quinta-feira, fevereiro 28

Em Busca do Cristianismo Perdido



Se algum homem entrasse há vinte anos pelas portas das igrejas encontraria homens que confessavam seus pecados a Deus, reportando-se por miseráveis, pobres, cegos e nús. Homens que curvavam suas cabeças e pediam unicamente que Deus não os tratasse da forma que mereciam, pois certamente não suportariam o fardo de todos os seus pecados. Antes os depositaram aos pés da cruz e os trocaram pelo fardo de Cristo.
Se esta mesma pessoa não entrasse em nenhuma igreja depois deste dia, entrando novamente após decorridos estes vinte anos encontrariam homens cheios de seus direitos, reportando-se por sábios e irrepreensíveis, encostando Deus contra a parede e apontando para o Criador com o dedo em riste, exigindo tudo aquilo que acredita ser seu por direito. Estes tornaram-se legisladores, não de homens, mas sim, de Deus. Encontraria alguns, inclusive, dizendo que deveriam perdoar Deus. Não sei dizer ao certo se estas pessoas desejam perdoar Deus por ele não ser um Deus tão perfeito assim, no intuito de que Deus erra como elas, ou se por ser perfeito não pode fazer todas as coisas do modo como elas desejavam que fossem feitas.
Talvez se algum anjo acostumado com a comunhão constante com Deus visitasse os homens, ele não entenderia o que aconteceu com a mensagem pregada por Moisés, Eliás, Davi, Isaías, ou ainda, Paulo, pois parece que ninguém quer seguir uma vida piedosa. Todos pregam que a Bíblia manda tomar posse de todas as coisas, mas do que Paulo tomou posse? das chibatadas? Dos apedrejamentos? Das prisões? Das perseguições?
Por que não temos pessoas fazendo fila em busca de tomar posse dos sofrimentos que Paulo passou? Acho que destas coisas não há homem algum exigindo o direito a Deus!
Só queremos tomar posse daquilo que foi um pequeno momento de refrigério na vida destes homens. Contudo, suas vidas não foram marcadas por estes pequenos momentos de refrigério pelos quais passaram, mas sim, marcadas por toda a perseverança em buscar a presença de Deus.
Não se entregaram! Resignados a andar de forma correta, lutaram pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos. Passaram por maus mocados, alguns pagaram com a própria vida. Por fim, combateram o bom combate e guardaram a fé, sem a qual é impossível agradar a Deus.
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terça-feira, fevereiro 19

O Evangelho Positivista!

Existe uma moda em nossos dias de dizer que o evangelho deve ser pregado de uma forma agradável aos ouvidos de seus ouvintes.
Para alcançar este patamar, 75% do evangelho foi deixado de lado. Afinal de contas, se iremos pregar uma evangelho positivista temos que excluir de nossas pregações todos os "ais" proferidos por Cristo, a traição de Judas, a vergonha da Cruz, as confissões de Paulo quanto ao bem que desejava mas não conseguia fazer. Junto destas mensagens devemos excluir também todos os alertas que Cristo disse nos evangelhos e que Paulo escreveu nas cartas quanto a apostasia dos últimos dias, e ainda, mais de 90% de apocalipse.
Este novo evangelho além de ser egocentrista em seu positivismo indica mais uma coisa que as outras versões do evangelho não indicavam. O cumprimento das profecias quanto a apostasia que estará presente na época do arrebatamento do Igreja. "...nos ultimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, ..., não suportaram a sã doutrina, ..., cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, ..., e se recusarão a dar ouvidos a verdade, entregando-se a fábulas" 2Tm 3.1-2...4-3-4).
Este evangelho positivista é o cumprimento das profecias quanto ao erro que levará à grande apostasia.
Antes, Cristo veio ao mundo como um homem sem nada ou lugar para morar. Hoje, alguns o pregam como um homem bem sucedido financeiramente. Antigamente, falava-se em fé, delegando a fé àquele que prometeu cumprir o que disse. Hoje, fala-se em fé como uma força controlável e manipulável pelo homem. Antigamente, o homem era visto como um vermezinho, com o apoio das escrituras. Hoje, os homens se vêem como pequenos deuses. É uma pena que não fazem idéia do que acontecerá com os pequenos deuses que desejam se tornar. "Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo destes céus" Jr 10.11.
Como entenderão que estão desvirtuando a Bíblia, afastando-se de Deus e excluindo-se da salvação se o único modo de entender isto é ler toda a escritura! Tanto as mensagens ditas positivas, quanto esta que acabei de citar, listada como altamente negativas para seus ouvintes. Quem prega este evangelho de satisfação pessoal, oportunidades e enriquecimento, está negando a essência do evangelho, que é a única coisa pelo qual ele foi escrito, a salvação de nossas almas.
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domingo, fevereiro 10

A Busca do Ego...


Alguém já notou como os cristãos históricos eram cheios de amor? Já notou que a doutrina que eles ouviam lhe davam simplicidade diante das autoridades e dos irmãos? Tinham a exata noção do peso dos seus pecados e a dádiva que haviam alcançado em Cristo! Não desejavam muitas coisas para viver, aliás, eles agradeciam muito por lhe serem abertos os olhos para o reto viver.
A maior preocupação que possuíam era a de uns com os outros, com os pobres, cegos, viúvas e todos os demais desamparados e marginalizados da sociedade. Eram altruístas! Desejavam fazer o bem e agradeciam sinceramente por Deus tê-los usado para que o bem, a justiça e a retidão pudessem ser propagadas às pessoas.
Não eram crentes, esta palavra não os definiam, porque além de crer agiam em benefício dos outros, seja lá quem estivesse sendo contado como outro. Sob suas vidas não haviam maiores cuidados. Eles eram conhecidos por Cristãos, “pequenos Cristos”, pois agiam da forma como seu mestre os ensinara.
Nós, crentes, não somos tão altruístas quanto aqueles que iniciaram o caminho cristão tempos atrás. As igrejas tornaram-se lugares onde entramos para procurar curas e prosperidades. Uma verdadeira busca egoísta por aquilo que me pode ser oferecido. Nossos olhos não enxergam além de nossos narizes. A causa do aflito e do desamparado permanecem alheias aos nossos corações.
Chamamos este movimento egoísta de evangelho da (des-)graça por vincularmos todas as necessidades do eu como se os primeiros cristãos tivessem se reunido em benefício próprio...
Não haveria nada de errado em adquirir prosperidade, ou ainda, curas e milagres, se a mensagem principal da igreja não fosse essa. Fazemos parte deste novo estilo de cristãos? Quem sabe respondendo as perguntas abaixo com sinceridade não encontremos as respostas!
Quando oramos, pedimos para Deus fazer com que um irmão tenha prosperidade ou a pedimos para nós mesmos? Enxergamos a causa do aflito e do necessitado e pedimos curas para as suas mazelas ou somente o fazemos para nós mesmos? Estas perguntas servem como uma bússola que apontará se estamos ou não em sintonia com o evangelho de Cristo? Tería você coragem de respondê-las?
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sábado, fevereiro 2

Anseios de Morte...


Por mais que sejamos seres dotados de inteligência e consciência, somos os únicos seres na face da terra que procuram a morte ao invés da vida.
Não falo do homem que busca a morte para livrar-se da vida. Falo do tipo de homem que diagnosticou ser possuidor de uma doença mortal que fatalmente o levará a morte, e cujo a ciência atual não encontrou a cura.
Apenas uma instituição julgou ser capaz de aniquilar o problema, contudo é necessário que seu velho corpo seja trocado por um novo corpo incapaz de adoecer.
O fato é que uma vez diagnosticado a doença o paciente deve se internar de imediato, pois o tempo de incubação da doença e o avanço degenerativo ocorrem de diferentes modos e velocidades nos diferentes pacientes diagnosticados até o presente momento.
Entretanto, um fato é de nos ressaltar a curiosidade, a maioria dos diagnosticados optam por viver o resto das vidas que o seu referido corpo possa disponibilizar do que ter de ser internado e tratado para adquirir um novo corpo perfeito.
Este é o retrato de alguns cristãos, tão ligados a suas vidas pessoais e materiais que não conseguem trocar suas vidas que rapidamente expirarão pela vida que Cristo oferece,..., a vida dEle.
Temos medo das palavras de Paulo: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gl 2.19-20)
Infelizmente, o medo nos faz desejar viver nossos últimos dias em nossa própria carne, ao invés de deixarmos Cristo viver nossa vida e nós a dEle.
Todos os homens receiam trocas que envolvam coisas importantes e que a garantia seja a palavra daquele que ofertou, muito embora esse alguém seja ninguém menos do que o próprio criador.
Por sermos incapazes de confiar no homem de nossa própria sociedade, pelo grau de corrupção em que nos encontramos, receamos mesmo que inconsciente, fazer uma entrega total a Cristo.
Há uma grande diferença entre Deus e o Homem! Deus é fiel para fazer cumprir tudo o quanto prometeu! Tanto os benefícios de O seguir quanto os malefícios de O negar.
Troque a vida que gostaria de viver por aquela que Cristo lhe ofereceu para viver. Aos olhos terrenos pode parecer um má troca, mas a eternidade dirá exatamente o contrário.
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