quarta-feira, dezembro 2

Judas 3-4

Após se apresentar, Judas expõe o motivo de sua carta, “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.
A carta de Judas tem uma singularidade única entre todas as demais. Seu autor não tencionava escrevê-la da forma como foi redigida. O objetivo de Judas era apenas escrever a seus irmãos em Cristo sobre a comum salvação em Jesus de Nazaré, o Messias.
Enquanto seu próprio desejo o conduzia a partilhar uma mensagem animadora capaz de restaurar e fortificar aqueles que estivessem passando pelo vale da sombra da morte, o Espírito Santo não somente o impedia de escrevê-la, mas também, o impelia a escrever uma das mensagens mais ríspidas do Novo Testamento, demonstrando o que já sabemos de antemão, “...que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. Sem dúvida, a epístola de Judas foi totalmente conduzida pela ação do Espírito Santo, que demonstrava extrema preocupação com a apostasia daqueles, que professavam seguir a Cristo.
É possível que a apostasia descrita por Judas encontre no presente século sua melhor descrição e em nossos dias a sirene esteja tocando de forma mais intensa e ressonante do que em anos anteriores.
Fala-se muito sobre cristianismo, mas tão pouco sobre Jesus Cristo, arrebatamento, reino de Deus, a natureza do pecado e a oportunidade de salvação através do arrependimento sincero.
Qualquer homem sincero pode identificar os sinais da apostasia já no presente século: Os seminários alemães consideram os primeiros cinco livros da Bíblia e todas as profecias não cumpridas como material não cristão, mito, lenda, ficção narrada a partir de situações improváveis e, por isso, indigno de crédito. A conseqüência é que o referido seminário dentre as universidades alemães possui o maior índice de suicídios. O seminário de Jesus na Califórnia, de influência mundial, mantém um grupo de estudiosos que examinam os textos bíblicos e decidem o que é “autêntico” e o que “não é autêntico”. Todos seus membros recebem bolinhas coloridas nas cores vermelho, rosa, cinza e preto; elas significam, respectivamente, “assim fala Jesus”, “soa como se fosse de Jesus”, “talvez” e “isso deve ser um erro”. Pois bem, os milagres incluindo a ressurreição de Jesus não receberam nada diferente de bolas pretas, ou seja, “isso deve ser um erro”. Aliás tudo o que se referia as profecias cumpridas por Cristo, o identificando como o Messias escolhido também recebeu inúmeras bolinhas pretas.
Inúmeras igrejas e denominações, abstendo-se do posicionamento bíblico com relação ao homossexualismo, estão realizando casamentos homossexuais, ordenando bispos e bispas ativas e passivas, ignorando as palavras das escrituras em prol de um falso amor que é incapaz de salvar a menor das almas, segundo o que as próprias escrituras afirmam sobre o fato (É questão de fundamento de fé e não de preconceito).
Enquanto as escrituras afirmam, expressamente, que não devemos nos moldar ao presente século, esta é a única coisa na qual a Igreja está empenhada em alcançar.
Nunca na história, o homem esteve tão preocupado com o seu próprio bem estar em detrimento de seu próximo. A conseqüência tem sido um povo doente envolvido em inúmeros processos terapêuticos na ânsia de suprir seus próprios desejos.
A mensagem cristã deixou seu foco e objetivo, pregar o “Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios”; para anunciar oportunidade de lucros, prosperidade, vigor físico, saúde, restauração espiritual, quebra de maldições, alheando-se as técnicas de hipnose, mantras, pensamento positivo e da possibilidade.
Enquanto o catolicismo romano fez uso de datas festivas pagãs para se expandir, o protestantismo atual está se apropriando dos mantras hindus, da espiritualidade xintoísta, da cultura afro, das práticas espíritas, da tradição romana acerca das indulgências, do show business americano, do capitalismo selvagem e da psicologização da pregação em detrimento do estudo bíblico.
Uma vez lido este texto, lhe convido a ler, novamente, o terceiro e quarto versículo de Judas! Veja como que apenas uma pequenina porção de exemplos é suficiente para nos enquadrar naquela que é a Epístola que anseia em acionar o freio de mão de um trem, que optou por seguir o trilho errado, indo rumo ao despenhadeiro. A carta de Judas perfaz o último alerta antes que o cálice da ira transborde, ocorra o arrebatamento e se desencadeie a última semana de Daniel, o período tribulacional.
Este texto está licenciado sob uma Licença Creative Commons.
Postado por Ricardo Inacio Dondoni

7 comentários:

Francikley Vito disse...

Pensar sobre a Carta de Judas é um desafia para todo aquele que ama a Palavra de Deus - ela é um oceano doutrinário. Naveguemos pois!Sob a certeza que o Capitão nos guiará.Paz.

Anônimo disse...

CARO,
IRMÃO

UTILIZAR UMA VERSÃO CORRUPTA DA BIBLIA COMO A "NVI", "BLH" E OUTRAS QUE OMITEM INÚMEROS VERSÍCULOS E ENFRAQUECEM A DIVINDADE DO SENHOR JESUS CRISTO, TAMBÉM É APOSTASIA.

Unknown disse...

Caro anônimo,
confesso que não entendi o seu comentário!
Não sei se o escreveu porque acredita que os versículos trabalhados estão alinhados com a NVI e a BLH, ou se aproveitou o gancho da reflexão para incluir seu posicionamento.
Se o caso for a primeira, afirmo que os versículos foram retirados da ARA e não das duas acima mencionadas, ..., muito embora possua a NVI.
Costumo não usar a NVI por razões pessoais, dentre elas a perda da profundidade bíblica em detrimento de uma adequação melhor ao entendimento da sociedade vigente. Motivo pelo qual prefiro usufluir da boa e velha versão ARA ao invés da citada NVI.
No entando, estou ciente de que nem de longe a ARA é a melhor versão! Temos a ARC, a King James e a de Jerusalém que sobressai sobre as duas anteriores...

No mais, este comentário é explicativo e não tem finalidade ofensiva.

Shalom...

Anônimo disse...

A paz do Senhor Ricardo! Ótima a iniciativa de estudar o livro de Judas, vi também a entrevista que destes ao AEP publicada, gostei! Que o Senhor te abençoe!

Unknown disse...

Vito,
Valeu os comentários e obrigado por acompanhar o blog!

Valney,
Não tinha como não aproveitar a excelente escolha de perguntas feitas pelo AEP, para publicar no blog!

Leonardo Gonçalves disse...

Saudade de ti, Ricardo! Não tenho notícia sua! O que é da sua vida?

Passando pra deixar aquele abraço, e dar uma checada nos temas do blog. Sempre relevante, faz jus ao nome.

Grande abraço,

Leonardo.

Unknown disse...

Leo, fique tranquilo, ainda estou na área, mas lhe confesso que essa vida de pai de primeira viagem está me tomando todo o tempo, rs, tá dificil acessar a internet, postar e realizar comentários... Me dei umas férias até 15 de janeiro, hehehe.

A partir de 15 Jan estarei de volta, ... por hora, acertando coisas básicas, pintura da casa, creche e coisas do tipo...

Obrigado pela atenção...
Fica com Deus...

P.S.: Muito embora ultimamente não esteja comentando as postagens, continuo as acompanhando através de meu leitor de feed...

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