segunda-feira, outubro 6

Pós Eleições

Agora que já acabou toda a febre e euforia "eleitoreira", para quem tiver tempo de uma pequena reflexão, aí vai ela:
- Por que alguns candidatos apresentam-se como "Pastor X", "Missionário Y", "Irmã Z"?
- Querem ser eleitos pelos títulos que os precedem? Não deveriam expor o que querem fazer, como tantos outros o fazem, mesmo sendo cristãos?
- Querem eles, aproveitarem-se daquilo que deveria ter cunho santo e religioso, para obter vantagem em cima dos demais candidatos?
- Afinal de contas, ..., por que estão tratando e referindo-se desta forma? Foram títulos conquistados pela excelência do trabalho demonstrado? Hoje em dia, é complicado exercer tal afirmação!
- Se eu elejo um Missionário para deputado, vereador, prefeito, governador, presidente, não estaria eu retirando-o do campo missionário? Afinal, se ele define a si mesmo como missionário é porque isto é por demais importante para ele! Por que eu haveria de retirá-lo de sua função dada e estabelecida por Deus? Por que, logo eu teria que comprar briga com Deus?
- E aqueles que se elegem afirmando ser pastores, se os elejo, não estaria eu, fazendo com que ele deixasse de exercer a atividade pastoral em prol de rotinas administrativas que o afastariam da real necessidade de sua congregação? Não estaria, eu, lutando contra Deus ao retirá-lo da Igreja, onde ele é benção, para colocar no meio de um ambiente que o fará esforçar-se por demais, simplesmente, para que não venha a cair, deixando os cuidados pastorais de lado, para exercer os cuidados imprescindíveis a sua nova função?

- Se alguém quer se eleger a alguma coisa que o faça sem referências a cargos e encargos eclesiais, pois não estará sendo eleito para cuidar de cargos eclesiais mais sim administrativos!

Quanto vale uma ‘‘tapa’’, bem dada, de mão aberta?


Já parou para observar como Cristo inicia suas palavras ao apóstolo João quando Ele se refere à Igreja de Laodicéia: ''... Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus''. (Ap 3.14)
Todas as suas palavras, sempre, foram motivadas e cheias de sabedoria e conhecimento. Dessa forma, a Sua ultima mensagem a Igreja não poderia ter teor diferente de todo o Seu ensinamento!
Ele é a testemunha fiel e verdadeira, o princípio de toda a criação.
Já parou para pensar, por que Cristo se intitula à geração de Laodicéia como a fiel e verdadeira testemunha?
Fica fácil, ao ler toda a mensagem a Laodicéia! Entenda que esta mensagem tem, pelo menos, duplo cumprimento, ou seja, ela já se cumpriu dentro do contexto local da Igreja de Laodicéia, no primeiro período da era Cristã, mas também, está a se cumprir, ao ultimo período da era Cristã, do qual todos nós fazemos parte!
É a mensagem de resgate à mensagem em prol do resgatado!
A uma geração que se perdeu no caminho cristão, por estar cheia de si, crente de ser próspera e ter tudo o que necessita, enganada por seus próprios olhos e pela cobiça do seu coração que os conduz a desejar e adquirir coisas próprias de uma vida de mesquinhez, privado daquilo que realmente é necessário, uma vida pobre, dita daquele que é mísero, insignificante, apagado, irrelevante, medíocre de natureza espiritual por estar mais preocupados com as coisas passageiras, tornando todas as suas ações e pensamentos, de forma vulgar, débil e fraca, Cristo os dirige uma mensagem direta aos seus corações. Tanto àqueles que O pregam, quando aos que os ouvem, por vezes, distorcendo os ensinamentos dEle, firmando os pés dos seus ouvintes em adquirir tesouros materiais, ao invés, de acumular para si tesouros espirituais.
Nesta carta, ele dirige-se a todos estes afirmando ser o único em quem realmente se pode confiar, a testemunha fiel e verdadeira!
Estas palavras deveriam soar em nossos corações de modo semelhante a todo terror e espanto causado por uma tapa de mão aberta, bem dada, na face direita do rosto, pela mão do melhor amigo. a mão daquele que você não ousaria revidar, pelo sincero amor que sente por ele e, antes, num estado de plena perplexidade e vergonha, estaria resolutamente disposto a entender o porquê de ter levado a tapa.
O motivo é explicado ao longo dos versículos 15, 16, 17 e 18 até que, por fim, conduz seus ouvintes a revelação maior de toda a causa no versículo 19.
O motivo! Seu eterno amor por nós, a fim de que nenhum se perca, mas encontre a salvação através do testemunho dEle, o único que é fiel e verdadeiro!
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sexta-feira, outubro 3

Sou Israel de Deus ou Igreja de Deus, eis a questão!

Esta é uma questão que o povo de Deus, anda há muito tempo dividido, e isto ocorreu, inicialmente, por causa dos acontecimentos históricos e por falta de fé em Deus.
Nos tempos de Paulo, havia uma clara divisão entre Igreja de Deus e Israel de Deus. As duas nunca foram a mesma coisa!
Para isso, basta consulta o novo testamento e alguns versículos chaves nos ajudaram a compreender qual era a visão daquele que foi encarregado de levar a Igreja aos gentios.
O Apóstolo Paulo tinha em sua mente divisões claras! Dentre elas ele via dois Israel, um segundo a Carne (“Considerai o Israel segundo a carne...” ; 1ª Co 10.28) descendência genealógica direta de Abraão, e outro segundo o Espírito, (“... sobre o Israel de Deus”; Gl 6.16), formado a partir daqueles que aceitaram Cristo como o Messias.
As divisões paulinas não cessam por aí! Paulo lembrava aos seus ouvintes que por causa de Cristo a antiga divisão entre Judeus e Gentios havia sido alterada pelo acréscimo da Igreja de Deus (“Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus; 1ª Co 10.32).
Desta forma, dentro da cosmovisão paulina temos: Israel segundo a carne, Israel de Deus, Judeus, Gentios e Igreja de Deus.
O texto chave que nos permite entender que não somos Israel de Deus é Gálatas 6.16, onde se lê: “E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus”.
É importante levantarmos alguns pontos:
- A quem Paulo escreve? A uma Igreja!
- Quem andava em conformidade com aquilo que Paulo escrevia? A Igreja!
- Existia algum grupo que andasse em conformidade com os ensinamentos Paulinos, que não fizesse parte da Igreja? Não!
É claro que a carta refere-se à Igreja de Deus, porque para ela foi escrita, mas Paulo não para por aí. Ele anuncia que a Paz e a misericórdia não fiquem e sejam somente direcionadas a Igreja de Deus, mas também, ao Israel de Deus. Com isso, Paulo firma a existência de dois grupos distintos, a Igreja de Deus e o Israel de Deus.
A partícula “e” que liga “...sobre eles e sobre o Israel...”, não está ali por erro de tradução. Ela existe no original de forma clara e evidente! No grego esta conjunção que simbolizamos pela letra "e" é simbolizada por três letras: Kapa 'K', Alfa 'A', Iota 'I', dando origem a transliteração da palavra original, /kai/. Não há vazão a outra interpretação é uma conjunção.

No início deste texto disse que a Igreja anda crendo ser o Israel de Deus por causa dos acontecimentos históricos e por falta de fé em Deus. Uma vez tendo demonstrado pelas escrituras que o entendimento correto acerca da Igreja é ser Igreja de Deus e não Israel de Deus, cabe, agora, ressaltar o porquê de termos nos iludido durante muito tempo em ser o Israel de Deus.
Bem! Quando Israel foi espalhado pela terra e deixou de ser uma nação e passou a ser peregrino em terras estranhas, a igreja, talvez, por medo ou falta de fé se viu numa situação difícil, onde os pilares de sua fé foram testados e reprovados.
Deus havia prometido a Israel várias coisas, as quais ainda não haviam se cumprido ainda. E mais, o próprio Cristo haveria de voltar para Israel, mas se não há Israel, como as profecias iriam se cumprir? A conseqüência final da inexistência de Israel era um Deus que não era confiável para fazer cumprir tudo o que prometeu.
A Igreja temeu, ..., e a saída lógica que o homem teve a fim de ajudar Deus a cumprir seu papel de ser fiel e confiável, foi autodenominar-se Israel. Sendo assim, tudo o quanto estava destinado a Israel, agora estaria destinado a Igreja, e daríamos uma “mãozinha” para que Deus continuasse a ser Deus.
Esta foi a saída humana, que se demonstrou falha em sua plenitude!
Em 1948, Deus demonstra que não precisa que os homens O ajudem a ser fiel e cumprir tudo o quanto Ele disse, fazendo cumprir Isaías 66.8, “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”.
Em um único dia, Israel passa a ser nação novamente! Ajuntando num só lugar os dois Israel. Quando isto ocorreu, homens estudiosos entenderam que Israel de Deus, nunca deixou de existir, e não foi pelo fato da Igreja ter se intitulado Israel, mas sim, porque Deus mesmo susteve seu povo e os congregou novamente de todos os quatro cantos da terra, para tornarem-se mais uma vez nação!
Por fim, estávamos errados. Nunca fomos Israel de Deus! Israel é Israel! E a Igreja é a Igreja! E cada uma tem um destino traçada a luz das escrituras e que diferem uma da outra, de modo que não adianta desejar ser Israel sendo Igreja, pois Deus nos tratará segundo sua vontade e o desígnio estabelecido para a Igreja.
Basta a Israel ser Israel!
E a Igreja ser Igreja!
Paz!
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quinta-feira, outubro 2

Minha auto-imagem positiva!

Não é de hoje que o homem se preocupa com a auto-imagem! Isso é tão antigo quanto nossa própria história e não há homem que seja livre dela.
A auto-imagem é uma coisa que aprendemos a cultuar desde bem pequenino, quando, ainda, aprendíamos que as boas ações tendem a ser recompensadas.
Em nossos dias, a busca pela auto-imagem perfeita desvirtuou o caminho do homem. Esse se tornou seu próprio enganador quando resolveu pautar-se pela voz de seu enganoso e corrupto coração, que o fez entender como sendo a perfeita auto-imagem aquela que fosse mais positiva.
Hoje, não são poucos os que ensinam que a cura para os males da alma está na formação de uma auto-imagem positiva.
É claro que não há base bíblica para tal equivoco. Aliás, as escrituras afirmam diametralmente o oposto,“ porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3). Paulo considerava-se o pior pecador, Jó se afligia com cacos, Jeremias nem de longe era o cara mais positivo que existia, nem tão pouco Cristo ensinou alguém a ser positivo, aliás, Ele também fez, diametralmente, o contrário, pois afirmou que não tinha nem onde reclinar a cabeça.
Hoje, temos um povo doente e depressivo por causa do mau ensino que vem sendo ministrado, fazendo cada uma crer que merece muito mais do que outros por serem filhos de Deus, conquanto, as escrituras afirmam que a única coisa que merecíamos era a ira e o juízo de Deus.
Se formar uma auto-imagem positiva fosse nosso maior problema, não precisaríamos da Bíblia para isso. Bastaria qualquer consultório terapêutico que é capaz de aliviar o sofrimento, mas ineficaz em fornecer a cura, pois é incapaz de atingir o âmago do problema, a natureza do pecado e sua ação destrutiva, que causou a separação entre o Homem e Deus, fazendo-o pensar de si muito mais do que convinha, levando-o a crer que possui uma auto-estima baixa quando, na realidade, todas as suas ações, quando analisadas, minuciosamente, denotam a existência de um ego inflamado, bem nutrido e obeso por natureza, incapaz de enxergar o próprio umbigo.
É importante que tenhamos uma auto-imagem, que não seja positiva, nem ao menos negativa, mas sim realista, pois disso depende nossa própria saúde espiritual.
Uma vez que “...conhecer a Deus sem conhecer nossa própria miserabilidade dá lugar ao orgulho; e conhecer nossa própria miserabilidade sem conhecer a Deus dá lugar ao desespero. Conhecer a Jesus Cristo traz o equilíbrio, porque ele nos mostra tanto a Deus quanto a nossa própria miserabilidade”. (Blaise Pascal)
Que Deus nos dê uma auto-imagem equilibrada para que não venhamos a ser orgulhosos por achar de si mais do que nos convém, mas também, tendo Ele fornecido nossa auto-imagem, providencie o reconhecimento de Sua graça, necessário à visão estarrecedora de quem verdadeiramente somos.
Não quero uma auto-imagem positiva, mas sim realista!
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Será que isto nos servirá de desculpa?

Alguns textos bíblicos mexem, diretamente, com a nossa geração. Dentre eles, temos as palavras de Cristo a sua Igreja, dizendo: ''... Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca...''.
Dentro das características que descrevem a geração exortada por este trecho da palavra, cito a despreocupação, o comodismo e, porque não dizer, até um pouco de falta de compromisso em perdurar a verdade bíblica aos novos convertidos.
Nos dias do evangelho das facilidades, mesclamos o texto fiel e fidedigno às invencionices da geração moderna, da qual não posso me excluir, pois também pertenço! Somente espero que eu esteja sendo contado junto a Igreja remanescente em Cristo e não ao lado daqueles que aos poucos, dEle, se separam. Contudo, para que eu seja contado ao lado da geração que se mantém fiel não só à mensagem, como também, ao próprio Filho de Deus, isto exige de mim e de todos que assim desejarem um posicionamento firme e reto em relação a tudo que nos cerca e que nos é dito, ao invés de sermos agitados por quaisquer ventos de doutrina.
O grande problema é que nossa geração se contenta com o que ouve. Tende a não ler! Não buscar conhecimento! E por fim, não se posiciona perante aquilo que escuta, antes, é posicionada por aquele que fala!
Quanto a deixar que outros nos posicionem perante a verdade, como se fôssemos meros gravadores é preocupante, pois uma vez tendo Deus nos concedido inteligência, presume-se que dela devemos fazer uso. Ora, se não a utilizo, a responsabilidade não é dEle, mas minha, por não usar aquilo que Ele me deu a fim de alcançar a salvação.
Será que naquele dia, acaso nos encontremos do lado errado poderemos nos justificar dizendo a Jesus que fulano ou beltrano nos enganaram, e por isso procedemos de tais formas? Ou melhor, será que poderemos dizer: ''Senhor, o pregador que Tu me destes, me deu a palavra pela qual vivi e dessa forma a culpa não é minha, mas sim, Sua e dele!'’
Sabemos que nossos ancestrais já tentaram algo semelhante, e sabemos até qual foi o veredicto. Talvez seja por isso que nossa geração se exime da responsabilidade de tomar um posicionamento perante a verdade, porque não sabe se posicionar de forma correta!
É interessante que a uma geração que não define padrões de vida cristã adequada, e em grande parte, caracterizada pelo descompromisso quase que absoluto pela obra, Cristo exorta ao retorno do Cristianismo Bíblico.
Isto quer dizer que em nossos dias existem várias coisas que chamamos de cristianismo, mas não o é. Práticas que julgamos nos aproximar de Deus, mas não aproximam, um esforço sobre-humano para edificar os ministérios em detrimento das famílias que também não recordam o que é o cristianismo, e muito menos o ser simplesmente ouvinte dominical sem atentar as praticas cristãs.
Bem, nossa geração não prima pelo compromisso, mas sim pela voluntariedade. A falta de compromisso nos impede de reconhecer o quão mornos realmente estamos.
De certa forma, a culpa de sermos, em nossa grande maioria, ''mornos'' é da nossa própria geração que é incapaz de reconhecer o que, realmente, é ''quente''. Por fim, trabalhamos crendo que o morno é o quente, por falta de parâmetros de avaliação!
Entretanto, será que isto nos servirá de desculpa perante Deus! Seguir o padrão de pensamento e raciocínio deste século e não o que as escrituras dizem? Penso que não!
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