“No início, a igreja era um grupo de homens e mulheres centrados no Cristo vivo. Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia. Depois, chegou até Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à Europa, e tornou-se uma cultura. E finalmente, chegou à América, e tornou-se business”.
No início, o apóstolo Paulo esmerou-se em evangelizar a todos quanto pode. Não havia empecilho, não havia problemas ou dificuldades que o impedissem. Numa época onde os homens não eram místicos, e sim religiosos Paulo empenhou-se em anunciar o cerne do evangelho. Contextualizou suas pregações, não com as necessidades locais, mas sim com o conhecimento local e cultural do povo. Levando-os a compreender a natureza do que lhes estava sendo proposto, a salvação e por conseqüência a vida eterna.
Dessa forma, Paulo anunciou a salvação através de Cristo e este crucificado!
Com a expansão do cristianismo, vieram os filósofos e estagnamos no “pensar”. Não havia mais espaço para os simples trabalhadores da casa de Deus. Os holofotes estavam todos direcionados nos filósofos e em seus maravilhosos e transcendentes pensamentos. Suas palavras e seus pensamentos inspiraram gerações e foram tão bem assimilados pelas pessoas que começaram a competir com as escrituras pela posse da verdade e da interpretação biblicamente correta.
Bastou mais algum tempo, para deixarmos de enxergar a igreja na forma espiritual como ela nos foi passada (ajuntamento de pessoas) para a identificarmos como um conjunto de quatro paredes bem ornamentadas e sem vida.
Com o tempo o conjunto de quatro paredes tornou-se simbólico e cultural.
Isso foi de grande pesar, porque tudo que é cultural muita das vezes é assimilado sem reflexão como se fosse apenas conhecimento hereditário/genético que é passado de pai para filho. O que não gera reflexão, não gera conscientização. Não há como se arrepender se não existe consciência do erro e do pecado. Logo a mensagem deixa de gerar o arrependimento salvífico, porque lhe foi extraído a questão principal, ela é a verdade absoluta e não, simplesmente, um conjunto de informações hereditárias, não são histórias e fábulas, mas o poder de Deus, a salvação do destino imposto à alma que pecar.
Como cada geração contribuiu para o afastamento da interpretação verdadeiramente bíblica, não poderíamos deixar de adicionar nossa dose de responsabilidade pela deformação da palavra pregada. Anulamos os conceitos de Paulo e o próprio evangelho, para retermos a filosofia dos gregos, a institucionalização dos romanos, assimilamos a igreja como cultura e obra de arte a ser visitada e a transformamos em comércio, onde vendemos tudo o que o homem possa desejar.
Assim, a igreja tem-se apresentado à maioria das pessoas que necessitam de salvação. Não conseguem enxergar o Cristo vivo por termos o afastado do centro da pregação, da igreja e de nossas vidas através da assimilação da contra cultura cristã. assimilação das paredes ornamentadas e sem vida, da filosofia barata, vulgar e despreocupada das questões existenciais,mas voltadas as necessidades físicas. Assim, nossa contribuição é superior a de nossos antepassados, pois hoje não há mais espaço para a palavra de Deus. Se Cristo quisesse pregar nos dias de hoje, teria que preparar uma mensagem de prosperidade, ou não o deixariam chegar próximo do púlpito...
5 comentários:
Bom... a muito tempo você esteve em meu blog e elogiou muito minhas idéias e a maneira que eu a exponho... bom, meu blog andava meio desatualizado mas venho aqui agradecer pelo elogios, e lhe explanar as suas dúvidas, vom o porque do tal nome 'pesado' para uma garta de 16 primaveras... bom o que vale são as vivencias que eu tive a não a idade que possuo... mas meu blog em síntese já revela o porque de tal nome. muito obrigada pela visita e se puder retone.
Nayara Sotille
http://www.filhadodemonio.weblogger.com.br/index.htm
Teu texto tem algo a ver com aquele livro do John Stott, "Contracultura Cristã"? Tentei baixa-lo, mas não deu certo e ainda não o li.
Abraço e Deus te Abençoe...
Okay Caio,
O texto tem a ver com o livro "Protestantismo Tupiniquim, Hipóteses sobre a (Não) Contribuição Evangélica à Cultura Brasileira de Gedeon Alencar...
Os próximos três textos a serem publicados também serão baseados neste livro...
Um abraço Caio...
Oi Pensador!
para colocar o sistema de categorias, basta utilizar os marcadores que o blogspot disponibiliza.
Vc cria os marcadores que quiser.
Quando postar um texto, observe bem abaixo da janela de escrever um quadro em branco com a indicação do marcador, daí vc escolhe o nome do marcador (eu prefiro chamar de categoria), e pronto!
Depois vc vai na configuração do layout do blog, e acrescenta a possibilidade dos marcadores serem vistos por todos.
N sei se expliquei bem, mas já dá pra ter uma noção...
qquer coisa é só falar!
abraço
Allen Porto
:) SDG
Quando vi do anuncio do buscador o blog contracultura cristã fiquei em extase. Mas pela possibilidade de uma abordagem que remetesse à contracultura beatnik e toda literatura libertária envolvida.
Com grande esperança indico que tal movimento, afim com a doutrina de Nosso Senhor e a idealização de um Reino de Deus na Terra, venham a se difundir sobremaneira contra a caretice e o desdém de toda nossa exoticidade entorpecente.
E que o momento que vivemos seja determinante para o destino que comporta todo Seu povo fiel.
Abraços
Postar um comentário