Nem sempre o fogo serve para separar o que tem valor do que não tem. As vezes nós o usamos para juntar substâncias de naturezas diferentes, camuflando a de péssimo valor por entre a de grande valor.
"Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizado a própria consciência”. I Tm 1.1-2
“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. II Tm 4.3-4

No caso do Dr. Schuller podemos ver que o ministério inteiro dele é baseado uma premissa defeituosa. O que é? Ele fundou, conscientemente, e estruturou a teologia dele no que as pessoas queriam ouvir! O Dr. Robert Schüller, como é conhecido, tem um programa de auditório conhecido como a “Hora do Poder”, assistido por mais de 37 milhões de pessoas.
Tudo começou de porta em porta, perguntado para as pessoas, qual seria o tipo de igreja que elas gostariam de assistir. Contratou empresas do porte do instituto Gallup para administrar pesquisas sobre quais assuntos as pessoas gostariam de ouvir. O resultado não poderia ser muito diferente, a auto-estima ganhou com um corpo de vantagem sobre as demais propostas.
Em vez de perguntar o que as pessoas precisavam, ele perguntou o que eles queriam. Às vezes estes dois estão de acordo, contudo é mais freqüente a discordância entre eles. Em vez de escutar as pessoas, deveria ter escutado Deus, em vez de ter perguntado as pessoas, deveria ter perguntado a Deus o que deveria fazer para as ajudar!
Imagine alguém como o profeta Jonas indo para Nínive e contando para as pessoas somente as coisas boas que eles queriam ouvir.

Uma teologia fundamentada naquilo que queremos ouvir nada mais é do que o perigo levantado por Paulo, quando ele falou sobre o final dos tempos para seu pupilo, Timóteo (2ª Tm 4.3-4).
Robert Schüller foi influenciado por seu mentor Vincent Peale focalizando seus ensinos sobre um evangelho positivista.

Schüller considera-se um evangelista sem evangelho, pois não usa a Bíblia para firmar sua doutrina. Na mensagem de Schüller, Jesus não está no centro. Antes divide sua majestade com Buda, Alá, Maomé e qualquer outro que tenha procurado amenizar o sofrimento do homem. Dessa forma, fica visível que Schüller não crê no monoteísmo, um único Deus, mas num pluralismo religioso. Violando dessa forma os ensinos fundamentais da palavra de Deus que afirma que Jesus é o único caminho de acesso a Deus. O Único modo de salvação.
Robert é um profundo defensor dos Mulçumanos e do estilo islâmico de ser. Ele afirma que “Durante décadas, ele incitava a conversão dos mulçumanos ao cristianismo. Então ele percebeu que pedir para as pessoas mudarem de fé era ridículo”. A primeira interação de Schüller com um grupo muçulmano veio anos atrás, quando foi convidado a dar o sermão de abertura à convenção de Nova Jersey da Sociedade americana muçulmana. Em 1999, ele foi convidado por um líder mulçumano da Síria para orar em Damasco.
Disse ele que quando conheceu o líder árabe, sentiu “a presença de Deus'' nele. Os dois homens, ele disse, focalizaram as semelhanças, não diferenças. “Nós não discutimos detalhes teológicos que poderiam nos distrair de ouvir a voz de uma criança chorando, '' ele disse. Também nada comentaram a respeito dos não-cristãos irem para o inferno, disse ele: “Num mundo com crianças chorando nós não temos nenhum tempo para isso''.
Uma das suas grandes citações diz o seguinte: “Eu não penso que nada feito em nome de Cristo e debaixo da bandeira de Cristianismo provou ser mais destrutivo a personalidade humana e, conseqüentemente, contra-produtivo para o empreendimento de evangelismo que a freqüente estratégia crua, rude, e não cristã de tentar alertar as pessoas sobre a condição perdida e pecadora delas”. – Esse homem só pode estar brincando. Esta afirmação nega Cristo "descaradamente”. Bloqueia o arrependimento, impede que o arrependimento leve o homem a reconciliação com Deus e a salvação da morte eterna. Impede a mudança de vida, o crescimento cristão e a vida cristã propriamente dita.
Entre outras práticas não-cristãs, Schüller é adepto do uso do mantra. Os mantras originaram do hinduísmo, porém são utilizados também no budismo e jainismo. Os mantras são entoados como orações. Repetidos varias vezes, difere do cristianismo por não constituir um diálogo com Deus.
Alguns psicólogos ocidentais defendem que o mantra possui uma energia sonora que movimenta outras energias que envolvem quem o entoa. Blofeld observou que não importa a correção da pronúncia: encontrou o mesmo mantra entoado de forma muito diferente em países diversos, e sempre produzindo os efeitos esperados. De acordo com Schüller, os mantras mais efetivos empregam o "som de M". Você pode adquirir muita energia positiva dizendo, "I AM, I AM,...," (‘eu sou’ em português) muitas vezes em cima de meditação transcendental.
O interessante é que em reverência a Deus, os judeus não ousam dizer EU SOU de si mesmo, pois Deus é o único que verdadeiramente é. Ele não tem princípio nem fim, mas Schüller usa o nome de Deus como uma ferramenta mágica.
Quando Schüller foi questionado sobre como a Nova Era poderia nos auxiliar a crescer. Ele respondeu: “Bem, eu penso que depende de onde você está trabalhando. Eu acredito que a responsabilidade nesta nova era é a religião positiva”. “O Cristo atravessado nos chama a agüentar o sofrimento. Este será oferecido como um sonho... uma idéia inspiradora que se encarnaria em uma forma de ministério que ajuda as pessoas, seu ego e sua estima empobrecidos, a descobrir o valor do auto-ego delas para a salvação, levando-os a cumprir um serviço social subseqüente no nome de nosso Salvador...". Ou seja, Cristo não morreu pelos nossos pecados, ele morreu para nos ensinar a ter um auto-ego elevado! Este pensamento é exatamente a contramão do evangelho. Cristo fala em humildade, em misericórdia, em humilha-se perante Deus, para que Deus a seu tempo nos exalte, mas não é essa a teologia de Schüller.
Schüller atesta que só existe uma maneira de alcançar os não-cristãos: Descobrir o que eles querem! Ele fez isto durante vários anos no começo do ministério dele na Califórnia.
O que ele descobriu? Ele descobriu que aqueles não-crentes tinham necessidades emocionais, mas não queriam ouvir falar da Bíblia ou sobre a necessidade de perdão para os pecados e conseqüentemente a salvação. Schüller diz, “como um missionário, eu acho que a esperança de contato respeitoso está baseado numa” aproximação da necessidade humana “em lugar de um ataque teológico... Os sem igrejas não têm nenhuma convicção vital em uma relação com Deus. Logo, rejeitarão ou simplesmente ignorarão o teólogo, porta-voz de igreja, o pregador ou missionário que se aproximem dele com Bíblia em mãos”.
Desde então Dr. Schuller não ora o evangelho no púlpito, nem ensina da Bíblia. Então qual é a mensagem que ele propaga? O evangelho que ele quer compartilhar com a audiência dos “sem igrejas” é que eles podem fazer qualquer coisa. Tudo é possível para um "pensador" de possibilidades. Não há nenhum problema ou situação que não possam ser resolvidas. “O sucesso espera o homem que nunca dirá nunca. Isto é o que eu penso: Nosso ministério deve ajudar as pessoas a perceberem que elas poderão tornar-se mais do que eles sempre pensaram que poderiam ser. Eu acredito que o pensamento positivo é quase tão importante quanto a ressurreição de Jesus Cristo”.
“Não tema o orgulho”, diz Schüller. “O trabalho mais fácil que Deus tem é nos humilhar. A tarefa quase impossível de Deus é nos manter acreditando diariamente como grande nós somos como seus filhos”. Seria cômico se não fosse trágico, pois o evangelho prega a extrema oposta.
Idéias tentadoras, sem dúvida, que ressoam desde o princípio dos tempos, “... e sereis igual a Deus”. Crer na teologia do pensamento positivo é negar a própria fé em Cristo. Schüller é uma dessas pessoas que acredita que o homem pode curar todos os problemas do mundo através de pensamento positivo. Pode acabar com a fome sentando em frente à televisão e visualizando a fome sendo eliminada do planeta. Schüller não fala de oração a Deus, Ele fala de ação humana, através do poder da mente, do pensamento positivo.
Em tempos antigos chamaríamos isto de Bruxaria Branca ou das trevas, dependendo somente da forma como for usada. Mas bruxaria por bruxaria, seja ela branca ou das trevas, ela é condenada expressamente na Bíblia.
Talvez você se pergunte, por que um cristão escreveria um artigo que critica Dr. Schuller? Isto não é ser desleal com um irmão em Cristo? Este homem só pode ser desamoroso?
Estas e outras perguntas semelhantes são levantadas automaticamente por muitas pessoas sempre que um cristão critica outro cristão; especialmente quando a pessoa a ser criticada é alguém como Dr. Robert Schüller.
Eu acredito que a primeira pergunta elevada acima foi respondida quando nós examinamos o conteúdo da teologia do Dr. Schuller. Testar ou criticar alguém cujos ensinos são “aberracionais” não pode ser visto como fator negativo. Na realidade a Bíblia nos ordena que façamos isto. Quando o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos em Tessalônica, ele lhes disse que testassem “todas as coisas, retendo unicamente o que for bom” (1 Ts. 5:21).
A pergunta ainda permanece: “É este desamoroso?” A coisa mais desamorosa que nós poderíamos fazer, seria fechar nossos olhos e virarmos as costas ao fato que inúmeras pessoas estão caindo nesta falsa doutrina, desviando-se da verdade, ludibriadas por doutrinas meramente humanas e pela própria ação de satanás.
“É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância. Foi mesmo, dentre eles, um seu profeta, que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade”. (Tt 1.11-14)
A crítica a um Cristão que errou da verdade é a coisa mais amorosa que nós podemos fazer para ele. O apóstolo Tiago escreveu: "Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tg 5.19-20).
Infelizmente, assistem ao seu programa, "A Hora do Poder" televisionado para grande parte do mundo, aproximadamente 37 milhões de pessoas. Mais ou menos hora esta heresia também chega aqui...
Fortaleçamo-nos na palavra da Verdade, ..., Eis que vêem dias maus...