Este não é um dos meus texto. Gostaria muito de tê-lo escrito, mas não o escrevi... Antes, foram três grandes amigos que deram vida a estas palavras abaixo... Verdadeiramente, deram vida a elas, pois a divulgaram com riqueza de detalhes acrescentando e dando vida ao corpo do texto abaixo formado... A vocês, meus amigos, um abraço...
RELATÓRIO ANUAL DA JNI
Chegamos ao final de mais um ano, e como consta à tradição nazarena prestamos conta de cada departamento da igreja local. Advirto ao perigo de não cairmos em tentação e tratarmos esse momento como o balancete do final de ano de qualquer empresa, se é que ainda nos resta algum senso de Igreja do Senhor. Também manifesto o meu desejo de em nada ter contribuído como os propósitos de expansão da instituição nazarena, mas tão somente ter colaborado com o desenvolvimento do Corpo de Cristo.
Infelizmente avançamos muito menos do que esperávamos. A mensagem parece não ser atraente, a reflexão é filosófica demais para uma geração que vem crescendo aos pés da televisão. Nosso ideal, como filhos de Deus, parece ser sereno e antiquado para um mundo que avança tecnologicamente e não encontra mais necessidade de recorrer a um ser sobrenatural. As músicas que atraem a moçada e os shows, promovidos por diversas denominações não encontram espaço em nossas reuniões por sua discrepância com o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. A mensagem triunfalista que liberta pessoas e as torna vencedoras, não do pecado, mas de Cristo, também não se encontra em nossos sermões.
Valorizamos aquilo que há muito tempo se perdeu, a real noção de quem nós somos – pecadores miseráveis que encontram em Cristo Jesus graça abundante para nos resgatar, não da pobreza, nem da insignificância, mas sim de uma vida alheia ao nosso Criador. Ressaltamos que a salvação não é por obras, nem por práticas religiosas, e muito menos por uma vida devocional, reafirmamos a incapacidade de a igreja salvar alguém, e que a nossa esperança está no sacrifício de Cristo, é dEle que vem a nossa dignidade. Infelizmente, após um ano de ensino e comunhão, essa mensagem ainda não ficou bem clara aos nossos meninos.
Diante dessa decepção, começo a me perguntar o porquê desse fracasso?
Primeiramente, nós somos responsáveis por coadunar com práticas hostis ao evangelho, constantemente praticadas por nós em nossos ajuntamentos e em nossos lares. Nossas reuniões muitas vezes refletem mais o anseio do nosso ego do que um sincero culto ao nosso Redentor. Nosso projeto de vida quer seja individual, comunitário ou familiar, está distante demais daquilo que pregamos, somos evasivos em nossos discursos e nos revestimos de um moralismo que em muito se assemelha ao farisaísmo, caracterizado pelo legalismo.
Em segundo lugar vem à culpa dos pais, salvo raras exceções, que transferem a educação de seus filhos a escola e a igreja, procurando se isentar de uma responsabilidade imputada por Deus. Pais que não dão testemunho de discípulos de Cristo em seus lares, não estudam a Bíblia com seus filhos, não oram por e com seus filhos.
Em terceiro lugar está a Igreja que não se posiciona frente a essa bagunça que é hoje o meio evangélico. Quem somos nós? Temos comunhão com a Universal? Igreja Internacional da Graça? Igreja Renascer? Igrejas Neopentecostais? Em que nós cremos? Nossos meninos não conseguem definir quem somos nessa desgraça toda, pois bebemos de todas as fontes.
Rogo a cada irmão presente nesta assembléia que olhe cada um desses meninos como seus filhos, que cada um tenha em mente que eles serão os representantes dessa nossa igreja daqui a 20 anos. Apelo para que possamos rasgar as nossas vestes, nos despir de qualquer sentimento triunfalista – pois não é tempo para isso – que possamos buscar as coisas lá do alto e não querer levar as coisas daqui da terra para o céu; para que o importante é ser e não ter, e por fim, que cada um possa bater no peito como o publicano e clamar, Senhor tem misericórdia de mim.
Que a graça de Jesus esteja sobre nós
Com amor
Os líderes da Juventude...
Pedro Paulo, Luís e Mateus.
Chegamos ao final de mais um ano, e como consta à tradição nazarena prestamos conta de cada departamento da igreja local. Advirto ao perigo de não cairmos em tentação e tratarmos esse momento como o balancete do final de ano de qualquer empresa, se é que ainda nos resta algum senso de Igreja do Senhor. Também manifesto o meu desejo de em nada ter contribuído como os propósitos de expansão da instituição nazarena, mas tão somente ter colaborado com o desenvolvimento do Corpo de Cristo.
Infelizmente avançamos muito menos do que esperávamos. A mensagem parece não ser atraente, a reflexão é filosófica demais para uma geração que vem crescendo aos pés da televisão. Nosso ideal, como filhos de Deus, parece ser sereno e antiquado para um mundo que avança tecnologicamente e não encontra mais necessidade de recorrer a um ser sobrenatural. As músicas que atraem a moçada e os shows, promovidos por diversas denominações não encontram espaço em nossas reuniões por sua discrepância com o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. A mensagem triunfalista que liberta pessoas e as torna vencedoras, não do pecado, mas de Cristo, também não se encontra em nossos sermões.
Valorizamos aquilo que há muito tempo se perdeu, a real noção de quem nós somos – pecadores miseráveis que encontram em Cristo Jesus graça abundante para nos resgatar, não da pobreza, nem da insignificância, mas sim de uma vida alheia ao nosso Criador. Ressaltamos que a salvação não é por obras, nem por práticas religiosas, e muito menos por uma vida devocional, reafirmamos a incapacidade de a igreja salvar alguém, e que a nossa esperança está no sacrifício de Cristo, é dEle que vem a nossa dignidade. Infelizmente, após um ano de ensino e comunhão, essa mensagem ainda não ficou bem clara aos nossos meninos.
Diante dessa decepção, começo a me perguntar o porquê desse fracasso?
Primeiramente, nós somos responsáveis por coadunar com práticas hostis ao evangelho, constantemente praticadas por nós em nossos ajuntamentos e em nossos lares. Nossas reuniões muitas vezes refletem mais o anseio do nosso ego do que um sincero culto ao nosso Redentor. Nosso projeto de vida quer seja individual, comunitário ou familiar, está distante demais daquilo que pregamos, somos evasivos em nossos discursos e nos revestimos de um moralismo que em muito se assemelha ao farisaísmo, caracterizado pelo legalismo.
Em segundo lugar vem à culpa dos pais, salvo raras exceções, que transferem a educação de seus filhos a escola e a igreja, procurando se isentar de uma responsabilidade imputada por Deus. Pais que não dão testemunho de discípulos de Cristo em seus lares, não estudam a Bíblia com seus filhos, não oram por e com seus filhos.
Em terceiro lugar está a Igreja que não se posiciona frente a essa bagunça que é hoje o meio evangélico. Quem somos nós? Temos comunhão com a Universal? Igreja Internacional da Graça? Igreja Renascer? Igrejas Neopentecostais? Em que nós cremos? Nossos meninos não conseguem definir quem somos nessa desgraça toda, pois bebemos de todas as fontes.
Rogo a cada irmão presente nesta assembléia que olhe cada um desses meninos como seus filhos, que cada um tenha em mente que eles serão os representantes dessa nossa igreja daqui a 20 anos. Apelo para que possamos rasgar as nossas vestes, nos despir de qualquer sentimento triunfalista – pois não é tempo para isso – que possamos buscar as coisas lá do alto e não querer levar as coisas daqui da terra para o céu; para que o importante é ser e não ter, e por fim, que cada um possa bater no peito como o publicano e clamar, Senhor tem misericórdia de mim.
Que a graça de Jesus esteja sobre nós
Com amor
Os líderes da Juventude...
Pedro Paulo, Luís e Mateus.
1 comentários:
Caríssimos amigos,
ainda agora, horas após ouvir tais palavras,serem pronunciadas por vocês, na voz do nosso inestimável "PP", elas ainda martelam meus pensamentos...
Um misto de alegria e tristeza toma conta de mim. Alegria pelos sentinelas de Deus, pelos defensores da fé que levantam-se para alertar a igreja...
Mas tristeza por saber que o mal bate a porta e continuamos nossas vidas como se nada de errado estivesse acontecendo...
Lembro-me de Tolkien ao escrever o Senhor dos Anéis. Sua narrativa, sua história, com seres inexistentes afastando a maioria do povo cristão da mensagem por trás da história.
Lembro-me da pequena comitiva que levantou-se em seu tempo , compostos de representantes de todos povos, tribos e nações que identificaram o problema e resolveram fazer alguma coisa.
Estaríamos nós, nesta pequena comitiva? Penso que a maioria de nós não.
Estamos, quase todos, do outro lado, como os Elfos, cheios de orgulho, dizendo "o anel não pode ficar aqui", "nós não somos os repsonsáveis", "nosso tempo nesta terra acabou", "isso é problema dos humanos".
Analisemos estas palavras! Não estaríamos nós a dizendo dentro da Igreja. Isso é um problema dos pais, isso é um problema da igreja x, isto é um problema das outras igreja, aqui jaz tudo em paz...
Infelizmente sabemos do mal que nos ronda e nada fazemos, como se nós é que estivéssemos em trevas...
Por isso o misto de alegria e tristeza...
Se analisássemos todos os escritos dos autores cristãos com maior profudidade talvez identificássemos as situações cotidianas as quais eles advertem, sob as quais nada temos feito, e isso para completa infelicidade nossa.
Quanto de experiência já deveríamos ter adquirido com os anos de História da Igreja Cristã na Terra? Como se posicionar frente a esta sociedade?
O que fazer quanto tudo parece perdido?
Creio que todos sabemos qual é a resposta, mas nos calamos...
Sou grato pela vida de vocês, ..., meus amigos, sei que estão fazendo um bom trabalho. Continuem!!!
Que a graça e a Paz so Senhor superabunde em suas vidas...
Seu singelo amigo,..., Ricardo...
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