“As primeiras coisas, desde a antiguidade, as anunciei; sim, pronunciou-as a minha boca, e eu as fiz ouvir; de repente agi, e elas se cumpriram. Porque eu sabia que eras obstinado, e a tua cerviz é um tendão de ferro, e tens a testa de bronze. Por isso, to anunciei desde aquele tempo e to dei a conhecer antes que acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas; ou: A minha imagem de escultura e a fundição as ordenaram. Já o tens ouvido; olha para tudo isto; porventura, não o admites? Desde agora te faço ouvir coisas novas e ocultas, que não conhecias. Apareceram agora e não há muito, e antes deste dia delas não ouviste, para que não digas: Eis que já o sabia. Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco antecipadamente se te abriram os ouvidos, porque eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno. Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar”. (Is 48)
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sexta-feira, outubro 29
Deus é fiel, ..., e digno de ser levado a sério!
terça-feira, outubro 26
domingo, outubro 24
El Shaddai, O Deus Todo Poderoso
“E o ruído das asas dos querubins se ouviu até ao átrio exterior, como a voz do Deus Todo-Poderoso, quando fala” (Ez 10.5)
Estamos por demais presos ao tradicionalismo e, por isso, perdemos o significado original da maioria das palavras bíblicas. O problema já começa na tradução onde os tradutores são obrigados a tentar expressar o melhor sentido possível ao texto bíblico, escolhendo uma entre inúmeras traduções possíveis. A partir das traduções temos a possibilidade de entender os textos bíblicos, mas a profundidade da análise do texto diminui tanto quanto mais adaptada for a versão aos dias atuais.
Aliando isso ao fato de não sermos reconhecidos internacionalmente pela nossa capacidade de ler, continuamente, exaustivas obras, mas sim, pelo modo como chutamos uma bola, dá para entender que não é costumeiro do povo brasileiro gastar exaustivas horas, analisando os textos originais na busca de uma melhor compreensão sobre os versículos bíblicos. Apenas uma minoria segue na contramão do padrão brasileiro, seja por atitude pessoal ou por possuir uma realidade cultural ímpar.
A cada nova tradução feita, a leitura bíblica tende a tornar-se mais pobre, tendo em vista que as palavras de difícil compreensão, que expressão inúmeros significados, qualidades e ações são substituídas por outras menos ricas, que expressão qualidades e ações diminutas se comparadas com as, anteriormente, substituídas.
Além do mais, segundo os cristãos de origem judaica, o alfabeto hebraico é tão rico e tão complexo que é possível escrever um livro, apenas analisando duas letras do alfabeto, levando em consideração o contexto no qual irão aparecer dentro de uma frase. Isso torna o alfabeto hebraico sem par ao longo da história e com uma riqueza inigualável a qualquer outra língua existente.
Não quero dizer com isso que temos uma versão falsificada das escrituras, apenas muito menos rica do que a escrita na linguagem original. Essa pobreza gramatical aliada a tendência sóciocultural de relativizar o pecado e abrandar o furor bíblico, tem suavizado uma grande quantidade de passagens bíblicas, sem contar o fato que nenhum Richard gostaria de ser chamado de Ricardo e vice-versa. No entanto, isso ocorre, por exemplo, com a palavra El Shaddai, a qual é traduzida, popularmente, por Senhor Todo Poderoso. Fato semelhante ocorre quando Belém é traduzido como “Casa do Pão”, no entanto, é menos costumeiro esta última.
Nomes próprios não deveriam ser traduzidos, alguma coisa no seu significado original tende a se perder no processo.
Por exemplo, imagine uma poesia perfeita, completamente ritmada, cada verso completa o anterior em sentido e harmonia, quase como um discurso perfeito e ritmado. Ao tentar traduzir esta poesia, alguma coisa irá se perder no processo! O Tradutor pode optar por ser fiel ao texto e traduzir ao pé da letra seu significado, mas no processo a rima melodiosa irá se perder ou, ainda, procurar alterar as palavras traduzidas para sinônimos próximos que permitam manter a rima, no entanto, já não será o mesmo poema, as palavras foram alteradas. É mais ou menos isso que ocorre numa tradução!
El Shaddai é o nome com o qual Deus revelou um de seus atributos ao homem. Portanto, seria mais interessante procurar seu significado dentro da cultura judaica a fim de entender a história na qual ele é descrito. Traduzir El Shaddai como Senhor Todo Poderoso é uma tradução possível, mas isso não significa que seja a mais fidedigna, haja vista que o radical da palavra “Shadad” (שדד) significa “dominar” ou “destruir”.
Isso daria a Shaddai um significado, completamente, diferente daquele para o qual usamos, passando a identificar não aquele que é Todo Poderoso, mas sim, aquele a quem se deve temer, segundo a interpretação de judeus cristãos (Meno Kalisher).
Na tentativa de tornar a leitura mais aprasível, usamos palavras menos ofensivas, menos temerosas, que aliás, deixam de refletir as características que Ele mesmo usou para se identificar.
Traduzir o termo para Deus Todo Poderoso nos permite, entender a expressão como aquele que pode fazer qualquer coisa, mas segundo a interpretação judaica, o intento ao se descrever como El Shaddai era de se nomear como aquele a quem se devia temer, por isso, o radical da palavra parte de “Shadad”.
Quando lemos os feitos de Deus perante os povos sob a ótica do entendimento de seu nome, as escrituras ganham maior profundidade. Passamos a compreender o temor e o pavor dos povos ao redor de Israel, bem como, a reverência de Arão e Moisés à Deus, a fim de cessar as pragas no interior do arraial judaico. Aliando isto ao fato de Deus ser imutável e o uso deste nome lembrar um dos aspectos de Deus, isto deveria nos servir de alerta e ferramenta na busca de, pelo menos, uma ínfima noção sobre o padrão de santidade divina. Não é porque vivemos debaixo da graça que podemos tratá-lo como um zé ninguém, a qual ninguém deva nada.
Ter a exata noção sobre El Shaddai deveria nos fazer diferentes! Quem sabe não passaríamos a ver nossas obras de santidade como trapos de imundícia? Quem sabe passaríamos a buscar a excelência cristã? Quem sabe, alguns de nós, parariam de usar o nome de Deus para intentos obscuros? Ou, ainda, de usar seu nome em vão?
Este texto está licenciado sob uma Licença Creative Commons.
Postado por Ricardo Inacio Dondoni
quarta-feira, outubro 13
Congresso Chamada da Meia-Noite
Semana que vem, ..., com a graça de Deus, estarei no Congresso do Chamada da Meia-Noite!
Quem puder ir, ..., não perca!
quarta-feira, outubro 6
A Mensagem de Enoque
Recentemente, tive a oportunidade de ler outro livro do Autor Norbert Lieth quando estudava acerca do livro de Judas. O texto que se segue é baseado neste estudo.
"Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele." (Jd 1.14-15)
Todos conhecemos a história de Enoque! O homem que andou com Deus e depois de um tempo, não mais foi achado, porque Deus o tomou para si.
Algumas coisas são de grande interesse quando estudamos a vida de Enoque. A primeira delas, o significado do seu nome partindo do original hebraico que quer dizer "Consagração" ou, ainda, "inauguração".
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