segunda-feira, novembro 19

Outra Voz no Deserto...


Estou cansado do falso “evangelho” pregado por aqueles que se dizem “autoridade espiritual”.
Estou cansado da insensatez com a qual negligenciamos as palavras de Deus.
Estou cansado da banalização da mensagem de Cristo.
Não há preocupação alguma em formar líderes altamente cristocêntricos. Todos negligenciam as palavras e afastam a salvação daqueles que querem ser salvos.

A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou (Rm 1.18-19).

As igrejas estão formando teólogos sem qualquer comprometimento em religar o homem a Deus. Estes sabem defender muito bem a doutrina da igreja “A” ou da “B”, mas seu pastoreio, apesar de ser altamente requisitado, conduz de forma leviana suas ovelhas. Este permite que suas ovelhas façam tudo o que desejarem. O céu deixou de ser o limite da vontade humana. A própria vontade angariou para si decidir seu limite, exponenciando-o a eternidade.
Tô cansado do uso excessivo da “sentimentalização”(acabei de criar) e da emotividade, para fazer a platéia ser convencida e não convertida. As massas tem sido atraídas por convites falsos e pretensiosos.
São ensinados a chorar copiosa e convulsivamente, sem que o fruto do convencimento do espírito brote dentro de si, pois não há espaço para reflexão sem emotividade durante os cultos deste século. E o pior de tudo é que não se acha reflexão consistente no fruto da emotividade. Pode haver reflexão consistente em meio à emotividade, mas originado por ela, é só “sentimentalização”. O convencimento do pecado não é fruto de emoção, é razão. A emoção escraviza a ponto de nos convertermos para não ir ao inferno, mas a razão retira o nevoeiro de dúvidas e incertezas, apropria-se da fé e nos lança num salto maior do que a própria razão é capaz de discernir, a fé. Um salto no escuro, segundo Soren Kierkegaard, mas não deixa de ser iniciado pela razão. Era assim que o evangelho era pregado nos tempos apostólicos!
Os Judeus eram convencidos segundo as escrituras que o messias era Jesus Cristo. Se isto, não quer dizer razão e raciocínio em lugar de emotividade já não sei ler as poucas linhas que para mim pareciam inteligíveis, nas sagradas escrituras, o que certamente me faria dizer que não consigo entender uma só linha das sagradas escrituras, o que as tornaria para mim, completamente inútil, por não entender uma vírgula do que está escrito. Mas graça a onisciência de Deus, cada um de nós entende um pouco do que está escrito naquelas linhas, e digo que o conhecimento que cada um de nós possui das palavras sagradas é mais do que o suficiente para conduzir o homem a salvação, pois a palavra de Deus não volta vazia.
Onde nossa fé se inicia? Na razão ou na emoção? Penso que devemos considerar a resposta a esta pergunta e aonde ela irá nos levar...
Por falta de conhecimento e aprofundamento bíblico nossa geração se corrompe com inúmeros modismos
- Estou cansado de escutar meus irmãos chamarem estas exposições sem nexo de benção. Não são! São dignas de vergonha por negligenciarem seu próprio chamado e ainda, tornam-se exímios líderes que conduzem perfeitamente suas ovelhas ao abismo. Tornando o pouco conhecimento que o rebanho possui em pedra de tropeço na beira do abismo. Sou eu o louco ou são eles? Não há mais espaço para Cristo. Não há mais espaço para a mensagem oriunda de Deus a qual Paulo jurou defender com unhas e dentes se fosse preciso.
Deixamos Cristo de lado e pregamos Freud. As igrejas estão cheias de suas doutrinas anticristãs. Ao adotarmos a psicologia freudiana, trocamos a sabedoria divina pela sabedoria humana. Uma extrema loucura que todos estão fazendo!
Paulo faz de tudo para propagar o evangelho cristocêntrico.
Apesar de seu excepcional nível cultural, Paulo não intentou propagar a mensagem a qual lhe foi confiada com palavras eloqüentes, antes, suas exposições não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder.

Hoje, apelamos ao uso excessivo da irracionalidade, da emotividade, da própria cobiça do homem, da própria ânsia pela prosperidade terrena, para trazer às pessoas para dentro das igrejas, utilizando a tão famigerada linguagem persuasiva criticada por Paulo.

Como conclusão, levanto dois pontos a respeito destes tais homens:

Ou são ignorantes que pregam a palavra de Deus de forma desvirtuada por completa e total falta de conhecimento do peso que estão lançando sobre os ombros;
Ou são homem que se afastaram tanto do evangelho e de Cristo que não ouvem mais a voz do seu Pastor e sendo conduzidos pelos seus próprios corações e anseios, negligenciam o poder de Deus para a salvação do homem.
Verdadeiros mercadejadores da palavra, que ousam levantar um “outro” evangelho diferente do qual Paulo pregava.
Tais homens são indesculpáveis perante Deus...

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