Compõem a Aula sobre o Tema
Baseado no Livro do Dave Hunt e M.A.McMahon
O quanto estamos atentos às palavras do Apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios quando ele afirma que temos que andar “... remindo o tempo, porque os dias são maus”, Ef 5.16?
Com certeza, com menos rigor que deveríamos! Por um ato divino, fomos resgatados do império das trevas, não para viver como se lá, ainda, estivéssemos, mas sim, para vivermos como sábios e levarmos o evangelho ao alcance das demais pessoas que nos cercam, independente das situações adversas que venhamos a enfrentar nestes dias maus. Esta é a missão!
De certo modo, a missão é até bem simples! Contudo, o novo movimento eclesial que auto intitula-se igreja emergente, está mergulhado em conceitos humanísticos e que critica, veementemente, a veracidade das escrituras, passando de defensor do evangelho para um de seus oponentes mais agressivos, não pela brutalidade com que realiza suas críticas, mas sim, por atacar os pilares da fé cristã, minando-os metodicamente, colocando em dúvida pontos considerados não fundamentais a fé até chegar naqueles, realmente, imponderáveis.
Foram resgatados do império das trevas, mas, aparentemente, ocultaram-se novamente nas trevas e esqueceram o que as escrituras orientaram acerca dos maus dias e de como o corpo da Igreja adormeceria para as verdades bíblicas e se deixariam levar pela voz melodiosa no mundo, entorpecendo vagarosamente a igreja, adequando-a ao mundo em que vivemos, onde não existem verdades absolutas e tudo é e pode ser questionável.
O fruto desta teologia já pode ser visto e sentido dentro das igrejas, pois até no meio cristão já é possível identificar homens que não crêem no nascimento virginal do messias, nem na sua morte substitutiva e expiatória, muito menos na ressurreição literal, antes crêem que Jesus foi apenas um bom homem, contudo, um bom homem é a única coisa que Cristo nunca poderá ser! Ou Ele era quem Ele realmente afirmava ser ou, no mínimo, era um louco e digno de total e pleno descrédito.
Isso gera um grande impasse na sociedade atual, pois se creio que ele era o Filho de Deus, porque não o aceito como meu salvador? Logo, essa não é a opção que o mundo escolhe! O outro questionamento é tão, profundamente, desesperador e inquietante quando o primeiro, pois se não creio que Ele seja quem Ele afirmou ser (Deus), Ele só poderia ser um louco ou, no mínimo, um mentiroso, digno de total descrédito e desconfiança.
Estas são as duas únicas posições que as escrituras e a lógica humana nos permitem tomar. Qualquer outra fere a própria lógica argumentativa.
Por exemplo, crer que Jesus era um bom homem é um pensamento incompatível para uma sociedade que o considera louco ou mentiroso, por não crer que Ele era quem dizia ser. Contudo, os conceitos humanísticos distorcem a realidade a ponto de crermos que a mesma pessoa que consideramos louca e mentirosa seja fonte de sabedoria, exemplo de vida e lucidez.
A lógica argumentativa que o movimento humanístico eclesial gera ao questionar toda a veracidade das escrituras é pautada num irracionalismo estranho a tudo o que pertence as faculdades da razão e da lógica, nem mesmo, podemos dizer que tal argumentação é pautada na fé, pois a fé e a fidelidade se complementam no seu sentido mais primitivo, portanto, tal argumentação humanística também fere a fé, pois não leva em conta a fidelidade daquele que prometeu cumprir toda a sua palavra. Portanto, suas argumentações não nascem da fé, nem da lógica, nascem do “achismo” intelectual, vazio e desprovido de sabedoria.
Qual será o fim de uma Igreja que não crê num Jesus Cristo, que é 100% homem e 100% Deus e muito menos numa ressurreição literal? Em seu tempo Paulo já havia dado o seu parecer sobre o assunto (1ª Co 15.19), mas penso que tal posição contribui para ignorarmos, num futuro próximo, Cristo como a centralidade e razão de existência da Igreja. E se Ele deixar de ter a centralidade do cultos, se sua palavra não for confiável, mas a considerarmos questionável, o que teremos no final? Acaso, quem ousaria chamar este aglomerado de pessoas sem fé e sem razão de igreja, se não se reúnem mais por crerem naquele que os chamou das trevas para a luz?
Não é de hoje que o evangelho é combatido a ferro e fogo por todos aqueles que anseiam que suas palavras sejam convertidas em mentiras, pois se assim forem, estarão salvas da condenação eterna por não terem aceitado a oportunidade da salvação que lhes foi aberta de forma gratuita.
A história da igreja demonstrou uma série de lutas em prol do evangelho! O próprio Judas em sua carta quando pensava em escrever acerca de assuntos os quais almejava propagar, viu-se forçado a deixar tais assuntos de lado para orientar a igreja a batalhar diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.
Assim também são estes dias, gostaríamos de falar e escrever assuntos que agradassem a todos, como por exemplo, acerca da nossa salvação comum em Cristo, mas nossos dias exigem, a semelhança dos dias de Judas, que batalhemos pela fé.
Não falo de uma fé teórica, de papel e caneta, mas sim, uma fé prática, consistente nos ensinos dos apóstolos, em seu modo de vida e mensagem, alcançando a quem for possível alcançar. Uma fé que não se limite a preconceitos raciais ou étnicos, mas que avance rumo ao propósito do evangelho: “alcançar a todos quanto for possível enquanto ainda há tempo, pelo exemplo e pela palavra conforme os próprios pais da igreja fizeram ao seu tempo”.
Esta batalha tornou-se, por demais, cansativa, uma vez que aqueles que deveriam propagar a veracidade, validade e fidelidade do evangelho, andam dizendo que tudo é subjetivo e que não existe verdade absoluta!
Aqueles que deveriam defender o evangelho estão o atacando e bombardeando as igrejas com as premissas de que nem tudo o que está escrito é digno de ser considerado verdadeiro.
Negar a verdade e duvidar da consistência das palavras de Deus é o caminho rumo à grande apostasia que virá antes da volta do Cristo e antes que seja revelado o filho da perdição.
Não quero chamar o que vejo hoje em dia por apostasia, mas posso alegar que é o prelúdio da formação do cenário perfeito para o cumprimento profético de 2ª Ts 2.3 “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha à apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição...”.
Junto ao movimento que visa levar a veracidade das escrituras ao descrédito, aliam-se a cura pela mente, as práticas ocultistas, o determinismo, as terapias de auto-ajuda, a auto-suficiência humana, o egocentrismo e, para não ser, por demais, extenso, o desconhecimento pleno de que todas estas coisas corroboram para a apostasia da igreja, compõem as peças que objetivam instaurar a apostasia. O quão vindouro está à apostasia? O quão preeminente ela está?
É verdade que não sabemos a exatidão da proximidade destes fatos, pois as coisas sempre podem piorar ainda mais, de modo que não nos é possível definir qual é o nível crítico de apostasia que desencadeará os demais eventos. Contudo, somente o vislumbrar dessa possibilidade dever-nos-ia fazer batalhar, diligentemente, pela fé, que uma vez por todas foi entregue aos santos.
Por muito menos do que temos visto e ouvido em nossos dias, os pais da Igreja já teriam se levantado em prol da fidedigna palavra de Deus, “Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros:
Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes”.
Aquela geração ouviu estas palavras e transformaram apatia em ação! E nossa geração? O que faremos? Ou batalhamos em prol da fé ou, certamente, ouviremos a seguinte pergunta retórica, “... quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”
Sinceramente, não gostaria que fosse nossa geração a ter que responder a esta pergunta, quer por ação ou, ainda, por falta dela.