quarta-feira, março 4

Cristianismo de fachada, desenfreado e imaturo

Quando olhamos para o evangelho que nos alcançou, sou obrigado a dizer que ele somente o fez pela graça divina. É óbvio que, teologicamente falando, o evangelho não alcançaria nenhum de nós se não fosse pela graça.
Contudo, refiro-me ao nosso zelo com a palavra, divinamente, inspirada! Em alguns casos é, praticamente, nula e não adianta tentar se esconder atrás de uma capa de cristianismo fajuta e barulhenta, tais atitudes somente evidenciarão o que disse acima, afinal de contas, é a lata vazia que faz muito barulho.
Qual é o tipo de cristianismo que vivemos? Por muitas das vezes, creio que, totalmente, aquém dos padrões em que Cristo alicerçou o evangelho.
O evangelho nunca foi a execução de uma vida ministerial ativa, nunca foi uma preferência em fazer aquilo que me agrada, nunca foi a satisfação do ego ou, ainda, a exultação do Eu, mas sim a renúncia completa e total de tudo aquilo que sou e que posso me considerar ser.
É colocar Cristo acima de minhas próprias vontades e preferências. É obedecê-lo, mesmo quando isto não agrada minha carne, principalmente, quando meu ego esta inflamado a pensar que sou “superior” aos demais, conduzindo-me aos mesmos erros desta geração. Obedecer naquilo que é conveniente, frequentar aquilo que gostamos, mesmo que saibamos que na realidade deveríamos estar em outro lugar.
Nunca, nenhum Cristão cresceu e adquiriu maturidade cristã por escolher fazer as coisas que gostava. Era a renúncia e a abnegação impondo, sobre a carne, a vontade do Espírito, que os tornaram célebres em seu próprio tempo, sem, no entanto, terem almejado para si elevados altares, as quais esta geração sempre busca. Aqueles homens humilhavam-se a cada vez que eram exaltados, porque cada elogio lançavam-lhes em rosto as suas completas incapacidades em o receber.
Eram homens que conheciam a Cristo, porém não cansavam de buscá-lo em oração, petição, no estudo da palavra, na comunhão entre irmãos evidenciando o caráter de Cristo em suas próprias vidas. O que temos, hoje em dia, é algo bem diferente! Homens que não buscam a Cristo, mas se dizem cheios dEle, que não buscam comunhão com o próximo, mas afirmam serem altamente espirituais, e por fim, homens que se dizem doutores no estudo da Bíblia, mestres de si mesmos, que estudam mas nunca aprendem, sem mentores, incapazes de errar, de aprender com o próximo, de comunhão e edificação mútua, que se julgam sábios e doutores em suficiência a ponto de não participar de qualquer reunião de cunho educacional, pois nenhuma delas nada lhe acrescentará. Estes a consideram perda de tempo, algo que pode ser negligenciado, fugaz e desnecessário. Infelizmente, tais atitudes evidenciam uma distancia enorme entre o verdadeiro seguidor de Cristo e o integrante da igreja apóstata que não se preocupa em conhecer aquele a quem professa seguir e, verdadeiramente, demonstra por atitudes, desconhecer a causa que supostamente abraçou.
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