sábado, abril 3

Judas 12-13 (2ª Parte - Falsa Esperança)



Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas; ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre.” (Jd 1.12-13)
Novamente, Israel deve ser levado em consideração na interpretação da referida passagem, uma vez que não há abundância de rios naquela região, a população local subsiste por causa da chuva. 
Durante o reinado de Acabe, a chuva cessou por longos três anos. Foi a forma de Deus demonstrar que sua benção havia sido  retirada de sobre o povo, justamente, por terem dado as costas a Ele.
Três longos anos sem chuva! Quantas nuvens não passaram sobre a terra durante aqueles três longos anos, no entanto, se elas verdadeiramente chegaram a cruzar os céus do território de Israel, nenhuma água precipitou-se sobre os pastos, lavouras e açudes. Nenhuma gota de chuva caiu sobre a população para refrescá-los após o sol forte que pairava sobre aquelas terras.
Havia um povo sedento, em busca de chuva, sem que uma única gota se precipitasse. Neste ponto, espiritualmente, nossos dias são semelhantes aos dias de Acabe.
O que não nos falta são nuvens sem chuva impelidas pelo vento, fazendo um povo sedento correr atrás de promessas vazias de pessoas que não podem alterar a cor de um único fio de cabelo, mas que mesmo assim iludem e direcionam seus ouvintes, ora para a direita, ora para a esquerda, fazendo-os caminhar ao sabor dos ventos, sem destino, guiados por bençãos que nunca alcançam.
Judas descreve um grave quadro de abandono da fé verdadeira, onde líderes internos estão guiando ovelhas cegas ao precipício. 
Num quadro geral, a população mundial anda em busca de nuvens sem chuva impelidas pelos ventos, pois nunca na história, o homem buscou tanto o campo espiritual  (xintoísmo, cientologia, yoga, meditação transcendental, terapia de cristais, chromoterapia, pensamento positivo, xamanismo, budismo, hinduísmo, magia negra, wicca, entre outras) sem, no entanto, atingir o objetivo almejado pela alma humana, a paz que excede todo o entendimento. Uma vida perfeita em todos os sentidos, mesmo sob condições adversas.
Nossos dias são configurados por inúmeras promessas vazias, feitas a um povo sedento, ansioso pelo mover de Deus, mas sendo manipulados por oportunistas, que nada sabem e nada entendem, além de suas próprias cobiças. 
Diga-me: a carta de Judas não acerta, exatamente, o caráter de nosso tempo?
Não devemos ser impelidos por quaisquer ventos de doutrina, em busca de nuvens sem chuva, antes sejamos guiados pelo Espírito de Deus  aos mananciais de águas eternos. E isso só conseguiremos a medida que passamos a buscar mais as coisas do alto do que as terrenas.  

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Postado por Ricardo Inacio Dondoni
   

1 comentários:

Francikley Vito disse...

Temos vivido momentos verdadeiramente difíceis, em que pessoas estão em "busca do sagrado" não importa o que isso signifique. Cabe a nós como defensores da Palavra denunciar que "a verdadeira paz" só pode ser encontrado no Deus da Bíblia, e isso exclui qualquer outra forma de espiritualidade. Um abraço.

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