sábado, agosto 30

Co-Modismos


Creio, eu, que nossa geração perversa e adúltera ainda verá a Bíblia ser trocada por um livro de auto-ajuda para a ministração da palavra às pessoas, e isto, em cima dos púlpitos.
Digo isso, porque é de fato muito fácil tal coisa acontecer. Num cristianismo que tenta se adequar de qualquer forma à tendência mundial, ao invés de se opor a ela, conforme a palavra alude que deveríamos fazer, torna-se, extremamente, simples e previsível tal colocação.
Os púlpitos deixaram de ser, aos olhos da congregação, o local de onde Cristo exorta sua Igreja para correção de atitudes e prática de vida cristã saudável, para ser o local de onde saem, unicamente, as benesses para a vida cristã, prosperidade e riqueza.
Isto é tudo o que as ovelhas numa escala quase que mundial estão buscando! Sei que você leitor, pode ser aquele barquinho pequenino que rema contra a tendência desta época e se assim for, Deus te dê graça e sabedoria para continuar nesse seu esforço, porque muitos do que iniciaram na mesma força e intenção esqueceram-se do evangelho da cruz e em algum lugar, sabe-se lá onde, abraçaram um evangelho estranho as escrituras.
Enquanto remamos contra a tendência mundial de trocar a Bíblia, que alude às promessas eternas, por livros de auto-ajuda, que trazem promessas materiais e momentâneas, temos a obrigação moral de pregar o verdadeiro evangelho de todas as formas possíveis e quem sabe se nos for possível até por meio de palavras!
Atente para as palavras de Cristo: “os campos estão brancos’’!
Quem há de realizar a colheita, se aqueles que foram chamados para isso, somente desejam pagamento adiantado. E se não receberem o que julgam de direito, cruzam os braços e deixam os frutos caírem no chão, pois não almejam recolher sem que Deus dê a justa paga pelo trabalho que esboçam não desejar realizar.
Cristão preocupados demais em satisfazer seus próprios desejos se esquecem que “se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo” (1ª Co 15.19).
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quarta-feira, agosto 27

Lembrai-vos da Mulher de Ló

Nestes dias, especificamente, quarta-feira desta semana, a grande maioria da Igreja leu os relatos bíblicos que narram a fuga de Ló e de sua família de Sodoma e Gomorra.
Nesta fantástica narração bíblica, encontramos um Deus que desce para julgar o clamor da injustiça que subia até o trono de Deus.
Até mesmo a misericórdia divina tem lá os seus limites!
Temos também o clamor do Justo, Abraão, contrapondo-se a toda injustiça e intercedendo por aqueles com os quais nem tinha comunhão, creditando àquele povo a possibilidade de resplandecer em seus corações a justiça, ao invés de todo mal sob qual eram acusados. Não é à-toa que Abraão leva a alcunha de amigo de Deus.
Temos neste quadro, Ló, um justo em meio as trevas, que identificou, automaticamente, quem eram os homens que se achegavam a cidade para julgá-la. Um homem, que quando ficou sabendo que os ‘‘forasteiros’’ pretendiam dormir na praça, clamou para que permanecessem a salvo em sua própria residência, pois conhecia a maldade impregnada na sociedade.
Ló, a semelhança de Abraão, tentou proteger a cidade ao impedir que os homens ficassem na praça e sofressem maus tratos pelos cidadãos do local, o que redundaria em juízo de Deus, mas o clamor da injustiça da cidade foi maior do que o clamor de Abraão e de Ló. Por fim, Deus somente salvou os justos! Este fato te lembra de alguma coisa?
Neste texto, também vemos o Zelo e Juízo de Deus. Zelo por derramar seu juízo somente quando Ló alcançasse um lugar seguro e protegido. Note que o fogo não caiu enquanto Ló corria pelos campos, mas somente quando ele alcançou a cidade de ZOAR.
Infelizmente, de dentro da cidade, achando-se a salvo, a mulher de Ló olha para trás e torna-se parte integrante do juízo de Deus.
Coisas semelhantes a estas ocorrem em nossos dias. Quão tamanha não é a multidão de pessoas que entram na igreja (Local Seguro), afirmam aceitar a Cristo como seu Senhor e Salvador e esquecem-se que foram convidados a viver em novidade de vida e caminhar rumo a santidade.
Diariamente, somos convidados a crer que o simples ato de correr para uma Igreja (uma cidade que possa proteger da ira vindoura, ZOAR), nos salvará do julgamento, mas sem que haja mudança no interior do coração, seremos semelhantes a mulher de Ló. Com os pés fora de Sodoma e Gomorra, mas com o coração dentro delas.
Mesmo que ainda haja algo que tenha domínio sobre ti, seu coração deve estar, constantemente, lutando contra esta vontade. Pode ser que você perca algumas batalhas, mas não desista! Esforça-te até o fim, para não te desviar do caminho proposto!
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