quarta-feira, novembro 18

Um mal há muito tempo esquecido...

Muita coisa já aconteceu ao longo da história humana, no entanto, ainda há muita coisa por acontecer e as escrituras afirmam isso ao narrar o longo processo de distanciamento entre o homem e Deus, iniciado pelo homem na ação do pecado e que alcançará o maior estado degradativo nos dias apocalípticos.
Será cumprido as palavras que Paulo escreveu por ação do Espírito Santo ao narrar as características do homem dos últimos dias (2 Tm 3.2), também serão cumpridas as palavras narradas por Cristo ao afirmar que ‘‘...aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, [...], até agora e nunca jamais haverá’’ (Mc 13.19).
E nós, como seres humanos, estamos envolvidos em todas as predições bíblicas acerca do homem vivente, seus problemas, anseios e desejos.
Corremos atrás de tudo o que o nosso enganoso coração deseja! Nossos ouvidos são atenciosos aos elogios, as palavras afáveis, as técnicas de motivação, a todo e qualquer tipo de mensagem positivista. No entanto, somos incapazes de manter a compostura diante de palavras duras, ríspidas e que tencionem mudar nossa natureza e o modo como enxergamos e participamos das atividades que nos fazem interagir com a sociedade que nos cerca.
Um mal há muito tempo foi alertado por Deus a todo homem vivente, mas não levamos em consideração as palavras divinas, porque em nosso íntimo cremos que eram palavras dirigidas a uma única pessoa que viveu numa época específica, sendo o aviso e o decreto, todos eles, cumpridos na própria figura a quem foi anunciada a predição, Caim.
Ignoramos as palavras de Deus a Caim, porque nos consideramos bons demais para sermos contados junto com aquele que matou seu próprio irmão sem esboçar algum sentimento pelo feito. Todos nós, aos nossos próprios olhos, somos melhores que Caim. Não mataríamos nosso irmão de sangue, não planejaríamos um modo sórdido de lhe tirar a vida, não criaríamos nossos descendentes para se afastar, constantemente, de Deus até ao ponto que o último de sua geração nomeada se tornasse insensível ao próprio mal que faz, chamando por bem suas más ações.
Deus disse a Caim: ‘‘Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo’’.
Todos nós, constantemente, procedemos mau. E por mais que esteja na moda afirmar o quão somos bondosos, é o próprio Cristo que afirma ‘‘ninguém é bom senão um, que é Deus’’ (Mc 10.18).
Pode ser que sejamos virtuosos ao ponto de não intentarmos matar nosso próprio irmão, mas e quanto àqueles que nos fizeram mal? E a inveja pelo estilo de vida do nosso semelhante? E quanto a cobiçar a prosperidade do ímpio, intentando para si as mesmas riquezas em detrimento da verdade ou dos valores cristãos? Quantos já colaram em exames, adquirindo conceito o qual não mereciam e as custas deles obtiveram aquilo que hoje desfrutam? E quantos de nós, num falso altruísmo passaram a ‘cola’ e se regozijam pelo ato? e quantas outras coisas poderiam ser mencionadas para descrever nossas faltas, pecados e mazelas?
Olhe para todos os questionamentos acima! Todos eles são motivados pelo Ego que vislumbra para si um padrão acima do que merece. Uma busca constante pela satisfação dos desejos e anseios egoístas.
Nenhum dos atos mencionados olha para o seu semelhante! Todos olham para dentro de si e até nossas melhores intenções podem estar servindo apenas para massagear nossos egos nos afastando de Deus e de tudo aquilo que ele prega.
O evangelho de Cristo não se inicia num positivismo desenfreado preocupado em nos proporcionar uma boa noite de sono. Suas palavras são fortes, contundentes e negativas ao estilo de vida almejado pelo coração humano: ‘‘Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me’’.
As palavras ditas a Caim e àquelas ditas por Cristo, aos que ansiavam O seguir, deveriam estar ecoando uníssonas em nossas mentes, para nos trazer à tona a realidade em que vivemos e o que propõe o verdadeiro evangelho.
A entrega de todo seu ser a Cristo, proporcionando a correção da visão humana, fazendo o homem buscar a vida ao invés da morte, a eternidade ao invés da temporalidade, o que é eterno em detrimento do que é passageiro, riquezas acumuladas onde a traça e a ferrugem nada podem fazer em detrimento das riquezas físicas que se esvaem como o orvalho pela manhã.
As palavras de Cristo visam nortear o caminho do homem rumo a salvação.
De modo algum, podemos esquecer as palavras de Cristo sobre nossa geração, corações, intentos e desejos. Suas palavras contundentes nos alertam para não seguir o que a voz melodiosa que empolga nossa geração diz. Como já dizia o apóstolo pedro: ‘‘Salvai-vos desta geração perversa’’, bem como, da melodia que nos empolga o coração.


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Postado por Ricardo Inacio Dondoni

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