domingo, março 18

Big Brother ou Big Gospel?

Começo este texto pelas palavras de Gedeon Alencar, conforme ele descreve em seu livro, protestantismo tupiniquim!



"Uma sugestão (apenas uma sugestão): que tal um Big Brother Gospel? Convenhamos, nada mais gospel do que o brother, e nada mais brother do que o gospel; é a fome com a vontade de comer। Como diria o sábio artista Alexandre Frota: 'Brother, seria uma parada maneira!' O critério da seleção não seria a vulgaridade do bíceps, e nádegas, mas, digamos, algo mais teológico: um calvinista, um arminianista, um pentecostal, um tradicional, um renovado, um unicista, um trinitarista, um ecumênico, um gedozista. Seria uma boa oportunidade de sabermos, afinal, quem são os Big e os Chart Brother. Realmente. Marketeiros a postos, patrocinadores é que não faltam: Óleo sagrado, sal grosso santificado, rosa ungida. E as competições? Prefiro não falar, mas tenho diversas em mente. Daria um audiência".



Gedeon é um filósofo, seu trabalho é nos levar a reflexão. Ele não tem interesse em nos fornecer uma resposta ao problema levantado, a resposta sempre fica por nossa conta. Mas Gedeon não vê nossa resposta como um ponto final a questão levantada, antes, nossa resposta o motiva a levantar mais questionamentos. Esse é o seu trabalho, seu lazer e sua diversão. Reflexão sobre reflexão.
Todos nós sabemos que programas deste tipo não fazem nada mais do que demonstrar o quão somos capazes de sermos maus। Já dizia uma velha letra musical, "...ninguém vai resistir seu usar os meus poderes para o mal".



Será que existe algo louvável em programas estilo Big Brother? A não ser para nos lembrar que o homem natural se corrompe pelos seus próprios desejos, afinal, somos todos tentados naquilo que cobiçamos।



Ora, se estes programas nos ajudam a identificar a natureza caída a qual devemos combater, que faremos, então? Veremos tais programas para identificarmos estas naturezas as quais devemos repudiar? De maneira alguma!



Quantos de nós já não exclamamos como Paulo: "...antes não houvesse conhecido o pecado..."



Assistir a esses programas só aguça o desejo e a propensão natural do homem pecar।



Não importa se é o big brother ou qualquer big gospel...



Imagina se a cena levantada pelo Gedeon Alencar se confirmasse! Pecaríamos intensamente, menosprezando uns aos outros, criando separações e divisões, como já viemos fazendo ao longo dos anos। Isto somente intensificaria nossa propensão natural em crermos ser melhores que nossos irmãos em Cristo.



Ao invés de levarmos o evangelho ao necessitado, estaríamos nos dividindo e degladiando-se uns com os outros...



Nenhum programa, que preze pelo erro, difamação e por elevar nossas más qualidades perante as demais pessoas pode ser visto como benéfico “... não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes..."



Ao assistir a tais programas, assimilamos seus conceitos, inconscientemente, tornando-nos pessoas não só conformadas com o mundo, mas também, amigas dele propagando sua falsa mensagem ao nossos ouvintes mais fiéis, nossos corações, ao invés do evangelho puro e simples o qual lhe deveríamos estar ministrando continuamente।



Não se engane! Examinemo-nos a nós mesmos se estamos firmes na fé ou se alguma raiz de amargura vem sendo plantada em nossos corações. Fujamos da aparência do mal, cada um de nós, se não por nós, que seja, então, pelos nossos corações.

1 comentários:

Rodrigo Amaro disse...

Muito bom seu texto, tá de parabéns. Esta essa semana também refletindo nos Big Brothers da vida, pensando que há pouco mais de 100 anos atrás as pessoas cobiçavam a liberdade, e pagavam por ela, e hoje em dia as pessoas procuram se trancar em uma casa simplesmente pelo amor ao dinheiro. Parabéns pela ótima colocação, um abraço e a Paz do Senhor Jesus!

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