos” não haviam sido escritos, o que aparentemente tornava o trabalho digno de verdadeiros mestres no Antigo Testamento. Dessa forma, pregar o evangelho era recorrer às profecias a cerca da vinda do Messias e de como todas elas se cumpriam em Jesus de Nazaré.
Quando Paulo entrava numa sinagoga, seu trabalho era demonstrar por provas inquestionáveis e irrefutáveis que Jesus era o messias que os Judeus tanto aguardavam. Era como se ele dissesse: “Vocês não podem negar que tudo isso foi cumprido na vida, na morte e na ressurreição de Jesus de Nazaré, o Cristo. Ele é o Messias e ele provou isto através das escrituras”.
Apolo não fez diferente! “... Com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus” (At 18.28), grifo nosso. Não havia outro modo de pregar as boas novas, pois as próprias boas novas eram o cumprimento de todas as profecias a cerca da vinda do messias, a cerca da salvação e da redenção que somente se encontra nEle.
Mas o que este texto quer mesmo identificar é se estamos pregando o salvador da mesma forma que aqueles os quais nos confiaram o evangelho da salvação. Será que é assim que pregamos a Cristo em nossos dias?
Dificilmente encontramos este estilo de pregação. Em nossos dias, muitas coisas se perderam, e parece que com elas, a nossa capacidade de ler o livro de atos e entender a simplicidade do evangelho também. A grande maioria não age conforme os escritos Bíblicos. A grande maioria, da qual espero que você, leitor, não faça parte, acredita que pregar a Cristo é dizer algo mais ou menos assim: “Um dia eu fui um drogado, então conheci Jesus e Ele mudou minha vida! Louvado seja Deus!”.
Desculpem-me, mas não consigo identificar o cerne do evangelho nestas palavras. Que Cristo era o filho de Deus, e que ele estava reconciliando o mundo com Deus através dEle.
Qualquer seguidor de Buda, Gandhi, Confúcio ou Sutzu pode afirmar a mesma coisa. Que conheceu os ensinamentos de ‘a’ ou ‘b’ e que estes ensinamentos mudaram sua vida. Seja lá o que for que ele ou ela entenda por mudar a vida.
Não vejo como este testemunho pode esclarecer o homem acerca do pecado, da justiça e do juízo de Deus sob toda a criação. A maioria das confissões de fé são feitas em desconhecimento pleno acerca daquele a quem se confessou ter fé.
Como a maioria não conhece e não quer aprofundar-se em conhecer o salvador, ficam vivendo um evangelho promiscuo, correndo atrás de bênçãos, desejam viver de vitórias em vitórias, transbordante em bênçãos materiais sem medida, o que assemelha sua confissão de fé a um passeio pelo mundo de Oz, vivem de fantasia e não desejam por os pés na realidade do evangelho.
Confúcio, Buda, Maomé, ou qualquer outro homem que tenha se levantado e cujo qual tenha tornado-se um líder religioso ao redor do mundo só pode ser diferenciado de Jesus Cristo de Nazaré através das escrituras, pois somente as Escrituras revelam o verdadeiro filho de Deus, o qual deveria cumprir uma infinidade de profecias feitas a respeito do Salvador para que pudesse ser identificados dentre todos aqueles que se autodenominam messias.
As profecias possuem um duplo propósito: o de identificar o filho de Deus e o de identificar a Bíblia como a verdadeira e única palavra de Deus.
Somente o Deus da Bíblia é capaz de dizer o que vai acontecer antes que aconteça. E ele faz isso, não por questão de mero capricho, mas para que o homem seja indesculpável perante Ele. Pois quando o evangelho for pregado, se nós resolvermos o pregar, seus ouvintes terão que crer que Ele é o verdadeiro e único Deus e que a Bíblia é a palavra de Deus, sendo ela singular dentre quaisquer outros escritos existentes na face da Terra por causa de suas profecias. Não há profecias no alcorão, nos ensinos de Buda, nos ensinos de Confúcio, ou ainda, nos manuscritos Hindus. Somente a Bíblia possui profecias. “Por isso, to anunciei desde aquele tempo e to dei a conhecer antes que acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas; ou: A minha imagem de escultura e a fundição as ordenaram” (Is 48.5).
Mas onde está o cerne na pregação? Segundo penso, na Bíblia. Sem provas inquestionáveis de que Jesus Cristo é o salvador, estaremos pregando um Cristo que não refletirá sua natureza, seu propósito, nem ao menos sua missão perante Deus. Estaremos longe da real evangelização (convencer por intermédio das escrituras que Jesus é o Cristo) e bem próximos da deturpação do evangelho, mesmo que seja com a melhor das intenções, seremos plenamente capazes de conduzir-nos para longe dEle, na tentativa de nos aproximar, ora topando na teologia da prosperidade, ora a teologia da libertação, entre outras as quais poderíamos citar. Todas estas, fruto da falta de conhecimento acerca do nosso salvador, Jesus Cristo.

"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento" Os 4.6


domingo, setembro 23

Um Ano de Pensadores...

Agradeço a todos que acompanharam o Jornal "O Pensador".

O Pensador, antes de mais nada, é um Jornal, um documentário, um alusivo, que nasceu da necessidade de crescimento espiritual dentro do ambiente cristão. O pensador não é um blogger evangelístico, ele é para cristãos renascidos que estejam inquietos e desejosos de prosseguir na caminhada Cristã de conhecer a Cristo dia a dia.
Não vejo o editor do blogger como "O" pensador. Este simplesmente é uma pequena voz a clamar no deserto espiritual no qual todos nos encontramos.

Pensadores, ..., Cristãos, ..., deveriam ser sinônimos, ..., mas não são!..., assim como, Cristãos atuais e Cristãos de Beréia deveriam ser reduzidos a um único denominador comum, Cristãos! Mas, infelizmente, em nossos dias, não podemos!

Pensadores, são todos vocês que entram neste site, ..., e não aceitam tudo o que lhes foi mastigado, antes questionam em pensamento ou em comentários e revivem a própria natureza questionadora dos crentes de Beréia, as quais o próprio apóstolo Paulo tanto elogiou.

Agradeço-lhes por caminharmos juntos durante um ano de publicações, ..., neste momento lhes convido a trilharmos mais um ano lado a lado!

Graça e Paz a todos!

quinta-feira, setembro 20

Aonde foi parar?

Aonde foi parar aqueles homens que buscavam pela simplicidade? Aonde foi parar aqueles que fugiam do enclausuramento dos livros para viver em liberdade entre o povo? O que será que ocorreu com aqueles que exalavam alegria e felicidade, a caminhar debaixo de um sol causticante? O que será que ocorreu com estes homens que com o suor do rosto transpiravam a salvação? Já não os encontro nas praças, já não os encontro no portão.
A verdade é que não os encontramos mais andando entre nós, com tanta naturalidade, quando há 5 anos atrás. A maioria deixou-se levar pelo comodismo desta geração. Nós os conhecíamos por evangelistas. Sei que ainda existem, mas não tantos quantos havia.
Já não formam a força motriz do próprio evangelho, não porque não sejam parte dela, mas porque foram trocados pelos programas de benção, promessas de cura, de prosperidade, pelas campanhas de sucesso financeiro e dos mil tipos de “desencapetamento” promovidos por algumas igrejas.
Sua força foi diminuída e seu ministério foi desacreditado. Em nosso meio, já existem aqueles que dizem que o evangelismo histórico, não serve para os dias atuais.
O maior problema é que estes que procuram desacreditar tal ministério, nunca tentaram vivê-lo. Não buscam pô-lo em prática, e realmente, não sei dizer o porquê disso. Posso citar várias explicações, mas pode ser que nenhuma delas configure o real motivo.
Mas uma coisa posso dizer acerca do “Evangelista”. Ele é aquele que mais se aproxima do homem natural (no sentido de buscá-lo), é aquele que mais o compreende. Sempre foi e sempre será assim, pois ele é aquele que se dispôs a compreender o caminho trilhado pelo homem carnal. Não só compreender, mas interagir com ele, sentir e compartilhar sua dor e alegria. Um evangelista é antes de tudo, dentre todos aqueles que decidiram por Cristo, um homem que não vive para si, mas para buscar, assim como um olheiro de futebol busca um novo craque, o evangelista busca uma nova alma que aceite Cristo como seu Senhor e Salvador.
De certo modo, este estilo de vida, debaixo do sol a buscar por almas é cansativo e desgastante. Talvez seja este um dos motivos que estão os levando à aparente extinção. Nossos líderes acostumaram-se demais com as comodidades dos templos. O próprio pastor largou as intempéries do campo para refugiar-se no templo. Ali se fixou e tornou-se sacerdote e é por este nome que quer ser chamado agora. A maioria está tão bem dentro do templo que não deseja voltar ao campo, que é o lugar do pastor.
Sob este foco, o evangelista virou uma pedra no sapato. Ele é o dedo acusador de Deus contra a Igreja, que deseja se identificar mais como templo do que como ajuntamento de pessoas.
Evangelista! É bem mais fácil amortecê-lo do que revivê-lo.
É interessante termos em mente que nem todo Cristão é um evangelista, e isto por si só é um fato inquestionável, mas outro maior ainda, é que mesmo não sendo evangelistas, todos fomos chamados a evangelizar.
Se todos são chamados a evangelizar, fica a pergunta: “O que ocorre quando um ministério como o evangelismo parece morrer?” Ora, o corpo é de Cristo, ele não o deixará,..., parece impossível, mas o próprio corpo reage à ferida aberta. O corpo promove sua própria cura.
É bem verdade que o processo, pelo qual a cura é realizar continua a ser um mistério, é uma ação e intervenção divina. A forma ou meios empregados e a velocidade da cicatrização nos são incógnitas, mas todas elas expressam uma verdade, algo atuou no corpo. Algo acionou o mecanismo de autodefesa que fez com que o corpo reagisse produzindo os meios necessários a sua preservação.
Ora, o que ocorrerá se não houver mais evangelistas a evangelizar? Ora,..., os pastores iram peregrinar! Mas e se estes não desejarem? Os missionários irão participar! Mas se estes optarem por não seguir? Sairá o profeta a conclamar! Sim, é certo que sim! Mas e se nem este ao menos se tocar, o que esperar?
Eu esperarei pelo improvável! O Teólogo! O Mestre!
Aquele homem que mergulhou nas fontes do saber, buscando conhecimento e a quem conhecer para poder ensinar o povo o reto saber, não deixando duvidas para ninguém perecer.
Sim, este homem que antes mergulhava nas profundezas voltando à superfície sempre a ensinar,
Desta vez, quando retoma a superfície não encontra ninguém com quem compartilhar.
Sem ter a quem ensinar, vê o corpo adoecer.
É hora de largar os livros e calçar as sandálias. Se algo tão importante quanto o evangelista se perdeu, é hora do mestre cingir-se de verdade e ensinar a importância do evangelista para sua Igreja.
Num ato de fé e profunda perplexidade, resolve vestir e se armar.
É bem verdade que os anos de estudo lhes enferrujaram as juntas evangelísticas. Anda desajeitado pelos anos debruçados sobre os livros, lhe falta à agilidade inerente ao evangelista, mas uma coisa não lhe sai da mente, mas do que a de qualquer outro. Segue, crê, persiste!
Talvez, nenhum outro ministério entenda tão bem quanto o ministério exercito por aquele que tem o Dom de Mestre, que uma Igreja sem evangelistas está condenada a morte, ela e todos seus ministérios, um a um.
O próprio mestre vê seu ministério perecer. Paremos para pensar:
Se o homem com Dom de Mestre deixou de alertar que o evangelismo é importante e passou a executar...
Se o homem com Dom de Mestre não vê mais seu próprio ministério como essencial, antes reportasse ao evangelismo como pedra fundamental...
Se o homem com Dom de Mestre já não tem prazer em “teologar”, antes olha a sua volta e em seus ossos ardem o desejo de evangelizar...
Se o homem com Dom de Mestre foge de sua natural propensão de tudo teorizar, é bem provável que estejamos vivendo dias maus, onde o amor de muitos esfriou a ponto de esquecerem que a primeira ordem a nos ser dada foi evangelizar.

Sinceramente, gostaria que não estivéssemos vivendo dias como esses, mas, infelizmente, estamos. Mas a pergunta não se calou nem quer se calar. Onde está o evangelista? Ou ainda, em sua falta, onde estão aqueles que foram salvos e determinados a evangelizar?

Para pense e reflita: Como está o minsitério evangelístico na sua cidade?

domingo, setembro 16

Muito Espiritual

Esta semana, descobri o quanto nós, cristãos, podemos ser místicos a ponto de espiritualizar tudo.
Era mais uma boa e pacata aula sobre História da Igreja do Brasil, quando derrepente o foco caiu na Igreja Católica e todas as suas doutrinas, crenças e sacramentos.
Até este ponto, nada demais,..., todo estudo merece aprofundamento. Mas fico receoso quando o aprofundamento torna-se um tanto quanto místico e espiritualizado demais.
Começamos com a basílica de São Pedro e seus significados, inclusive do Obelisco do pátio principal, que segundo relatos,..., desculpem os irmãos, mas é o orgão genital masculino. Não sei de onde este povo tirou isso. Olhei para a figura e não vi nada disso! Para mim era só um obelisco e ponto final.
Mas como se não bastasse, numa turma onde a matéria acaba tornando-se mística, tem sempre um irmão em Cristo místico espiritual no meio.
Digamos que ele conseguiu nos levar do obelisco ao culto a satanás, tecendo comentários profundos acerca do fato. Ao completar suas palavras, disse que para um irmão estudar sobre tal coisa deve orar bastante e estar firme na palavra de Deus.
Coisa que eu discordo, veementemente, afinal de contas se tal irmão orar bastante e por fim ficar firma na palavra de Deus, duvido que o mesmo diga que irá se especializar em tal assunto.
A Bíblia é a interpretação da própria Bíblia. Basta lembrarmos-nos da instrução as sete igrejas de apocalipse, mas especificamente a Tiatira que andava conforme a palavra de Deus e Cristo falou dela, o seguinte: “todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha.”;
Tem horas que dá medo ser Cristão! Pois a maioria de nós não conhece aquilo que jurou defender!

quarta-feira, setembro 5

Na Contramão

Às vezes, me sinto como se estivesse seguindo na contramão! É verdade que seguir na contramão deveria ser a felicidade de todos os irmãos em Cristo, se estamos falando em não seguir o mesmo caminho do mundo.
E isto por si só, deveria ser motivo de alegria, mas o que fazer quando ouço de dentro de uma igreja do Senhor ser pregado aquilo que vai "de" encontro a minha fé, ao invés de ouvir aquilo que vai "ao" encontro dela?
O que fazer quando o pregador afirma veementemente que não há nada errado em procurar grandiosidade, quando a única coisa que consigo lembrar são as palavras de João Batista dizendo que convinha que ele diminuísse e Cristo crescesse? O que fazer quando o pregar diz que nossos erros são mais evidentes do que os erros dos Cristãos das outras épocas, simplesmente porque deixamos de buscar sinais, quando Cristo afirma aos próprios judeus que eles estavam na contramão de seus ensinamentos por buscar tais coisas? O que fazer quando a igreja houve estas palavras e num único coro, pula, chora e grita amém? O que fazer quando o pregador cria mais incentivos emotivos e ações emocionais com o objetivo de sensibilizar o público quando a única coisa que a Bíblia me faz lembrar é que Paulo dizia que sua linguagem era simples e que as pessoas eram convencidas não pelo seu poder de argumentação, mas pela demonstração de Espírito e poder? O que fazer quando ouço um pregador quase onisciente a respeito dos motivos do irmão "A" ou "B" não ir igreja? Será que deveria o lembrar que somente há UM que é onisciente? O que falar quando este afirma que você pode descobrir quem é ou não é Cristão, simplesmente analisando seu comportamento ao dirigir?
Então, a boa conduta no trânsito está intimamente ligada à salvação? Infelizmente, não acho respaldo para nenhuma destas afirmações...
Realmente, sou crítico por natureza, mas quando olho para estes fatos, vejo que estou na contramão do mundo, e também estou na contramão da igreja atual. Digo isso, não com alegria, mas com tristeza. Assim como Paulo, gostaria de estar errado e eles certos, por Amor a Eles e a Cristo, mas não consigo enxergá-los agindo de modo assertivo quando leio o evangelho.

Estudei e continuo estudando,..., o foco era o pastoreado,..., mas não sei se a Igreja atual precisa de alguém como eu,..., aliás,..., para me expressar melhor,..., não sei se a igreja atual suportaria minhas agulhadas contundentes, há muito ela anda enferma, é bem capaz que a Igreja atual não suporte mais agulhadas deste tipo.
Pena que só há uma verdade e um Único Senhor, de modo que uma das três vertentes acima deve ser a correta e duas delas erradas,..., espero que pela misericórdia divina, todos nós venhamos a mudar nossa linha de raciocínio para encontrar aquela que corrigirá não só o correto entendimento das escrituras, mas também aquela que aplique mais amor as críticas por nós feitas.


terça-feira, setembro 4

Nossa Geração


Interessante constatar que uma pequena tira de quadrinhos tem tanto a capacidade de identificar a tendência atual de nossa sociedade, bem como instigar outros a seguirem o mesmo caminho.
Esse ataque dar-se-á em todas as areas e as pessoas de todas as idades.
Os esportistas, agora, assistem os jogos nos finais de semana ao invés de praticá-los, os aventureiros, preferem os filmes de ação e aventura, ao invés da prática propriamente dita; aqueles que andam em busca de amizades, preferem fazê-las de forma prática, através de uma tela fria de computador; os leitores perderam-se na busca do saber em frente a computadores e DVD, todos eles, sendo consumidos mais do que consomem! E os evangelistas , onde foram parar?



O Medo da Inteligência

O Texto que segue abaixo, foi recomendado por um grande amigo. É interessante que o foco principal dele reflete um dos maiores conflitos atuais. Conflito este, que encontramos em qualquer setor da sociedade, seja política, economia, educação, ciência, e por que não na religião? Sim na religião também! Vivemos dentro da sociedade e estamos inseridos no mesmo meio que eles. Então porque crer que o tema abordado abaixo não reflete inclusive a situação encontrada dentro de algumas igrejas? Seria protecionismo nosso? preciosismo? Não sei, mas deveríamos observar o fato de que estamos inseridos no mesmo planeta Terra de todos aqueles que não vão a igreja. Frequentamos os mesmos supermercados, elegemos nossos lideres em conjunto com estes, sem contar que trabalhamos juntos!
O que nos faz crer que, o que acontece na sociedade não acontece no panorama cristão? Talvez, nossa cegueira! Enfim, ..., nada melhor do que um bom texto para observarmos o contexto em que estamos inseridos para refletirmos e despertarmos para as questões realmente importantes e verdadeiras...
Que todos sejam abençoados com a reflexão abaixo,...
Graça e Paz...


O MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA
Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.
O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: - "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".
Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava n'uma carreira difícil. Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil.
Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: - "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência".
A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas e de chefia é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições.
Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes
que não revelam o apetite do poder. Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.
É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.
Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.
É um paradoxo angustiante. Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: - "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra".
O problema é que os inteligentes gostam de brilhar.
QUE O SENHOR TE ABENÇOE E TE GUARDE.

quarta-feira, agosto 1

Cristãos no banco dos Réus: Culpados ou Inocentes?

Algo vem acontecendo diariamente no banco das nossas igrejas e transformando o que deveria ser benção em maldição.
O Cristão vive a resgatar pessoas e trazê-las para comunhão com Cristo ensinando-as o reto caminho de Deus. Aos olhos de um leitor desavisado parece ser coisa simples e até entediante, contudo não há coisa mais complexa aos olhos daquele que ousa explicar tal processo. As palavras até iniciam bem e esboçam um brilho fugaz de entendimento que logo se apaga diante de nós por falta de compreensão das coisas que nos cercam e da forma como Deus executa seus planos. Chegamos à conclusão que nossas palavras nada dirão além daquilo que já se sabe através dos fatos e das histórias.
Quando paro para pensar,..., é impossível não questionar que tipo de corpo, se é que podemos chamar dessa forma, estamos formando nas igrejas ditas cristãs? Para mim, não parece haver um corpo sendo formado, mas sim, órgãos sem interligação entre si. Cada um, crendo ser superior ao próximo e aos seus problemas. Enxergam em seus irmãos somente vaidade e preocupação. São sábios em discernir os problemas dos seus semelhantes, mas ao mesmo tempo tão desprovidos da mesma sabedoria para resolver seus próprios problemas.
Cristão!..., Esta deveria ser a expressão da sublimidade da vida em Cristo, mas não há quem entenda e nem quem busque. Buscamos a letra, o conhecimento, a ordem e a regra, mas não nos aperfeiçoamos naquilo que foi questionado a Pedro, tão pouco aplicamos a ordem de Cristo a Pedro em nossas vidas da maneira como deveríamos, a começar por mim.
Somos homens miseráveis, que não entendem e não conseguem discernir entre o braço direito e o esquerdo.
Agora mesmo existe uma pessoa dentro de uma igreja sendo iniciada como uma amante da letra fria farisaica, o qual Cristo condenou veementemente, em detrimento do irmão que abandona a fé, a esperança e o amor pela exclusão do meio dito Cristão, por ter tido suas feridas expostas no meio da congregação, como se fosse um animal o qual todos pudessem chutar e excluir. Como se fosse um ser sem alma e sem vida, criatura das mais perversas, condenada a escuridão.
Não estamos formando cristãos, estamos criando fariseus! A cada dias o amor cristão esfria mais e mais. Quantas são as pessoas que tem medo de que algum membro renomado e reluzente de santidade venha a descobrir suas falhas, seus erros e seus pecados? Tenho contato com pessoas que vivem tal dilema! Que andam angustiadas sem ter para quem se abrir e com quem conversar, porque entendem que serão taxadas e excluídas. No intuito de querer ajudar uma delas, descobri o grande fariseu que há em mim, acusador frio, embasado na letra, afastado da dor humana e do sofrimento consistente da disputa entre o Espírito e a carne..., quão longe somos capazes de ficar do amor Cristão! Não sabemos ser cristãos! Não como os do primeiro século! Não demonstramos um amor que contagia e despreocupa aquele que necessita vomitar uma confissão difícil e por vezes amarga a buscar fazê-la.
Como eu adoraria que não cada letra escrita acima não passasse de pura preocupação, ou ainda, blasfêmia, por amor a Cristo e a Igreja, mas uma pequena reflexão sob o tema não me excluiu desta massa preocupada com a aparência farisaica que condena com precisão cirúrgica aquilo em que não peca, mas naquilo em que peca nada diz a respeito.
É um texto forte,..., sim, eu sei,..., mas precisamos expor a necessidade imediata em reconciliarmos com a verdadeira palavra de Deus, a mensagem da salvação e o amor Cristão.
É certo que o amor de Cristo nos constrange, mas é uma pena o nosso não constranger nem surpreender o mundo. Qual direção estamos tomando? Como estamos dirigindo nossas vidas? Estamos a dirigindo? Cristo? Quem? Quão mais próximos da sublimidade de Cristo estamos hoje em relação ao dia em que nos convertemos? Tornamo-nos doutores na lei ou apascentadores de ovelhas? Estamos no templo frio ou guiando as ovelhas nos pastos recebendo as mesmas intempéries que elas?
Não estou de maneira nenhuma negligenciando o conhecimento das escrituras e as revelações contidas nela. Antes, estou propondo a aplicação da revelação contida nela e não o mero acúmulo de informação.
É necessária uma profunda e completa reflexão diária, não para identificar o quão falhos somos, mas para não perdermos o foco do evangelho, de Cristo e do amor cristão.

domingo, julho 1

Que tempo será este?


Na Austrália, duas adolescentes de 16 anos foram condenadas a prisão perpétua tendo direito a um julgamento de revisão da pena em 2022 pela morte de sua amiga de 15 anos. O fato foi contado da seguinte forma pelas jovens.
Em 2006, após estrangularem sua amiga, Eliza Davis, elas enterraram o corpo e informaram o desaparecimento às autoridades. Quando perceberam que a cova seria encontrada, resolveram se entregar e fizeram uma confissão que chocou o país: disseram que cometeram o assassinato porque tinham curiosidade de saber como é matar alguém. Colocaram um pano com produto químico na boca de Eliza e, enquanto a estrangulavam com um arame, contemplavam as expressões no rosto da vítima, que, na descrição delas, “passaram de raiva a terror”.
Fonte: Revista Época de 25 de junho de 2007.

Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles. Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, as minhas perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, - que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor. Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

O MUNDO VAI ACABAR EM 2060?


Recentemente as contas do físico britânico Isaac Newton (1643-1727), o mundo vai acabar em 2060. A previsão está num manuscrito revelado na semana passada pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Newton chegou a essa conclusão depois de estudar profecias do Velho Testamento. Normalmente preciso em seus cálculos, neste caso o descobridor da lei da gravidade evitou cravar dia, mês e hora exatos do apocalipse: “Pode ser que mais tarde, mas não vejo motivo para que aconteça mais cedo”, escreveu.
Fonte: Revista Época nº 475 de 25 de junho de 2007.

Meus amigos me conhecem! Se eu disser que não gosto de ser polêmico, estaria mentindo descaradamente, pois adoro a polêmica. E este texto retirado da revista época deveria mexer profundamente com todas as pessoas do planeta que lessem tal afirmação, apesar de saber que a maioria leu com descrédito total as afirmações feitas por Isaac Newton.
Longe de mim afirmar que o mundo vai terminar em 2060. Infelizmente não estudei tão profundamente os meandros bíblicos para chegar a este nível de precisão. A afirmação de Newton para muitos não passa de um tiro no escuro, mas será mesmo?
Vamos partir do pressuposto que Newton apoiou-se única e exclusivamente no Antigo Testamento, sem levar em conta as afirmações de Cristo encontradas no Novo Testamento.
Ao que me parece, para um físico não prestar uma informação com precisão, caímos em duas hipóteses a serem consideradas. A primeira, Newton não tinha certeza sob a precisão de seus cálculos e acreditava que poderia ter errado em alguma coisa, o que de fato seria um grande motivo para o mesmo de rasgado e destruído todo o rascunho de seus cálculos, ou ainda, a segunda hipótese. Apesar de Newton confiar precisamente nos cálculos por ele realizados, poderia estar lhe faltando algumas variáveis com as quais ele não poderia contar. Quem sabe o fator conhecido por nós e levantado por Cristo acerca da soberania de Deus, quando este disse que não seríamos capazes de determinar o dia e a hora exata do seu retorno.
Creio que o fator soberania foi levado em questão por Newton e o fato do mesmo não ter expressado dia e data exatos deveria ser considerado por nós, biblicamente falando...
Em nossos dias temos fatores históricos e a própria palavra de Deus que nunca se contradiz, mas afirma expressamente: ”Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?” levando-nos a interpretação que apesar de não ser possível definir o dia e à hora exata do retorno do filho do homem nem o momento exato no qual se apresentará a bendita esperança da igreja de Cristo, somos capazes de reconhecer os aspectos dos dias finais.
Algumas coisas deveriam acontecer para que o final dos tempos pudesse ocorrer, tais como, o retorno dos judeus a sua terra fato acontecido em 1947. O estabelecimento do Estado de Israel e o retorno dos primeiros judeus a Jerusalém em 1967. Daí temos algumas interpretações bíblicas, as quais, geralmente deixamos de lado.
Cristo diz que desta geração não passará, falando da geração que retornará a terra santa. Qual é a terra santa? Israel ou Jerusalém? Qual o tempo de uma geração bíblica? Há uma boa variação mais vou levar em consideração que uma geração dure por volta de 80 anos, de acordo com Salmos 90.10.
Sendo assim, não sendo um homem de cálculos e utilizando pouquíssimas variáveis poderia chutar algo em torno de 2027 até 2047.
A data em si não é muito importante. O fator mais importante e que a maioria dos grandes pesquisadores afirmam veementemente é que o período mais negro da raça humana dar-se-á em nossa geração. O que temos feito para remar contra a tendência deste século, se a cada dia ele se torna mais negro? O que fazemos para anunciar sua palavra sabendo que os dias são maus e que o cenário para o fim dos tempos forma-se diante de nossos olhos? Será que realmente não estamos vendo. Creio que estamos vendo, mas nada estamos fazendo, a começar por mim mesmo...

terça-feira, maio 1

Uma Intercessão Reveladora...

São por demais, interessantes a narração do diálogo entre Deus e Abraão, as conseqüências às cidades de Sodoma e Gomorra e a nossa salvação. Quando Deus estava a conversar com Abraão, Deus lhe contou que a iniqüidade das cidades, Sodoma e Gomorra, haviam se multiplicado e seu pecado agravado.
Um fato interessante a ser observado na nossa tradução é que Deus não diz que destruiria as cidades, disse apenas que desceria para “averiguar” se o que havia chegado ao seu conhecimento era verdadeiro.
O que assustou ou moveu o coração de Abraão a interceder pelas cidades de Sodoma e Gomorra, se até aquele presente momento Deus não havia dito que sentenciaria as cidades ao juízo divino devido suas iniqüidades?
Bem, duas coisas têm que ser levadas em consideração: - O conhecimento que Abraão possuía sobre Deus e a compreensão de Abraão sobre a visitação de Deus. Até os dias de Abraão, quando Deus descia a Terra e averiguava o mau proceder dos homens, ele os julgava. Ocorreu com Adão e Eva, com as pessoas na época de Noé e com as pessoas nos tempos da Torre de Babel. Quando se conhece Deus, somos tomados da plena certeza que Ele não compactua com o pecado, antes o abomina. Pode o Santo e Justo Senhor de toda a terra ver a injustiça e a impureza e compactuar com ela? De maneira alguma! Abraão conhecia o mau proceder das cidades de Sodoma e Gomorra, e conhecia o Deus de toda a criação. Tais conhecimentos aliados ao seu coração piedoso o moveram a interceder por seus moradores. Penso que Abraão entendia muito bem o caso. Tanto entendia que se chegou a Deus e disse: “Destruirás o justo com o ímpio?... Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?”. Abraão conhecia Deus e seu reto proceder por isso apelou para sua justiça e misericórdia. A justiça divina é perfeita! Nada pode ser comparado ao que temos ou presenciamos em nossos dias. Deus nos leva a compreender, em parte, a sua justiça quando lemos o pronunciamento de Deus contra Sodoma e Gomorra e sua misericórdia durante seu proceder perante as cidades. Sob este ponto de vista, Abraão prefigura Cristo em seu discurso quanto à salvação dos habitantes de Sodoma e Gomorra.
Da cidade salvaram todos os justos que haviam. A Bíblia cita o justo Ló e suas duas filhas. Por não compactuar com o pecado Deus decretou a destruição das cidades, não dos justos! A Justiça divina tinha que ser executada juntamente com sua misericórdia. Paulo atesta que em seus dias, assim como nos nossos dias, não havia nenhum justo sequer, todos estávamos destituídos da glória de Deus. Mas o que fazer? Se não há nenhum justo, quem se salvaria? Ninguém!

De fato, ninguém se salvaria, mas a misericórdia e a justiça divina andam lado a lado. Através da misericórdia divina, Deus, em Jesus Cristo, justifica todo aquele que O aceita como seu Senhor e Salvador. De modo que não somos justos, mas sim, justificados. Uma vez a misericórdia divina tendo sido aplicada, sua justiça também deve ser. Não há separação! E com a justiça vem o julgamento sobre todos, “porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo”.
Aceitar o ato misericordioso de Deus em Cristo nos salva da morte eterna. Contudo este ato de misericórdia, assim como foi nos tempos de Abraão não impedirá o juízo de chegar a cidade. Ele virá, mas um grupo seleto encontrará justificação, aqueles que aceitaram a misericórdia de Deus sobre suas vidas. A misericórdia de Deus não O impediu de julgar o pecado dos “não justos”, contudo a misericórdia resguardou os justos do juízo divino sobre Sodoma e Gomorra. Tanto mais o sangue do cordeiro que nos justifica, livra da ira divina, reconcilia e torna-nos filhos adotivos nos fará. Mas em hipótese alguma o sangue de Cristo impedirá que o juízo de Deus seja executado sobre aqueles que não foram justificados em seu nome, tal qual aconteceu aos habitantes de Sodoma e Gomorra. Como foi com Sodoma e Gomorra, assim também é nos dias atuais. Somente há uma saída, uma salvação para os habitantes dela, serem considerados justos pelo grande juiz. Somente há uma saída para nós, sermos justificados em Cristo.
Naquela época foram salvos todos os justos e o juízo decretado foi executado. Em nossos dias todos os justificados serão salvos e o juízo decretado será, da mesma forma, executado sem misericórdia, "porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia". Mas para todo aquele que aceitou a misericórdia divina, confessou seus pecados, foi banhado no sangue do cordeiro, justificado, remido e reconciliado com Deus através de Cristo, verá que "a misericórdia triunfa sobre o juízo". Portanto, estejamos certos e examinemo-nos se andamos segundo a verdade de Deus em amor uns para com os outros.
Se o justo Ló não obedecesse a Deus e saísse da cidade teria ele sido salvo? E nós, seremos salvos se confessarmos a Cristo com os lábios, mas não houver mudança de atitude em nossas vidas?
Nosso velho homem não deseja sair de Sodoma e Gomorra! Ele não deseja se apartar de tudo o que sempre cultivou, o seu desejo próprio, a eterna satisfação do "Eu". O velho homem deseja ficar na cidade mesmo que isto o leve a perecer nela.
Quem nós ouviremos? Ouçamos a voz divina e fujamos da cidade em quanto há tempo...
Dê um passo de cada vez para fora de Sodoma, mas continue caminhando! Não pare! Não desista! Esmere-se pela salvação, pois desde os tempos dos profetas o reino de Deus é tomado por esforço!
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