quinta-feira, maio 15

O Tapa de Thiago

Na história da Igreja Cristã, talvez, não haja algo mais controverso do que a Carta de Thiago. Ela diferencia-se de todas as demais, por ser ela a que mais se aproxima da prática cristã. Enquanto a maioria das cartas paulinas procura estabelecer a doutrina cristã e corrigir os problemas específicos de cada comunidade cristã, a carta de Thiago destina-se a tratar mais dos aspectos práticos da fé cristã. Thiago colocou-se a acertar o calcanhar de ‘‘Aquiles’’ de todas as gerações da Igreja do Senhor, sem que, para isso, precisasse aprofundar-se em questões doutrinárias e de difícil entendimento. Ao contrário de seus contemporâneos, preocupou-se em explicar que a fé sem prática é morta. Muito embora, não tenha sido compreendido em suas afirmações, suas palavras ficaram eternizadas nas escrituras sagradas. Thiago era contra a falsidade ideológica comum de nossa época, afirmar ser quem na realidade, ainda não o somos. Nova criatura, sim, mas perfeitos e possuidores de uma santidade igualável a divina, não! Simples em suas palavras, ele questionava aos seus ouvintes o que a revelação do filho de Deus fez mudar em suas vidas? Por acaso estas palavras, as quais o próprio Cristo se referiu a elas como a boa semente, o que fizeram germinar? O que foi gerado? Estas palavras as quais o apóstolo Paulo se dirige aos seus ouvintes, exemplificando-as como as ordens recebidas de um general ao qual ele não queria, nem prentedia, envergonhar, geraram na vida daqueles que se apresentaram como seus soldados? Esta geração não é diferente de todas as outras! Tropeçamos nos mesmo pontos abordados por Thiago. A ação do Espírito está eternizada, constante e enfaticamente revelando não só a natureza do homem, mas também, uma séria advertência. “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar”. (Tg 1:22-25)
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