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segunda-feira, novembro 26
De Pedra em Carne!

segunda-feira, novembro 19
Trabalhar na igreja?

“Os que queriam se dedicar ao estudo da teologia tinham primeiro de ingressar na faculdade de artes, onde passavam diversos anos estudando filosofia e letras. Depois ingressavam na faculdade de teologia, onde começavam como “ouvintes”, e progressivamente podiam chegar a ser “bacharéis bíblicos”, “bacharéis sentenciários”, “bacharéis formados”, “mestres licenciados” e“doutores”. No século XIV este processo chegou a ser tão complicado que para completá-lo eram necessários dezesseis anos de estudo, depois da graduação na faculdade de artes.”
Há uma carência de pessoas capacitadas nas igrejas contemporâneas, se é que existe igreja contemporânea. Não é difícil de notar este sintoma, porém mais complicado ainda é buscar a razão e a causa desta dificuldade. Grande é a seara, poucos são os ceifeiros, e isto já era dito pela palavra de Deus a aproximadamente 2000 anos atrás, e quanto mais o tempo passa, mais estas anomalias se agravam, e milhares de pessoas morrem sem conhecer a Jesus, e o que é mais grave ainda, outras milhares têm ou já tiveram algum contato com uma igreja “cristã”, e são como “soldados feridos deixados para traz”.
Os motivos que levam tais pessoas a deixarem de freqüentar são diversos, como por exemplo, a falta de perseverança, falta de fé, carência de pastoreio e principalmente, imaturidade, são como crianças (1Co 3.1-2), fracas e carnais. Pode ser que não crescem e estão debilitadas, pois não são alimentadas e cuidadas.
Precisa-se de pessoas habilitadas, inteligentes, ocupadas, e principalmente, chamadas por Deus, por meio da igreja para cuidar do rebanho do Senhor. Existem versículos que dizem algo como: “Deus usa as coisas fracas para envergonhar as fortes”, ou pensamentos conhecidos de que “o Senhor não escolhe capacitados, mas capacita escolhidos”. Sabemos e cremos que é Ele quem tem todo poder e a Ele deve ser voltada toda a glória, pois é por meio da sua força e dons que somos aceitos e podemos serví-lo, mas me refiro a outra coisa. Não podemos usar a soberania de Deus para relaxarmos e sermos imprudentes, e até nos desculparmos na Bíblia. Uma frase conhecida, talvez signifique este conceito: “Deus nos aceita como estamos, mas recusa a deixar-nos desta forma”.
Temos uma geração de jovens que não sabem onde querem chegar, nem ao menos sabem se querem chegar, mas o questionamento muda de direção quando perguntamos se o problema não está na geração, ou gerações passadas que deixaram de inspirar seus filhos e netos com coisas mais profundas e duradouras. Segundo a citação feita no início, identifica-se um estilo de faculdade formadora de grandes Teólogos como Lutero, Calvino, Zwinglio, entre outros, mas o que realmente é preocupante, é que hoje saem das salas de aula um grande número de pessoas descapacitadas e despreparadas. Sugere-se que além de capacitação, falta vontade e “inspiração” para tal, professores que não inspiram... Talvez porque não transpiram, mas onde queremos chegar é que realmente, conforme Paulo aconselha a Timóteo, as igrejas precisam de homens irrepreensíveis e que manuseiem bem a Bíblia, e que principalmente, tenham coragem, vida e conteúdo para poder dizer, “sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo”. Homens que inspirem homens exemplos, homens que ensinam quietos, Homens de Deus, esforçados e capacitados por Deus.
Nota-se no meio de muitos jovens, o anelo por serem chamados para o ministério, e seguem anelando, e seguirão anelando. Não trabalham, não estudam, não sabem o que querem, mas de qualquer forma, esforçar para que se na igreja pode ter um lugar para mim? Para fazer o que? Ué, não sei!... Ministério virou segunda opção para os frustrados e desocupados, pois de qualquer maneira Deus nunca rejeita ninguém, e a seara é grande... Portanto: Eis me aqui, eu irei Senhor! Onde?...
Não sei se estou enganado, mas os discípulos foram chamados enquanto pescavam, entre tantos outros que deixaram tudo (Barnabé e Paulo), boas profissões e posses, para servir ao Senhor com excelência.
Marcos Witt citou em uma palestra no Instituto Canzion em Buenos Aires, uma frase impactante, e que se não olharmos radicalmente, pode servir bastante: “Deus esta cansado de apaixonados burros”. Realmente, um pouco forte, mas ao menos uma boa reflexão. Onde estão os bons conhecedores da Bíblia no meio das igrejas? Onde estão os líderes capacitados? Onde estão estas antigas faculdades que “seguravam o aluno” aproximadamente vinte anos para sair formado um teólogo? Onde estão os professores de escola Bíblica que inspiram outros pelo conhecimento da palavra?
Conforme diz a palavra: “Chegará o momento onde haverá fome de pão e sede de água”. Qualquer semelhança é mera coincidência.
Russel Shedd foi questionado a respeito de bons escritores e teólogos brasileiros, e com tristeza respondeu que eram raros, pois a grande maioria dos estudiosos da Bíblia e pastores hoje, não conhecem um segundo idioma e muito menos os originais (grego e hebraico), além de lerem muito pouco. Segundo o que se conhece de algumas denominações, bem aventuradas são aquelas que ainda exigem algum tipo de formação primária, secundária e teológica.
Conforme uma pesquisa realizada, a média de oração diária de pastores brasileiros são cinco minutos. Talvez falte sede de buscar a Deus e conhecer sua verdade.
Atualmente, segundo os métodos de ensino que ainda são falhos, já evoluíram razoavelmente, e hoje se ensina muito mais em menos tempo. Os métodos são mais eficazes. Porém o exemplo e o tempo gasto pelos tão conhecidos teólogos da idade média, nos impulsiona a sermos mais ousados.
Antes de concluir, é necessário lembrar que Deus tem levantado neste país, homens ousados. Por mais que sejam raros, eles ainda existem. Homens com profundo conhecimento bíblico, grande temor a Deus, humildes e cheios do Espírito. Mais homens que inspiram, homens esforçados, homens cheios de Deus e com paixão por sua presença, homens que sabem para que foram chamados, homens que reflitam a Jesus Cristo com clareza, é o que o nosso Brasil precisa. Multiplica Deus, estes homens na nossa nação.
Que diminua o percentual de homens descapacitados, pouco esforçados e que têm dificuldade de inspirar outros, e que Deus nos dê graça, compromisso, maturidade, responsabilidade, e tantos outros “ades”, para sermos excelentes nas incumbências ministeriais que Ele colocou sobre nós. Que possamos ser instrumentos para levar esta geração a lugares mais altos, e saiamos da superfície de falta de mestres, que nos conduzam ao conhecimento. Mestres que verdadeiramente conheçam a palavra de Deus e sejam dotados de conhecimento histórico, filosófico e teológico, e que possam derramar Cristo nos nossos ouvidos, através do anúncio e ensino da palavra, para que a próxima geração, venha ser melhor e menos acomodada que a atual.


Outra Voz no Deserto...

Estou cansado da insensatez com a qual negligenciamos as palavras de Deus.
Estou cansado da banalização da mensagem de Cristo.
Não há preocupação alguma em formar líderes altamente cristocêntricos. Todos negligenciam as palavras e afastam a salvação daqueles que querem ser salvos.
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou (Rm 1.18-19).
As igrejas estão formando teólogos sem qualquer comprometimento em religar o homem a Deus. Estes sabem defender muito bem a doutrina da igreja “A” ou da “B”, mas seu pastoreio, apesar de ser altamente requisitado, conduz de forma leviana suas ovelhas. Este permite que suas ovelhas façam tudo o que desejarem. O céu deixou de ser o limite da vontade humana. A própria vontade angariou para si decidir seu limite, exponenciando-o a eternidade.
Tô cansado do uso excessivo da “sentimentalização”(acabei de criar) e da emotividade, para fazer a platéia ser convencida e não convertida. As massas tem sido atraídas por convites falsos e pretensiosos.
São ensinados a chorar copiosa e convulsivamente, sem que o fruto do convencimento do espírito brote dentro de si, pois não há espaço para reflexão sem emotividade durante os cultos deste século. E o pior de tudo é que não se acha reflexão consistente no fruto da emotividade. Pode haver reflexão consistente em meio à emotividade, mas originado por ela, é só “sentimentalização”. O convencimento do pecado não é fruto de emoção, é razão. A emoção escraviza a ponto de nos convertermos para não ir ao inferno, mas a razão retira o nevoeiro de dúvidas e incertezas, apropria-se da fé e nos lança num salto maior do que a própria razão é capaz de discernir, a fé. Um salto no escuro, segundo Soren Kierkegaard, mas não deixa de ser iniciado pela razão. Era assim que o evangelho era pregado nos tempos apostólicos!
Os Judeus eram convencidos segundo as escrituras que o messias era Jesus Cristo. Se isto, não quer dizer razão e raciocínio em lugar de emotividade já não sei ler as poucas linhas que para mim pareciam inteligíveis, nas sagradas escrituras, o que certamente me faria dizer que não consigo entender uma só linha das sagradas escrituras, o que as tornaria para mim, completamente inútil, por não entender uma vírgula do que está escrito. Mas graça a onisciência de Deus, cada um de nós entende um pouco do que está escrito naquelas linhas, e digo que o conhecimento que cada um de nós possui das palavras sagradas é mais do que o suficiente para conduzir o homem a salvação, pois a palavra de Deus não volta vazia.
Onde nossa fé se inicia? Na razão ou na emoção? Penso que devemos considerar a resposta a esta pergunta e aonde ela irá nos levar...
Por falta de conhecimento e aprofundamento bíblico nossa geração se corrompe com inúmeros modismos
- Estou cansado de escutar meus irmãos chamarem estas exposições sem nexo de benção. Não são! São dignas de vergonha por negligenciarem seu próprio chamado e ainda, tornam-se exímios líderes que conduzem perfeitamente suas ovelhas ao abismo. Tornando o pouco conhecimento que o rebanho possui em pedra de tropeço na beira do abismo. Sou eu o louco ou são eles? Não há mais espaço para Cristo. Não há mais espaço para a mensagem oriunda de Deus a qual Paulo jurou defender com unhas e dentes se fosse preciso.
Deixamos Cristo de lado e pregamos Freud. As igrejas estão cheias de suas doutrinas anticristãs. Ao adotarmos a psicologia freudiana, trocamos a sabedoria divina pela sabedoria humana. Uma extrema loucura que todos estão fazendo!
Paulo faz de tudo para propagar o evangelho cristocêntrico.
Apesar de seu excepcional nível cultural, Paulo não intentou propagar a mensagem a qual lhe foi confiada com palavras eloqüentes, antes, suas exposições não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder.
Hoje, apelamos ao uso excessivo da irracionalidade, da emotividade, da própria cobiça do homem, da própria ânsia pela prosperidade terrena, para trazer às pessoas para dentro das igrejas, utilizando a tão famigerada linguagem persuasiva criticada por Paulo.
Como conclusão, levanto dois pontos a respeito destes tais homens:
Ou são ignorantes que pregam a palavra de Deus de forma desvirtuada por completa e total falta de conhecimento do peso que estão lançando sobre os ombros;
Ou são homem que se afastaram tanto do evangelho e de Cristo que não ouvem mais a voz do seu Pastor e sendo conduzidos pelos seus próprios corações e anseios, negligenciam o poder de Deus para a salvação do homem.
Verdadeiros mercadejadores da palavra, que ousam levantar um “outro” evangelho diferente do qual Paulo pregava.
Os Nove Leprosos

“Felizes os olhos que vêem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e Reis quiseram ver o que vós vedes, mas não viram, ouvir o que ouvis, mas não ouviram” Lc 10.23-34
Talvez de todas as gerações, nós estejamos sendo os mais fúteis e ingratos dentre todos aqueles que receberam a revelação da salvação em Cristo. Na época em que Jesus caminhava entre os seus discípulos, Ele afirmava que muitos queriam ter o privilégio de ouvir as boas novas acerca da salvação do homem, mas não puderam ouví-las.
O que será que ocorre com nossa geração? Em nossos dias, as coisas estão caminhando do mesmo modo do que a geração que viu Jesus caminha na terra! Conhecemos a mensagem da salvação, sua palavra e as escrituras que atestam com fidelidade quem é o messias tão aguardado pela humanidade pecadora, o único capaz de promover a paz entre um Deus infinitamente santo e a humanidade pecadora. Mas no lugar de lembrarmos de Cristo como aquele que intercede por nós diante do Pai, no lugar de pensar nele como o único caminho que temos para chegar até a presença de Deus, no lugar de pensarmos nele como nosso redentor, o resgatador de nossas almas, acabamos por pensar nEle como um mero facilitador de ganhos pessoais. No qual podemos nos agarrar para fugir dos problemas pessoais e momentâneos do nosso dia-a-dia. Tais pessoas não percebem que ao fazer isto estão trocando o evangelho divinamente inspirado por um “evangelhozinho” terreno sem a menor capacidade de redimir o Homem diante de Deus, tornando-nos igualmente condenados a morte eterna, por negligenciarmos o poder do verdadeiro evangelho. Basta entendermos os princípios que regeram a cura oferecida aos dez leprosos, no qual apenas um retorna para agradecer pela restauração de sua saúde, adquirindo benção infinitamente maior, a vida eterna.
Estes nove, denunciam nossa incapacidade de prestar atenção a vontade de Deus para nossas vidas, em detrimento daquilo que consideramos essencial: As curas físicas, a restauração da saúde mental, a obtenção de um emprego, ou ainda, uma promoção, uma vida próspera ou viver de vitória em vitória. Cristo pode nos dar estas coisas! E se Ele quiser, Ele o fará! Exatamente como ocorreu com os dez leprosos, os quais, buscavam bençãos meramente terrenas, momentâneas e por que não dizer instantâneas. Destes, somente um identificou que em Cristo, algo infinitamente maior do que um homem com disposição para suprir nossas necessidades momentâneas. Somente um homem retornou. Os nove leprosos identificam nossa geração prepotente, despretenciosa da graça e ambiociosa por um facilitador de bençãos que esta a nossa eterna disposição. Quem me dera escrever isto de outra época, mas sou parte desta geração dura e nem mesmo sei o quanto disso esta empregnado em mim, uma vez que para fora olhamos, aparentemente, com clareza, mas quando o tentamos fazer para dentro, encontramos um véu que nós cobre a nós mesmos e de si nada revelamos o suficiente para compreendermos nosso estado de putrefação.
Cristo não estava preocupado em satisfazer as nossas necessidades momentâneas e por vezes egoístas. Essa não era a preocupação primordial quando ele derramou seu sangue por nós naquela Cruz. Ele ansiava em nos livrar da ira vindoura e restaurar a comunhão entre Deus e a humanidade. Coisa que optamos por negligenciar tão quando as pessoas do período apostólico.
A cada um de nós, ..., resta orar para que não sejamos representantes dessa geração perversa, ..., que sejamos todos contados com aqueles que remam contra o mundo e contra este "outro" evangelho do qual Paulo, em sua época, advertiu que seriam considerados anátemas aqueles que seguissem tais ensinos.