quinta-feira, março 12

Diversidade e Unidade


Estamos vivendo numa época onde cada um possui uma verdade que difere da verdade absoluta e da verdade do seu próximo.
Neste mundo, aquilo que as pessoas consideram verdade, não possui raiz, nem se firma numa rocha inabalável, assemelha-se mais a uma folha presa, de maneira, frágil ao galho de uma árvore ao sabor de uma forte brisa, que mais cedo ou mais tarde há de arrancá-la.
Estamos sendo convidados a renegar as verdades absolutas trocando-as por modismos, como por exemplo, a assimilação de uma cultura politeísta ao invés do monoteísmo bíblico pela assimilação de programas, novelas, comerciais e opiniões de celebridades em voga na mídia.
Pode, até, parecer muito mais interessante a adoção de um sistema politeísta com inúmeros deuses sendo cada um deles responsável por um determinado interesse da sociedade, do que o proposto sistema monoteísta bíblico. Contudo, o que todos esquecem é que um sistema politeísta conforme ele é exposto demonstra a total e completa falta de unidade e, portanto, ausência de paz entre os, supostos, deuses. São inúmeros deuses, propósitos e objetivos, muitas das vezes conflitantes entre si numa guerra eterna entre vontades, ditas, absolutas.
No politeísmo, por termos uma imensa diversidade de deuses cada um exercendo sua própria vontade conflitante com a vontade dos demais, torna-se impossível falarmos de unidade. Isto é o mesmo que termos um céu em guerra eterna, onde os deuses são escravos poderosos de seus próprios desejos e anseios fúteis. Um reflexo exato de nossa própria sociedade num ambiente divinizado. Uma guerra eterna pela subjugação do próximo e supremacia do eu na relação entre o querer e poder, transferindo qualidades e defeitos humanos aos, alegados, deuses.
O monoteísmo parte do pressuposto da existência de um único Deus. Abraçam esta idéia o Cristianismo, suas vertentes e o Islamismo.
Certamente, a resposta não está no Islamismo, pois o Islamismo prefigura um sistema de unidade plena, mas completamente ausente de diversidade. Onde não há diversidade, não há como experimentar o amor, porque este necessidade de diversidade para que possa ser experimentado. Teríamos um deus incapaz de amar, pela incapacidade técnica de expressar o amor, uma vez que há necessidade de um sistema relacional para que isso ocorra. Em outras palavras, a existência de mais de uma pessoa.
Um deus que dependente de suas criaturas para ser capaz de amar e, por conseqüência, tornar-se completo, não pode ser considerado um deus Onipotente.
A única resposta plausível está no monoteísmo bíblico, diversidade e unidade ao mesmo tempo. Deus pai, Deus filho e Deus Espírito Santo. Três pessoas, um único Deus. Onipotente, onisciente e onipresente. Completo por si só, capaz de amar e nos ensinar a amar, sem necessidade de sua criação para tornar-se completo.
Sendo assim, a única resposta plausível a necessidade humana está num Deus que é completo por natureza e por essência, que não nos criou porque necessitava de nós para aprender a amar, mas um Deus que nos criou para que nós aprendêssemos a amar como Ele ama.
Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...