“Ai deles! Seguem o mesmo caminho de Caim. Por causa de dinheiro, eles se entregam ao mesmo erro de Balaão. E, como Corá se revoltou e foi destruído, eles também se revoltam e serão destruídos”.
Uma das coisas mais interessantes na carta de Judas é a afirmação implícita de que o homem continua a cair nos mesmos erros e pecados por descuido, falta de zelo, desconhecimento de sua própria natureza, imaturidade e corrupção. Se estas qualificações não bastarem, poderíamos citar outras inúmeras que descreveriam tão bem quanto estas a natureza do homem caído.
Judas resgata o passado da história humana e a imutabilidade dos valores divinos. Ora, se Deus que é o mesmo ontem, hoje e sempre agiu de forma como as escrituras nos afirmam no passado, por que aqueles que conhecem a história estão menosprezando o conhecimento adquirido através das escrituras? Por acaso, Deus mudou ou perdeu o poder para agir?
De certa forma, o livro de Oséias responde aos questionamentos acima: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.”
Pois bem , no contexto específico trata-se de uma mensagem direta a Israel e aos seus líderes, no entanto, como aplicação geral cabe a cada um de nós por meio do sacerdócio universal delegado a todos aqueles que estão em Cristo.
Para Judas não há nada mais fidedigno do que o cumprimento da palavra profética. Se Deus prometeu, Ele irá cumprir. Seu discurso está pautado na simplicidade desta afirmação!
Esse é o motivo de evocar o erro de Caim. O caminho de Caim descrito pelas escrituras está se repetindo bem diante de nossos olhos e muitos estão o seguindo sem ao menos questionar aonde ele os levará. Pois bem, a estes Judas recorda: “Este caminho leva a perdição!”.
Caim deixou a ira tomar conta de si a ponto de descair-lhe o semblante.
Caim ofertou a Deus segundo o seu próprio coração, ao invés de ofertar em conformidade com o conhecimento que possuía, a saber, o derramamento de sangue que aplacava a ira divina (Gn 3.21) e prefigurava o sacrifício expiatório de Cristo.
Mesmo sendo alertado sobre o caminho o qual estava prestes a trilhar, Caim continuou seu próprio caminho (Gn 4.7-8), virando as costas as advertências divinas.
Ele ignorou as palavras de aviso: “...o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gn 4.7b)
Muito embora toda a geração de Caim tenha se perdido pelo dilúvio, a mensagem que a ele foi proferida pelo próprio Deus encontra ressonância audível à nossa geração.
Quantos de nós, sinceramente, podemos afirmar que as palavras de Deus a Caim, “...o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”, não caem como uma luva sob o homem moderno, onde o pecado está a um passo, aguardando apenas que o homem baixe sua guarda?
Este foi o último aviso de Deus a Caim. Após o evento, Caim opta pelo caminho errado e decide relebar-se contra a autoridade divina que não aceitou ser louvado da forma como Caim intentava proceder.
Nossa geração não tem idéia de qual será o último aviso Deus a ela, mas nos é possível saber o que acontecerá após o último aviso, o período tribulacional.
Nossa geração não tem idéia de qual será o último aviso Deus a ela, mas nos é possível saber o que acontecerá após o último aviso, o período tribulacional.
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Postado por Ricardo Inacio Dondoni
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