terça-feira, junho 17

Dizemos que não, mas é certo que sim...



“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim”.
At 17.11
Este texto já é bem conhecido e amplamente divulgado, pelo menos entre nós, mas diferente de todas as vezes que o analisamos indicando o zelo em questionar se o que está sendo afirmado por alguém recebe apoio das escrituras, prefiro analisar o contrapé desta colocação, as bases em que se firmam estas palavras.
Quero dizer, com isto, que procuro contexturalizar que a base de vida dos Bereanos era a própria escritura, é claro!
Esse era o pilar de toda a vida deles. Não estavam preocupados em dar ou não dar crédito a um pregador. Não estavam preocupados em desmascarar farsantes, tal atitude não os faria melhores nem piores do que ninguém. Nem tão pouco tencionavam demonstrar soberba por conhecerem as escrituras mais do que os outros.
A questão que envolvia Beréia era outra. Eles eram diferentes de todos os demais religiosos com que Paulo havia topado. Eles eram praticantes! Não meros leitores, mas praticantes, questionavam os ensinos de Paulo, pois ansiavam viver as escrituras conforme a verdade que ele divulgava! Não se limitavam a conhecer para poder questionar a veracidade das informações, eles desejavam viver o que liam e compreendiam acerca do evangelho, e isso em todas as áreas de suas vidas.
Geralmente nos referimos aos bereanos como aqueles que zelavam pelas escrituras e isto é fato! Usualmente, se olhamos para os bereanos como pessoas que zelavam pelas escrituras, somos tencionados a crer que somos tão dignos de louvor quanto os próprios. Será?
Não é tão difícil ser um bereano, se limitamos o entendimento desta palavra a simplesmente questionar se o que está sendo pregado corresponde com a veracidade das escrituras, ..., aliás fica aqui registrado que questionamos tudo, mesmo quando está de acordo com as escrituras! (Para um bom leitor meia palavra basta)
Contudo, ao abordar o sentido de ser bereano no viver diário, verificamos que estamos longe de sermos.
Os Bereanos analisavam as escrituras em tudo em que estivessem se envolvendo! O bom testemunho era vital! Nós, nem sempre!
Quantos são os emails de conteúdo duvidoso que encaminhamos as caixas de nossos amigos e parentes? Sem analisar se são, de fato, informações verdadeiras. Se, verdadeiramente, analisarmos se merecem a autenticidade que eu a dou a repassá-la.
Ao passar uma informação para frente, estamos assinando em baixo, autenticando-a como confiável, mas e se ela não for? Será lida como se fosse, é claro!
Dizemos que não tomamos atitudes como essas que estão bem distantes das atitudes evidenciadas por aqueles a quem o apóstolo Paulo elogiou, mas a verdade é que sim, grande parte das vezes deixamos de agir como oficiais que pela autoridade espiritual que lhes fora dada são tidos como os mais confiáveis em determinados assuntos e colocamos nossa assinatura em tudo que passamos os olhos.
Analise tudo o que você está fazendo! Os emails que anda enviando para as caixas dos demais. As informações acerca de promoções, cancelamento de 13º salário, etc. Não custa nada verificar a autenticidade da mensagem antes de repassá-la. Sejamos bereanos de fato!
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