quinta-feira, maio 6

Judas 24-25


“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém.”

Enfim, Judas coloca o ponto final em sua carta, encerrando suas palavras naquele que foi o próprio motivador de sua existência.
Judas não escolheu palavras ao vento quando descreveu o Senhor nestas qualificações. Basta recordarmos que grande parte de seus escritos não poderia ser lida por leigos, que nada sabiam sobre os feitos de Deus, no passado.
Cada uma das passagens, elucidadas por Judas, trazia à tona uma das faltas da Igreja de seus contemporâneos.
Seria um tanto quanto negligente qualquer um que descrevesse este encerramento como um mero conjunto de palavras sortidas a fim de imprimir o desfecho de sua carta.
Ao trazer toda sua narrativa de volta a razão da existência da Igreja, Judas arremata aquilo que os apóstolos afirmavam, não há Igreja sem o Messias, não há corpo sem o cabeça.
Talvez não haja uma promessa melhor vista do que esta: “...poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória...”.
No entanto, de quem estamos falando?
Judas não encerraria sua carta sem alfinetar e alertar mais uma única vez seus algozes.
Se lermos a carta de Judas novamente, poderemos identificar que durante sua narrativa Judas menciona dois grupos coexistentes no seio da Igreja, “Estes” e “Vós”. Um deles, fiel ao Senhor, dia a dia, consagrando-se e buscando uma vida liberta das paixões do mundo rumo à santidade. O outro, aproveitando-se de seus semelhantes, distorcendo as escrituras, submetendo a palavra a sua própria vontade, negligenciando aquele a quem deveriam ser gratos.
Dois grupos coexistentes no seio da Igreja. Um deles elogiado por judas, na carta mais severamente escrita do Novo Testamento. O outro grupo, combatido, audaciosamente, pelo autor da carta que escreveu sobre a inspiração do próprio Espírito.
Ora, não precisamos ser teólogos, exímios exegetas para compreender a quem Judas estava referenciando a promessa de serem guardados.
Judas falava do grupo que se mantinha fiel aos ensinamentos dos apóstolos e de Cristo.
É verdade que a Igreja deveria caminhar com um só propósito, mas o Espírito nos alerta que dentro da própria congregação há aqueles que chamam mal de bem.
Pois bem, em qual grupo você está andando? Esta pergunta deve ser feita agora, amanhã e por todo tempo que durar nossa caminhada cristã, uma vez que durante a caminhada devemos refletir a imagem conforme a semelhança daquele que nos chamou e distanciando-nos das coisas que desagradam ao nosso Senhor.
Você é responsável pelo caminho que decidir tomar. Seu destino é marcado pela caminhada.
Para chegar em casa não adianta entrar no ônibus correto.
Se ele não estiver sendo conduzido na direção e no sentido almejado, o objetivo intentado nunca será alcançado. Pense nisso!


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Postado por Ricardo Inacio Dondoni


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