terça-feira, janeiro 30

A Culpa é Nossa!

Dia 15 de janeiro de 2007, estava conversando com um amigo a respeito da igreja dos nossos dias (seus problemas, suas exigências, seus deveres e suas responsabilidades). De todas as coisas as quais conversamos, identificamos na falta de compromisso com o evangelismo o maior problema das igrejas cristocêntricas.

Esta é uma das questões que deveria afligir a todos quanto se dizem cristãos, mas nem ao menos parece incomodar a sociedade cristã. Andam na direção errada como se estivessem na certa. Ninguém parece se preocupar com as “pernas bambas” da igreja. Para falar a verdade, nem consideram que ela anda bambeando pelas praças a fora.

A questão é mais séria do que imaginamos! A cada dia propaga e expande-se um evangelho diferente daquele ministrado por Paulo. Pois, estes, no intuito de levar sua “visão” ministerial à frente, “evangelizam”, não importando que o conceito de evangelismo que eles possuam, seja completamente diferente do conceito que Paulo expressa na Bíblia. Distorcem as escrituras e adquirem mais adeptos a este falso evangelho.

A salvação passou a ser sinônimo de associação com uma denominação “A” ou “B”, exatamente como no catolicismo. Estar debaixo da vontade de Deus tornou-se o mesmo que dizer: “Deus está debaixo da minha vontade”. Herético, mas completamente usual em nossos dias. As igrejas trocaram a palavra da salvação pela palavra da prosperidade, trocaram a correção de Deus pela auto-ajuda humana, trocaram a mensagem pelo entretenimento. O povo de Deus não é mais visto como ovelha são visto como platéia e parte do teatro os quais os ministros da igreja devem entreter; pessoas que vieram ver apenas uma boa peça de final de semana.

Mas a quem culpar pela distorção da palavra de Deus em nossos dias? Só existe uma classe de culpados para o ocorrido. Aqueles que conhecem a verdade e calam-se perante os desvios doutrinários.

Os culpados somos nós, que apenas nos preocupamos com nossa vida espiritual. Somos, ocupados demais para orar, ocupados demais para preocuparmo-nos com a anunciação do evangelho e ocupados demais para sermos solícitos aos irmãos que entram pelas portas da nossa igreja. Deixamos que aquelas igrejas que ora deturpam o evangelho tenham todas as características amáveis e evangelísticas que deveríamos ter. Dessa forma, somos os grandes responsáveis pelo aumento crescente deste evangelho desvirtuado e desvinculado da palavra de Deus.

Se conhecemos as palavras da salvação, por que não as anunciamos? Estamos à beira da apostasia porque as igrejas sérias não levantam suas bandeiras contra este “outro evangelho” que de forma alguma pode ser comparado ao de Paulo.

Quem sabe, você, leitor, não pode me responder estas perguntas? Por que sabemos a verdade e não nos importamos com aqueles que se perdem? Por que não saímos mais a evangelizar? Por que estamos tão frios a ponto de, simplesmente, não nos apresentarmos para ganhar almas? Por que não queremos obedecer ao nosso mestre, pastor, sacerdote, rei e Senhor, quando Ele nos ordena “ide e pregai o evangelho…”? Por acaso nos tornamos rebeldes a Deus? Espero, realmente, que não, pois o destino dos rebeldes é o mesmo dos anjos que se rebelaram contra Deus.

Por que não paramos de taxar as igrejas heréticas como heréticas e retornamos a prática da evangelização? Apontar o erro deles não nos ajudará a corrigir nossas atitudes. Não fomos chamados para assistir de camarote o mundo indo para o inferno. Cruzar os braços não nos ajudará a reverter este quadro. Nossa única chance é retornarmos as práticas paulinas, “evangelizar custe o que custar”. É pela loucura da pregação que Deus resolveu agir. “Como se converterão se não houver quem pregue?” Ah, meu amigo Paulo,..., bem como tu transcrevestes do antigo testamento, “quão formoso são os pés dos que anunciam as boas novas”!

Uma pena que a nova geração não lê a Bíblia para corrigir o foco e realinhar as atitudes às de Cristo...

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