quarta-feira, janeiro 14

AD DISCIDIUM (Da Divisão)


Esta falácia assume que o verdadeiro para o todo é verdadeiro para as partes ou, ainda, para alguma parte em questão. Uma apropriação indevida de alguma qualidade ou deficiência com o intuito de adquirir para si ou para outrem uma qualidade ou deficiência que não lhe é inerente.
Esta falácia é comum no meio acadêmico/profissional, onde as pessoas não são qualificadas pelo que são, mas sim, pelo centro de formação que os formaram, adquirindo para si as qualidades ou as deficiências do centro de formação no qual receberam o conhecimento.
Para um bom profissional, este falácia não irá o ajudar em nada, pois suas qualidades não serão atribuídas a si, mas sim, ao centro de formação no qual foi diplomado. Aliás, a um bom profissional esta falácia pode até prejudicar, se este tiver se formado por um centro educacional "meia boca".
Para um mau profissional, será um excelente meio de adquirir status acima da média através da conclusão do curso por um centro de formação de renome, obtendo status superior àquele que lhe seria inerente.
Esta falácia é, igualmente, válida quando tentamos qualificar uma parte pelo que o todo deveria ser. Exemplo: “Todo crente é confiável, tem palavra!”.
Houve uma época em que “crente” era sinônimo de pessoa com boa índole, símbolo de honestidade, integridade e confiabilidade. É óbvio que hoje, a palavra adquiriu status, diametralmente, oposto àquele.
Aquilo que uma determinada geração cria poder afirmar sobre a característica daquele que se encontra entre quatro paredes eclesiais, já não é mais plausível a nossa geração. É óbvio que nem naquela época era possível dizer isto acerta de todos os que se congregam, mas aqueles que não se enquadravam dentro do padrão de moral acima da sociedade, compunham a exceção à regra. Hoje, parece ocorrer, justamente, o contrário. Os que andam em conformidade com as escrituras espelhando a natureza do novo homem, compõem a exceção.
Uma pena que, logo, nossa geração seja a que está melhor cumprindo alguns trechos específicos da palavra profética como, por exemplo, “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!” Mt 18.7...
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