terça-feira, dezembro 8

Blogueiro de Férias...

Um grande abraço a todos! As postagens voltam a regularidade em 15 de Janeiro de 2010.
Continuarei a moderar os comentários e mais alguns procedimentos, mas as postagens reflexivas, citações e vídeos continuam somente no ano que vem...
Um abraço a todos!

Para os novos visitantes, lembro que temos 385 Artigos disponíveis para leitura, dentre eles algumas opções de download.

Vale a pena conferir!

quarta-feira, dezembro 2

Judas 3-4

Após se apresentar, Judas expõe o motivo de sua carta, “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.
A carta de Judas tem uma singularidade única entre todas as demais. Seu autor não tencionava escrevê-la da forma como foi redigida. O objetivo de Judas era apenas escrever a seus irmãos em Cristo sobre a comum salvação em Jesus de Nazaré, o Messias.
Enquanto seu próprio desejo o conduzia a partilhar uma mensagem animadora capaz de restaurar e fortificar aqueles que estivessem passando pelo vale da sombra da morte, o Espírito Santo não somente o impedia de escrevê-la, mas também, o impelia a escrever uma das mensagens mais ríspidas do Novo Testamento, demonstrando o que já sabemos de antemão, “...que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. Sem dúvida, a epístola de Judas foi totalmente conduzida pela ação do Espírito Santo, que demonstrava extrema preocupação com a apostasia daqueles, que professavam seguir a Cristo.
É possível que a apostasia descrita por Judas encontre no presente século sua melhor descrição e em nossos dias a sirene esteja tocando de forma mais intensa e ressonante do que em anos anteriores.
Fala-se muito sobre cristianismo, mas tão pouco sobre Jesus Cristo, arrebatamento, reino de Deus, a natureza do pecado e a oportunidade de salvação através do arrependimento sincero.
Qualquer homem sincero pode identificar os sinais da apostasia já no presente século: Os seminários alemães consideram os primeiros cinco livros da Bíblia e todas as profecias não cumpridas como material não cristão, mito, lenda, ficção narrada a partir de situações improváveis e, por isso, indigno de crédito. A conseqüência é que o referido seminário dentre as universidades alemães possui o maior índice de suicídios. O seminário de Jesus na Califórnia, de influência mundial, mantém um grupo de estudiosos que examinam os textos bíblicos e decidem o que é “autêntico” e o que “não é autêntico”. Todos seus membros recebem bolinhas coloridas nas cores vermelho, rosa, cinza e preto; elas significam, respectivamente, “assim fala Jesus”, “soa como se fosse de Jesus”, “talvez” e “isso deve ser um erro”. Pois bem, os milagres incluindo a ressurreição de Jesus não receberam nada diferente de bolas pretas, ou seja, “isso deve ser um erro”. Aliás tudo o que se referia as profecias cumpridas por Cristo, o identificando como o Messias escolhido também recebeu inúmeras bolinhas pretas.
Inúmeras igrejas e denominações, abstendo-se do posicionamento bíblico com relação ao homossexualismo, estão realizando casamentos homossexuais, ordenando bispos e bispas ativas e passivas, ignorando as palavras das escrituras em prol de um falso amor que é incapaz de salvar a menor das almas, segundo o que as próprias escrituras afirmam sobre o fato (É questão de fundamento de fé e não de preconceito).
Enquanto as escrituras afirmam, expressamente, que não devemos nos moldar ao presente século, esta é a única coisa na qual a Igreja está empenhada em alcançar.
Nunca na história, o homem esteve tão preocupado com o seu próprio bem estar em detrimento de seu próximo. A conseqüência tem sido um povo doente envolvido em inúmeros processos terapêuticos na ânsia de suprir seus próprios desejos.
A mensagem cristã deixou seu foco e objetivo, pregar o “Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios”; para anunciar oportunidade de lucros, prosperidade, vigor físico, saúde, restauração espiritual, quebra de maldições, alheando-se as técnicas de hipnose, mantras, pensamento positivo e da possibilidade.
Enquanto o catolicismo romano fez uso de datas festivas pagãs para se expandir, o protestantismo atual está se apropriando dos mantras hindus, da espiritualidade xintoísta, da cultura afro, das práticas espíritas, da tradição romana acerca das indulgências, do show business americano, do capitalismo selvagem e da psicologização da pregação em detrimento do estudo bíblico.
Uma vez lido este texto, lhe convido a ler, novamente, o terceiro e quarto versículo de Judas! Veja como que apenas uma pequenina porção de exemplos é suficiente para nos enquadrar naquela que é a Epístola que anseia em acionar o freio de mão de um trem, que optou por seguir o trilho errado, indo rumo ao despenhadeiro. A carta de Judas perfaz o último alerta antes que o cálice da ira transborde, ocorra o arrebatamento e se desencadeie a última semana de Daniel, o período tribulacional.
Este texto está licenciado sob uma Licença Creative Commons.
Postado por Ricardo Inacio Dondoni

segunda-feira, novembro 30

Citação, C. S. Lewis

Qual das religiões do mundo confere a seus seguidores maior felicidade? Enquanto dura, a religião da auto-adoração é a melhor.
Tenho um velho conhecido já com seus 80 anos de idade, que vive uma vida de inquebrantável egoísmo e auto-adoração e é, mais ou menos, lamento dizer, um dos homens mais felizes que conheço. Do ponto de vista moral, é muito difícil. Eu não estou abordando o assunto segundo esse ponto de vista. Como vocês talvez saibam, não fui sempre cristão. Não me tornei religioso em busca da felicidade. Eu sempre soube que uma garrafa de vinho do Porto me daria isso. Se você quiser uma religião que te faça feliz, eu não recomendo o cristianismo. Tenho certeza que deve haver algum produto americano no mercado que lhe será de maior utilidade, mas não tenho como lhe ajudar nisso.
LEWIS, Clive Staples. C. S. Lewis sobre o cristianismo

quarta-feira, novembro 25

Judas 01-02



A Epístola de Judas é a penúltima carta inserida nas escrituras, sendo escrita por volta de 67 d.C. só perdendo para as cartas joaninas (1ª, 2ª e 3ª João, e Apocalipse) que foram escritas por volta de 95 d.C, portanto, a epístola faz parte do acervo das últimas coisas registradas nas escrituras, antes da pronunciação de João revelando o que haveria de vir, principalmente, após o período das Igrejas.
Seu posicionamento, tanto histórico relacionado ao tempo em que foi escrito quanto seqüencial relacionado à ordem bíblica em que a epístola foi inserida no Cânon do novo testamento, evidenciam a importância e relevância da mensagem de Judas irmão de Tiago.
Acerca de tudo o quanto Judas escreveu, 40% da totalidade dos versículos são de cunho profético, somando um total de 10 versículos dos 25 escritos por ele.
No sentido moral, a Epístola de Judas é o último chamado do Senhor ao retorno à sanidade cristã para uma Igreja que, aos poucos, esquece seu próprio chamado. Seus vinte e cinco versículos constituem o último alerta ante a apostasia vindoura, a iminência do arrebatamento e o retorno de Cristo.
Sendo um dos últimos escritores bíblicos, Judas alinha suas palavras às anteriores ditas pelos apóstolos, reafirmando o cunho central da mensagem do evangelho.
Apesar de ser possível identificar um forte alinhamento com os escritos de Pedro e Paulo, Judas escreve com suas próprias palavras parafraseando o antigo testamento sem citá-lo diretamente, expondo sua própria visão sobre os fatos que os demais apóstolos já haviam se pronunciado.
Judas inicia sua carta como, costumeiramente, era feito naquela época pelos escritores cristãos, se identificando: “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo, a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados”.
Fica claro que o autor da epístola é Judas, irmão de Tiago. A conseqüência óbvia de sua identificação, o desqualifica como aquele que traiu Cristo. Aliás, ao se descrever como irmão de Tiago, faz-se necessário excluir os respectivos contemporâneos do Tiago citado. São eles:
- O apóstolo Tiago – filho de Zebedeu e irmão de João (Lc 5.10; 6.14) que bem cedo foi executado por Herodes (At 12.1-2);
- o apóstolo Tiago, filho de Alfeu (Lc 6.15);
- Tiago, pai do apóstolo Judas (Lc 6.16; At 1.13).
É importante relembrarmos que os únicos Tiago e Judas que são citados nas escrituras como irmãos, também, são citados como irmãos de Jesus de Nazaré: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” (Mc 6.3).
Todos os fatos corroboram para que o autor da epístola venha a ser identificado como irmão de Tiago, líder da igreja e do concílio de Jerusalém (At 15.13) o que por si só, tornaria desnecessário qualquer outra referência a fim de autenticar o escritor da epístola. Devemos nos lembrar que muito embora aos nossos olhos a identificação possa não parecer precisa, àqueles que viveram naquela época, era a referência mais clara, precisa e fácil de comprovar a autenticidade e veracidade dos escritos em virtude daquele a quem estava sendo nomeado, Tiago, o líder da Igreja e do concílio de Jerusalém e seu referido irmão.
Antes de prosseguirmos para uma análise sobre o livro de Judas, alguns fatos sobre Judas são de importante análise.
Sendo Judas irmão de Jesus, sua carta deixa transparecer sua humilde posição, uma vez que não fez uso do parentesco físico, tomando-o por título. Não fundamentou sua palavra e autoridade em decorrência de mais de 30 anos que viveu ao lado de Jesus, colocando o ensino dos apóstolos em segundo plano. Ao contrário do esperado pelos homens que vivem em nossos dias, sempre que pôde, exaltou os apóstolos, apontando para a autoridade dada a eles por Cristo. Do mesmo modo ao exaltar os apóstolos e não se incluir, Judas demonstra que não é um deles.
Na realidade, a condição de irmão de Jesus o identificava como aquele que durante o ministério terreno de Cristo não creu, “pois nem mesmo os seus irmãos criam nele” (Jo 7.5). O grande pesar de Judas está, justamente, no maior tempo de vivência com Jesus sem reconhecê-lo como o Messias.
As escrituras não se preocupam em aprofundar-se na descrença familiar que Jesus sofreu, mas a Epístola revela em Judas um homem ciente de sua própria humanidade, incapaz de se considerar grande, exaltar e vislumbrar para si títulos e autoridades, aproveitando-se dos laços sanguíneos.
Este homem está resignado e impelido a levar à contento a mensagem de Cristo da forma como foi anunciada, expondo-a em fidelidade ao que lhe foi ensinado, como servo (escravo), fugindo de qualquer referência a ele como irmão de Jesus, fruto de uma consciência renovada pós conversão, que fez-lo identificar não somente a sua natureza carnal, mas também, a natureza divina de Cristo.
A igreja atual é reconhecida por agir de maneira diametralmente contrária a ensinada por Judas, tomando para si todos os status os quais puder. Deus tenha misericórdia de nós, nos conceda o arrependimento e o retorno ao Cristianismo Bíblico.

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Este texto está licenciado sob uma Licença Creative Commons.
Postado por Ricardo Inacio Dondoni

segunda-feira, novembro 23

Citação, Paul Tillich


Na Universidade de Chicago, Divinity School, em cada ano eles têm o que chamam de “Dia Batista”, quando cada aluno deve trazer um prato de comida e ocorre um piquenique no gramado. Nesse dia, a escola sempre convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para palestrar sobre algum assunto relacionado ao ambiente acadêmico.

Certo ano, o convidado foi Paul Tillich,13 que discursou, durante duas horas e meia, no intuito de provar que a ressurreição de Jesus era falsa. Questionou estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não existiam provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque estava baseada num relacionamento com um Jesus que, de fato, segundo ele, nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.

Ao concluir sua teoria, Tillich perguntou à platéia se havia alguma pergunta, algum questionamento. Depois de uns trinta segundos, um senhor negro, de cabelos brancos, se levantou no fundo do auditório: “Dr Tillich, eu tenho uma pergunta, ele disse, enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer... Dr Tillich... crunch, munch... minha pergunta é muito simples... crunch, munch... Eu nunca li tantos livros como o senhor leu... crunch, munch... e também não posso recitar as Escrituras no original grego... crunch, munch... Não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... crunch, munch... [e ele acabou de comer a maçã] Mas tudo o que eu gostaria de saber é: Essa maçã que eu acabei de comer... estava doce ou azeda?

“Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: ‘Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois não provei a sua maçã’.

“O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente: ‘O senhor também nunca provou do meu Jesus, e como ousa afirmar o que está dizendo?”. Nesse momento, mais de mil estudantes que estavam participando do evento não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e, rapidamente, deixou o palco”.

Paul Tillich nasceu em 20 de agosto de 1886,
em Starzeddel, na Prússia Oriental, perto de Guben.
Foi um teólogo-filósofo e representante do existencialismo religioso.
Fonte : http://www.icp.com.br/69materia2.asp, 28 Jun 09,
Título:
A Teologia Liberal e suas implicações
para a fé bíblica
Por Danilo Raphael

quinta-feira, novembro 19

Reino de Deus - Slides em Jpg



Segue uma aula de Powerpoint publicada no formato .JPG sobre o REINO DE DEUS. É provável que alguns slides só estejam claros para que participou das aulas, mas grande parte deles é acessível a qualquer um que tenha interesse pelo tema, basta clicar na imagem para fazer o download...
OS LINKS FORAM DESATIVADOS NESTE BLOG
FAVOR BUSCAR A SEÇÃO DE DOWNLOAD NO BLOG CONTRASTE

quarta-feira, novembro 18

Um mal há muito tempo esquecido...

Muita coisa já aconteceu ao longo da história humana, no entanto, ainda há muita coisa por acontecer e as escrituras afirmam isso ao narrar o longo processo de distanciamento entre o homem e Deus, iniciado pelo homem na ação do pecado e que alcançará o maior estado degradativo nos dias apocalípticos.
Será cumprido as palavras que Paulo escreveu por ação do Espírito Santo ao narrar as características do homem dos últimos dias (2 Tm 3.2), também serão cumpridas as palavras narradas por Cristo ao afirmar que ‘‘...aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, [...], até agora e nunca jamais haverá’’ (Mc 13.19).
E nós, como seres humanos, estamos envolvidos em todas as predições bíblicas acerca do homem vivente, seus problemas, anseios e desejos.
Corremos atrás de tudo o que o nosso enganoso coração deseja! Nossos ouvidos são atenciosos aos elogios, as palavras afáveis, as técnicas de motivação, a todo e qualquer tipo de mensagem positivista. No entanto, somos incapazes de manter a compostura diante de palavras duras, ríspidas e que tencionem mudar nossa natureza e o modo como enxergamos e participamos das atividades que nos fazem interagir com a sociedade que nos cerca.
Um mal há muito tempo foi alertado por Deus a todo homem vivente, mas não levamos em consideração as palavras divinas, porque em nosso íntimo cremos que eram palavras dirigidas a uma única pessoa que viveu numa época específica, sendo o aviso e o decreto, todos eles, cumpridos na própria figura a quem foi anunciada a predição, Caim.
Ignoramos as palavras de Deus a Caim, porque nos consideramos bons demais para sermos contados junto com aquele que matou seu próprio irmão sem esboçar algum sentimento pelo feito. Todos nós, aos nossos próprios olhos, somos melhores que Caim. Não mataríamos nosso irmão de sangue, não planejaríamos um modo sórdido de lhe tirar a vida, não criaríamos nossos descendentes para se afastar, constantemente, de Deus até ao ponto que o último de sua geração nomeada se tornasse insensível ao próprio mal que faz, chamando por bem suas más ações.
Deus disse a Caim: ‘‘Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo’’.
Todos nós, constantemente, procedemos mau. E por mais que esteja na moda afirmar o quão somos bondosos, é o próprio Cristo que afirma ‘‘ninguém é bom senão um, que é Deus’’ (Mc 10.18).
Pode ser que sejamos virtuosos ao ponto de não intentarmos matar nosso próprio irmão, mas e quanto àqueles que nos fizeram mal? E a inveja pelo estilo de vida do nosso semelhante? E quanto a cobiçar a prosperidade do ímpio, intentando para si as mesmas riquezas em detrimento da verdade ou dos valores cristãos? Quantos já colaram em exames, adquirindo conceito o qual não mereciam e as custas deles obtiveram aquilo que hoje desfrutam? E quantos de nós, num falso altruísmo passaram a ‘cola’ e se regozijam pelo ato? e quantas outras coisas poderiam ser mencionadas para descrever nossas faltas, pecados e mazelas?
Olhe para todos os questionamentos acima! Todos eles são motivados pelo Ego que vislumbra para si um padrão acima do que merece. Uma busca constante pela satisfação dos desejos e anseios egoístas.
Nenhum dos atos mencionados olha para o seu semelhante! Todos olham para dentro de si e até nossas melhores intenções podem estar servindo apenas para massagear nossos egos nos afastando de Deus e de tudo aquilo que ele prega.
O evangelho de Cristo não se inicia num positivismo desenfreado preocupado em nos proporcionar uma boa noite de sono. Suas palavras são fortes, contundentes e negativas ao estilo de vida almejado pelo coração humano: ‘‘Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me’’.
As palavras ditas a Caim e àquelas ditas por Cristo, aos que ansiavam O seguir, deveriam estar ecoando uníssonas em nossas mentes, para nos trazer à tona a realidade em que vivemos e o que propõe o verdadeiro evangelho.
A entrega de todo seu ser a Cristo, proporcionando a correção da visão humana, fazendo o homem buscar a vida ao invés da morte, a eternidade ao invés da temporalidade, o que é eterno em detrimento do que é passageiro, riquezas acumuladas onde a traça e a ferrugem nada podem fazer em detrimento das riquezas físicas que se esvaem como o orvalho pela manhã.
As palavras de Cristo visam nortear o caminho do homem rumo a salvação.
De modo algum, podemos esquecer as palavras de Cristo sobre nossa geração, corações, intentos e desejos. Suas palavras contundentes nos alertam para não seguir o que a voz melodiosa que empolga nossa geração diz. Como já dizia o apóstolo pedro: ‘‘Salvai-vos desta geração perversa’’, bem como, da melodia que nos empolga o coração.


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Postado por Ricardo Inacio Dondoni

terça-feira, novembro 17

Selado!

Este é o "Prêmio Dardos" que dá a cada blogueiro o reconhecimento de seu valor, esforço, ajuda, transmissão de conhecimento, todos os dias.

Regras:

1. Você terá que aceitar o award e colocar em seu blog, juntamente com o nome da pessoa que lhe deu o prêmio e o link do seu blog. Eu recebi este selo do Pr. Silas Alves Figueira do blog Ministério Batista Bereia qual agradeço o carinho.

2. Você terá que oferecer o prêmio para 10 blogs que são merecedores deste prêmio. E não se esqueça de avisá-los sobre a indicação.

É uma pena ter que indicar somente dez, há muitos outros em minha lista. Você que ficou de fora receba o selo no coração.

1- Pr Renato Vargens do blog do mesmo nome.

2- Valmir Nascimento Milomem do blog E agora, como viveremos?

3- Danilo Miguel do blog Sem Forma!

4- Soli Limberger do blog Buscai o Reino

5- Daniel Grubba do blog Soli Deo Gloria

6- Pr Omar Nascimento do blog Quem tem sede beba

7- Pr Aristarco Coelho do blog Ideia de Reflexão

8- Pr Folton Nogueira do Blog Folton

9- Luís Wesley do blog L Wesley´s COMMUNITÀS

10- Helton do blog Evangelho sem mistura (no momento da publicação da referência ao blog, suas postagens haviam desaparecido, ..., espero que sejam apenas problemas técnicos)

segunda-feira, novembro 16

Citação, John MacArthur


Numa época em que a própria idéia da verdade está sendo desprezada e atacada (até na própria igreja, onde as pessoas deveriam tratar a verdade com a máxima reverência), o sábio conselho de Salomão nunca foi tão oportuno: "Compra a verdade e não a vendas" Pv 23.23.

John MacArthur, A Guerra pela Verdade, p.12.

segunda-feira, novembro 9

Citação, C. H. Spurgeon


A Igreja de Cristo é continuamente apresentada na figura de um exército. Entretanto, o seu Capitão é o Príncipe da Paz, o seu objetivo é estabelecer a paz, e os seus soldados são homens de disposição pacífica. O espírito de guerra é o oposto extremo ao espírito do evangelho.
Apesar disso, todavia, até a segunda vinda do Senhor, a Igreja nesta terra tem sido a igreja militante, a igreja armada, a igreja que guerreia, a igreja que conquista. E por quê?
De acordo com a própria natureza das coisas, é necessário que a igreja seja assim. A verdade não poderia ser verdade neste mundo, se não estivesse em luta; e logo suspeitaríamos da verdade, se o erro tivesse amizade com ela. A pureza imaculada da verdade sempre deve estar em guerra contra as trevas da heresia e da mentira.


C. H. Spurgeon.The Metropolitan Tabernacle Pulpit,
London, v.5, p.41, 1879.

segunda-feira, novembro 2

Citação, Irwin H. Linton

[Se Deus fosse sádico], poderia nos infligir infinitamente mais dor do que sofremos neste mundo. Em vez do impulso prazeroso da fome saudável, poderia nos forçar a comer, como um viciado é forçado a usar a droga por causa da dor da abstinência. Todas as funções físicas poderiam ser estimuladas pela dor, em vez de provocadas pelo prazer.
Se Deus fosse indiferente, por que criaria a variedade de sabores dos frutos para o paladar, a constante harmonização na exuberância de cores nas flores e no pôr-do-sol, o cheiro de sal no ar e a capacidade de vibrar de alegria e a absoluta sensação de bem-estar que aquele que acredita em Cristo constantemente experimenta e a qual ele nem mesmo consegue nomear ou descrever?
Se Deus ama suas criaturas, tudo está explicado, exceto a morte, a dor e o pesar, e essas coisas deveriam, na verdade, apontar, como apontam, para todos que creem em direção a um problema insolúvel: "A morte vem pelo pecado", e o glorioso fim equivale ao que é sucintamente dado nessa explanação: "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima".


Linton, Lawyer, p.122.

sexta-feira, outubro 30

Alimentação Balanceada

Se pudermos colocar numa balança e pesar todos os prós e contras de cada época a luz do cristianismo como de fato era vivido no primeiro século e da forma como os preceitos cristãos foram ensinados por Cristo, chegaríamos à inexorável conclusão de que estamos aquém da pregação bíblica como era realizada naquela época.
Existem inúmeras dificuldades que aliadas à carne nos impulsionam, diariamente, para longe daquilo que foi professado pelos primeiros cristãos. Uma delas refere-se ao próprio estilo de governo capitalista selvagem no qual a cultura ocidental é pautada. Um consumismo que torna alguns vendedores e outros clientes, coisa que o cristianismo primitivo nunca advogou para si. Eles eram conhecidos pelo amor que tinham uns pelos outros e não por possuírem as melhores técnicas de radiodifusão existentes, serem mestres da propaganda e marketing ou, ainda, possuir contas financeiras abastadas ao ponto de proporcionar uma vida de luxo e riqueza.
Grande parte dos conceitos assimilados por esta geração não passam de princípios humanistas modernos, os quais são veementemente contrários às práticas cristãs.
Estamos trocando o conhecimento bíblico pelo conhecimento secular, apoiando os versículos bíblicos sobre um patamar mundano. Temos mais em comum com o presente século do que com as raízes cristãs. Somos conhecidos, lembrados e exaltados por estarmos andando na moda em conformidade com o presente século, citando pensadores anti-cristãos, conceitos filosóficos e práticas psicoterapêuticas que não estão em sintonia com as escrituras.
Grande parte dos ensinamentos difundidos na atualidade não coaduna com as escrituras, não se esforça em representar a tradição cristã segundo o Evangelho de Jesus Cristo. Eles transfiguram o evangelho e revestindo-o de uma aplicabilidade terrena egocentrista reforçando o Ego endurecem o já tão endurecido coração moderno. A dieta balanceada difundida a presente igreja é rica em pseudo pensamentos cristãos, abastada de auto-estima, reforçada pelo aroma agradável que massageia o ego.
De maneira alguma, posso chamar de alimentação balanceada, arroz, feijão, legumes, bife e batatas fritas temperadas por uma pitada de chumbinho (veneno para rato). Não importa o quão saboroso possa parecer, ela certamente levará a morte. Um pouco de fermento leveda toda a massa!
A pregação cristã autêntica constitui em vida e morte em ordem e consistência exata! Morte do velho homem, fazendo-o definhar, inibindo suas forças, tornando-o em miserável, raquítico e fraco perante o novo homem que se reveste para o pleno conhecimento de Deus, sendo alimentado e fortalecido através do exemplo do Cristo do Calvário, do sofrimento, das noites sem dormir, das intempéries, das dificuldades, das lutas, do amar ao próximo mais que a si mesmo, da persistência e da resoluta vontade em obedecer à vontade de Deus (concluo desta forma para não tornar extensa a listagem).
Contudo a pregação cristã atual peca na alimentação balanceada que dará a morte e a vida, fazendo o binômio operar, muita das vezes, no sentido inverso: gerando a mortificação do novo homem pela elevação da auto-estima, do egocentrismo, da auto-suficiência, da exclusão da suficiência bíblica pela assimilação e exposição de conceitos pseudo-cristãos humanistas.
Ao tornar a suficiência bíblica ineficaz, fazendo com que o conhecimento secular seja mais útil à resolução do problema do Homem moderno, é afirmado que as escrituras são falhas e indignas de crédito e que para poder usá-las é necessário com que o homem faça uso de conceitos modernos e, por isso, mais eficazes a resolução dos problemas atuais.
É isto que tem acontecido com inúmeras ciências da área de humanas que tendem a afirmar conhecer os problemas referentes a alma humana, os quais têm entrado pelas portas das igrejas, pelos louvores, pelos grupos de auto-ajuda e por qualquer tipo de reunião em que se vise auxiliar o homem pelo homem sem auxílio da divindade.
Tornamo-nos cultos demais para crer na suficiência das escrituras.
Tornamo-nos conhecedores do bem e do mal em proporções que nos permitem escolher o conhecimento humano em detrimento do conhecimento divino.
Tornamo-nos suficientes demais para crer num ser superior conhecedor de todas as coisas, crendo que somente Ele tem todas as respostas.
Tornamo-nos dia após dia, dignos de pena pelo modo como preferimos a morte à vida.
Que Deus tenha misericórdia de nós e providencie um retorno ao cristianismo autêntico, nem que para isso tenhamos que voltar a época das perseguições.
Vale lembrar que o que está em jogo não é a aquisição de um carro, retornar para casa satisfeito consigo mesmo pelo modo como a mensagem massageou nosso ego ou, ainda, um rosto sorridente ao final de um dia cansativo de trabalho, mas sim, o que sempre esteve em jogo desde o princípio, a salvação de nossas almas.

Creative Commons License
Este texto está licenciado sob uma Licença Creative Commons.
Postado por Ricardo Inacio Dondoni

segunda-feira, outubro 26

Citação, C.S.Lewis


Há dois erros iguais e opostos em que a raça humana pode cair em relação aos demônios. Um é não acreditar em sua existência. O outro é acreditar e sentir um interesse excessivo e doentio por eles. Pessoalmente, eles ficam de igual modo satisfeitos com ambos os erros e aclamam um materialista ou um mágico com a mesma satisfação.


C. S. Lewis, The Screwtape Letters
(Fleming H. Revell, 1976), prefácio.

sábado, outubro 24

Dualismo Religioso

Não deveríamos incentivá-lo, mas aparentemente é o que fazemos. O cristianismo pregado em nossos dias está impregnado de conceitos não-cristãos, anti-cristãos e de um dualismo religioso destrutivo. É um cenário preocupante, justamente, porque o nosso crescimento é fruto direto daquilo com o que nos alimentamos. Esquecemos de verdades singulares, que estão bem diante de nossos olhos, tais como os conceitos acerca da totalidade da natureza humana. Não somos somente matéria. Não vivemos unicamente num plano material. A totalidade do ser humano advoga que a plenitude do ser preenche o campo material e espiritual.
Se fôssemos somente matéria, a ingestão de alimentos sólidos e a interação plena com o plano material seria suficiente para a obtenção da satisfação e da felicidade. No entanto, o próprio plano material é governado por conceitos morais que são irrelevantes à subsistência da natureza física dos seres vivos.
Os conceitos morais, a consciência, as noções do certo e do errado e a própria ética não pertencem ao campo das coisas palpáveis e não podem ser gerados por simples associações químicas, fruto de uma atividade cerebral intensa. Tais conceitos pertencem a um campo menos físico e mais transcendental. Eles são responsáveis pela sociedade como a entendemos!
Campo material e espiritual, juntos, interagindo na totalidade do ser humano com a realidade que nos cerca, aliando o visível com o invisível na justa medida que nos tornam conhecedores da existência.
Dependendo da análise, a existência humana e a interação com a realidade que nos cercam podem ser vistas de modo simplório ou complexo. Tudo será baseado no conhecimento que temos daquilo que transcende a realidade palpável. Quanto maior o grau de conhecimento, melhor será nosso relacionamento no plano material, quanto menor o conhecimento do eterno, pior será nossa interação com a própria sociedade.
A realidade é composta pela união do material com o espiritual. Não é possível viver ora no campo espiritual, ora no campo material.
John Wesley na busca incessante por uma vida em santidade combateu a dualidade religiosa em seu próprio tempo, lembrando que a busca por Deus não se inicia na abertura do culto eclesiástico dominical e em hipótese alguma cessa com a pronunciação da benção sacerdotal. Wesley, assim como outros que poderíamos nomear, falava de um estilo de vida (culto) que deveria ser vivido pela integridade do ser.
Sua noção de culto ao Senhor pautava-se na interação com a realidade que nos cerca, sendo o culto, segundo sua ótica, tudo aquilo que envolve o novo homem desde a concepção da nova criatura até o último dia de testemunho da natureza transformada do ser e, não somente, os momentos dominicais nos quais os homens tentam aparentar um estado de santidade falsificado. Esta dualidade continua presente em nossos dias quando separamos instrumentos para o louvor da casa e outros para tocar no mundo. Geralmente, ao fazer isto, estamos afirmando à nossa consciência que as atitudes tomadas dentro da Igreja devem seguir um padrão elevado de comportamento e santidade. O problema é que esta afirmação tem sua contra-parte, que permite à mente concluir que o mesmo não se aplica do lado de fora. Criamos dois mundos sob interações diferentes. Um segundo aquilo que no culto é pregado e outro segundo o modo como quero viver.
Quando as duas coisas estão em perfeita interação, não há problemas, mas não é o que tem ocorrido pelas portas das Igrejas país a fora. Tal prática cria uma personalidade para o ambiente religioso e outra para o ambiente secular.
O mesmo ocorre com as portas das Igrejas que servem de portais mágicos de transformação instantânea. Passando para dentro, todo o rito cerimonial, a subserviência, o amor ao próximo, o zelo pela casa de Deus e tantas outras coisas, as quais poderíamos nomear, são ligadas e começam a funcionar a 100% segundo a capacidade de cada ser ali presente. O dualismo religioso, sob o qual o povo acaba sugestionado a viver, transforma cristãos verdadeiros em falsos, pois só se comportam como tal dentro das paredes eclesiais, quando passam novamente, a fim de dar testemunho às nações, cruzando a porta em direção ao mundo, aparentemente, a “mágica” termina. Estes dois mundos, tão distintos, foram criados por mentes mesquinhas que estavam interessadas em adquirir a salvação sem, no entanto, adquirir as intempéries e consequências daquilo que professaram.
Estes compactuam com o velho homem, barganhando e cedendo em nome de uma espiritualidade deformada, levando muitos a viver em uma vida dupla.
O homem sempre foi a soma do todo. A salvação não é para uma parte da composição do ser, mas sim para a sua totalidade, fazendo com que uma mente renovada interaja com o mundo segundo o conhecimento daquele que nos retirou do império das trevas, permitindo com que todo o ser, em todas as suas atitudes, resplandeça a graça da salvação em Cristo Jesus. Nossa sociedade está sucateada nos valores morais, éticos, nas noções do bem e do mal, do certo e do errado e as Igrejas como último baluarte da verdade na terra deve resplandecer a glória de Deus, a fim de que, aqueles que puderem elevar seus olhos, vejam a grande salvação e vivam em plenitude a vida que deve ser vivida e não esta cheia de facetas, máscaras e personalidades alternativas usadas em prol da aceitação nos diversos círculos de relacionamento existente.
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Postado por Ricardo Inacio Dondoni

quinta-feira, outubro 22

Nasceu mais um pai...

Bom dia a todos! Só estou postando hoje porque está dificil arranjar um tempo a mais para fazer qualquer coisa que não seja cuidar desta pequenina...
Nasceu na cidade de Campinas, as 10:13 do dia 18 de outubro de 2009, mais um pai e, aliás, rs, também nasceu uma pequenina filha, Maria Fernanda, a qual já era amada antes de ser vista e agora muito mais após ser contemplada por estes olhos...

Um abraço a todos...
Shalom...

segunda-feira, outubro 19

Citação, George Muller


Nunca me lembro, em toda a minha trajetória cristã, de um longo período (em março de 1985) de 69 anos e quatro meses, de não ter procurado, sincera e honestamente, saber o desejo de Deus nos ensinamentos do Espírito Santo, com o auxílio da Palavra de Deus, mas sempre fui corretamente direcionado.
Mas se faltar a honestidade de coração e a lealdade a Deus, ou se não esperar pacientemente pelas instruções de Deus, ou preferir o conselho do homem, meu companheiro, em vez das declarações da Palavra de Deus, estou cometendo um grave erro.

A. E. C. Brooks, compilador, Answers to Prayer
from George Muller´s Narratives
(Moody Press, na folha de rosto)

segunda-feira, outubro 12

Citação, Mark Hopkins


Imagine que algo é inventado, caso não apenas se afirme que monumentos sobreviveram a isso, mas também que atitudes e observações públicas são constantemente vistas desde que o suposto fato teria ocorrido, o engodo pode ser detectado pelo não aparecimento de tais monumentos, bem como pela experiência de cada homem, mulher e criança que sabem que nenhuma daquelas atitudes ou observações foram, por eles, usadas.
Se qualquer homem tivesse inventado o Novo Testamento depois da época de Cristo e tentasse impingi-lo à força para que fosse aceito, seria o mesmo que um homem escrever a história da revolução (norte-americana) e da celebração desse dia (4 de julho de 1776) desde o início; se, na verdade, nunca se tivesse ouvido falar de uma revolução e ninguém celebrasse o dia 04 de julho. Mesmo quando essa data foi celebrada pela primeira vez, seria possível introduzir um relato sobre sua origem essencialmente diferente da verdade dos fatos.
No entanto, o caso do... cristianismo é mais sólido, pois temos diversas instituições distintas que surgiram juntas (e a partir do mesmo), pois o batismo e a ceia do Senhor ocorreram com maior frequência, e, por fim, porque sempre foi considerado o principal ritual de uma religião, à qual o homem sempre esteve mais ligado do que à liberdade ou à vida.

Hopkins em Evidences e citado por Linton,
Lawyers, p.164.

sexta-feira, outubro 9

Jeremias e a nossa geração!

Alguns homens que viveram nos tempos da antiga aliança demonstraram capacidade acima do comum para viver a nova aliança de forma exemplar e não segundo o padrão identificado nos dias atuais.
O evangelho da forma como vem sendo propagado em nossos dias não tem permitido o nascimento de cristãos da estirpe de Jeremias.
Quem de nós aceitaria a missão de arrancar, derrubar, destruir e arruinar dada a Jeremias? Talvez aceitássemos edificar e plantar, mas, dificilmente, gostaríamos de ser tidos como emissários de más notícias.
Pregar contra modismos, de dia e de noite, alertando um povo que não quer ouvir a voz da razão muito menos a voz do Espírito Santo é o trabalho do cristão da atualidade.
Quantos de nós olhando ao redor e, de certa forma, mergulhados no cenário evangélico brasileiro, não somos acometidos por uma dor quase que insuportável? Qualquer um que olhe sinceramente pode, facilmente, desanimar e à semelhança de Jeremias exclamar: “sempre que falo, tenho de gritar e clamar: Violência e destruição! Porque a palavra do SENHOR se me tornou um opróbrio e ludíbrio todo o dia”.
Quantos já não deixaram o evangelho de lado por causa do cenário encontrado? Contudo, Jeremias, movido de profunda dor nunca cessou de avisar, pregar, clamar ao povo para que seguisse o caminho da retidão. Nunca deixou de anunciar a um povo que não queria ouvir o caminho da verdade. E quanto a nós? Faríamos a mesma coisa?
Será que temos motivos suficientes para negarmos pregar o evangelho, olhando para as dificuldades que Jeremias enfrentou em seu ministério? Penso que não!
Em seu próprio tempo, nem os pobres, nem os ricos queriam saber de Deus, muito menos viver pela retidão de sua palavra.
Ninguém procurava minimizar o sofrimento de seu próximo, a causa das viúvas era esquecida, os órfãos negligenciados.
Os profetas e os sacerdotes, já há muito tempo, andavam pela senda da morte, e desconheciam o “se envergonhar”. Nem os atalaias eram retos de coração. Não vigiavam e, por consequência, não avisavam as pessoas do perigo iminente! Como atalaia, Jeremias estava só!
Será que é motivo justificável anunciar aquilo que o povo quer ouvir em detrimento da palavra de Deus, para que não sejamos pesados, tidos como inimigos, profetas do apocalipse ou, ainda, emissário das más notícias? Jeremias não estava preocupado com tais coisas. Jeremias amava seu povo a ponto de lhe dizer a verdade por pior que sua situação ficasse, mas penso que nossa geração não é capaz de atos tão altruístas quanto o de Jeremias.
Afinal de contas, o que teria ocorrido se Jeremias anunciasse o que as pessoas queriam ouvir? Nunca saberemos ao certo!
Dia após dia, a apostasia, nos dias de Jeremias, aumentava gradativamente. Seus brados eram ignorados, sua voz perdia-se dentro da multidão. A multidão ansiava por calá-lo! Preferiram celar o destino do profeta a dar-lhes ouvido.
O amor de Jeremias pelo seu povo não só o impediu de desistir deles, mas também, fê-lo proferir as palavras mais duras já proferidas contra um povo.
A situação da nação era crítica! Em meio ao seu ministério, Jeremias pode ver o cumprimento de suas palavras, pois já não havia uvas na vide, nem figo na figueira, mortes por todos os lados, corpos jazidos pelo chão, terra seca e estéril. Tudo foi devastado, tudo foi destruído! Eles plantaram trigo e colheram espinhos.
Ainda houve tentativas vãs pela busca da face de Deus com lábios não arrependidos, mas não com seus corações. Sendo Deus aquele que sonda os corações, não foram atendidos em suas petições e, por serem motivados pela natureza que lhes corrompia a alma, buscaram seus próprios desejos nos braços de outros deuses, tornando a apostasia ainda mais vil.
Jeremias viu tudo isso acontecer! Batalhou até o fim quando, segundo a história, foi morto por aqueles que tanto amou. No entanto, cumpriu com seu ministério guardando fiel a palavra que havia recebido e pela qual sofreu uma vida inteira, alcançando o Reino eterno do qual é participante ele e tantos outros que retiveram em seus corações as palavras da profecia do Livro de Deus.
Hoje, estamos propensos a pregar o que agrada aos ouvidos, a dar tapinhas nas costas, a seguir a massa na contramão do evangelho, a anunciar paz, prosperidade, saúde e sucesso, pregar auto-estima e auto-suficiência egocêntrica.
Estamos caminhando rumo à incapacidade plena de sofrer por causa do evangelho. Estamos tão imaturos que ao menor arranhão em nossa frágil casca egocêntrica, largamos tudo de mão a fim de restabelecer a paz, proporcionada pelo mundo, de volta as nossas vidas. Jeremias não era assim, quiçá Paulo que aprendeu quanto importa sofrer pelo nome de Cristo. E quanto a nós? Seguiremos a geração de Jeremias ou o exemplo dado pelo profeta Jeremias?
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Postado por Ricardo Inacio Dondoni

segunda-feira, outubro 5

Citação, Reuben Archer Torrey


Todo estudante cuidadoso e todo leitor da Bíblia acha que existem coisas difíceis de compreender nas palavras do apóstolo Pedro, aquelas que dizem respeito às Escrituras... (2ª Pe 3.16), mas que são tremendamente verdadeiras.
Quem de nós não descobriu coisas na Bíblia que nos desconcertaram, coisas essas que no início de nossa experiência cristã nos levaram a questionar se a Bíblia, afinal, era a Palavra de Deus? Na Bíblia, descobrimos algumas coisas que parecem impossíveis de ser reconciliadas com outras que também estão na Bíblia. Descobrimos algumas coisas que parecem incompatíveis com a idéia de que toda a Bíblia é de origem divina e totalmente inerrante...
[A Bíblia é] uma revelação da mente, e do desejo, e do caráter, e do ser de um Deus infinitamente grande, perfeitamente sábio e totalmente santo... [mas] a revelação... [é] feita para seres finitos cujo conhecimento é imperfeito e cujo caráter também é imperfeito e, por seguinte, esses seres imperfeitos em seu discernimento espiritual... Portanto, em virtude das necessidades específicas do caso, deve haver dificuldades nesse tipo de revelação proveniente desse tipo de fonte transmitida a tais pessoas. Quando o finito tenta compreender o infinito é normal haver dificuldades...
Não é prudente tentar ocultar o fato de que essas dificuldades existem. Faz parte da sabedoria, como também da honestidade, encarar francamente essas diferenças e as levar em consideração.

R. A. Torrey, Difficulties in the Bible: Alleged Errors and Contradictions
(Moody Press, data não informada), pp.9-10.

segunda-feira, setembro 28

Citação, Thomas Arnold


Tenho o hábito, há muitos anos, de estudar as histórias de outras épocas, examinando e pesando a evidência daqueles que escreveram sobre elas, e não conheço nenhum fato na história da humanidade que tenha sido provado por evidências, as melhores e mais completas capazes de satisfazer a compreensão de um investigador honesto, do que o grande sinal que Deus nos deu: a morte e a ressurreição de Cristo.

Professor Thomas Arnold, Sermons on the Christian Life
(Londres, 1859), p.354.
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