sexta-feira, dezembro 12

Wishful Thinking, a falácia dos desejos


Para quem nunca havia escrito nada sobre argumentação falaz, tendenciosa e incapaz de suster conclusões, até que muita coisa foi escrita sobre o assunto.
A falácia “Wishful Thinking” ocorre porque o argumentador crê que sua idéia sobre determinado assunto é tão boa que é impossível seu argumento ser falho. Dou o crédito de verdadeiro ao argumento porque tenho esperança que ele assim o seja.
Sobre esta temática não faltariam assuntos. Vejamos alguns exemplos:
“Independente do que eu faça nesta vida, eu vou para o céu, porque Deus é bom e Ele não levaria em conta minhas atitudes inconseqüentes, afinal de contas, a vida é para ser vivida”.
“Quando vejo as pessoas passando fome e maus tratos no noticiário, eu paro um momento e canalizo meu pensamento positivo e creio que de alguma forma estou ajudando a necessidade delas”.
“Eu creio que se eu me esforçar em pensar positivamente atrairei somente coisas boas para a minha vida”.
Não importa a frase em questão, todas elas estão amparadas na falsa premissa de que se creio que uma coisa é boa, ela, realmente, o é. Por essa analogia até o diabo poderia ser considerado como uma boa pessoa se alguma pessoa assim quisesse crer.
O fato de desejar com todas as forças que uma coisa seja verdadeira não a tornará em verdade. Não adiantará em nada o ateu crer que Deus não existe para não ser julgado por Ele, pois creditar ou não existência à Deus, não O impedirá de exercer seu julgamento sobre toda a carne.
Não adiantará em nada, crer que por ter dito “Eu aceito Jesus como meu Senhor e Salvador”, a frase em si terá um poder mágico que me tornará salvo independente das minhas atitudes, arrependimento verdadeiro e mudança de vida.
Infelizmente, estamos vendendo um evangelho diferente daquele que nos foi anunciado pelas escrituras. Estamos vendendo o evangelho dos desejos... Estamos pregando o evangelho a partir daquilo que gostaríamos que ele fosse e não a partir daquilo que o evangelho se propõe a ser.
Cristo nunca ensinou seus seguidores a serem falazes, a enganar seu ouvintes em prol da salvação, muito menos, pregar aquilo que não estava escrito, trocando a verdadeira mensagem por uma adequada aos sonhos, desejos e anseios de seus ouvintes...
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1 comentários:

Unknown disse...

Olá tudo bem, meu nome é Thiago Azevedo e sou proprietário do www.descansodaalma.blogspot.com e na verdade hoje, vivemos em uma sociedade onde tudo é consumido, inclusive a fé e essa fé que consumimos é apenas um meio para conquistar matéria prima, produtos, coisas e com isso ela se torna a famigerada e falaciosa fonte dos desejos.

Muito bom artigo, parabéns.

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