sexta-feira, outubro 3

Sou Israel de Deus ou Igreja de Deus, eis a questão!

Esta é uma questão que o povo de Deus, anda há muito tempo dividido, e isto ocorreu, inicialmente, por causa dos acontecimentos históricos e por falta de fé em Deus.
Nos tempos de Paulo, havia uma clara divisão entre Igreja de Deus e Israel de Deus. As duas nunca foram a mesma coisa!
Para isso, basta consulta o novo testamento e alguns versículos chaves nos ajudaram a compreender qual era a visão daquele que foi encarregado de levar a Igreja aos gentios.
O Apóstolo Paulo tinha em sua mente divisões claras! Dentre elas ele via dois Israel, um segundo a Carne (“Considerai o Israel segundo a carne...” ; 1ª Co 10.28) descendência genealógica direta de Abraão, e outro segundo o Espírito, (“... sobre o Israel de Deus”; Gl 6.16), formado a partir daqueles que aceitaram Cristo como o Messias.
As divisões paulinas não cessam por aí! Paulo lembrava aos seus ouvintes que por causa de Cristo a antiga divisão entre Judeus e Gentios havia sido alterada pelo acréscimo da Igreja de Deus (“Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus; 1ª Co 10.32).
Desta forma, dentro da cosmovisão paulina temos: Israel segundo a carne, Israel de Deus, Judeus, Gentios e Igreja de Deus.
O texto chave que nos permite entender que não somos Israel de Deus é Gálatas 6.16, onde se lê: “E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus”.
É importante levantarmos alguns pontos:
- A quem Paulo escreve? A uma Igreja!
- Quem andava em conformidade com aquilo que Paulo escrevia? A Igreja!
- Existia algum grupo que andasse em conformidade com os ensinamentos Paulinos, que não fizesse parte da Igreja? Não!
É claro que a carta refere-se à Igreja de Deus, porque para ela foi escrita, mas Paulo não para por aí. Ele anuncia que a Paz e a misericórdia não fiquem e sejam somente direcionadas a Igreja de Deus, mas também, ao Israel de Deus. Com isso, Paulo firma a existência de dois grupos distintos, a Igreja de Deus e o Israel de Deus.
A partícula “e” que liga “...sobre eles e sobre o Israel...”, não está ali por erro de tradução. Ela existe no original de forma clara e evidente! No grego esta conjunção que simbolizamos pela letra "e" é simbolizada por três letras: Kapa 'K', Alfa 'A', Iota 'I', dando origem a transliteração da palavra original, /kai/. Não há vazão a outra interpretação é uma conjunção.

No início deste texto disse que a Igreja anda crendo ser o Israel de Deus por causa dos acontecimentos históricos e por falta de fé em Deus. Uma vez tendo demonstrado pelas escrituras que o entendimento correto acerca da Igreja é ser Igreja de Deus e não Israel de Deus, cabe, agora, ressaltar o porquê de termos nos iludido durante muito tempo em ser o Israel de Deus.
Bem! Quando Israel foi espalhado pela terra e deixou de ser uma nação e passou a ser peregrino em terras estranhas, a igreja, talvez, por medo ou falta de fé se viu numa situação difícil, onde os pilares de sua fé foram testados e reprovados.
Deus havia prometido a Israel várias coisas, as quais ainda não haviam se cumprido ainda. E mais, o próprio Cristo haveria de voltar para Israel, mas se não há Israel, como as profecias iriam se cumprir? A conseqüência final da inexistência de Israel era um Deus que não era confiável para fazer cumprir tudo o que prometeu.
A Igreja temeu, ..., e a saída lógica que o homem teve a fim de ajudar Deus a cumprir seu papel de ser fiel e confiável, foi autodenominar-se Israel. Sendo assim, tudo o quanto estava destinado a Israel, agora estaria destinado a Igreja, e daríamos uma “mãozinha” para que Deus continuasse a ser Deus.
Esta foi a saída humana, que se demonstrou falha em sua plenitude!
Em 1948, Deus demonstra que não precisa que os homens O ajudem a ser fiel e cumprir tudo o quanto Ele disse, fazendo cumprir Isaías 66.8, “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”.
Em um único dia, Israel passa a ser nação novamente! Ajuntando num só lugar os dois Israel. Quando isto ocorreu, homens estudiosos entenderam que Israel de Deus, nunca deixou de existir, e não foi pelo fato da Igreja ter se intitulado Israel, mas sim, porque Deus mesmo susteve seu povo e os congregou novamente de todos os quatro cantos da terra, para tornarem-se mais uma vez nação!
Por fim, estávamos errados. Nunca fomos Israel de Deus! Israel é Israel! E a Igreja é a Igreja! E cada uma tem um destino traçada a luz das escrituras e que diferem uma da outra, de modo que não adianta desejar ser Israel sendo Igreja, pois Deus nos tratará segundo sua vontade e o desígnio estabelecido para a Igreja.
Basta a Israel ser Israel!
E a Igreja ser Igreja!
Paz!
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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

3 comentários:

Anônimo disse...

Paz pensador!
Li o seu texto e confesso que encontrei informações que não parecem conter toda a profundidade das escrituras.
Pois é impossivel fazer tal afirmação sem considerar que Jesus voltará e que as promessas se cumprirão, apocalipse é muito complexo mas também nos dá margem para entendermos que erros cometidos são esclarecidos a luz da palavra, quando nos é dado o discernimento pelo proprio espirito santo.

Unknown disse...

Confesso que não entendo! Sempre que alguém tenciona escrever algo uma crítica construtiva ao que foi escrito, o faz de maneira anônima. Por favor, ..., fiquem em paz para identificarem-se... Não há nenhuma perseguição aqui...

No mais, realmente, nunca pretendi aprofundar-se no tema. Sei muito bem o que deveria ser feito a fim de aprofundar este assunt, mas é um texto, meramente, reflexivo, que busca incitar a cada um que o ler a buscar se de fato as coisas são conforme foram escritas.
Esboçar toda a profundidade bíblica sobre o assunto é impossível a qualquer homem, mas aprofundar o texto demasiadamente, torna o leitor incapaz de apreciar tudo o que está escrito, além de nos tornar dependentes de texto de terceiros

De fato, creio, fielmente, que Cristo retornará e que as promessas se cumprirão conforme ele já cumpriu todas aquelas que faziam referência a sua primeira vinda, cumprirá aquelas que fazem referência a segunda vinda.

Quanto a Carta das Revelações de João, ou Apocalipse de João, se assim preferir, não é um livro fechado, pode ser complexo, mas está aberto ao entendimento de todo aquele que fielmente buscar, pois para a Igreja está escrito: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo" Ap 22.10
O que é bem diferente para os Judeus, onde as profecias acerca dos finais dos tempos dado a Daniel para conhecimento de Israel estão seladas! "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; ..." Dn 12.4

Até neste ponto há diferença entre a Igreja e o Israel de Deus... Basta analisar as escrituras...


Paz seja contigo! E volte mais vezes...

Anônimo disse...

Simples: Israel , nação que recebeu a promessa de uma terra para sempre (Gn 13.14,15) - não ocupou até hoje, de um "lar"," um trono" e um "Rei da descendência de Davi" (2 Sm 7.1-6) - somente no milênio com Cristo reinando Zc 14.9, e de um novo coração (Jr 31.31-34)- já que até hoje não aceitaram o Messias, não são promessas para o mistério não revelado de Efésios 3.1-6, Cl 1.26,27 e Rm 16.25,26,ou seja, A IGREJA, judeu e gentio num só corpo. Não substituiremos o Israel carne e osso na tribulação, nem tão pouco o do AT. Galhos enxertados tem como promessa o arrebatamento, bodas e reinar com Ele no milênio pois para onde Ele estiver estaremos com Ele ressurreto 1 Ts 4.13-18, e o reino prometido de vivos sobreviventes da tribulação será para o resto de Jacó de Is 10.20,21, o remanescente fiel.Gálatas nos garante sermos descendência em Abraão espiritualmente falando devido nos entregarmos a Cristo, enquanto a sanguínea, o tatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatata...taraneto de Abraão por exemplo, descendência sanguínea somente é Israel de Deus se aceitar a Cristo hoje na era da Igreja até antes do arrebatamento. Ou seja, o fato de ser israelita não significa que é salvo, é israel de Deus e na tribulação o reconhecerão vindo do alto e o aceitarão Zc12.10, Paulo assim diz sobre ele sendo judeu, agora convertido, alertando sobre a esperança daqueles judeus, converter. de judeus para igreja

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