Não penso aqui em discorrer longas e exaustivas linhas acerca da doutrina espírita, cuja qual, qualquer protestante já sabe de antemão que não perfaz o evangelho deixado por Cristo para seus seguidores.
Antes, esta análise tem o único objetivo de demonstrar que o engodo auto-suficiente atinge segmentos espirituais, religiosos, tão quanto atinge àqueles que caminham firmado numa alegada racionalidade atéia.
Os centros espíritas nem sempre são lugares seguros para o estudo do Espiritismo... Muitos não gostam de ouvir falar que centros espíritas podem ser entidades problemáticas... O serviço prestado por bom número de casas é de baixa qualidade. Mas quem se importa com isso? Orgulhosos e despreparados dirigentes, assistidos por guias espirituais em igual situação, ajudam a fazer de conta que tudo está maravilhosamente bem. Triste ilusão, que acaba com a morte e freqüentemente durante a vida mesmo. Conhecemos muitos adeptos que se desencantaram do Espiritismo, porque pouco de bom conseguiram obter. Obsessões e doenças nunca foram curadas, sob a alegação de que "era assim mesmo"... Por esta razão, começa a tornar-se urgente a necessidade de se adquirir auto-suficiência espiritual. Não se pode depender de pessoas, sejam médiuns ou não; de líderes, sejam espíritas ou não; de centros, sejam corretos ou não, para termos paz.
O mesmo mecanismo presente no texto espírita acima é, facilmente, identificado em alguns ambientes religiosos, onde as pessoas são convidadas à busca pela auto-suficiência espiritual.
Dentro deste princípio, alguns líderes religiosos e, porque não citar também, os membros super espirituais tornaram-se tão autosuficientes que não necessitam de Deus para os guiar, não necessitam dos irmãos para crescer, muito menos do convívio e do ambiente de confraternização salutar proporcionado pela real integração da Igreja como corpo de Cristo.
Tornaram-se seres celestiais incapazes de pecar, poderosos e capazes de alterar a realidade apenas determinando em alto e bom tom aquilo que almejam alcançar.
De uma maneira geral, estes são os homens que nossa geração anda procurando. Homens sábios demais para implorar a Deus por sabedoria, “íntegros” demais para se prostarem perante Deus por misericórdia e, extremamente, independentes, negligenciando a voz do Espírito que diz quem tem ouvidos ouça...
Não é difícil compreender o porquê deste tipo de pensamento encontrar um ambiente favorável dentro de qualquer tipo de instituição religiosa. Em épocas anteriores a nossa, o relacionamento com a divindade, seja ela qual fosse, era envolvido por temor e tremor, onde o homem olhando para sua finitude, pequenez e incapacidade abria-se para àquilo que era eterno, divino e capaz de modificar a realidade através do simples desejo e intenção. Em outras palavras, havia temor e tremor diante do eterno. Em nossos dias, não sabemos o que é isso. As pessoas vão a cultos religiosos como quem vai às compras e reuniões sociais, ou seja, não há, pelo homem natural, consciência do eterno, do divino e de toda questão espiritual envolvida no ato da adoração. Serei mais específico aqui! Ao invés de a Igreja transformar o homem e este ser um propagador da mensagem cristã ao mundo, por falta de consciência moral a respeito de si e da divindade, ele não se deixa modificar dentro do ambiente cristão. Antes, trás consigo todas as coisas, que tornavam seu dia-a-dia mais agradável, para dentro do ambiente cristão, tornando o culto um ambiente antropocêntrico, ao invés do que sempre deveria ter sido, cristocêntrico.
O fruto de uma geração que anseia por liberdade, satisfação total e plena não poderia gerar qualquer outro coisa senão a conseqüência de toda independência auto-proclamada, o engano autosuficiente.
Através deste engano o foco da igreja tem sido alterado ano a ano de maneira lenta, gradual e imperceptível para aqueles que sofrem a ação da mudança, contudo uma rápida revisão na linha histórica da Igreja demonstrará para quão longe da proposta cristã estamos seguindo.
A autosuficiência não perfaz a soma de atributos, qualidades e características do homem espiritual, daquele que nasce segundo o Espírito, antes, aproxima-se, perigosamente, do homem carnal e do seu Ego que insistem em se manterem na direção e controle do ser humano, lutando vorazmente contra o espírito pela supremacia deste controle.
Os centros espíritas nem sempre são lugares seguros para o estudo do Espiritismo... Muitos não gostam de ouvir falar que centros espíritas podem ser entidades problemáticas... O serviço prestado por bom número de casas é de baixa qualidade. Mas quem se importa com isso? Orgulhosos e despreparados dirigentes, assistidos por guias espirituais em igual situação, ajudam a fazer de conta que tudo está maravilhosamente bem. Triste ilusão, que acaba com a morte e freqüentemente durante a vida mesmo. Conhecemos muitos adeptos que se desencantaram do Espiritismo, porque pouco de bom conseguiram obter. Obsessões e doenças nunca foram curadas, sob a alegação de que "era assim mesmo"... Por esta razão, começa a tornar-se urgente a necessidade de se adquirir auto-suficiência espiritual. Não se pode depender de pessoas, sejam médiuns ou não; de líderes, sejam espíritas ou não; de centros, sejam corretos ou não, para termos paz.
(Freitas, 1999)
O mesmo mecanismo presente no texto espírita acima é, facilmente, identificado em alguns ambientes religiosos, onde as pessoas são convidadas à busca pela auto-suficiência espiritual.
Dentro deste princípio, alguns líderes religiosos e, porque não citar também, os membros super espirituais tornaram-se tão autosuficientes que não necessitam de Deus para os guiar, não necessitam dos irmãos para crescer, muito menos do convívio e do ambiente de confraternização salutar proporcionado pela real integração da Igreja como corpo de Cristo.
Tornaram-se seres celestiais incapazes de pecar, poderosos e capazes de alterar a realidade apenas determinando em alto e bom tom aquilo que almejam alcançar.
De uma maneira geral, estes são os homens que nossa geração anda procurando. Homens sábios demais para implorar a Deus por sabedoria, “íntegros” demais para se prostarem perante Deus por misericórdia e, extremamente, independentes, negligenciando a voz do Espírito que diz quem tem ouvidos ouça...
Não é difícil compreender o porquê deste tipo de pensamento encontrar um ambiente favorável dentro de qualquer tipo de instituição religiosa. Em épocas anteriores a nossa, o relacionamento com a divindade, seja ela qual fosse, era envolvido por temor e tremor, onde o homem olhando para sua finitude, pequenez e incapacidade abria-se para àquilo que era eterno, divino e capaz de modificar a realidade através do simples desejo e intenção. Em outras palavras, havia temor e tremor diante do eterno. Em nossos dias, não sabemos o que é isso. As pessoas vão a cultos religiosos como quem vai às compras e reuniões sociais, ou seja, não há, pelo homem natural, consciência do eterno, do divino e de toda questão espiritual envolvida no ato da adoração. Serei mais específico aqui! Ao invés de a Igreja transformar o homem e este ser um propagador da mensagem cristã ao mundo, por falta de consciência moral a respeito de si e da divindade, ele não se deixa modificar dentro do ambiente cristão. Antes, trás consigo todas as coisas, que tornavam seu dia-a-dia mais agradável, para dentro do ambiente cristão, tornando o culto um ambiente antropocêntrico, ao invés do que sempre deveria ter sido, cristocêntrico.
O fruto de uma geração que anseia por liberdade, satisfação total e plena não poderia gerar qualquer outro coisa senão a conseqüência de toda independência auto-proclamada, o engano autosuficiente.
Através deste engano o foco da igreja tem sido alterado ano a ano de maneira lenta, gradual e imperceptível para aqueles que sofrem a ação da mudança, contudo uma rápida revisão na linha histórica da Igreja demonstrará para quão longe da proposta cristã estamos seguindo.
A autosuficiência não perfaz a soma de atributos, qualidades e características do homem espiritual, daquele que nasce segundo o Espírito, antes, aproxima-se, perigosamente, do homem carnal e do seu Ego que insistem em se manterem na direção e controle do ser humano, lutando vorazmente contra o espírito pela supremacia deste controle.
Trecho do Livro "Autosuficiência, Ferramenta de
Auxílio ao Homem Pós-Moderno
ou sua Própria Destruição?"
Auxílio ao Homem Pós-Moderno
ou sua Própria Destruição?"
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