sábado, maio 31

Religião Inaceitável...



Qual seria a religião inaceitável para com o nosso Deus? Seria aquela que é legalista! Uma religião de conhecimento, mas não de prática. Uma religião onde a sabedoria das palavras são mais bem vistas do que a simplicidade das ações. Não quero dizer com isso a máxima católica da salvação pelas obras, mas sim, concordar com Tiago afirmando que uma fé que não produz ações e mudança de vida, não pode ser uma fé saudável. Aliás, nem a posso considerar fé!
Cristo foi enfático sobre o assunto ao acusar os fariseus, os doutores na lei, conhecedores do modo correto de caminhar perante Deus. Eles sofreram as mais duras acusações, pois conheciam a verdade, mas ao invés de praticarem aquilo que conheciam, somente impunham sobre seus ouvintes, como se eles mesmos estivesses num patamar diferente do povo, não necessitando seguir nada daquilo que professavam serem as fiéis ordenanças de Deus.
Este tipo de religião farisaica é insuportável para Deus! Quantas de nossas igrejas não estão inseridas dentro deste contexto farisaico, não pela Igreja em si, mas através dos membros que a formam?
O que temos vivido? A palavra? Ou dela só tecemos comentários? Por mais triste que seja, não precisamos ir muito longe para descobrir este fariseu, que caminha confiante perante Deus e dentro de nossas igrejas. Em alguns casos, este fariseu está mais próximo do que pensamos. Às vezes, quem sabe, ao olhar para o espelho, eu mesmo e até você, não nos deparemos com o fariseu que habita dentro de nós. Conhecedores da verdade, sim! Praticantes? Bem menos do que gostaríamos de ser. As desculpas para isso são inúmeras, mas uma vez identificado este fariseu que habita dentro de nós, será que qualquer desculpa é suficiente para negligenciarmos o reto proceder somente para satisfazer e mantê-lo vivo dentro de nós? De maneira alguma! Se aceitamos a graça salvadora de Cristo, devemos fazer morrer a nossa natureza carnal, nem que para isso seja necessário exterminar este fariseu!
Ninguém deve impor a ninguém uma mudança instantânea, mas alguma mudança, por mais singela que seja, deve ocorrer. Passar de ouvinte a praticante é, sem dúvida, um salto extraordinário, que requer muito mais do que simples vontade própria. É necessário que deixemos Cristo tocar em nossos corações de uma forma mais profunda ainda do que ele tem tocado. É necessário atingir um novo grau de intimidade, uma maior renúncia ao senhorio de Cristo, uma subserviência maior e uma fidelidade melhorada.
Somente desta forma sairemos da religião inaceitável para aquela que é aceitável a Cristo!
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quarta-feira, maio 28

Nós e Nossos Metereologistas...


O Casamento

Estamos constantemente sendo exortados acerca do retorno de Cristo.
A iminência de seu retorno é certa. A bíblia possui várias analogias que simbolizam este retorno. Para a igreja, a principal delas é aquela que estabelece a relação entre a noiva e o noivo, sendo a Igreja a noiva de Cristo.
Ao analisar a figura da noiva, todos nós recordamos dos casamentos que assistimos ou tenhamos participado.
O ponto alto do casamento se dá pela entrada da noiva no templo, para que se inicie a cerimônia.
Numa cerimônia tradicional, a noiva entra de branco simbolizando a pureza por ter se resguardado para seu noivo. Seus olhos são radiantes e suas roupas chamam a atenção de todos, não pela sensualidade que a roupa refere ao corpo, mas sim, pela elegância com que suas vestes resplandecem sem que, no entanto, esta perca a singeleza e a humildade em seu porte, diante do esposo.
A alegria característica de uma noiva, ao ir ao encontro do noivo não é capaz de ser expressa por palavras, a imagem gravada em nossos olhos são mais profundas do que podemos descrever.
Enfim, esta é a noiva! A figura pela qual Cristo chama a Igreja ao seu encontro!
Ao que me parece, nossa geração, perdeu o entendimento acerca do casamento, e não só isto, perdeu o interesse por contrair o matrimônio, prefere viver ao sabor dos ventos, e que eles venham a conduzir seu destino por sorte ou acaso. Uma imensa infelicidade nossa! Não só o mundo, mas aqueles que deveriam viver na contramão do mundo estão particularmente desinteressados por contrair matrimônio. Viver a vida a sabor dos ventos sem um conjugue que lhe pudesse sustentar, nunca foi a intenção do Espírito. Viver uma vida em ermidão prejudica nosso crescimento, pois sem aquela “lima” mais próxima de nós que nos afia diariamente estaríamos irremediavelmente cegos.
Parece que algumas “igrejas”, digo, noivas, não anseiam pelo casamento com Cristo nos ares. Aliás, parece que não existem noivas se preparando para este casamento!
As palavras de Jesus Cristo são claras, estamos às portas do casamento, do encontro tão esperado de Cristo e sua noiva, nós.
Talvez, nem haja o amanhecer de uma nova alvorada, antes que sejamos arrebatados, mas isto parece não assustar esta noiva moderna, incapaz de ansiar pelo noivo, de preparar-se para o encontro com seu amado da mesma forma como deveria ser o casamento terreno.
Às vezes, fico pensando que do jeito que estamos andando, estamos nos transformando em noivas insensíveis, cheias de si, vestidas em trapos de imundícia, cegas e surdas, sem anseio nenhum pelo casamento com o noivo por amor a Ele, mas se algum anseio há, se algum desejo, ainda existe, dá-se simplesmente pelos bens que este repartirá com sua noiva, conforme as promessas que a carta de apocalipse declama.
Que Deus tenha misericórdia de nós para nos vestir com vestiduras brancas, a fim de que não seja manifesta a vergonha da nossa nudez, e colírio para ungires nossos olhos, a fim de que venhamos a ver e nos arrepender de nossas atitudes.

Infelizmente, parece que algumas Igrejas (noivas) não desejam casar com o noivo seguindo, dessa forma, a tendência do mundo natural. Poucas são aquelas que anseiam pelo casamento pelo motivo certo, grande parte parece estar atrás dos seus bens e de tudo quanto Ele possa as oferecer “nesta vida”.
Tenho um medo natural, de estar desagradando aquele que me arregimentou, esta pergunta é alvo de várias reflexões. Faz parte de uma vida sadia em Cristo, perguntar-se constantemente se estou atrás das bênçãos ou do abençoador?
Toda noiva se apresenta impecável! Por que conosco seria diferente? Por acaso estamos sendo forçados a este casamento? De maneira nenhuma!
Por ele ansiamos diariamente! Mas se nossos corações titubearem diante das coisas que a este século se tornaram comuns, é bem possível que a noiva não deseje mais se casar.
Pode ser que ela não tenha o casamento como uma união estável e indivisível, o anseio e desejo mais profundo de nossos corações.
Se estas coisas não estão presentes no entendimento cotidiano da Igreja, sua noiva, isto justificaria porque a noiva está a se apresentar num estado lamentável diante daquele que virá a desposar.
Como nos portamos e estamos vestidos diante de Cristo as porta do casamento? Que possamos refletir!
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sexta-feira, maio 16

Conhece-te a ti mesmo...


Quem é o homem para que te lembres dele? Quem sou eu? Seria uma soma de experiências, conhecimento e tempo de vida? Não! Sou muito mais do que isso. Sou algo incompreensível a si mesmo.
Desde que o homem tomou conhecimento de si e de todas as coisas que o cercam, sem ter deles o conhecimento e a revelação de quem é Deus, creu ser possuidor de boa natureza, uma boa índole, admitia a si mesmo ser bom em todas suas atitudes.
Neste ponto, as escrituras atestam que a queda tornou-nos maus, mas não preciso ir tão longe para evidenciar esta natureza.
Em nossos próprios dias encontramos, não um, mas vários relatos que testificam a inabilidade em conhecer a si mesmo.
Nos EUA, um gangster de Nova Iorque, ficou muito conhecido pelo apelido de “Crowley duas pistolas”. Certa ocasião, diante de um policial, quando este tentava lhe prender, colocou a mão dentro do seu casaco, sacou uma das duas pistolas que sempre carregada consigo e atirou contra o policial, em seguida, pegou a pistola do policial e atirou novamente contra ele.
Suas ultimas palavras acerca de si mesmo evidenciavam que Crowley desconhecia a natureza maligna que impregnava o seu ser ao afirmar: “é isso que eu ganho por me defender”.
Tão afastado de Cristo, tão mergulhado em si e em seu ego, incapaz de compreender sua própria maldade por falta de um padrão ideal de referencial a ser seguido, Crowler fez o mundo rodar em torno de si, sendo tudo o que fosse contrário a sua vontade terminantemente má e tudo que fizesse para manter sua vontade soberana, considerava eminentemente bom.
Não somos diferentes de Crowley. Se estivermos orientados a julgar nossa bondade, tendo como base nós mesmos, estaremos sempre no patamar da santidade ideal, mas as escrituras não ensinam tal proceder. Este é orientado normalmente pela nossa tendência em facilitar nossas vidas diante das implicações, ordens e mandamentos de Cristo, pois se O tomamos como padrão a ser seguido, estaremos sempre aquém do almejado.
Nossa natureza má não gosta de ser contrariada, não gosta de se esforçar para deixar de ser o que ela já é. Aliás, a idéia de ter que mudar não lhe é boa.
Ao confrontar nossa real imagem com a de Cristo, o padrão a alcançar, deveríamos fazer como constantemente fazemos ao nos arrumarmos diante do espelho para sair de casa. Deveríamos procurar os defeitos em nossa apresentação individual e corrigi-los. Se somos a noiva de Cristo às portas do casamento, deveríamos estar diante do espelho corrigindo os defeitos no vestido e na própria apresentação pessoal. Ao invés de fazer silenciar aqueles que identificam em nós as falhas, devemos identificar as falhas apontadas por estes, nos colocando diante do espelho (o reflexo de cristo em nós), para que não só os outros identifiquem estes erros, mas nós também, na esperança que ainda haja tempo suficiente para as se efetuar as correções necessárias, estando nós tão próximos,..., tão próximo do casamento.
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quinta-feira, maio 15

O Tapa de Thiago

Na história da Igreja Cristã, talvez, não haja algo mais controverso do que a Carta de Thiago. Ela diferencia-se de todas as demais, por ser ela a que mais se aproxima da prática cristã. Enquanto a maioria das cartas paulinas procura estabelecer a doutrina cristã e corrigir os problemas específicos de cada comunidade cristã, a carta de Thiago destina-se a tratar mais dos aspectos práticos da fé cristã. Thiago colocou-se a acertar o calcanhar de ‘‘Aquiles’’ de todas as gerações da Igreja do Senhor, sem que, para isso, precisasse aprofundar-se em questões doutrinárias e de difícil entendimento. Ao contrário de seus contemporâneos, preocupou-se em explicar que a fé sem prática é morta. Muito embora, não tenha sido compreendido em suas afirmações, suas palavras ficaram eternizadas nas escrituras sagradas. Thiago era contra a falsidade ideológica comum de nossa época, afirmar ser quem na realidade, ainda não o somos. Nova criatura, sim, mas perfeitos e possuidores de uma santidade igualável a divina, não! Simples em suas palavras, ele questionava aos seus ouvintes o que a revelação do filho de Deus fez mudar em suas vidas? Por acaso estas palavras, as quais o próprio Cristo se referiu a elas como a boa semente, o que fizeram germinar? O que foi gerado? Estas palavras as quais o apóstolo Paulo se dirige aos seus ouvintes, exemplificando-as como as ordens recebidas de um general ao qual ele não queria, nem prentedia, envergonhar, geraram na vida daqueles que se apresentaram como seus soldados? Esta geração não é diferente de todas as outras! Tropeçamos nos mesmo pontos abordados por Thiago. A ação do Espírito está eternizada, constante e enfaticamente revelando não só a natureza do homem, mas também, uma séria advertência. “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar”. (Tg 1:22-25)
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