quarta-feira, março 17

Judas 11 (3ª Parte)


   “Ai deles! Seguem o mesmo caminho de Caim. Por causa de dinheiro, eles se entregam ao mesmo erro de Balaão. E, como Corá se revoltou e foi destruído, eles também se revoltam e serão destruídos”.


“Sempre que a vida de culto de uma igreja é permeada por falsa adoração, falsa profecia e um sacerdócio universal mal-interpretado, essa igreja será destruída. Por isso é preciso tomar cuidado”(Bibel und Gemeinde, 4/20)
A história de Corá poderia passar despercebida se não fosse sua por causa de sua rebelião no deserto.
Até se tornar opositor de Deus, Corá era apenas mais um dos inúmeros israelitas resgatados da escravidão, do vale da sombra da morte, do lugar de sofrimento a fim de ser conduzido a uma terra que mana leite e mel.
Nada foi retirado de Corá além do peso insustentável de sua escravidão! No entanto, em um dado momento de sua peregrinação rumo a terra prometida, após ter visto inúmeros milagres que muitas outras gerações nunca viram, Corá começou a “rezar sua própria cartilha”, ignorando as autoridades que guiavam o povo a terra prometida.
Nobert Lieth comenta eu seu livro “A Epístola de Judas” a rebelião de Corá do modo como descrevo no parágrafo abaixo:
Tendo conseguido seduzir 250 pessoas, levantando-se contra Moisés e Arão com as seguintes palavras: “Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do Senhor?” (Nm 16.3) Vale lembrar que na figura de profeta, Moisés representava a própria Palavra de Deus e, como sacerdote, Arão representava o sacrifício válido perante o Senhor.
Ao questionar a autoridade física destes dois servos, Corá acaba por questionar a autoridade da palavra de Deus e do único sacrifício aceitável.
A carta toda soa como um último alerta apocalíptico sobre os pensamentos que rodeavam a geração de Judas e que caem como uma luva para nossa geração tão próxima dos últimos dias.
A carta de Judas alerta a cada cristão que  decidir seguir seus próprios caminhos contrários a palavra divina(Jd 1.11a), todos eles absortos pela sua própria cobiça(Jd 1.11b), produzirá como resposta a rebelião contra sua palavra e o sacrifício aceitável, o cumprimento profético de tudo quanto está escrito com relação aos revoltosos (Jd 1.11c) e aos santos.
A carta deixa claro que uma grande parcela que havia nascido de novo, virou a casaca e só seguia o que era prazeiroso para suas próprias vidas, descartando todo o resto.
Em nossos dias, podemos ver a mesma descrença no cumprimento da palavra profética e no modo aceitável para se achegar a Deus, pois esta geração cristã anda afirmando que:
A fé hoje é manipulada por oportunistas e por pessoas com bom intento, mas que em nada ajudam no crescimento e na caminhada cristã dos ajudados.
Até as emissoras de TV estão ‘ajudando’ na formação do cristão relativista de nossos dias, afirmando que todas as religiões possuem pontos positivos, transformando movimentos ocultistas de danças cerimoniais questionáveis e movimentos que visam alcançar o totalitarismo religioso por meio do espada, se for o caso, em religiões aceitáveis que visam religar o homem à Deus.
Do mesmo modo que Corá usou a santidade do povo para questionar o que era inquestionável (a palavra e o sacrifício aceitável), a sociedade cristã atual está usando a palavra de Deus para quaisquer finalidades que não a salvação do homem! Enriquecimento, lucro, status social, bem como, para justificar suas cobiças e adquirir o anseio de seus corações. Desvirtuamos tanto a palavra, que já atraímos para nosso meio psicopatas capazes de enganar até o mais cuidadoso servo.
A palavra e o sacrifício são questionados dia após dia em nossa sociedade e muitos já fecharam os olhos, saíram da frente de batalha e deram-se por vencidos, negando a própria fé. 

Diga-me, qual é o fim de um soldado que no meio do campo de batalha larga as únicas armas que tem e anda a esmo no alto da colina?
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Postado por Ricardo Inacio Dondoni
   

1 comentários:

Paulo Adriano Rocha disse...

Não sei qual a parte mais interessante: o corpo da mensagem ou o questionamento no final. Que Deus te abençoe ainda mais, Ricardo, e te dê ainda mais coragem, ousadia e sabedoria para falar a verdadeira Palavra de Deus.

Olhando e ouvindo certas coisas (pricipalmente pela net) fico impressionado com o caminho que o evangelho no Brasil tem seguido. Uma vez eu fiz um treinamento sobre ATENDIMENTO AO CLIENTE e você imagina que o instrutor usava Jesus como exemplo? Tá certo que é bonitinho, mas já chegou até no atendimento ao cliente? Daqui a pouco vão fazer comercial de carro, cerveja ou creme dental... E a salvação, perdição, pecado, santidade onde ficam? Que Deus nos guarde pelo seu poder!

Abraço, chefão!

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