quinta-feira, março 6

Quantos de nós O seguiríamos se...



Começo este PENSADOR com as solenes perguntas de Dave Wilkerson:
"Quantos de nós O serviríamos se Ele não oferecesse nada além de Si mesmo? Nenhuma cura. Nenhum sucesso. Nenhuma prosperidade. Nenhuma benção material. Nenhum milagre, nem sinais, nem maravilhas.
O que aconteceria se - uma vez mais, tivéssemos que aceitar com alegria a pilhagem de nossos bens?...
O que aconteceria se - em vez de uma vida indolor, sofrêssemos zombaria cruel, apedrejamento, derramamento de sangue, sermos serrados ao meio?
O que aconteceria se - em lugar de nossos belos carros e casas, tivéssemos que andar pelos desertos vestidos de peles de ovelhas, escondendo-nos em covas e em cavernas?
O que aconteceria se - ao invés de prosperidade, estivéssemos empobrecidos, aflitos e atormentados? Se a única coisa boa oferecida a nós fosse Cristo?"
Este é um bom diagnóstico para usarmos quanto a nossa fé. Quais são nossas reais motivações quanto a salvação? São as bençãos? Sãos os dons? Os benefícios pelos quais esta geração convida as pessoas a freqüentarem as igrejas? E quanto a nossa relação com Cristo? É uma relação de gratidão? De um comprador com o funcionário de entregas? O que é o evangelho para a Igreja atual? E como estamos fazendo o mundo compreender a verdadeira mensagem do evangelho!
A fé demonstrada por Paulo era uma fé que não baseava-se em nenhuma aquisição de bençãos materiais, nem ao menos de benefícios adquiridos. Será que o modo como Paulo vivia e ensinava o evangelho não era o próprio cerne de toda a mensagem cristã?
Paulo pregou o evangelho conforme recebeu! Não pregava o evangelho para receber bençãos materiais, nem ao menos pensou em tais usufrutos. Antes, ao lembrar-se de como deveria pregar o evangelho, silenciosamente, refletia: "Ai de mim se não pregar o evangelho".
Paulo pregava o evangelho por uma motivação que nem de longe conhecemos, algo esquecido, ou ainda, desconhecido para a nossa geração consumista e egoísta.
Quantos de nós agimos mais em benefício dos familiares e dos irmãos, abrindo mão de nosso tempo livre para estar com Cristo, com os familiares, com os irmãos e amigos, antes de buscarmos benfeitorias para si próprio?
Quantos de nós temos tamanho amor a obra de Deus que conseguimos agendar um tempo semanal para trabalhar em prol do evangelho e não para exaltação própria, não em algo que vai gerar reconhecimento, nem ao menos pensando em buscar tal coisa?
Quantos de nós estamos realmente livres de pensarmos de si mesmos mais do que convém por aquilo que fazemos?
As probabilidades de erro são pequenas e por isso me arrisco a errar. Penso que nenhum de nós está livre deste fariseu que existe dentro de nós e que procura exaltar as pequenas coisas que fazemos ao invés de reverenciar aquEle que deve ser reverenciado. Este pequeno fariseu que encontra-se escondido atrás de nossa face de piedade e de compromisso com Cristo, nos levando a fazer as coisas não pela graça de termos sido alcançados por Cristo, mas por querermos adquirir maiores bençãos. Este pequeno fariseu nos corrompe de tal modo que, sinceramente, é dificil responder, prematuramente, as perguntas acima se refletirmos lembrando desta face que se esconde por entre nossos melhores sentimentos em prol do evangelho de Cristo!
Este pequeno fariseu pode nos corromper a tal ponto que somente trabalharemos nas coisas de Cristo que gerarem reconhecimento imediato, instantâneo, e ainda, eficaz.
Tudo porque gostamos mais dos holofotes e dos elogios do que os sofrimentos e as perseguições.
Gostamos mais do reconhecimento e das exaltações humanas do que sermos tratados através do descaso com que esta geração olha para àqueles que trabalham fielmente para Deus, e, “aparentemente”, nada recebem em troca.
Mas ainda fica a pergunta: “Quantos de nós o serviríamos se nada recebêssemos em troca, além dEle mesmo?”.
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