domingo, fevereiro 25

A Revelação de Deus, A Escola Bíblica e Nossa Geração. O Trinômio Não Praticado

Talvez, nada tenha desvirtuado mais o evangelho do que a geração visual da qual todos fazemos parte. Os cristãos associaram-se à mídia, não com o intuito de propagar o evangelho, mas sim de fazer crescer a sua denominação. Não importa se teremos que mudar as vírgulas de posição na hora de lermos o evangelho. O que importa é o crescimento da igreja, ou melhor, o aumento da contribuição arrecadada pelas quatro paredes que temos chamado de igreja. Em nome do crescimento, abrem mão do cerne do evangelho.
Você já se perguntou por que estas igrejas não se destacam quando falamos em profundidade teológica? O que será que as escrituras falam sobre buscar conhecimento? Vejamos... dentro de um universo de vários versículos, vamos trazer a memória o que Oséias tem a dizer: "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa...”.
Bem... as escrituras atestam que não podemos parar, devemos prosseguir em conhecer a Cristo. Nosso objetivo é tornar-se um varão perfeito. Acredito que não será nos rendendo aos nossos desejos fúteis e passageiros que transpareceremos a imagem de Cristo. Para falar a verdade, qual foi a atitude fútil que Cristo teve, para que nós viéssemos a espelhar nossas pregações em focos tão aquém da real necessidade humana, a salvação?
Então, voltemos a questão: Quanto tem sido investido no estudo das escrituras? Quanto tem sido investido em conhecermos o verdadeiro Deus? Será que ainda há espaço para Cristo nos nossos cultos? Em nossos dias, as escolas bíblicas estão cheias? Não, não estão. Só existem dois motivos para isso, ou a escola bíblica não está ensinando nada ou aqueles que se dizem cristãos não estão interessados em saber nada a respeito de Cristo. Das duas opções, a única que não assumirei como verdadeira é a primeira. Assumo qualquer outra vertente como verdadeira, menos a primeira.
Um dia desses, assistindo a um programa evangélico na TV, o apresentador convocou o povo para uma nova “campanha de oração da sexta-feira forte”, da seguinte maneira: “Prestem atenção, nós vamos fazer uma coisa que ninguém fez! Ninguém fez ainda! O missionário recebeu a revelação de Deus para ungir o dedão do pé! Prestem atenção, ninguém fez isto! Venha para a campanha nesta sexta-feira forte..." Certamente, alguns de nós estão se afastando do Cristo vivo e da palavra da salvação!
Necessitamos focar nossas vidas em Cristo, novamente, antes que seja tarde demais para a maioria de nós. Ou seguimos a Cristo, nos arrependemos de nossos pecados e tomamos o fardo e o jugo do nosso SENHOR ou seremos surpreendidos na prática do pecado e seremos contados com aqueles que não aceitaram a salvação. Não sejamos surpreendidos!

quinta-feira, fevereiro 15

Nossa Contribuição a Contra Cultura Cristã

“No início, a igreja era um grupo de homens e mulheres centrados no Cristo vivo. Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia. Depois, chegou até Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à Europa, e tornou-se uma cultura. E finalmente, chegou à América, e tornou-se business”.
No início, o apóstolo Paulo esmerou-se em evangelizar a todos quanto pode. Não havia empecilho, não havia problemas ou dificuldades que o impedissem. Numa época onde os homens não eram místicos, e sim religiosos Paulo empenhou-se em anunciar o cerne do evangelho. Contextualizou suas pregações, não com as necessidades locais, mas sim com o conhecimento local e cultural do povo. Levando-os a compreender a natureza do que lhes estava sendo proposto, a salvação e por conseqüência a vida eterna.

Dessa forma, Paulo anunciou a salvação através de Cristo e este crucificado!

Com a expansão do cristianismo, vieram os filósofos e estagnamos no “pensar”. Não havia mais espaço para os simples trabalhadores da casa de Deus. Os holofotes estavam todos direcionados nos filósofos e em seus maravilhosos e transcendentes pensamentos. Suas palavras e seus pensamentos inspiraram gerações e foram tão bem assimilados pelas pessoas que começaram a competir com as escrituras pela posse da verdade e da interpretação biblicamente correta.

Bastou mais algum tempo, para deixarmos de enxergar a igreja na forma espiritual como ela nos foi passada (ajuntamento de pessoas) para a identificarmos como um conjunto de quatro paredes bem ornamentadas e sem vida.

Com o tempo o conjunto de quatro paredes tornou-se simbólico e cultural.

Isso foi de grande pesar, porque tudo que é cultural muita das vezes é assimilado sem reflexão como se fosse apenas conhecimento hereditário/genético que é passado de pai para filho. O que não gera reflexão, não gera conscientização. Não há como se arrepender se não existe consciência do erro e do pecado. Logo a mensagem deixa de gerar o arrependimento salvífico, porque lhe foi extraído a questão principal, ela é a verdade absoluta e não, simplesmente, um conjunto de informações hereditárias, não são histórias e fábulas, mas o poder de Deus, a salvação do destino imposto à alma que pecar.

Como cada geração contribuiu para o afastamento da interpretação verdadeiramente bíblica, não poderíamos deixar de adicionar nossa dose de responsabilidade pela deformação da palavra pregada. Anulamos os conceitos de Paulo e o próprio evangelho, para retermos a filosofia dos gregos, a institucionalização dos romanos, assimilamos a igreja como cultura e obra de arte a ser visitada e a transformamos em comércio, onde vendemos tudo o que o homem possa desejar.

Assim, a igreja tem-se apresentado à maioria das pessoas que necessitam de salvação. Não conseguem enxergar o Cristo vivo por termos o afastado do centro da pregação, da igreja e de nossas vidas através da assimilação da contra cultura cristã. assimilação das paredes ornamentadas e sem vida, da filosofia barata, vulgar e despreocupada das questões existenciais,mas voltadas as necessidades físicas. Assim, nossa contribuição é superior a de nossos antepassados, pois hoje não há mais espaço para a palavra de Deus. Se Cristo quisesse pregar nos dias de hoje, teria que preparar uma mensagem de prosperidade, ou não o deixariam chegar próximo do púlpito...

segunda-feira, fevereiro 5

ENTRETERNIMENTO OU LOUVOR A DEUS?

Definitivamente, retrospectiva não é coisa para se fazer somente no final do ano ou nas datas natalícias. Você e eu poderemos estar precisando fazer uma retrospectiva ainda hoje!

Há pouco tempo atrás, coisa de pelo menos 6 (seis) anos, não tínhamos como foco principal de nossas pregações agradar o homem, muito menos, o homem carnal.

O discurso cristão, se é que ainda posso o chamar assim, mudou em 180 graus.

Alguns pastores diziam no início do seu ministério cristão: “Você quer imitar a Cristo? Olhe para mim!”, mas com o passar do tempo, algo vem acontecendo a esses homens de Deus, pois seus discursos mudaram completamente afirmando o oposto da sua convicção inicial: “Não olhe para mim! Sou um homem falho e mais pecador do que todos vocês juntos. Por favor, olhem para Cristo, não para mim”.

Aqui, irei me abster de tomar uma posição bem definida sobre a questão. Até porque, os dois lados desta moeda estão em igualdade de condições, veja?

Quem vê a mudança radical da afirmação do pastor com bons olhos, certamente se apóia na atuação e revelação espiritual que o Espírito Santo produz na vida homem lembrando-o de seu estado decaído.

Já quem enxerga a maldade a 1.000 km de distância, vê nesta atitude humana, o peso do pecado não confessado nos ombros do ministro de Deus, como se estivesse preparando a congregação para uma possível decepção ministerial. Semelhante a um barril de pólvora prestes a explodir.

Alguma coisa está acontecendo bem debaixo de nossos olhos, mas não vemos! Algo está mudando ao longo do tempo, mas o quê necessariamente? O fato é que todas as áreas ministeriais da igreja estão sendo prejudicadas, inclusive o louvor. Parece que a igreja está sofrendo uma metamorfose para se transformar em algo ou alguma coisa completamente diferente da igreja fundada no primeiro século. Uma verdadeira "metamorfose ambulante", para alguns, assim como eu, está ocorrendo uma mudança para mau, para outros a mudança é vista com bons olhos. Ao meu ver, a cada dia que passa a Igreja de Cristo tem menos a ver com Ele e mais a ver conosco. Não me assusta o fato de Cristo ter nos lançado uma pergunta: "Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?" Lc 18.8

O que cantávamos a seis anos é o mesmo que cantamos hoje em dia? Melhor ainda, as letras e músicas que cantamos hoje são tão divinamente inspiradas quanto às de seis anos? Perdoem-me, mas eu acho que não!

Não creio que podemos chamar de músicas divinamente inspiradas as letras repetitivas, monótonas, distorcidas e sem profundidade bíblica que vem sendo apresentadas como louvores da casa do Senhor.

Fora a ausência de profundidade bíblica não se canta a mensagem de Cristo, a salvação, o arrependimento, a nova vida e a bendita esperança da igreja que é o arrebatamento.

Gostaria de te desafiar não somente a contestar as letras atuais, mas a procurar as, realmente, divinamente inspiradas.

Diga-me, qual palavra transcendente, julgadora e transformadora há no gospel hoje?

Não se conforme com este mundo, nem com este evangelho desvirtuado da graça de Deus. Antes, fazei admoestações quando vede que o fim se aproxima...
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